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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Saramago, Caím e a Bíblia

Deixei este comentário aqui (o comentário, transcrito, tem apenas tangencialmente a ver com oartigo de Montalverne).

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Caro Montalverne,

Estou-me nas tintas para a religião e estar-me-ia substancialmente (não necessariamente completamente) nas tintas para as opiniões que Saramago tem da Bíblia. Ele pode dizer das boas sobre a Bíblia mas tem que estar disposto a ouvir igualmente das boas.

Pela minha parte o que ele disse sobre a Bíblia não me faria gastar as pontas dos dedos não tivesse ele dito, anteriormente outras coisas.

Saramago acusou Israel de estar a exercer genocídio sobre os palestinianos negando ser esse o papel do Hamas que (em particular) não só de dispõe a fazer morrer o máximo dos seus compatriotas por puros efeitos de marqueting jornalístico (indo ao ponto de os executar perante câmaras de TV e disparar sobre Israel de dentro de escolas palestinas) como nega a existência de Israel indo ao ponto de querer ver afogados todos os Israelitas.

Saramago foi incapaz de perceber que o Hamas era (como continua a ser) uma organização nazi-fascista que usa o Corão como arma que fundamenta o puro assassínio de quem não é muçulmano.

Nessa perspectiva, ou Saramago foi atacado de uma tontura (uso este vocabulário por estar aqui, de outra forma seria mais contundente), ou pretende dizer que a Bíblia é a fonte de todos os males por não conseguir o que os seus amigalhaços seguidores do Corão, o Hamas, conseguem no território que controlam e em territórios vizinhos.

Saramago, como a ML, não percebe que há uma diferença entre responder das boas a quem diz das boas e levar com uma fatwa por dizer das boas.

Neste contexto não incluo o que por aí se tenha dito sobre Saramago, restrinjo-me ao que foi publicado no Fiel Inimigo.

Que Sousa Lara foi trambolho, é ponto assente.

Há ainda por aí uns ajustes de contas sobre coisas menores que não me interessam. Interessa-me ajustar contas (APENAS gastando dedos no teclado) sobre a desculpabilização do assassinato em massa. Aliás, sobre este assunto, Saramago bem podia ter abordado os malefícios dos livros das ideologias que defendeu e continua a defender. Podia, por exemplo, elaborar sobre os Gulags, o estalinismo, os milhões de mortes por fome resultantes da "busca da sociedade mas justa" à visão de Saramago, a ocupação militar de países que tinham perfeita capacidade para serem democracias e que viviam em paz, etc. Tudo coisas que ele bem conhece mas que supõe serem 'conquistas do homem novo'.

Alguns atacam Saramago por ter saneado uns quantos. Será, de facto, triste. Mas isso são tremoços no curriculum de Saramago.

Saramago sempre defendeu e continua a defender regimes da maior e absoluta tirania.

Falando bem e depressa, não fica bem a quem defende que se comam criancinhas ao pequeno almoço vir dizer que está preocupado por elas andarem descalças.

2 comentários:

VFS disse...

o Saramago é a ilha da intolerância nas águas da vida em sociedade.

Carmo da Rosa disse...

@ Range: «não fica bem a quem defende que se comam criancinhas ao pequeno almoço vir dizer que está preocupado por elas andarem descalças.»

Nem mais. Pura e simplesmente não fica bem.