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domingo, 4 de outubro de 2009

Termómetros de árvore: Um novo escândalo em ciência.

O artigo abaixo, traduzido daqui (agradecem-se contribuições e correcções), espelha o que tenho vindo a perceber e há cerca de 1 dezena de anos, tendo-se-me tornado claro, de há uns 8 anos, que a conversa “Aquecimento Global” não passa de um embuste.

Este embuste sairá caríssimo a todo o mundo da ciência não só porque não deixará de ser usado pelas cientologias que por aí rastejam como deixará também marcas que levarão à sistemática desautorização de qualquer honesto estudo científico.

Este é mais um exemplo das chamadas histórias “Hockey Stick”. Este nome provém da relação entre os gráficos em causa e a forma do stick usado em hockey (desporto).

Este tipo de gráfico é conveniente à propagação do alarmismo “Aquecimento Global” e é facilmente compreendido. O problema é que se trata de uma falsidade evidentemente forjada sem qualquer espécie de vergonha.

Ao longo dos últimos anos múltiplos foram os hockey stick publicados relativos aos mais variados proxies(*2) sempre confirmando a relação entre o inventado nível de aquecimento global recente e o CO2. Um a um, todos têm caído.

Não pode deixar de ser reafirmada a falta de vergonha demonstrada por “cientistas” e organizações relativamente ao secretismo feito desabar sobre os dados na origem dos “estudos”.
It was nearly ten years since the initial publication of Yamal and three years since McIntyre had requested the measurement data from Briffa. . [aqui]

Decorreram aproximadamente 10 anos desde a publicação inicia de Yamal e três anos desde que McIntyre pediu a Briffa os dados de medições.
Autênticas batalhas têm tido lugar tentando conseguir que esses dados sejam tornados públicos, uma das quais chegou mesmo ao Congresso dos Estados Unidos que acabou por obrigar a publicação e cujo desfecho foi idêntico ao do artigo que se segue. No caso português, o Instituto de Meteorologia faz o mesmo alavancando em custos exorbitantes o acesso aos dados em arquivo das estações de recolha de temperaturas em Portugal. Até os dados do genoma humano foram tornado públicos.

Além do secretismo sobre os dados, também os métodos têm sido mantidos em segredo e também aqui, de forma sistemática, se têm descoberto erros de palmatória nos algoritmos utilizados.

No caso presente, o autor de mais um estratosférico hockey stick tem a lata de trucidar factos históricos registados em milhares de documentos, no caso o período quente medieval e a pequena idade do gelo dos séculos XVII e XVIII.
...

Um escândalo científico está a ensombrar vários artigos recentes revistos por pares(*1).

Pelo menos oito artigos que propõem reconstruir as temperaturas recorde históricas podem necessitar ser revistas acarretando significativas implicações aos estudos climáticos contemporâneos base das recomendações do IPCC. Um certo número deles envolve climatologistas sénior do British climate research centre (CRU) da Universidade de East Anglia. Em todos estes casos, os revisores dos artigos falharam a detecção desses erros.

Em causa está o uso dos anéis de árvore como proxies(*2) de temperatura (dendrocronologia). Recorrendo a técnicas em estatística, os pesquisadores usam os dados dos anéis para conseguir a “reconstrução” de anomalias históricas de temperatura. As árvores são, no entanto, indicadores altamente controversos de temperatura porque os anéis registam particularmente o CO2 e também a humidade, a chuva, a absorção de nutrientes e outros factores locais.

É problemática a recolha de sinais de temperatura de entre todo este ruído e a dendocronologia pode diferir significativamente de dados provenientes de instrumentos. Em jargão ‘dendro’ esta disparidade é chamada “divergência”. O processo de criação de um conjunto de dados em bruto envolve também o uso selectivo de amostras – uma escolha que permite ciência tendenciosa.
Apesar de tudo nada evitou que os paleoclimatologistas de gerarem parangonas a partir dos dados de anéis de árvore.

Particularmente desde o ano 2000, um grande número de artigos revistos sobre clima utilizaram dados recolhidos de árvores da península de Yamal, na Sibéria. Este conjunto de dados ganhou favoritismo mesmo prevalecendo a um outro mais novo e abrangente dos arredores de Yamal. O antigo conjunto de dados de Yamal indicava um pronunciado e dramático aumento de temperaturas.

Como pode isto ter acontecido? Os cientistas em causa mantiveram secretos os dados recolhidos e usados nas reconstruções – não cumprindo o procedimento de arquivar os dados em bruto. Sem estes dados não seria possível que outros cientistas reproduzissem os resultados. Os mais prestigiados ‘peer reviwed’ jornais, incluindo a Nature e a Science, foram relutantes em exigir os dados aos articulistas. Relutantes, até agora.

Perante a insistência dos editores da Royal Society’s Phisiological Transactions B, ocorreu uma fuga de dados para o espaço público e o mistério de Yamal acabou.
Ficou-se então a saber que a referida e dramática tendência foi obtida apenas pelo uso de 12 árvores do conjunto de dados de Yamal. No entanto muitas outras foram analisadas e outro conjunto de dados recolhidos nos arredores não mostram qualquer dramático aquecimento recente revelando ainda temperaturas mais altas na idade média.

O conjunto Yamal comporta um total de 252 troncos dos quis 10 estavam vivos em 1990. A totalidade dos 12 troncos seleccionados mostra um forte crescimento desde meados do século XIX. As implicações são claras: a dezena de troncos foi capciosamente seleccionada.

(Isto simplifica a história, de alguma forma, em demasia. Para mais pormenores leia esta fascinante narrativa do blogger BishopHill [aqui])

A controvérsia tem vindo a estalar desde 1995 quando um artigo explosivo de Keyth Briffa do Climate Research Unit de East Anglia afirma que o período quente medieval teria sido, na verdade, um período de frio e que o recente aquecimento é particularmente quente. Segundo Briffa tanto os registos históricos como os arqueológicos seriam absurdos. Para o demonstrar, Briffa confiou em apenas 3 troncos siberianos.

Três anos mais tarde a Nature publicou um artigo de Mann, Bradley e Hughes baseada na reconstrução de temperaturas mostrando algo parecido: mais frio anteriormente, mais quente agora. Com Briffa e Mann como editores do IPCC, este padrão característico tornou-se emblematicamente “logo do Aquecimento Global”

Cherry picking is the act of pointing at individual cases or data that seem to confirm a particular position, while ignoring a significant portion of related cases or data that may contradict that position.

...

*1) O termo original, peer-reviwed, significa que a publicação dos artigos (científicos em publicações da especialidade) está sujeita a revisão por quem está cientificamente à altura para julgar da razoabilidade dos respectivos conteúdos.

*2) Proxie é o nome dado a um processo para determinar indirectamente o valor de um fenómeno. Neste caso pretende-se determinar as temperaturas históricas medindo os anéis de crescimento em troncos de árvores muito antigas.

6 comentários:

Carmo da Rosa disse...

Interessante. Desta vez prometo ler tudo ....... até os links.

Diogo disse...

Afinal sempre há teorias da conspiração racionais…

Que dizer da Gripe A? E do 11 de Setembro? E do holocausto?

Carmo da Rosa disse...

Que dizer da Gripe A? E do 11 de Setembro? E do holocausto? E do Gulag? E dos submarinos? E dos ultramarinos? E do FBI? E da CIA? E da BBC? BB King, Doris Day, Matt Busby dig it, dig it, dig it, dig it, dig it, dig it…….

Anónimo disse...

Dioguito Dioguito.
As tais 10 árvores não são "conspirativas" apenas foram escolhidas por um protótipo de relegoeiro genovês...lembra-se?
Este fez o mesmo, começou a emprestar frio (não tendo frio para emprestar) mas com o frio do pagamento dos outros.

LGF Lizard disse...

Qual é a conspiração em redor do Holocausto? Só se for a conspiração iraniana para cometer um novo ou a conspiração dos anti-semitas de extrema-direita/extrema-esquerda para ocultar o praticado na 2ª Guerra Mundial contra o povo judeu...

LGF Lizard disse...

E no 11 de Setembro, a única conspiração existente foi de 20 gajos árabes para desviar aviões e cometer o maior acto terrorista da História.