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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Pirómanos e fogo de artifício

O governo grego demorou 4 dias a perceber que a escumalha especialista em cocktail Molotov é "inimiga da democracia".

Face à "violência policial", os palermas do costume trataram de pedir a imediata demissão do governo.

Quando a tormenta passar, caso a direita saia reforçada, será acusada de ter demorado demasiado tempo a tomar medidas para contabilizar votos a seu favor. Caso contrário, a esquerda chegará ao poder e acusará a direita de não ter entendido as "razões profundas da revolta" mas manterá as medidas repressivas que a direita tenha implementado.

Há ainda a possibilidade de nem uma nem outra perceberem que terão que arrear porrada de criar bicho nas fuças dos pirómanos e, nesse caso, cá estaremos.

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9 comentários:

Anónimo disse...

Pensar (e escrever) que 4 dias de completo caos num país se deve apenas a pirómanos e arruaçeiros não contribui muito para perceber os problemas da sociedade grega. Será que o autor do "post" tem alguma ideia do que lá se passa? Duvido.

Unknown disse...

Ah, as razões!

Para começar muitos pinotes, muitas borbulhas, muitos estribilhos, e escassa substância.

Sabe, caro voador, Lenine cunhou a expressão “idiotas úteis”, para designar aqueles ingénuos que ardendo em aspirações de utopia, eram facilmente manipulados e conduzidos à vara pelos activistas comunistas.
“Idiotas” porque estúpidos, “úteis” porque a sua estupidez era aproveitável por pessoas mais espertas.
A violência destes putos é fácil de explicar. É o mesmo mecanismo de efeito zumbidor que faz com que pacatos gafanhotos se transforme numa das 7 pragas do Egipto, quando alcançam uma determinada densidade por metro quadrado.

Os “idiotas úteis”, acabam instintivamente por se agrupar em torno de quem lhes ensina novos slogans e os empurra para a "luta".
É como uma corneta. O rebanho espevitou as orelhas, começa a balir e segue o mais afoito, mesmo que este corra para o abismo.


Nada de novo.
Recorda-se do Maio de 68?
Da "intifade" francesa de há 2 ou 3 anos?
Da pancadaria nas ruas de Copenhaga?

Razões?
Não são necessárias..basta um pretexto e as razões inventam-se depois.

Anónimo disse...

Há pessoas, como o "Lidador", que funcionam com um modelo de análise pré-concebido e antes de saberem as razões já sabem de que lado está a razão. Fantástico.
Eu, como pouco sei da Grécia, ponho-me a pensar o que estará a acontecer naquele país, onde as suas principais cidades estão a ferro e fogo, a ponto de o governo ter decretado o estado de sítio.
Serão só as borbulhas adolescentes? Ou um mal mais profundo que ganhou agora a sua expressão nas ruas? Eu não sei.
Deixe-se lá de tiradas e citações do Lenine (até parece que é Leninista) e vá direito aos factos: sabe o que se passa na Grécia, ou não?
É que se não sabe, dá provas de uma grande igmorância.

Ricardo Lima disse...

A política é uma autêntica familia descontrolada. Se o pai não castiga o filho pelo comportamento que tem o lado DIREITO da familia cai-lhe em cima. Se castiga, leva com o lado ESQUERDO encima.
Agora que a polícia grega agiu, o governo é criticado por uns por agir demasiado tarde e por outros simplesmente por ter agido.
Perde votos de qualquer maneira.

RioDoiro disse...

HV:

"Pensar (e escrever) que 4 dias de completo caos num país"

O caos real não passa de vandalismo provocado por poucos milhares de arruaceiros.

O caos fictício é um estado de espírito em que largos milhares de idiotas se sentem "perplexos" na típica atitude de serem incapazes de ter qualquer espécie de atitude. Não é de espantar, porque são os mesmos idiotas que defendem o estado de coisas que conduzem ao que vêm, não o querendo assumir.

Parece que a polícia grega nem tem dispositivos para atirar longe as granadas de gás lacrimogéneo. Atira-as à mão, tal como o imbecis fazem aos cocktail Molotov.

Chegará a altura em que ou começarão a ser lançadas balas de borracha ou haverá detenções em massa.

O tempo que decorrer até que aí se chegue será a exacta medida da compreensão, pelos gregos, do imbróglio em que se deixaram cair.

Claro que o culpado de serviço ainda está na Casa Branca.

Há sempre a possibilidade de se instalar ali mais um radioso paraíso socialista. Basta que nada façam.

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Anónimo disse...

Até agora só li profissões de fé. Continuo à espera que me elucidem (se souberem) sobre a situação grega.
Is anybody there?

Anónimo disse...

A situação grega é simples, há uns bandalhos que pensam que podem destruir tudo o que lhes dá na real gana.

A solução é simples, porrada para cima do lombo.

Unknown disse...

"Há pessoas, como o "Lidador", que funcionam com um modelo de análise pré-concebido e antes de saberem as razões já sabem de que lado está a razão"

Meu caro, todos temos "modelos de análise". O seu parece ser o de que há "um mal profundo".
Entre o seu modelo místico e o meu, prefiro o meu.
Até porque é corroborado por várias situações semelhantes em vários países, em várias épocas e com protagonistas semelhantes.
A menos que o seu "mal profundo" seja uma doença cósmica que se propaga por vias misteriosas, parece que o meu "modelo de análise" é mais prosaico e sobretudo mais operativo.
Como diz o Lagarto, para o meu "modelo" a solução é simples e eficaz: porrra no lombo e toda a força do estado democrático sobre a horda.
O seu "modelo" é apenas vácuo. É como o "éter" que no sec passado justificava uma série de fenomenos físicos.

Mas ainda me há-de dizer se acha legítmo que , numa democracia, onde o poder é exercido por pessoas eleitas pela maioria, e que conduzem a sua acção dentro das baias constitucionais, um grupo de indivíduos use a violência para protestar.Porque se achar que isso é legítimo, então nunca viveu no meio do caos e fala de barriga cheia.

RioDoiro disse...

Lagarto,

Nem mais.

:-)

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