A Administração americana, animada das boas intenções que caracterizam os ingénuos e idealistas, acreditou que bastava fazer "reset", arvorar sorrisos e prodigalizar cedências, para que os seus inimigos figadais desatassem aos beijos.
Este tipo de gente nunca aprende, e tende sempre a acreditar que o facto de os outros não gostarem deles, é culpa do comportamento próprio, ou seja, os titulares da actual administração meteram na cabeça que o anti-americanismo é culpa da América, do Bush, enfim.
É o complexo de culpa à escala internacional, esta ideia peregrina e perigosa de que os outros não têm vontade própria e que apenas reagem a nós, pelo que se formos bons rapazes, se não lhe causarmos desagrado, então eles serão nossos amigos, seremos felizes e teremos muitos fllhos.
A velha, mas sempre repetida palermice do apaziguamento.
Obama cedeu em toda a linha face à pressão russa, no caso do sistema anti-míssil. Não hesitou em perder a confiança e a amizade dos amigos, para satisfazer um inimigo.
Meteu na cabeça que bastava fazer isso, para que os russos se apaixonassem e se apressassem a retribuir o gesto.
Acaba de viver mais um "teaching moment", ao ouvir o "nyet" russo.
Irá acontecer o mesmo com os problemas no Afeganistão, no Médio Oriente, na América Latina, etc, até perceber aquilo que já se sabe há muito: a cedência , a traição aos amigos, a cobardia perante os inimigos, nunca amolecem aqueles que se nos opõem.
Pelo contrário, tornam-nos ainda mais exigentes, pela certeza de terem pela frente gente fraca e naive.
3 comentários:
@ lidador: «Este tipo de gente nunca aprende»
E ainda por cima tiveram dois excelentes professores: a dama de ferro e o Reagan...
Lidador:
"esta ideia peregrina e perigosa de que os outros não têm vontade própria e que apenas reagem a nós, pelo que se formos bons rapazes, se não lhe causarmos desagrado, então eles serão nossos amigos,"
Nem mais.
Gosto sempre de enfatizar que isto me parece racismo.
O 'outro', sem vontade própria, apenas capaz de ser estimulado face a decisões de estranhos.
O 'eu', de magnânima vontade própria, também capaz de perceber que alguns dos meus estão infectados de 'vergonhosa vontade' mas em que a minha vontade é capaz de não só anular os 'meus impróprios' mas também as reacções dos 'outros', os sem vontade.
Enfim, racismo sem fim.
Por outras palavras, essa malta é muito politicamente correcta, mas na pratica é racista até à medula dos ossos.
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