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domingo, 7 de dezembro de 2008

O Cagalhães.

Fazê-lo sentado e com limpeza é uma das conquistas de Abril.
Na longa noite fascista, o povo não tinha direito à dignidade do cólon, e só o grande capital, os latifundiários, os Mellos, os Champalimaudes e os neoliberais ultraconservadores imperialistas tinham acesso ao privilégio das 4 folhas macias e perfumadas.
Nestes tempos de turbulência e até flatulência, em que se assiste à derrota do capitalismo, do neoliberalismo e do Benfica (5-1 na Grécia, uma vergonha), é preciso alguém que resista, é preciso alguém que diga não ao violento ataque aos direitos intestinais e outros, dos trabalhadores.

A reacção, reforçada por xenófobos imperialistas ultraliberais e neoconservadores, e gananciosos ultraconservadores imperialistas e neoliberais, mostra as suas verdadeiras intenções que passam por privar o proletariado do direito ao rolo, pretendendo obrigá-lo a usar folhas de jornais privatizados, placas de contraplacado, giestas, bocados de tijolo, pedras e até fichas do novo modelo de avaliação dos professores

Apesar dos reveses sofridos, a violenta ofensiva do imperialismo não dá sinais de recuo, antes se acentuam os seus traços fundamentais – exploração, opressão, agressão, militarismo, roubo de casa de banho- calamidades às quais as massas trabalhadoras e obradoras resistem com determinação revolucionária, e vassouras de piaçaba.
Na devastação causada pelo imperialismo bushista, em Guantanamo, nos voos da CIA, na Guerra do Iraque, Palestina, etc, os trabalhadores e a classe operária sofrem terríveis desarranjos gástricos, porque as forças neomonopolistas e arqueoliberais, conduzem uma pilhagem sistemática e selvagem de todos os rolos de papel higiénico, deixando os povos mergulhados nas mais profundas depressões intestinais

Levam-nos às carradas, numa ganância desenfreada, e tudo lhes serve, modelos dos mais baratos, cor-de-rosa, com cheiro a alfazema, de folha dupla, mono, bi e até trifuncionais, incluindo alguns usados e em 2ª mão. Há já casos identificados de deslocalização das casas de banho das fábricas, na Marinha Grande e na cintura industrial.

Face a este quadro, a luta de classes agudiza-se, convergindo na condenação e rejeição das políticas intestinais do grande capital e do imperialismo. A resistência generaliza-se e temem-se reacções desesperadas. O sindicalista Mário Nogueira prepara-se mesmo para se barricar frente ao Ministério da Educação, ameaçando limpar o rabo com fichas “deste modelo” de avaliação, ao passo que o Bloco de Esquerda está já a preparar para este Inverno um Acampamento de Verão, com a participação do Hélder do Milho, conduzindo workshops sobre métodos alternativos, pós-modernos e sustentáveis para limpar o cu, explorando a alteridade das barbas do milho livre de OGM.
A própria Protecção Civil planeia conduzir um simulacro, com o nome de código “Operação Bostada”, para decantar procedimentos a aplicar e caso de obstipação generalizada.

Do Governo espera-se uma intervenção apaziguadora e o 1º Ministro deverá brevemente anunciar e demonstrar o uso do Cagalhães, uma pequena maravilha tecnológica e porreira, da qual pouco ainda se sabe mas que, segundo fontes bem colocadas, irá revolucionar a arte de cagar, tornando-a mais consentânea com o modelo social europeu, e susceptível de diminuir a dependência externa, podendo mesmo ser vendida à Venezuela.


P.S. Algumas das passagens deste texto foram extraídas das teses do último Congresso do PCP, leitura obrigatória em qualquer casa de banho de média qualidade, e muito eficaz na prevenção da obstipação.

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