It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Só na desgraça produzem.
No exacto dia em que o vento escavacou por todo o lado as eólicas fizeram, finalmente, trabalho que se visse.
Uma das coisa escavacadas foi a electricidade. Centenas de milhares de pessoas ficaram às escuras.
Abaixo a exploração desenfreada da natureza e do sobreiro em particular
Actualização.
A pedido de várias famílias. aqui vai, na íntegra, a resposta de Miguel Champalimaud.
Apreciadores de Vinhos e Outros
Assunto: ScrewTop /TampadeRosca /Quinta do Côtto
Na sequência da recente campanha publicitária ao vinho Quinta do Côtto, chegaram-me algumas reacções à mesma.
Sendo minha opinião que todo o debate de ideias, é útil, é com agrado que a ele me submeto, respondendo directamente àqueles que se me dirigiram e indirectamente àqueles que sobre a matéria, vinho e vedantes, têm curiosidade e opinião.
Para simplificação da elaboração dos meus comentários/resposta às reacções, dividi-os em quatro grandes tipos, a saber:
A. A gente da indústria corticeira, ex. APCOR, Ecologicalcork.com, Empregados das Corticeiras, etc, etc,.
B. A gente do Viva a Pátria, ex. cortiça produto nacional, a preservação do montado de sobro, do ambiente, de todo um sistema socioeconómico das zonas rurais de Portugal, ecossistemas únicos, etc, etc.
C. A gente da tradição dos costumes, do produto natural, etc, etc.
D. A gente da retaliação e boicote, etc, etc.
ROBERT PARKER disse:
“Acredito que em 2015, vinho engarrafado com rolhas será uma minoria. A indústria da cortiça não investiu em técnicas que evitem a transmissão ao vinho do sabor e aroma a rolha, que arruínam até 15% de todo o vinho engarrafado”.
Eu, MIGUEL CHAMPALIMAUD, digo:
“Sou a favor da inovação, da qualidade e modernidade do vinho”;
“sou a favor da verdade achando que chegou a altura de assumirmos, ao nível da indústria-vinícula, o que há mais de 40 anos, por razões óbvias, se usa em todas as universidades e ou centros de investigação vinícola, os screwtops/tampasderosca, único sistema vedante que garante eficazmente o não contágio do vinho que se encontra na garrafa, por produtos aromas e sabores que lhe são estranhos”;
“sou a favor da eficácia e produtividade e contra as falácias e os preconceitos que só defendem e servem aqueles que estão instalados à custa do bem-estar e pobreza de terceiros”;
“numa garrafa de vinho, a rolha é apenas uma matéria subsidiária, um vedante que deveria preservar o vinho que a garrafa contém e nunca arruiná-lo”;
“sou a favor dos ventos da História, recusar o progresso científico e tecnológico de nada serve, nem serviu então àqueles que, no seu tempo, foram a favor da destruição das máquinas a vapor”.
1. Dito o que, é minha convicção, sinto e penso, permitam-me deduzir e aduzir alguns argumentos e factos sobre a matéria, screwtops/tampasderosca versus rolhas de cortiça, a saber:
1.1 A gente da indústria corticeira é a única responsável pelas dificuldades com que se debate a rolha de cortiça e os produtores de cortiça. Ao não investirem há muitos anos na qualidade e fiabilidade do produto e aumentando desmesuradamente os preços das rolhas, abriram espaço aos novos vedantes nomeadamente às screwtops/tampasderosca. Os produtores de cortiça constituindo o elo mais fraco do sistema, não deixam de ser responsáveis de, pela sua falta de reacção, individualismo e passividade, terem permitido que se tenha constituído um quase monopólio no lado da industria que, abusando da sua posição dominante a montante e a jusante, sugou até ao tutano a industria vitivinícola nacional e internacional.
1.2 A gente do viva a Pátria como sempre e é próprio da História recente de Portugal, é um grupo social, reaccionário, que a coberto do amor dos outros pela pátria e do interesse dito nacional, se enriquece diariamente, empobrecendo todos os dias todo o país, pelo que nada mais há para lhe dizer, a não ser que há muito, ninguém acredita neles.
1.3 A gente da tradição dos costumes, do produto 100% natural, não resiste à realidade dos factos que todos vêem e eles não querem ver. Como todos sabemos na indústria vinícola, a rolha de cortiça como vedante de vinho, não é parte da tradição e costume. Há poucos anos (40 a 50), a tradição e o costume do vinho em todo o lado, era ser servido e bebido a partir da pipa, pelo que cai pela base a alegada ancestral tradição e costume de vedar as garrafas de vinho com rolhas de cortiça. Quanto ao 100% natural, não vêem nem querem ver o que todos na industria da cortiça e vinícola sabem há muito - todas as rolhas de cortiça são hoje tratadas com diversos produtos químicos, visando obter rolhas que em contacto com o vinho não lhe transmitam poeiras, odores e sabores alheios ao vinho que é suposto preservar, como vedante da garrafa em que são utilizadas.
Cito um pequeno exemplo constante do site Lusowine.com, António Amorim, defendendo como lhe compete a indústria da cortiça, falando das rolhas técnicas como a grande solução, diz: “Nas colagens são utilizados aglutinantes quimicamente estáveis, e mecanicamente muito resistentes”.
Diria, eu, pela indústria corticeira, são utilizadas colas químicas estáveis, segundo o Senhor António Amorim, o que não nos garante nada, na medida em que o Senhor António Amorim é interessado directo na afirmação de que tais aglutinantes ou melhor dizendo, colas, são quimicamente estáveis e não vão mais tarde ou mais cedo transmitir odores e sabores ao vinho com o qual por força das coisas estão em contacto.
1.4 A gente da retaliação e boicote, não representam mais do que a reacção de um grupo de pessoas com falta de informação e ou a mando e no interesse de terceiros que, na falta de argumentos sólidos para atacarem o moderno sistema dos screwtops/tampade rosca e defenderem o antiquado sistema de rolha de cortiça com o seu elevado deficit de fiabilidade/qualidade e custo 5 a 9 vezes mais elevado que o screwtops/tampaderosca, fazem consciente ou inconscientemente, o jogo de quem, ao abrigo de um quase monopólio e permanente abuso de uma posição dominante, usa e abusa da indústria vinícola nacional e internacional, enriquecendo ilicitamente à custa do empobrecimento daquela.
2. Antes de terminar, a título pedagógico e para reflexão de todos os interessados, deixo factos, comentários e perguntas que abaixo se transcrevem e que agradecia originassem reflexão, comentários e respostas:
2.1 a tampaderosca evita mão de obra penosa em casa e na industria hoteleira;
2.2 a água mineral com gás ou sem gás, há muito que deixou de usar cortiça como vedante;
2.3 a cerveja há muito que deixou de usar cortiça como vedante;
2.4 os medicamentos há muito que deixaram de usar cortiça como vedante;
2.5 os refrigerantes há muito que deixaram de usar cortiça como vedante;
2.6 uma tampa-de-rosca custa cerca de 1/5 a 1/9 de uma rolha de cortiça e a respectiva cápsula;
2.7 um produtor de vinho paga mais dinheiro por uma rolha de qualidade do que recebe pela venda a granel do respectivo vinho (refiro-me a 0,75 lt);
2.8 de acordo com dados da industria estima-se que cerca de 65% do vinho engarrafado vendido no mundo é comprado por mulheres;
2.9 estima-se ainda que 75% das mulheres que compram e bebem vinho têm dificuldade em abrir uma garrafa de vinho usando um saca rolhas;
2.10 de acordo com o norte americano Robert Parker, famoso apreciador e avaliador de vinhos, até 15% de todo o vinho engarrafado e vedado com rolhas de cortiça, está afectado com sabores e aromas estranhos ao vinho;
2.11 porque é que ninguém protesta ou boicota a industria de água mineral, cerveja, refrigerantes, medicamentos que deixaram de usar a cortiça como vedante?
2.12 porque será que todos aqueles sectores industriais deixaram de usar a cortiça como vedante?;
2.13 porque é que na indústria da construção não se usa, em Portugal ou no mundo, a cortiça como isolante?;
2.14 Porque é que na indústria da construção se usa, em Portugal e no mundo, como isolante produtos derivados do petróleo?;
2.15 Se for comprar uma garrafa de água mineral e tiver oportunidade de escolher entre uma garrafa vedada com rolha de cortiça e outra com tampaderosca, ao mesmo preço, qual delas compra?;
2.16 idem para garrafas de leite?;
2.17 idem para garrafas de cerveja?;
2.18 idem para garrafas de refrigerantes?;
2.19 Se comprar uma televisão para sua casa, compra também um armário para a pôr lá dentro, como fazia a sua avó ou avô nos anos 60?;
2.20 Quando vai comprar ou abrir uma garrafa de vinho fá-lo na expectativa de comer/beber a rolha?;
2.21 numa garrafa de vinho barato ou caro o que é mais importante, a qualidade intrínseca do vinho que lá está dentro, ou o vedante ser uma cara rolha de cortiça ou uma tampaderosca moderna barata, fiável e eficiente?
16 DEZ 2009
O buraco Obama
Supõe-se que o vai atacar enviando assistentes sociais.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Climategate: a cronologia da fraude
Obrigado ao Ideias Livres pela informação.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Do Magalhães (amen)
O centralismo também passa por aqui, por uma economia crescentemente planificada, tanto mais pobre quanto mais dirigida e sujeita aos caprichos pseudo-modernistas de um 1º ministro de cariz fascizante.Só na zona onde moro, 4 pequenas lojas desapareceram.
NÃO SE DEVE FALAR NA PRESENÇA DE BRANCOS….
O tráfico de escravos divide-se em três categorias: interno ou africano, oriental ou árabe-muçulmano e o ocidental ou tráfico transatlântico.
Todos nós conhecemos a triste história do tráfico de milhões de escravos africanos realizado pelo ocidente (portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses) que inicialmente foi, aqui e ali encoberto, mas actualmente está bem documentado e é publicamente exposto. E ainda bem.
Mas a Unesco tem uma certa dificuldade em esclarecer TODOS os tráficos de escravos e fala apenas no OCIDENTAL – de longe o mais fácil de abordar...
Uma história tão ou ainda mais trágica, não é tão conhecida. Há razões corânicas, (multi)culturais e mesmo masoquistas para a esconder: 1400 anos de tráfico de escravos africanos para o mundo árabe-muçulmano e o ancestral tráfico interno. Que é muito anterior à chegada dos portugueses às costas de África, e mesmo anterior à expansão muçulmana do século 7.
O Alcorão refere-se várias vezes a escravos, mas sem nunca pôr em causa o seu estatuto. É verdade que recomenda não serem muito severos com os escravos, mas autoriza a prática. Este excelente documentário, Os Escravos Desconhecidos, demonstra que os traficantes árabes tinham uma ideia muita própria de severidade. Ou seja, a prática, como de costume, está longe da teoria.
Também é verdade - vá lá! - que o Alcorão proibia a escravização de muçulmanos: todos os outros (não-muçulmanos) podiam ser escravos. Mas que fazer quando a procura é enorme e o continente africano passou a ser a única reserva de escravos para o mundo árabe-muçulmano? Este dilema vai ser facilmente contornado. E, de certa forma tal e qual como o que se passou em relação a escravatura transatlântica, criou-se um racismo que iria justificar a escravatura – mesmo dos muçulmanos (negros).
Acerca disto o antropólogo Senegalês Tidiane N’Diaye, um especialista deste assunto, afirma: “é preciso dizer que muito antes dos antropólogos europeus do século XIX terem elaborado as teorias raciais e fantasistas que hoje conhecemos, o mundo árabe no século XIV já tinha consolidado no tempo, e de forma quase irreversível, a inferioridade do homem negro através de eruditos muito respeitados e bastante ouvidos como Ibn Khaldoun: “os únicos povos a aceitar a escravatura são os negros, porque vivem num estado de humanidade inferior, perto do animal”.
Os traficantes de escravos árabes são chamados Galabs (pastores)! Não se distingue o escravo do gado. Outro hábito que contribuiu para o enorme massacre da população africana, que teve o azar de cair às mãos de traficantes árabes, era a castração, que fazia com que 70 a 80% das crianças apreendidas morressem. O que a uma certa altura parece explicar o elevadíssimo preço de eunucos no mercado de escravos.
Este Tráfico Oriental durou até ao século vinte sem nunca ter sido posto em causa. Paralelamente, e por muito estranho que pareça, a luta contra a escravatura justifica a colonização: os ingleses em Zanzibar, os franceses no Magreb.
Na conferência sobre a temática do Tráfico Interno de Escravos em Bamako (capital do Mali), Ibrahim Thioub, outro grande especialista, conta-nos uma anedota bastante significativa. “Para mim, os problemas que expunha eram inodoros [e não “indolores” como está nas legendas poruguesas do documentário – CdR] e incolores e nunca imaginei que fossem tão controversos. Mas do lado dos africanos [o público era constituído de africanos e europeus. cdr] a reacção da sala foi de uma violência que eu não esperava. Honestamente não contava que o tema fosse tão polémico e tão sensível. Tive a explicação quando abandonei a sala de conferências: um grande número de africanos abordou-me e disse-me “sabe, o que você acabou de dizer é verdade, e temos que investigar o assunto, MAS NÃO SE DEVE FALAR NISSO NA PRESENÇA DE BRANCOS."
e continua,
“Os europeus também me abordaram, mas disseram-me outra coisa: parabéns, penso exactamente o mesmo que o senhor. Você é muito corajoso em dizer o que disse, mas eu não tenho coragem, porque se o fizer vão acusar-me de racista”
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
Dos auto-proclamados ambientalistas
As petrolíferas são, afinal, amigas da verdalhada
O contribuinte paga
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Há um plano para imbecilizar as novas gerações?
A mim, parece-me óbvio. Trata-se de uma das relações parasíticas em que estamos inundados. Neste caso, a imbecilização dos alunos é fundamental para a manutenção de uma classe de militantes em assistencialismo, nova horda de timoneiros da classe operária.
Há sim. E esse plano tem sido desenhado e aplicado pelo Banco Mundial, OCDE, Comissão Europeia, Governo, ministros da educação, DGIDC, IGE, DRE, escolas e departamentos de educação e editoras de manuais escolares.
O plano persegue dois objectivos: tornar a educação pública mais barata e fornecer mão-de-obra dócil, conformada e ignorante para uma economia centrada em serviços rotineiros, com pouco valor e sem nenhuma criatividade. No mercado mundial globalizado, é esse o papel que cabe a Portugal no concerto das Nações.
As escolas e os departamentos de educação colaboram de duas formas: baixando os níveis de exigência à entrada dos cursos de formação de professores e oferecendo curricula carregados de generalidades e transdisciplinaridades vazias de conteúdos. Ganham espaço nos planos de estudos coisas como estas: matemática criativa, matemática contextual, matemática para a vida, estudo da comunidade e outras irrelevâncias.
O Governo e os ministros da educação colaboram no plano afogando os professores em burocracia com o objectivo de impedir que eles pensem, façam autoformação científica e esqueçam a sua missão: transmitir a herança científica, artística, tecnológica e humanista às novas gerações. Em nome da defesa de uma falsa inovação educativa, as escolas são afogadas em constante legislação e permanentes reformas curriculares. Cada nova reforma introduz mais confusão e cria obstáculos ao cumprimento da missão do professor.
As editoras de manuais escolares colaboram no plano pondo no mercado livros de textos cheios de bonecos e com um nível de aprofundamento dos conteúdos cada vez mais baixo. Em vez dos manuais serem repositórios de conteúdos apresentados de forma rigorosa e didacticamente apropriada ao nível etário dos alunos, são monumentos ao eduquês, à novilíngua e à imbecilidade.
A IGE, a DGIDC e as DRE colaboram no plano impondo planos de recuperação e de acompanhamento e respectivos relatórios que, regra geral, não passam de repositórios do eduquês acompanhados de mentiras piedosas sobre a recuperação de alunos que necessitariam de abordagens mais directivas e ambientes escolares menos relaxados.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
De mau da fita a menino travesso
O desmascaramento do gang do IPCC faz com que, entre outros, o Blog Ambio, proceda a manobras para minimização de estragos.
Os vectores são dois, um embutido no outro.
O primeiro vector tenta agora reescrever o que sempre foi tido como uma certeza absoluta (“the science is settled”) pela qual o “aquecimento global” era provocado pelo CO2 (concedendo, sem ceder, que tal alguma vez teve lugar com algum significado real).
O problema levanta-se porque as menagens eco-terroristas sempre acusaram o bicho homem e o consumo de combustíveis fósseis como na exclusiva origem da “gigantesca” subida de temperatura verificada no século XX. Nenhum outro mecanismo era admitido como possível para explicar o fenómeno porque os modelos climáticos, cretinices desenvolvidas em computador, “garantiam” a “certeza”.
Com o estoiro Climategate, ficou espalhada na praça pública a troca de mails que comprovaram que nem o gang do IPCC acreditava, em privado, (por isso se tratava de um gang) naquilo que propagandeava. Como dizia um dos seus capangas, era uma pena que a natureza não se adaptasse aos famigerados modelos. De facto assim era. Nem o sistemático martelanso de dados permitiu esconder que desde 1998 a temperatura foi descendo independente do CO2 ter continuado a subir.
Tornado claro que a teoria do aquecimento global estava em fanicos, impunha-se uma manobra para a tentar salvar: declarar que sempre se tinha dito que o CO2 não era apenas um dos factores na origem da “inequívoca subida de temperatura”.
Perante a impossibilidade de manter o embuste, tenta-se então garantir que o CO2 será ainda um dos factores, embora menor. O vector embutido tenta que se aceite pacificamente que o CO2 continue a ser um factor de aquecimento. Neste caso, pretende manter-se a história mas sem que se note muito que o CO2 continua a subir. De facto, se a descida de temperatura implica o divórcio entre a teoria e a realidade, a continuada subida do nível de CO2 torna impossível a manutenção do embuste.
Esta história enquadra-se perfeitamente na que Feynmann contava acerca dos ratos. Á medida que vai ser testada face à realidade, o nível de fiabilidade de uma teoria furada vai sistematicamente baixando até chagar a 50%.
Voltando a conceder (sem ceder) que uma subida de CO2 tenderá a fazer subir ligeiramente a temperatura mas de forma pouco relevante relativamente ao que nos últimos 10 anos tem provocado a descida, parece razoável que se pergunte se o CO2 estará a atenuar um mais forte abaixamento de temperatura.
Evidentemente que os eco-terroristas odeiam dizer que a manutenção nos actuais valores de temperatura (ou até superiores), é manifestamente favoráveis ao desenvolvimento da vida na terra e que o actual período inter-glacial tem durado muito mais que os anteriores. Os eco-terroristas fogem como o diabo da cruz a dizer que a subida do nível de CO2 ajuda ao desenvolvimento das culturas, do manto verde, em geral.
Seria até razoável que se aceitasse que a manutenção das temperaturas ao nível actual ajudará a evitar que o planeta se precipite numa nova era glaciar que resultaria no enterro sob um manto de gelo da maioria da vida tal como a conhecemos hoje. Mas isso não é desígnio da militância em eco-terrrismo.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Our Heart to Lord Christopher Monckton
Jane Jamison
The United Nations Conference on Climate Change (UNCCC or COP15) in Copenhagen has concluded with no treaty , no “agreement”, no “goals” other than trivial ones, no “enforcement” provisions, and no “reparations” to third world countries, whom do we thank?
The person credited with the first, most credible denouncement of man-made global warming is MIT Professor Richard Lindzen, who presented a paper in 2005 called “Is the Global Warming Alarm Founded on Fact?”
There are the unknown conscientious “objectors” who, just prior to the UNCCC, released thousands of emails and documents proving decades of fraud by the “global warming” institutions and “scholars.” Then came the many scholarly websites (junkscience.com, wattsupwiththat.com, climatedepot.com, icecap.us, cfact.org, sppi.org—to mention just a few) and the scientists who worked over-time analyzing the leaked documents. They have pieced together at least twenty years of “faked” global warming graphs and organized suppression of opposing points of view.
Many of us had perhaps “heard” of the Copenhagen climate summit in recent years, but knew only that it was some sort of kooky follow-up to the Kyoto Treaty, which President Bush had refused to sign.
If it were not for the charismatic and diligent leadership of one man, America and the rest of the industrialized world might not have understood the expense and the socialistic aspects of the proposed Copenhagen treaty until it was way too late. Let us send a “heart” out to the Viscount Monckton of Brenchley, otherwise known as Lord Christopher Monckton of the Science and Public Policy Institute (SPPI), for his tireless efforts in the past two months.
Monckton and the scholars at SPPI, have been critics of the theory of “anthropogenic global warming” for years. As Copenhagen’s treaty summit drew nearer, Monckton went public in an unprecedented way. A YouTube video of him speaking October 14, 2009 in Minnesota was “viral” within days. It has been viewed more than 2.5 million times.
Monckton’s subsequent appearances on the Glenn Beck Fox News show and his many writings focused national attention and debate as no one else had.
Lord Monckton was a credentialed representative to the Copenhagen conference this month, but upon arrival learned he and other “non-believers” were dis-invited. He was struck and knocked to the ground by Danish police as he attempted to enter.
Undaunted, he formed his own “counter-conference” in Copenhagen, concurrent to the “main event,” with 60 climate experts.
This weekend, I sent an email to Lord Monckton to thank him for his hard work and to inquire as to his injuries. Below is his kind response which I share with the American Thinker readers:
Christmas morn
Follow the star to silent Bethlehem!
The Saviour's cry proclaims salvation's dawn.
With "It is finished!" shall begin for us
The future born with Him on Christmas morn.
For us the Lord of Life will conquer death
And fling away the darkness of the tomb
And bring to us, who dare to love, the breath
Of life eternal from the mortal womb.
Creator creature, Father son, Life life,
Love love becomes, and wins a mother's smile,
And wins our freedom from the age-long strife
Of light with dark, of truthfulness with guile,
Of right with wrong, of joy with misery,
Of life with death. This day the world is free!
--The Viscount Monckton of Brenchley
Paz na terra aos homens de boa vontade...
Penso que o muçulmano comum não odeia necessariamente os EUA. Mas é um facto que os EUA são há 60 anos consecutivos a maior potência mundial, e a que tem mais sucesso. E como tal são para o islamismo político o grande obstáculo. São um empecilho no caminho a percorrer pelos islamistas para espalhar a mensagem de Maomé através do mundo inteiro e criar o califado à escala universal. Por essa razão os EUA têm que ser atacados.
Você não vê aqui uma relação com a política externa agressiva da parte dos EUA?
Não creio. O ódio nada tem a ver com a política americana no Médio Oriente ou com a política externa dos EUA em geral.
Mas isto é a justificação que os islamistas dão para os seus ataques a alvos americanos!
Mas não é a justificação de Bin Laden.
Mas não foi precisamente a colocação de tropas americanas no país dos lugares santos, Meca e Medina, [durante a operação ‘Desert Storm’ para libertação do Kuwait – C.R.] que originou a ‘fatwa’ de Bin Laden?
Isso é só uma parte da justificação. Bin Laden fez alusão à humilhação da comunidade muçulmana depois da destruição do império Otomano - algo que aconteceu há 80 anos. Depois refere-se à tragédia da perda da Andaluzia – algo que aconteceu em 1492. Depois vê-se como a incarnação de Maomé, quando este teve que fugir de Meca. Bin Laden pensa em termos de mil anos. Para ele a luta pela imposição da verdadeira religião começa a partir do século 7 e imagina que é o novo combatente, o ‘mudjahedin’, aquele que vai transladar a luta para o seio do mundo ocidental.
No seu livro você diz que desde o início o Islão esteve inseparavelmente ligado a uma ideia de imperialismo e que esse sonho imperial perdura.
Absolutamente. Maomé, ao contrário de Jesus, não era apenas um apóstolo, um profeta, mas era também um político, um guerreiro e o líder de uma comunidade religiosa. Depois de ter ido de Meca para Medina, no ano 622 da nossa era – o ano que os muçulmanos consideram o início do seu calendário – passou os últimos dez anos da sua vida a combater os seus inimigos e a aumentar a sua hegemonia. Criou uma comunidade muçulmana que tinha como dever expandir-se, para que a verdadeira religião fosse cada vez mais numerosa. E esta estratégia foi continuada pelos seus seguidores. Dez anos depois da morte de Maomé os muçulmanos já possuíam um enorme império, que compreendia grande parte do Próximo Oriente e o Norte de África. Depois ocuparam ainda partes importantes da Índia e de Espanha [e de Portugal, menos a Invicta claro! – C.R.].
Isso já foi há mais de mil anos e o último império islâmico, o Otomano, foi derrotado depois da Primeira Grande Guerra!
Sim, mas nos 1200 anos entre o século 7 e a queda do império Otomano em 1918, o Próximo Oriente e grande parte da Europa e da Ásia estiveram sob domínio muçulmano, e todo esses reinos muçulmanos regiam-se a partir da lei corânica. Não havia separação entre Igreja e Estado; os muçulmanos eram a elite regente e os outros eram os seus súbditos.
É verdade que esse império foi destruído há 80 anos, mas a herança ficou e o sonho de restabelecer a ordem perdida nunca desapareceu. Logo a seguir à queda do império Otomano surgiram no seio do mundo muçulmano dois sonhos paralelos. Um, o mais restrito, era o pan-arabismo ou nacionalismo árabe, que aspirava a um reino unido no território do Próximo Oriente, mas que seria apenas um reino árabe-muçulmano [Nasser no Egipto; Saddam Hussein no Iraque; Kaddafi na Líbia – C.R.]. O outro sonho, o que queria incutir nova vida no império muçulmano, era representado por movimentos políticos como os Irmãos Muçulmanos [responsáveis pelo assassinato do anterior presidente do Egipto, Anwar al Sadat. A organização foi fundada no Egipto por Hassan al-Banna, avô do actual teólogo suíço Tariq Ramadan – C.R.] e outros. Com a fundação da República Islâmica do Irão em 1979 apareceu finalmente um estado, uma república muçulmana que manifestamente aspira ao domínio universal. Isso levou à guerra entre o Irão e o Iraque com milhares de mortos, o que enfraqueceu o Irão durante um longo período. Mas rapidamente os persas retomaram os seus ambiciosos planos, em que as armas nucleares desempenham um papel preponderante.
No seu livro você descreve como até agora todos os impérios muçulmanos se perderam em rivalidades internas e externas. Não vai acontecer o mesmo com os actuais muçulmanos?
Isso acontece neste momento no Iraque, onde muçulmanos matam muçulmanos – claro que de vez em quando lá matam um soldado americano. Isto também é válido para a Algéria ou o Sudão, onde centenas de milhares de muçulmanos são chacinados por outros muçulmanos. Maomé criou o princípio da solidariedade muçulmana, uma regra ideológica e política muito importante, para que a lealdade para com o Islão substituísse as ligações sanguíneas e outras, como a tribo e o clã. Os muçulmanos foram proibidos de combater muçulmanos, porque a sua tarefa deveria ser matar infiéis. Mas na realidade os muçulmanos começaram logo a seguir à morte de Maomé a se digladiar. [A luta pela sucessão de Maomé: daí nasce o cisma entre sunitas e xiitas muçulmanos – C.R.]. No decorrer da história foram mais muçulmanos mortos por muçulmanos do que por cristãos.
No entanto o Dar el islam [Casa do Islão, ou seja os países islâmicos – C.R.] desde tempos imemoriais que está teoricamente em guerra contra o Dar el harb [Casa da Guerra, leia-se o Ocidente ou tudo aquilo que não é islâmico – C.R.]. Os muçulmanos vêm sempre à baila com as cruzadas quando se referem à ameaça que os EU e os seus aliados representam para a sua religião!
As cruzadas são uma invenção do século 20, um instrumento político dos islamistas. Quando elas tiveram lugar, a maioria dos muçulmanos não estava consciente que tal coisa existisse. É verdade que no início das cruzadas, quando os cristãos ocuparam a Palestina e Jerusalém, foram travados combates e houve chacinas, mas depois os cruzados fixaram-se, criaram reinos cristãos no Levante e adaptaram-se à situação no terreno, colaborando com os reinos muçulmanos locais. Houve inúmeros períodos em que reis muçulmanos se juntaram a reis cristãos para combater outros reis muçulmanos e vice-versa. [Na batalha de Alcácer Quibir o nosso rei D. Sebastião tinha como aliado o sultão Mulay Mohammed, que combatia o seu tio Abd Al-Malik que por conseguinte tinha o apoio otomano – C.R.]. Entre os imperialistas locais havia na altura uma união de interesses que remetia a religião para um segundo plano. No século 20 os islamistas – e antes deles os pan-arabistas – criaram o mito, segundo o qual as cruzadas seriam um ataque conjunto à Umma (a comunidade muçulmana universal) – o que não corresponde de maneira nenhuma ao ponto de vista da gente da época. É verdade que os cruzados conquistaram Jerusalém aos muçulmanos. E depois? Jerusalém não era uma cidade muito grande, e nesse tempo não era muito importante para os muçulmanos. Bagdad é que era a capital do califado e Meca e Medina os lugares santos – na ordenação muçulmana Jerusalém era uma cidade de segundo plano. Além disso, antes de Jerusalém ser islâmica já tinha sido judaica e depois romana. Porque razão tanta celeuma?
Porque razão o islamismo se tornou tão agressivo e porque razão é tão popular?
O Islão é no Médio Oriente, e desde o século 7, a única forma de organização. Quem reinava apoiava-se sempre na religião. Historicamente nunca o Médio Oriente conheceu uma forma de nacionalismo. As pessoas não se consideram árabes. O pan-arabismo é uma invenção do século 20, implementada pela elite para conseguir os seus próprios objectivos. O Islão, o factor dominante durante 1400 anos, foi temporariamente posto de lado, mas voltou logo a seguir. As pessoas no Médio Oriente ainda crêem de uma maneira que os europeus já baniram há 200 anos. Quero com isto dizer que regimes seculares como os Partidos ‘Baath’ no Iraque e na Síria são anomalias. O islamismo está muito mais próximo das pessoas que os regimes ditos seculares. Veja-se o que aconteceu no Iraque. Quando Saddam se sentiu pressionado, quis à viva força fazer-se passar por um bom muçulmano e mandou colocar na bandeira do Iraque a frase “Alá é grande”. [e projectava construir a maior mesquita de sempre – C.R.]. Não é o Estado mas sim o Islão o factor de ligação e de organização, a não ser que haja reformas fundamentais nestas sociedades – o que todavia não acredito.
Mas há quem acredite nestas reformas (fundamentais), mas dizem que elas vão ser feitas a partir dos muçulmanos que vivem na Europa. Creio que Tariq Ramadan, o famoso teólogo islâmico Suíço, diz isso!
As pessoas que dizem isso são espertalhões que têm um discurso duplo. Se isso realmente acontecesse seria de louvar, mas creio que é precisamente o contrário o que está a acontecer. Os muçulmanos trazem consigo a sua maneira de ser e as suas tradições, e tentam gradualmente impô-las aos europeus.
Que força tem, ou até que ponto está espalhada a utopia de uma Umma [comunidade islâmica universal – C.R.] unida, de um novo califado?
Isso é precisamente o que os islamistas acham a essência do Islão. Mas os muçulmanos comuns estão apenas preocupados com o quotidiano. A maioria nem sequer imagina a existência de tal coisa. É preciso ter em conta que metade do planeta é analfabeto. E as taxas de analfabetismo no Médio Oriente são enormes, é caso para perguntar: até que ponto é que esta gente conhece a sua própria religião?
Eles não precisam de conhecer a fundo a sua religião, só precisam de seguir líderes carismáticos como Osama Bin Laden e Ahmadinejad.
Bin Laden repete o que Maomé dizia: o Islão é a verdadeira religião universal que vencerá. O cristianismo também era assim, mas há séculos atrás perdeu este cariz messiânico – o islamismo não. As elites, os educadores, as pessoas que pregam nas mesquitas, os que lêem e escrevem, continuam a acreditar neste objectivo. Isto não significa que todos eles querem lutar de forma violenta para o conseguir, mas de qualquer forma é imperativo lutar.
De cada vez que os islamistas cometeram um atentado - Nova Iorque, Bali, Casablanca, Madrid, Londres -, políticos, tais como Bush e Blair por exemplo, apressaram-se a frisar que se tratava de uma minoria fanática e não representativa. O Islão é uma religião pacífica.
Leia a história do Islão e mostre-me por favor onde e quando é que o Islão foi pacífico – se conseguir talvez eu adira a essa opinião. O Islão nunca foi uma religião pacífica. A palavra “Islão” não significa paz, como se ouve amiúde, mas sim submissão. Submissão e paz não são a mesma coisa. Isso não quer dizer que todos os muçulmanos sejam violentos e que acham necessário fazer explodir pessoas para as obrigar a aderir ao Islão. Também é possível conseguir isso através de persuasão ou conversão, ou através de casamento, ou germinando muitos filhos. Mas alguns – certamente uma minoria, mas uma minoria considerável – são extremamente violentos. Quando teve lugar o atentado de 11/9, muitos muçulmanos aplaudiram. Ao fim e ao cabo o Islão acaba sempre por ser uma religião que luta pela hegemonia mundial.
Que fazer como ocidental ou político ocidental? Como enfrentar esta sede de hegemonia mundial?
Não quero dar receitas políticas. Com isso só se arranja chatices. Mas pronto, que seja pelas alminhas: as pessoas devem respeitar as crenças de toda a gente. Mas os muçulmanos que imigram para e que vivem na Europa, sociedades democráticas com regimes liberais, devem aceitar as regras existentes. Devem integrar-se, devem arranjar uma forma de Islão ocidental que seja fundamentalmente diferente daquilo que o Islão sempre foi e continua a ser. Tem que ser um Islão em que haja separação entre o temporal e o religioso, em que a religião se torne um assunto pessoal e não político.
Há sinais que isso é possível?
Não, há sinais do contrário. Quando o Ministro britânico Jack Straw, que tem muitos muçulmanos no seu distrito eleitoral e nutre simpatia pelos mesmos, declarou não estar a favor das mulheres saírem à rua com a cara coberta, a reacção na comunidade islâmica em Inglaterra foi bastante forte.
Precisamente como aconteceu com os cartoons dinamarqueses, os muçulmanos dizem que também neste caso os ocidentais devem respeitar a sua religião e tradições.
É evidente que temos que respeitar o profeta Maomé. Mas os muçulmanos têm que aceitar que nem tudo o que eles acham ser faltas de respeito, são realmente faltas de respeito. 99% dos muçulmanos que em 2006 se manifestaram nas ruas, provocando desacatos, incendiando embaixadas e ameaçando de morte, nunca viram os cartoons, nem sabiam onde se encontrava a Dinamarca, nem tinham a mínima ideia do que se tratava. Disseram-lhes apenas que o profeta tinha sido insultado. [Precisamente a mesma situação no caso Rushdie, nenhum manifestante tinha lido os Versículos Satânicos, mas todos eles estavam dispostos a matar o autor! – C.R.]. Veja-se o exemplo da Síria. Um país em que o pai do actual presidente há 20 anos atrás matou dez mil activistas islâmicos na cidade de Hama - o bastião do islamismo na Síria – e a seguir mandou arrasar a cidade. E você quer agora dizer-me que o regime secular Sírio está minimamente interessado nestes cartoons? O regime manda as pessoas para a rua protestar para desviar as atenções dos problemas internos.
E para intimidar o ocidente?
Claro. E nós deixamo-nos intimidar.
E quando o papa fez um discurso sobre a razão e a religião teve posteriormente que se desculpar!
Precisamente. E se você ler todo o discurso completo do papa – o que muita gente não fez – vai verificar que ele critica muito mais valores cristãos do que o Islão. Em todo o discurso havia uma frase que condenava a Jihad como sendo imoral. O que é a Jihad? A Jihad é a propagação da religião através da guerra.
Mas os muçulmanos frisam constantemente que Jihad não quer dizer luta, mas esforço interior.
Sim, isso é o que eles nos dizem: Jihad significa esforço ou luta. Outra interpretação da palavra é “luta para nos melhorarmos”. Mas não é isso o que os muçulmanos querem dizer quando falam em Jihad. Quando o Império Otomano fez um apelo aos muçulmanos do mundo inteiro para uma Jihad contra a Inglaterra, a França e a Rússia, a ideia não era que eles ficassem em casa sossegados a estudar o Corão, mas que partissem para a guerra (santa). Quando no Afeganistão se proclamou a Jihad contra as tropas soviéticas, isso significava: Ide e matai-os! Quando clérigos afirmam que Jihad não significa guerra é uma impostura e serve apenas para enganar o ingénuo ocidental.
Porque razão ideias como Jihad têm tanta atracção em jovens muçulmanos que nasceram na Grã-Bretanha?
Porque não foram suficientemente assimilados. Aqui é que reside o problema. Se tivessem sido suficientemente assimilados e se o Islão europeu tivesse sido reformado estes jovens não pensariam em termos de Umma (comunidade islâmica mundial) e nem lhes passava pela cabeça impingir o Islão a não-crentes. Praticariam a sua religião em círculo privado, rezariam e fariam boas acções.
Quando Bernard Lewis afirma que a Europa no final deste século será provavelmente muçulmana, tem razão ou exagera?
Não creio que esteja totalmente a exagerar. Claro que isto tem a ver com a forma como a Europa vai reagir. Mas se os europeus não acordarem a tempo, isso acontecerá. Não necessariamente através de violência, mas através de imigração, conversão e de vez em quando intimidação. Hoje os muçulmanos servem-se dos cartoons dinamarqueses como motivo, amanhã será um programa da televisão, filme ou vestimenta o que os escandaliza [tudo isto já está a acontecer actualmente – C.R.]. Quando Gaza esteve ocupada por Israel, havia uma certa liberdade secular – não muita, porque ambas as sociedades são religiosas. Mas quando Israel partiu e Arafat tomou conta do território o Hamas deitou fogo aos cinemas e às videotecas.
Será que nós ocidentais cedemos muito facilmente às exigências dos muçulmanos? Será que existe na Europa uma política de apaziguamento?
Sim, existe uma política de apaziguamento. Mas só em parte se trata de apaziguamento. O problema é que os europeus não estão conscientes do perigo a que estão confrontados. Se alguém lhes disser que Jihad é algo de pacífico, eles acreditam. Não sabem em que tipo de sarilhos estão metidos, e também não querem saber. Quando sabemos que somos ameaçados, temos que tomar medidas. Por isso as pessoas preferem viver na ignorância.
Política da avestruz?
Sim. Até a coisa mais dia menos dia explodir.
Há políticos sérios que vêem no conflito sobre a Palestina a chave da resolução do problema com o Islão, e afirmam que uma solução justa com dois estados iria acalmar os islamistas.
Isso é um disparate. Os Israelitas há 70 anos atrás já eram a favor de uma solução com dois estados. Os Árabes não quiseram e optaram por fazer a guerra a Israel, que perderam. Depois perderam mais guerras. Em 1967 Israel ocupou a Cisjordânia e Gaza. Passo a passo chegou-se em 1993 ao Acordo de Oslo com uma solução com dois estados. Em Camp David Ehud Barak ofereceu um estado a Arafat – talvez não fosse 100% da Cisjordânia, mas era possível negociar mais território. Mas o Hamas não quer uma solução com dois estados. E a Fatah fala de uma solução-de-dois-estados em inglês, mas em árabe de uma solução-de-um-estado, o que significaria a destruição de Israel. Pessoalmente sou há muito tempo a favor de uma solução-de-dois-estados e também a maioria dos israelitas a aceitariam de bom grado, caso os palestinos estivessem de acordo. Mas uma solução-de-dois-estados não vai resolver o problema.
Porque razão os muçulmanos ganham a guerra da propaganda na Europa? Porque razão no conflito do Líbano a maioria dos europeus estava contra Israel? E porque razão pensa a maioria dos europeus que Israel oprime os palestinos?
Muito simples: porque Israel é um estado judaico. Não nos deixemos enganar! Trata-se aqui da continuação da velha obsessão contra o judeu. Ninguém está interessado nos palestinos. Os próprios árabes nunca se preocuparam com os palestinos. [A propósito, o Egipto está actualmente a construir um muro de aprox. 10 km de extensão e 30 m de profundidade a sul de Gaza para limitar o contrabando do Hamas. Ultimamente até tem ejectado gás nos túneis, a título de solidariedade com os palestinos!!! – C.R.]
No entanto é compreensível que a opinião pública europeia se indigne quando bombas israelitas matam um número considerável de mulheres e crianças na guerra do Líbano.
Tratava-se de uma guerra e morreram aproximadamente mil pessoas. Comparado com outras guerras não se pode dizer que seja uma enorme quantidade de vítimas.
Mas a maioria das vítimas eram civis.
Claro que a maioria eram civis, porque o Hezbollah é formado por civis. Não é um exército regular, são terroristas que se escondem entre a população. Foram mortos aproximadamente 600-700 combatentes (ou aquilo que vocês lhes quiserem chamar) do Hezbollah.
Mas porque razão a opinião geral na Europa era de que a resposta de Israel às provocações do Hezbollah foi desproporcional?
Porque os Europeus não são justos em relação aos judeus. Nunca foram. Desde os tempos dos romanos que andaram a matar judeus. Nada de novo? Na Polónia, e pouco tempo depois do Holocausto, foram mais uma vez judeus mortos em pogroms.
Mas Israel invade frequentemente os territórios palestinos. As pessoas lembram-se ainda da operação em Jenin, que foi descrita em vários meios de imprensa como sendo uma chacina.
Qual chacina? Não houve chacina nenhuma. No decorrer dos violentos combates contaram-se vinte mortos. Os americanos e os ingleses durante operações no Iraque matam mil pessoas por dia, como em Fallujah. O rei da Jordânia matou 10.000 palestinos numa semana [o famoso Setembro Negro – C.R]. Na ‘Intifada’ entre 1987 e 1990 foram mortos mais palestinos por palestinos do que por Israel. Ainda agora se matam mutuamente. E quem é que está interessado no assunto? O exército israelita faz o que pode para evitar vítimas civis. Enquanto os palestinos tentam matar o maior número possível de israelitas. Se pudessem matavam todos os judeus e no entanto o mundo condena Israel. Porquê? Porque historicamente os judeus são os maus.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
De como me tornei verde
Foi depois de ter lido este texto do Gato José Diogo Quintela Fedorento, na PÚBLICA de ontem:
O Concílio de Copenhaga
Terminou sexta-feira o Concílio de Copenhaga, perdão, a Cimeira de Copenhaga. Como previsto, os cardeais, perdão, os delegados concluíram que por causa dos pecados de Sodoma e Gomorra, perdão, do modo de vida dos Estados Unidos e dos países da Europa Ocidental, o nosso planeta será castigado. Independentemente de aqui habitarem alguns justos, perdão, sócios da Greenpeace com as quotas em dia. Pagarão à mesma pelas faltas dos pecadores, perdão, das pessoas que insistem em gastar água, tomando banho todos os dias. A ira divina, perdão, o aquecimento global, afecta toda a gente.
A tensão é palpável, como se viu nos vários autos-de-fé, perdão, manifestações nas ruas de Copenhaga. Há quem esteja mesmo convencido de que, se não se respeitarem os Dez Mandamentos, perdão, o Protocolo de Quioto, virá aí o Apocalipse, perdão, o aumento de dois graus na temperatura da Terra. A culpa, perdão, a responsabilidade é do Homem. Dizem que se não levarmos uma vida santa, perdão, sustentável, estamos condenados, perdão, lixados. Que temos de jejuar, perdão, de ter uma alimentação vegan. Que devemos fazer um voto de pobreza, perdão, ir a pé para o emprego. E que talvez seja preciso andar com um silício à volta do lombo, perdão, passar a usar o áspero papel higiénico reciclado. Quantas mais penitências, perdão, sacrifícios estúpidos sem qualquer relação causa-efeito com o problema do aquecimento global, melhor. Caso contrário, o Anjo da Morte, perdão, a Natureza, exterminará todos os primogénitos do Egipto, perdão, os ursos polares.
Os fiéis, perdão, as pessoas, acreditam nas profecias, perdão, nas previsões do Vaticano, perdão IPPC. Isto apesar das declarações dos blasfemos, perdão, dos cientistas cépticos que, com as suas heresias, perdão, investigações, põem em causa os dogmas, perdão, as teorias dos padres, perdão, activistas do aquecimento global. E também apesar de alguns missionários, perdão, cientistas, terem sido apanhados a corrigir o cânone, perdão, a aldrabar os dados.
Mas as pessoas andam cheiinhas de temor do Deus vingativo do Antigo Testamento, perdão, do medo da Natureza, que causa tsunamis porque alguém cometeu adultério, perdão, não pagou a “compensação de carbono” da última vez que andou de avião. Têm razão em ter medo? Bem, os presságios, perdão, os sinais estão aí: descobriu-se na semana passada uma estátua de Nossa Senhora a chorar lágrimas de sangue, perdão, uma fotografia da Angelina Jolie a chorar lágrimas de sangue. O mais grave é que esse sangue tinha o nível de colesterol altíssimo, típico de uma alimentação à base de comida não kosher, perdão, de junk food proveniente de multinacionais imperialistas. Ah! Se fôssemos todos crentes, perdão, verdes.
Resta-nos rezar, perdão, comprar um carro eléctrico, para evitar que se abata sobre nós “um dilúvio que, tudo inundando, eliminará debaixo do céu todo o ser animal com sopro de vida. Tudo o que existe na Terra, perecerá”. Tal como está escrito no Génesis, 7-16, perdão, 7-17.
Se uma árvore cai na floresta sem ninguém por perto, faz barulho? A árvore talvez não, mas um ambientalista dos que estiveram em Copenhaga, ui!, faz de certeza. E muito. Põe-se aos berros a dizer que a árvore caiu por nossa culpa. Porque não fomos bons, perdão, porque ainda não trocámos as lâmpadas antigas pelas económicas.
O discurso ambientalista actual é tão útil quanto um passageiro de avião histérico a gritar “vamos cair!” quando há turbulência. Se bem que um ecologista talvez ficasse contente se o avião caísse a meio da viagem, reduzindo a pegada de carbono em metade.
Agora se o Homem é, de facto, o maior responsável pelo aquecimento global, espero que aplique o know-how à indústria dos micro-ondas, inventando um que aqueça globalmente a comida, em vez de só parcialmente. Estou farto de comer sopa que está quente à superfície, mas gelada em baixo. Se se consegue fazer com um planeta, não há razão para não se fazer com uma canja.
Verde de inveja, por não ter sido eu a escrever isto...
Pseudociência
Da mundial governança
Controlo de movimentos.
"Comunidade Europeia"* ... paraíso da livre circulação de pessoas e bens. Circular, podem, desde que se saiba por onde.
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* Como se chama mesmo a tralha?
sábado, 19 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Quem é Mr Strong?
Guru de Al Gore, ligado à Conferência do Rio, amigo de certas ONG, activista do ambiente, amigo de vários Secretários-Gerais da ONU, promotor da globalização do movimento ambientalista e alarmista, professor na Universidade de Pequim, onde reside, ligações antigas à China, facilitador da Coreia do Norte e envolvido no escândalo de desvio de dinheiros do programa "petróleo por alimentos", em favor de Saddam Hussein.
Lawfare
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
TGV e nuvens negras
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Na SIC Notícias, debate sobre gambosinos e "alterações climáticas" (12/12/2009)
Alteração climática cuja magnitude não conhecemos e em que a principal causa são os gases de efeito de estufa.Há uma "alteração". Não se sabe qual é, não se sabe em que direcção ... nada se sabe. Sabe-se apenas que há uma alteração.
Alguma alteração vamos ter....
Repare-se que mais para o fim, todos os aquecimentitas recorriam a estratégias de minimização de danos.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Climategate: a cabeça do polvo
Uma Rolha Chamada Barroso
O MRPP afinal não tinha futuro e o camarada Barroso deixou-se daquilo.
Uns anos depois era preciso apoiar o governo do MPLA contra a UNITA, única forma de conseguir realizar em Angola eleições livres e justas. Savimbi foi morto e sete anos depois a cleptocracia angolana não eleita está mais florescente que nunca.
Em seguida o homem foi eleito primeiro-ministro para tirar Portugal do "pântano". Dois anos depois deixou o país "bem entregue" ao proto-Sócrates do PSD, Santana Lopes, e o pântano nunca mais deixou de alastrar.
Quem ouvir falar atualmente Barroso sobre o Iraque rapidamente percebe que a sua participação do Acordo das Lajes só pode ter sido fotomontagem da CIA.
E agora, "Ladies and gentlemen, the latest science can leave no room for doubt. We must now take urgent steps to prevent dangerous climate changes.":
A credibilidade de Durão Barroso está onde estiverem os bons negócios e os "doces e salgados" do politicamente correto. Barroso, uma rolha sempre à tona.
LIVROS PARA TIMOR.....
Chegou-me um pedido de ajuda de Timor através de um amigo de Torres Vedras: uma professora patriota, a dar aulas em Timor, quer manter viva a língua de Camões e aproveita para manter também…
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Caros amigos,
Alguns sabem e outros nem por isso (assim aqui vai a notícia) mas estou em Timor a dar aulas na UNTL (Universidade Nacional de Timor Leste) no âmbito de uma colaboração com a ESE do Porto.
Aquilo que vos venho pedir é o seguinte: livros.
Não vou dar a grande conversa que é para montar uma biblioteca ou seja o que for, porque não é.
O que se passa é o seguinte... não sei muito bem como funcionam as instituições, nem fui mandatada para angariar seja o que for, mas o que é certo é que sou (somos!) muitas vezes abordados na rua por pessoas que desejariam aprender português mas não possuem um livro sequer e vão pedindo, o que é muito bom.
O certo é que a minha biblioteca pessoal não suportaria tanta pressão, nem eu, nos míseros 50 quilos a que tive direito na viagem, pude trazer grande coisa para além dos livros de trabalho de que necessito.
COMO MANDAR?
Basta dirigirem-se aos correios (CTT) e mandarem uma encomenda tarifa económica para Timor (insistam porque nem todos os funcionários conhecem este tarifário!) e mandem a coisa por 2,49 €. A encomenda não pode exceder os 2 quilos para poder ser enviada por este preço.
Devem enviar as encomendas em meu nome (Joana Alves dos Santos) para:
Embaixada de Portugal em Díli
Av. Presidente Nicolau Lobato
Edifício ACAIT
Díli - TIMOR LESTE
E O QUE MANDAR?
Mandem por favor livros de ficção, romances, novelas, ensaios, livros infantis etc, etc. Evitem as gramáticas e os manuais escolares. Dicionários, mesmo que um pouquinho desactualizados são bem vindos.
Este critério é meu e explico porquê.
Alguns timorenses (estudantes e não só) são um bocado fixados em aprender gramática mas ainda não têm os ‘skills’ básicos de comunicação. Parece-me melhor ideia que leiam outras coisas, deixar-se primeiro apaixonar pelas histórias, mesmo que não entendam as palavras todas, do que andarem feitos tolinhos a marrar em manuais e gramáticas.
O caso dos dicionários é outro.
Um aluno, por exemplo, usa um dicionário português-inglês para tentar adivinhar o significado das palavras. Como o inglês dele também não é grande charuto imaginem como é a coisa. Bom, espero ter vendido bem o meu peixe sobre o povo timorense. Falam pouco e mal mas na sua grande maioria manifestam simpatia pela língua portuguesa.
De qualquer forma (e muito sinceramente) isto não vai lá com umas largas dezenas de professores portugueses que por cá andam. É preciso ter a língua a circular em vários meios e suportes. Espero que respondam ao meu apelo!
Eu por cá andarei sempre com um livrito na carteira para alguém que peça!
j.
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...