Com a posse do Governo socratino 2, e tal como previsto, Portugal prepara-se para mais uma arrancada a caminho do socialismo, isto é, de empobrecimento faustoso. O empobrecimento fica para o povo, o fausto fica para os grupos de interesses da teia-empresarial-socialista que verão as propostas loucas dos investimentos públicos serem viabilizadas no Parlamento pela extrema-esquerda.
O PS cumpre a promessa eleitoral de fazer avançar o novo aeroporto de Lisboa e o TGV. Está fora de questão que estes projetos megalómanos possam ser financiados com o aumento de impostos; o esbulho já foi longe e será difícil aumentar o saque aos pagadores de impostos. Toda a loucura terá de ser paga com mais empréstimos, isto é, com mais endividamento externo. E já que é para estragar, estrague-se em grande pelo que os projetos do TGV são agora aumentados em mais duas linhas para Espanha.
Bem se vê, honestidade e o bom senso na gestão da coisa pública entre nós são bens políticos extintos.
O novo aeroporto internacional em Lisboa é um luxo extravagante e obsceno para um país pobre e endividado sabendo-se que o atual aeroporto está longe, muito longe de ter a capacidade esgotada. A crise nos transportes aéreos torna essa capacidade disponível ainda maior. Ao mesmo tempo, a preferência dos passageiros por voos de baixo custo é estrutural e transferiu definitivamente quotas de tráfego para os aeroportos locais deixando mais folgas no uso dos grandes aeroportos centrais.
Quanto ao TGV, se a construção de três linhas sorverá demasiado dinheiro emprestado, o alargamento do projeto em mais duas linhas para Espanha sorverá muito mais. E não é só um problema da enormidade de dinheiro que será preciso pedir emprestado para pagar a construção. Será também necessário pedir dinheiro emprestado para pagar o défice de exploração das linhas de TGV, tal como hoje se pede dinheiro emprestado para suportar a Estradas de Portugal, a Refer e outras empresas de transporte público com défices fora do Orçamento de Estado mas com empréstimos obtidos com o aval do Estado para financiar a operacionalidade.
Em algum momento será necessário pedir dinheiro emprestado para pagar juros. Em algum momento o Estado terá de consolidar esses empréstimos. E em algum momento, mais perto que longe, ocorrerá uma crise de insolvência do sector privado induzida pelo descalabro da dívida externa.
Continuar por este caminho já não é insanidade, é demência. Esta opção sinistra pelo endividamento e gestão danosa dos cada vez mais escassos recursos corresponde a uma mentalidade de pobretana. Lembra os infelizes que mal podem almoçar mas arranjam dinheiro emprestado para comprar sapatos desportivos de marca.
Tudo isto tem um nome: pelintrice, a mais acabada pelintrice. No caso do Governo socialista, não é só uma questão de mentalidade de pelintra, é também um caso de torpeza. Se o mau governo fosse crime, esta gente seria condenada a prisão perpétua.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
-
Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
2 comentários:
Aposto que os estúpidos militantes de serviço dirão que se trata de teorias da conspiração.
A beatice política chega ao ponto de defeder que basta acreditar para que a realidade corresponda ao que se acredita.
A esquerdalha anda delirante porque a sociedade é cada vez mais igual. Já mais de 10% da população está oficialmente desempregada. Nunca as políticas redistributivas tiveram tanto sucesso.
Qual o valor real do desemprego?
Sucinto e certeiro, Paulo Porto. Não tenho tido tempo e apenas hoje o li.
Enviar um comentário