Vai uma alegria imensa por esse mundo fora, pelo facto de um iraquiano ter atirado os sapatos à cabeça de Bush, e a coisa só não redundou em festa rija, entre os muçulmanos e a esquerda tola, porque Bush revelou uns reflexos do caraças. Fui ali à Wii da minha filha experimentar um jogo com uma plataforma em que um tipo se balança e tenta cabecear bolas e esquivar sapatos, e digo-vos que levei com alguns sapatos na testa.
A cobertura do evento tem sido deveras interessante. Os meios de comunicação social têm referido com grande gáudio e riqueza de pormenores que atirar sapatos é um grande insulto na cultura árabe, e que o jornalista é visto como um herói pelos iraquianos anti-Bush (e, claro, pelo povo de esquerda, um pouco por todo o mundo).
O que esta comunicação social se tem esquecido de referir, é a razão pela qual é possível no Iraque de hoje atirar sapatos a um Presidente.
É que tenho cá um palpite que se o herói se tivesse lembrado de praticar tal modalidade com Saddam Hussein provavelmente não voltaria a precisar de usar sapatos.
A ironia disto tudo, é que o herói atirou os sapatos, sem mais consequências que as da responsabilidade perante a lei, usando uma liberdade que lhe foi oferecida pelo alvo da sua ira.
Este incidente é afinal um testamento daquilo que mudou no Iraque.
Uma nota final para o humor de Bush. Aprecio pessoas capazes de se rir de si mesmas e dar a volta por cima. Para chatos convencidos já nos basta o Louçã.
Reagan era especialista nesta táctica, sempre reveladora de se estar na presença de gente com superior inteligência.
Foi também por isso que apreciei a saída de Obama sobre a raça do cão que vai escolher. "Rafeiro, como eu", é uma resposta superior.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
45 comentários:
Faltaram as meias.
Excelente ponto de vista. Sim, porque o protesto é o indíce para medir as liberdades democráticas, desde o ato em si até a apuração na polícia e na justiça.
No Brasil democrático, adoramos uma vaia, até porque não custa nada.
Já em outras democracias, usa-se ovos, bolos, maçãs.
Através de meus olhos ocidentais, considero muito chique jogar sapatos, porque são muito caros.
A inteligencia de Bush...
Huuummmm...tá bem, tá bem...
Mas, companheiro o senhor não viu a reportagem,... por certo,... é que o sapato passou por cima, logo, o Bush deu a volta por foi baixo...não por cima.
Como o meu falecido amigo Pedro Ferro dizia, "Esta situação não tem mesmo cartomãncia nenhuma"
Umas boas festas para todos
Donde se prova que as verdadeiras armas de destruição maciça existiam e estavam na sala de imprensa...
Pois é mas no Brasil "democrático" expulsa-se jornalistas que falam de bebidas,recambia-se pedidos de asilo, e censura-se Jô Soares.
Imagine-se um sapato.
"Donde se prova que as verdadeiras armas de destruição maciça existiam"
Holandes, meu caro, ter os estribilhos à mão e usá-los como quem faz conversa de sala de espera, é muito giro e exige tantos neurónios como os necessários para coçar os chatos.
Sei que há pessoas que têm memória de peixe ( menos de 10 segundos), mas olhe que as armas não só existiam como foram mesmo usadas. Os curdos sobreviventes de Halabja que o digam.
Na verdade nem são precisos curdos...o próprio Iraque as reportou à ONU e o próprio Iraque expulsou os inspectores da mesma ONU que supervisavam a sua destruição.
Sim, eu sei que a realidade é mais complicada do que os estribilhos, mas devia fazer um esforço, meu caro.
Recitar slogans, qualquer arara faz, desde que se lhe ensine.
Lidador:
Se até o Bush, numa das suas últimas entrevistas (programa sixty-minutes), confessou que a invasão do Iraque foi um erro baseada em informações falsas, quem sou eu para o contrariar?
A qualquer arara basta repetir o que o Bush disse...
O herói, com o disse o mullah demnentado lá no livre Irão, ou o corajoso como disse o opado e obeso Chavez, não são apenas um consolo para os idiotas úteis de cá e de lá.
No fundo, são a certeza de que os fascistas islâmicos estão vencidos: onde nos bons tempos atiravam uma rajada, hoje atiram uns calcantes ressumando chulé.
Marx e Allah vão perdendo qualidades.
Mas o gesto foi esclarecedor: o criminal Chavez, atenção a este díscolo, pode na próxima reunião "ao mais alto nível" (de baixeza) levar uma botas cardadas. Cuidado com o bandidote.
Dá gosto ver a alegria (revolucionária?) de todos os pequenos que desmecaram com o arremesso dos chanatos.
Quem sabe, talvez daqui a uns tempos o torpe Jerónimo and Co. possa sentir na linda fuça o suave impacto de umas botas de montar (o proleta).
ARREBIM BÓMALHO
Fizeram muito bem em pôr o jornalista na prisão. Quem é que o mandou errar a pontaria?
Lá está, holandês, o meu caro amigo bastam-lhe os estribilhos. É o mundo dos sound bytes. Arranja-se uma frase e é-se dono do mundo, nessa frase está tudo o que há para saber.
Mas o meu caro amigo poderia por si mesmo evitar a ladainha naive.
Bastava usar a cabeça um bocadinho mais.
Eu ajudo-o:
1-O Iraque tinha ADM em 1991 e usou-as. Está documentado e penso que não o negará, a não ser que viva num universo paralelo.
2.O Iraque assinou uma rendição em 1991 na qual se comprometeu a destruir as ADM e a desmantelar os programas. Está documentado.
3.Em 1998, expulsou os inspectores das NU que andavam exactamente a supervisionar a destruição das tais armas. Ora se eles supervisionaram a destruição de alguma coisa, é porque ela existia, não acha?
4- Na altura (1998) o Iraque ainda tinha ADM, como consta na Resolução UNÂNIME do Conselho de Segurança. Está documentado.
5-Quando os americanos começaram a concentrar forças, o Iraque declarou que já não tinha as armas que existiam em 1998. A ONU não acreditou, nenhum país acreditou, e foi enviado para lá o Sr BLix, para verificar se essa destruição tinha ocorrido. Contrariamente ao mito urbano, o Sr Blix não foi à procura das armas, mas sim verificar as provas da sua destruição. Está documentado.
6- No seu célebre Relatório, o S Blix escreveu que o Iraque NÂO APRESENTOU PROVAS, de que tinha destruido as armas , coisa estranha, porque destruir várias toneladas de produtos químicos deixa testemunhas, documentos, resíduos, etc,etc)
7.Ou seja, para TODA A GENTE, as armas existiam, porque no mundo real elas não evaporam sem deixar rasto e apesar de o Aladino ser daquela zona, a lâmpada não tem sido vista nos últimos séculos.
Na verdade a discussão na altura (presumo que a sua memória não alcance, tão entretida que está a decorar slogans) não era sobre se Saddam tinha armas e programas mas sim sobre a melhor forma de o obrigar a desfazer-se delas.
Uns achavam que era com mais inspecções, outros achavam que era hora de passar à acção, uma vez que o Saddam estava gozar pagode.
É assim, meu caro, No mundo real, as decisões têm de ser tomadas antes dos acontecimentos e com os dados que se conhecem. Não se pode decidir à posteriori.
Desafio-o contudo a um exercício de racionalidade:
• As armas existiam..foram vistas e catalogadas pela ONU...foram reportadas pelo Iraque...foram utilizadas no Curdistão...o Iraque expulsou a ONU e disse que destruiu as armas...foi repetidamente instado a provar essa destruição, mas nunca o fez.
Os aliados não encontraram as armas.
Que acha que aconteceu às armas? Qual a sua explicação para o facto de o Iraque não ter provado a sua destruição?
O que aconteceu aos MIG Força Aérea Iraquiana?
Porque razão a Síria, no ano passado, tinha praticamente acabado um reactor nuclear na fronteira com o Iraque?
Isto de os alarves alarvarem é bom. É bom porque faz repensar quem não é alarve e anda de braço dado com eles.
Este acontecimento e a enorme classe com que o presidente americano reagiu, tanto no momento como depois, serve bem para se perceber onde está quem presta e quem não presta. Ontem passou uma entrevista de Bush na CNN. E Bush esteve muito bem, outra vez.
Saddam não tinha armas? Mas sim, existiam na sua imaginação, na sua retórica agit prop. E não foi um conhecido e respeitado esquerdífero que disse "todo o concebível é possível"? No extremo, Saddam foi vítima da sua logorreia. Pela boca morre o peixe.
E é um consolo ver que estes fantasmas, afinal, põem uma corda ao próprio pescocinho.
E esperneou lindamente,foi um espectáculo admirável.
Fez uma belo cadáver, o malandrim.
ARREBIMBA
Lá está, o Arrebimba colocou o dedo na ferida.
Se Saddam já não tinha as armas no seu território, apenas tinha que cumprir as exigências da ONU e apresentar as provas que se lhe pediam.
Não o fez. Posso imaginar que terá feito o cálculo de que os americanos nunca passariam a vias de facto e por isso convinha-lhe manter a ideia de que tinha um trunfo na manga. Um bom jogador de poker nunca mostra o seu jogo e o Gen Clark, num livro sobre a guerra, diz que os generais de Saddam estavam convencidos que as suas divisões blindadas eram mais do que suficientes para derrotar as 3 divisões americanas que se alinhavam para a invasão.
Cometeu um erro gravíssimo: subestimou os americanos. E pagou pelo erro.
A invasão do Iraque e a sua posterior derrota poderiam ter sido evitadas por Saddam: bastava que tivesse cumprido as resoluções do Conselho de Segurança.
Não o fez...vae victis. Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga.
Lidador,
Não foi só o Bush que reconheceu ter sido enganado pelas informações dos serviços secretos americanos. Antes dele, já o Colin Powel tinha dito o mesmo (porque é que pensa que ele apoiou o Obama?). E, antes dos dois, já o Blix tinha feito declarações (está no livro que escreveu e nas entrevistas que vem dando desde então) que ele queria ficar mais tempo no Iraque para investigar se havia armas e foi obrigado a sair por causa da invasão. E, muito antes destas três personagens, já o William Rivers Pitt tinha escrito um livro com o Scott Ritter (ex-inspector de armamento da ONU) intitulado "Guerra contra o Iraque: o que Bush não quer que se saiba" (2000) onde ele explica as razões da invasão. Estas razões, seriam mais tarde relembradas por Emmanuel Todd em "Após o Império: ensaio sobre a decomposição do sistema americano" (2003).
Não me vai dizer que são esquerdistas, com certeza?
Se até o José Manuel Fernandes do "Público" um acérrimo defensor da invasão já deu o braço a torcer...que raio, só mesmo por má vontade!
Numa coisa eu estou de acordo consigo: é provável que o Saddam tenha feito "bluff", mas isso é especulativo e a verdade é que nunca foram encontradas armas. Logo...
Mostrou toda a sua classe este Bush.
As razões da invasão era haver grande actividade da AlQaeda, o que se confirmou pelos atentados temos visto.
Armas químicas também havia pois usou-as com os Curdos.
Obrigado pela tua coragem Bush. Por muito menos a Rússia invadiu a Geórgia.
Caro Holandes, creio que não vê apenas porque não quer ver. Blix não andava à procura de armas, ninguém andava à procura de armas. Andavam lá a verificar as provas da sua destruição.
O holandes ainda não entendeu que o ónus da prova era do Saddam e não dos americanos ou da ONU?
Não entendeu que não competia à ONU e aos EUA provar que Saddam tinha armaas, mas sim a Saddam provar que as não tinha?
Chiça, está em todos os Relatórios e resoluções.
Mas claro que não foram as armas a causa da invasão. As armas foram um pretexto. Do que se tratava era da tentativa de reconfigurar o mundo islâmico, plantando uma democracia ali no meio, para secar as raízes do terrorismo.
Uma excelente ideia. Que os americanos acreditavam ter poder para levar a cabo.
E oxalá consigam.
É a única maneira de, a prazo, extirpar o monstro islamista que, se não for atalhado a tempo, irá verter sobre as futuras gerações um mundo de trevas.
Se os americanos queriam ver-se livre do terrorismo islamita, deviam ter feito pontaria para outro lado. No Iraque não havia AlQaeda antes da invasão. Nem nunca foi provado que o regime ditatorial do Sadam tinha relações com o Al Qaeda. Chiça, está em todos os relatórios!
Até os americanos reconhecem isso. Por isso, dizem que se enganaram.
Engraçado...
Destruir um país sem relações com o terrorismo para secar o terrorismo.
Por isso o Mao criava grupúsculos nos países ocidentais. Para matar o maoismo.
http://blasfemias.files.wordpress.com/2008/12/gm081216.gif?w=500&h=386
.
Deixemo-nos de hipocrisias mansas.
Saddam era um canalha, tão canalha como o Aminadhejad. Se este agora não mata é porque não pode. Tal como o outro, que foi buscar lã e acabou tosquiado a espernear saudavelmente.
Mas gostaria de nos limpar todinhos, o biltre. E importa clarificar de uma vez por todas, sem complexos:se não tinha ligações à Al-Qaeda tinha a mentalidade e o perfil de um companheirão. Fazia o trabalho sujo sem ser preciso estar com os outros patifórios. Daí que foi um acto positivo mandá-lo para o paraíso das huris laicas, pois o sevandija fazia gala em se simular afastado dos mullahs.
Tirarei o meu chapéu e até a gabardina a qualquer regime ou gerencia de país que oferte uma gravata de cânhamo a qualquer tartufo do género.
E não sou sanguinário.
Apenas tenho o normal respeito por quem livra o mundo de semelhantes tiranetes, eles sim muito perigosos e por isso sempre merecedores de aplausos da escumalha esquerdífera estalinista.
O único saddam bom é o saddam morto e o resto é atitudes à la Flinders, dos Simpsons.
ARREBIMBA
Caro Holandês, acredito que seja capaz de alinhavar ideias mais consistentes e elaboradas do que estas que tem debitado.
Em 1º lugar continua a misturar pretextos com causas. As armas, a ameaça terrorista, a ditadura de Saddam, etc, tudo isso existia mas não foram as causas.
Foram os pretextos, que são sempre necessários para alimentar a boa consciência das massa amorfas que anseiam por slogans de fácil compreensão e recitação, e que precisam desesperadamente de princípios imediatos de “bem” e “mal”, para baterem palmas e/ou apuparem.
A América invadiu o Iraque por razões estratégicas e pode lê-las todas na NSS de 2002, elaborada logo a seguir aos atentados. Como sei que não a irá ler, porque os estribilhos e os chavões são mais fáceis de encornar, deixo-lhe aqui um resumo:
A necessidade de agir militarmente inscreve-se num plano ambicioso que visa a mudança do ambiente político no Médio Oriente, encarado por alguns pensadores influentes (os tais neocons) como um viveiro do terrorismo.
Correr com Saddam e impor a democracia, pode permitir redesenhar o mapa político de todo o arco islâmico.
Uma vez que manter o status quo que desembocou no 11 de Set é inaceitável e a prazo pode levar a atentados apocalípticos impunha-se um projecto global que remodelasse a cena internacional especialmente nas zonas onde as fontes de instabilidade e ameaça podem ter consequências adversas para os interesses ocidentais.
O 11 de Setembro provou aos americanos que esperar sentado só conduz a situações inaceitáveis e perigosas, cuja solução exigirá maiores custos às gerações vindouras.
No caso dos fundamentalismos muçulmanos, o conceito por detrás da estratégia americana (que já vinha de Clinton) é a ideia de que as democracias liberais não tendem a chegar aos extremos para resolverem os seus conflitos e que só o enforcement da democracia e do liberalismo pode evitar um choque civilizacional .
Se os muçulmanos não estiverem condenados a optar entre autocracias corruptas e loucos de deus, a prazo o conflito e a ameaça terrorista serão esvaziados.
Há depois vários estudos sobre o PIB que permitem dizer que os grandes países onde a democracia e o liberalismo têdm mais hipóteses de vingar, naquela região, são o Iraque, o Egipto e o Irão.
O próprio Richard Clarke que nunca morreu de amores por Bush, escreveu (Contra todos os inimigos, pag 365) que a estratégia de Bush passava por :
“ Criar uma democracia árabe que pudesse servir de modelo para outros estados árabes amigos, actualmente ameaçados face a dissenções internas, sobretudo o Egipto e a Arábia Saudita”.
Optou-se pelo Iraque, porque havia bons pretextos na altura e era um alvo mais macio.
É que sabe, não se pode combater uma ideia sem outra ideia. A única ideia capaz de derrotar o islamismo é a ideia de democracia e é essa a razão pela qual os islamistas execram a democracia.
Al-Zarqawi ( 2004): “Declarámos uma Guerra feroz ao princípio satânico da democracia e àqueles que seguem essa ideologia errada”.
Bin-Laden (1996) : ““O confronto a que apelamos contra os regimes apóstatas, não tem lugar para discussões socráticas, ideais platónicos e diplomacias aristotélicas. A principal missão pela qual a nossa organização militar é responsável consiste no derrube dos regimes sem Deus, substituindo-os por um regime islâmico".
Quanto aos terroristas no Iraque, está mais uma vez mergulhado em slogans primários e a olhar para a folha em vez de apreciar os contornos da floresta.
Você parece pensar que a Al Qaeda é assim uma espécie de corporação com a sua organização piramidal, com adminstradores, executivos, departamentos, e por aí adiante e com uma lista de pessoal, acreditado nos diferentes países.
Não é tal. É basicamente uma ideologia, uma visão. Milhares de grupos islamistas se reclamam da Al Qaeda .
Pertencem” à Al Qaeda?
Esta pergunta não faz sentido, não há registos notariais e muito menos há relatório e contas. Bin Laden não dá ordens precisas, é mais uma autoridade espiritual que informa os jihadistas da sua visão. E eles agem como acham melhor, procurando situar-se dentro da grande corrente ideológca que brota da Base, da “Fundação”.
Não havia Al Qaeda no Iraque? Onde pensa que estava Al Zarqawi, na altura? Exactamente a gozar a hospitalidade de Saddam, tal como Abu Nidal e outros terroristas encartados que aliás lutaram bem e obrigaram os americanos a duros combates em algumas vilas.
Para além disso o Iraque pagava subsídios às famílias dos bombistas suicidas que dia sim dia não se faziam explodir em Israel. O Iraque montou mesmo um atentado terrorista contra o ex-Presidente Bush, o que aliás motivou Clinton a retaliar com umas dezenas de mísseis de cruzeiro.
Mas sabe, eu estou razoavalmente convicto que você está tão preocupado com o Iraque como eu com a cultura das couves, e aquilo que o faz realmente pontificar sobre esta matéria é a clássica obsessão antiamericana, patologia incurável da esquerda mundial.
Lidador,
Está completamente engado. Quem persiste numa explicação maniqueista dos factos é você. Tem um modelo na cabeça e aplica-o a torto e a direito mesmo que a realidade o contrarie.
Já toda a gente percebeu que os (neocons) americanos precisavam de um argumento para invadirem o Iraque que, sendo uma ditadura, não era o principal inimigo do Ocidente. Pelo contrário, como se viu na guerra Iraque-Irão. Nessa altura, os americanos (Rumsfeld) não se importaram nada que o ditador amigo lançasse gás-mostarda contra os curdos...
O que se passou, de facto, é que os EUA quiseram redesenhar o Médio-Oriente, não só pelas razões que invocou (que toda a gente conhece) mas para controlar as fontes energéticas (petróleo e gaz) da região - o que se explica pelo simples facto do Iraque ser o segundo maior produtor de petróleo do Mundo.
Depois, as armas de destruição maciça foram um argumento falacioso, como o próprio Colin Powell (que se prestou àquele triste espectáculo na ONU) viria a reconhecer este ano.
Ou seja, as causas podiam ser inúmeras, os efeitos é que foram devastadores: não só os EUA não resedenharam região nenhuma, como o terrorismo se espalhou por outros continentes. O problema agravou-se, não diminuiu. O Iraque tornou-se um campo de treinos para terroristas e, o que é pior, o Afeganistão voltou a ficar mais instável do que nunca. Pior ainda, o Paquistão para lá caminha, quando desde sempre se soube que era naquele país que estavam as madrassas e os Taliban tinham a sua maior influência. De resto, e a acreditar nos serviços secretos americanos, o próprio Bin Laden estará lá refugiado...porque não o capturam?
Muitas perguntas e poucas respostas.
Eu não estou interessado em criticar os americanos "de per se" (apoiei sem reservas a retaliação no Afeganistão em 2001). Só não compreendo é porque é que os americanos insistem em impôr democracias à bomba.
Diga lá com franqueza: você acredita que a democracia se impõe pela força?
"Já toda a gente percebeu que os (neocons) americanos precisavam de um argumento para invadirem o Iraque"
Foi exactamente isso que eu lhe disse. Como vê, estamos de acordo.
"o Iraque que, sendo uma ditadura, não era o principal inimigo do Ocidente"
Mas era o que estava mais a jeito e relativamente ao qual havia bons argumentos.
"Nessa altura, os americanos (Rumsfeld) não se importaram nada que o ditador amigo lançasse gás-mostarda contra os curdos"
Não sei se se importaram ou não, ou se o senhor X se importou mais que o sr Y. Isso é irrelevante. O que significa "importar-se com"?
É uma avaliação moral e ética?
Os estados não se regem por isso meu caro. Regem-se por interesses.
Veja uma coisa: daqui a um mês Obama será Presidente dos EUA. Daqui a um mês haverá massacres numa parte qualquer do mundo, como sempre houve. Os EUA não irão intervir no Sudão, ou no Ruanda, ou no Zimbabwe, ou onde seja. Para si isso significará que o Obama "não se importa"?
Para as pessoas sensatas, significará que o assunto é triste, mas os nossos interesses não justificam que se mande para lá gente combater e morrer.
"O que se passou, de facto, é que os EUA quiseram redesenhar o Médio-Oriente, não só pelas razões que invocou (que toda a gente conhece) mas para controlar as fontes energéticas (petróleo e gaz)"
Também, evidentemente, mas não tome a nuvem por Juno.
O petróleo é uma coisa muito importante e um interesse vital para a nossa civilização. Seria bom que não fosse, mas é. E para si também, que gosta de largar palpites, mas usa e abusa dos confortos que daí brotam.
Mas o que significa "controlar"?
O negócio do petróleo está, desde há várias décadas nas mãos de companhias nacionais dos estados produtores. Os americanos, tal como nós, limitam-se a comprar e a tomar medidas para que o fluxo não sofra grandes perturbações . O que é perfeitamente razoável.
O meu amigo limita-se a usar os bordões de sempre, porque lhe propiciam uma visão simplista do mundo que está apto a compreender, e o desculpam de não entender a complexidade da realidade. O que você diz, é o que diz qualquer trolha, entre dois tremoços e uma cerveja, no intervalo do futebol.
Chavões, slogans e tiradas moralistas, mas de uma moral de cordel.
"as armas de destruição maciça foram um argumento falacioso, como o próprio Colin Powell"
Não foram um "argumento falacioso", e Colin Powell jamais usou essa expressão. Foram apenas um argumento e havia boas razões, como já lhe expliquei (mas pelos vistos você não percebeu) para toda a gente acreditar que elas ainda estavam por lá.
E se não é assim, desafio-o dar-me um nome de alguma personalidade relevante da política internacional que não acreditasse na existência das armas.
Toda a gente acreditava, chiça. O Conselho de segurança votou por UNANMIDADE, várias resoluções com esse pressuposto.
"os efeitos é que foram devastadores: não só os EUA não resedenharam região nenhuma, como o terrorismo se espalhou por outros continentes."
Não diga asneiras. Porque se afadiga a decretar o falhanço? A história já acabou? Você sabe como teria evoluído o Iraque caso não tivesse havido invasão?
Não sabe, limita-se a decretar o fracasso, quando a verdade é que a coisa até parece estar a correr menos mal. O Iraque pode, se tudo correr pelo melhor, vir a ser a tal democracia que se esperava.
E está bem melhor que no tempo de Saddam.
O terrorismo ?
Mas você acredita mesmo que o terrorismo se deve ao Iraque?
Não entende que desde a 2ª guerra mundial que está em curso o Ressurgimnto Islâmico e que desde a década de 60 que o terrorismo islamista ataca cada vez mais.
Mais uma vez você confunde causa com pretexto. A causa do terrorismo islamista não é o Iraque, ou Israel, ou o Líbano, ou o que quer que seja. A França, o Reino Unido, as Filipinas,Israel, a Argélia, a Alemanha, a ìndia, etc,etc, já foram atacadas várias vezes antes do Iraque. Os EUA, na verdade foram atacados várias vezes antes do Iraque. No seu território. E a verdade é que depois de saírem para lutar, emn vez de estarem a encaixar baixas civis no seu território, estão a dar combate aos terroristas no terreno que eles mesmos escolheram. E, valha a verdade, tanto no Iraque como no Afeganistão, os americanos já livraram o mundo de
dezenas de milhares de loucos que ainda andariam por aí.
Os terroristas são como moscas. Viajam para o Iraque e para o Afeganistão e lá são liquidados.
O que é bom...menos tontos vivos a congeminar bombismos no lado de cá.
"o Afeganistão voltou a ficar mais instável do que nunca."
Uma hiperbole pateta. A sua memória histórica anda algo enviesada. Caso não se lembre, como era o Afeganistão há 10 anos, tem muito por onde se informar.
"o próprio Bin Laden estará lá refugiado...porque não o capturam?"
Para si é tudo fácil. sabe quantos fugitivos à justiça há nos EUA e na Europa, há anos?
Sem que se consiga deitar-lhe a mão?
Você pensa que a vida real é como os filmes?
Sabe que a Nato não conseguiu deitar a mão a Karadzic e Mladic, mesmo sendo a Republica Srspka um país mais pequeno que a Holanda?
Não, você não está no mundo real.
" você acredita que a democracia se impõe pela força? "
Não se trata de acreditar. Uma crença é relativamente a algo que não se pode provar.
A democracia pode ser imposta à força. A Alemanha, o Japão e a Coreia do Sul que o digam. Os 2 primeiros, milenares nações guerreiras, sempre à porrada com os vizinhos, levaram com a democracia na ponta das bombas e hoje nem lhes passa pela cabeça mudar de rumo. Estão bem e em paz com eles e com o mundo.
São factos, meu caro, não são "crenças".
Crença é a sua opinião de que não é possível fazer o enforcement da democracia, porque se recusa a aceitar os factos que provam o contrário.
Já agora, como acha que foi imposta a democracia em Portugal?
Não foi na ponta das G3?
Pois aí tem!
A democracia pode impor-se pela força, sim senhor, assim como pelo jeito.
A democracia, como o fascismo, o estalinismo, o benfiquismo, o sportinguismo ou outra coisa pelo género não são dados filosóficos e sim factos sociológicos dependentes da evolução, que e agora falo como cientista (biólogo), pode inflectir-se nesta ou naquela direcção conforme os vectores societários ou apenas dependentes da natureza do evolucionável.
Concretizando: ao destruir o regime hitleriano, mediante a luta expressa, ou o regime estalinista através de acções persistentes e impressas que facultaram a implosão, o Mundo Livre impôs a consecução da democracia (ainda que imperfeita ou tendencial).
Tão simples como isto.
Por isso é que a pergunta do caramelo comentador que inquire, maviosamente, "acha que a democracia se cria à força?", cito de memória a perguntinha chica-esperta, não é mais que um truque de contra-informação comentarial...
Evidentemente que sempre será um bem a imposição de algo positivo (exemplo simples e prático: os paizinhos do dito comentador imporem-lhe em pequenino que lavasse a dentuça, o que possibilitou que agora se ornamente com a alva dentadura que lhe admiramos). Ou, ainda e porque pode ele não ter conseguido perceber, obrigarem os condutores a ceder passagem aos popós que se apresentam da direita. Entendeu agora?
Há, como disse Churchill com lucidez, constrangimentos positivos, que nada têm a ver com autoritarismo. Autoritarismo é os seus excelentes muçulmanos porem-nos uma bomba no prato para nos ajudarem a fazer o frete ao porco do Alah. Autoritarismo é o sr. Sócrates obrigar-nos a pagar os desmandos dos seus iguais que ora roubaram os bancos (ou seja, todos nós).
Entendeu agora???
Quando é que os esquerdíferos (há pessoas de esquerda que o não são, são gente decente que pensa como pode ou sabe)deixarão de crer nas chamadas, cito Paul Bartlett, que decerto sabe o que diz, "expectativas de milagre"? Deixando, assim, de ser titaúchas?
ARREBIMBA
Já agora, como acha que foi imposta a democracia em Portugal?
Não foi na ponta das G3?
Pois aí tem!
Ai como eu lhe estou agradecida, prezado, nem imagina como aprecio a perspicácia quando a vejo, mesmo que em pequeninas chispas.
Confirma-se a minha desconfiança de que a nossa história é uma treta. Afinal a ditadura foi derrubada pelos ‘aliados’, incomodados com as práticas do Salazar. Bem que ele se queixava de atentados, o que não sabíamos é que a cadeira de lona do Forte de Santo António era um agente americano infiltrado.
E mesmo no fim da guerra, quando as ditaduras foram poupadas pelos mesmos ‘aliados’, o que deixou dois países completamente decepcionados, foi apenas para dar tempo a que os dois ditadores pusessem os pecados em dia, pois na verdade já estavam mortos.
A aliança Nato é que é mais difícil de explicar, mas deixemos isso. Logo alguma coisita lhe ocorrerá e depois conta.
"Afinal a ditadura foi derrubada pelos ‘aliados’"
Não, ml, foi derrubada pela força. Pelas armas.
A pergunta do holandes não falava em aliados ou não aliados. Falava em força.
" a cadeira de lona do Forte de Santo António era um agente americano infiltrado."
A ditadura caiu com Salazar?
Terá sido num universo paralelo, talvez.
No meu universo, a ditadura foi derrubada em 1974, já Salazar estava a fazer tijolo há uns anos largos, e foram umas unidades militares, com Panhards, carros de combate, e espingardas que derrubaram o Sr Marcelo Caetano.
Pela força, QED.
No seu universo paralelo, como aconteceram as coisas?
"E mesmo no fim da guerra, quando as ditaduras foram poupadas pelos mesmos ‘aliados’"
Está a falar da Espanha e de Portugal?
Bem, no meu universo, estes países não entraram sequer na 2ª Grande Guerra. No meu universo só os países onde as tropas americanas puseram as botas, se tornaram democracias. Os neutros ficaram como estavam e aqueles onde o Exército Vermelho rolou, transformaram-se em totalitarismos.
No seu universo, não sei como as coisas se passaram, mas deve ter sido interessante.
Arrebimba, você é uma mais valia, carago.
Seja bem vindo.
É sempre agradável ler alguém que não foi tocado pela cortina de estupidez que está a cair sobre a nossa civilização.
Lidador,
"A história já acabou"?
Não, quem disse isso, lembro-lhe, foi o Francis Fukuyama que se afastou dos neocons e, depois, escreveu o livro "America at the Crossroads: Democracy, Power and The Neoconservative Legacy" (2006) que recomendo vivamente. Nele, o autor (que tinha sido um dos principais ideólogos e apoiantes da invasão do Iraque) condena não só a "democracy enforcement", como sugere alternativas educacionais e económicas para ajudar a implementar a democracia naqueles países. Mais, ele compara o método dos "neocons" ao iluminismo leninista, pela sua visão determinista da história. E esta hein?
Não, a história não acabou de facto. Por isso os americanos rejeitaram o "modelo Bush" e votaram Obama. Também para mudarem no Iraque.
"Por isso os americanos rejeitaram o "modelo Bush" e votaram Obama. Também para mudarem no Iraque."
Caro Holandes, é capaz de explicar aqui aos leitores e a mim, o que vai mudar no Iraque com a eleição de Obama?
Os EUA vão retirar, mas isso foi decidido e calendarizado pelo horrível Bush. Vão retirar mais depressa? Não.
Vão fugir? Não.
Vão ficar? Não.
Então diga, por favor, onde é que você vê a mudança, porque deve ser a única pessoa no mundo.
O que o Obama queria, há pouco mais de um ano, era conceder a derrota, deixar o caos atrás e retirar. Queria, isto é, dizia que queria, porque era a posição mais popular em termos eleitorais.
Quem se opôs? Olhe, o Gen Petreus (lembra-se de lhe chamarem traidor, nos media de esquerda? lembra-se de ter sido insultado pela esquerdalhada aos pinotes?) e o Secretário Gates.
Exacto, os mesmos Gates e Petreus que Obama vai reconduzir nos cargos.
POr isso, o seu wishfull tnhinking pode dar-lhe conforto moral, mas apenas é tudo ilusão. E às ilusões seguem-se sempre as desilusões.
Olhe, por exemplo Guantanamo. Fechar já, prometia Obama.
Mas já não promete. Agora diz que é um objectivo lá para daqui a dois anos. Está a ser pragmático, porque a realidade tem uma força do caraças, meu caro.
Quanto ao Fukuyama, não deve sequer ter lido o seu 1º livro e se calhar pensa que um livro é apenas o título. Fukuyama nunca disse que a História terminou, o que ele disse, e você não deve ter percebido, é que a democracia é uma ideia terminal, é o fim da história em termos da legitimidade política, porque não tem contradições dialécticas susceptíveis de a fazer constituir-se em tese oposta a uma antítese. Não há no horizonte uma antítese da democracia.
Quanto à História em si, Fukuyama é bem claro, dizendo que irá continuar a haver regressões, ditaduras,teocracias, etc, mas que são apenas o regresso a ideias velhas, teses antigas superadas já há 200 anos pela ideia de democracia.
Meu caro, eu li o livro e por acaso até fiz um trabalho sobre ele.
É sempre uma alegria vê-lo contorcer-se para inventar qualquer coisita que encha de nada o espaço da resposta.
Mas o sempre prezado não perorava longamente sobre a bondade de se andar milhares de quilómetros para derrubar uma ditadura? Cheguei a pensar que se referia ao caso português, mas afinal não. Era apenas ao Iraque, na altura em guerra (na 2ª ou 3ª, já não sei bem, olhe, aquela das trincheiras) com os ‘aliados’ e portanto com os requisitos necessários para a candidatura à democracia no final do conflito.
Foi o nosso azar, não estarmos em guerra e daí sem condições de elegibilidade para o benefício. Não foi um prémio pelos serviços prestados, foi apenas a maldita paz. E não me parece mal, afinal existem ou não existem as ditaduras do Bem?
A ditadura caiu com Salazar?
Já não me lembro bem, mas acho que não, sei lá. Não foram os aliados que nos vieram salvar?
"Mas o sempre prezado não perorava longamente sobre a bondade de se andar milhares de quilómetros para derrubar uma ditadura"
Não. As categorias morais como a "bondade" não fazem parte do meu raciocínio, nesta matéria.
Devia evitar avaliar os outros pela sua bitola passional.
A "bondade" ou "maldade" de uma ditadura tem a ver com o modo como afecta os meus interesses.
A democracia é sempre preferível ( democracia e estado de direito, subentenda-se) porque as democracias tendem a não entrar em guerra com outras democracias.
E isso é, para mim, "bom".
Para si, pelos vistos, "bom", é apenas aquilo que lhe permite atirar tomates aos americanos.
A raivazinha de todos os esquerdistas, no fundo o grande denominador comum de todos os totalitaristas, assumidos ou disfarçados.
Não desfazendo claro.
Quanto ao Salazar, meta a rolha e saia de mansinho, para ver se ninguém nota a patacoada.
Fique bem!
A raivazinha de todos os esquerdistas, no fundo o grande denominador comum de todos os totalitaristas
E está a falar de quem, estimado? Alguém que conheçamos daqui?
A "bondade" ou "maldade" de uma ditadura tem a ver com o modo como afecta os meus interesses.
Então, prezado, porque raio se incomoda tanto com a democracia? A ditadura não lhe servia? Não vivia bem com ela? Porque andou então a festejar a queda? Para a trocar por aquela outra?
Quanto ao Salazar, meta a rolha e saia de mansinho, para ver se ninguém nota a patacoada.
Siiiiiiiiiiiiiiiim? Qual?
Eu fico bem, desde que não me tirem os fiéis.
Toda a gente comete erros:
http://www.libertaddigital.com/mundo/el-periodista-que-tiro-sus-zapatos-a-bush-pide-perdon-1276346479/
Caro Anónimo,
Não se apoquente.
Quando daqui por uns tempos os espantalhos que embandeiraram de regozijo pela "forma avançada de protesto" do jornalista perceberem que a coisa vai acabar por jogar a favor de Bush, dirão que foi tudo uma maquinação da CIA.
Como se justifica que o idi... do Bush se tenha esquivado numa décima de segundo? Foi tudo combinado. Foi tudo treinado. O jornalista está na lista de salários da CIA. Tudo para lixar Morales, Chavez, os Castros, Mugabe e os heróis pêcêpistas da Coreia do Norte.
E então os sionistas?
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"porque raio se incomoda tanto com a democracia?"
Devia ler o que escrevo, em vez de querer falar mais alto.
Lá atrás escrevi:
"A democracia é sempre preferível ( democracia e estado de direito, subentenda-se) porque as democracias tendem a não entrar em guerra com outras democracias."
Que parte é que não entendeu?
Assim, sempre que possível, há que fazer avançar a democracia.
Uma hoja, outra amanhã, como for possível, com conversa, com bordoadas, com aquilo que parecer mais ajustado .
A arte do possível, as escolhas que na vida real raramente sºao entre o péssimo e o óptimo, antes, frequentemente, entre o razoável e o insuficiente, entre o mau e o menos mau.
É disse que se gasta da lado de cá do espelho.
Talvez aí no País da Alice não seja assim, e ainda bem para si.
Sim, sim, obrigada, entendi tudo menos a parte da Alice e do coelho. E mais um detalhezito menor.
porque as democracias tendem a não entrar em guerra com outras democracias.
Mas a ditadura portuguesa não era pacífica? Tão pacífica que fez um manguito às democracias em guerra? E pacífica continuou.
Incomodava-o então porquê?
É um prazer dialogar com a coerência.
Aiiiiiiiii!!!!, que não posso dizer aqui esta palavra, puxam logo da pistola.
A ditadura portuguesa não era pacífica. Era violenta, a violencia que se exprime em sufocar os direitos, como por exemplo o direito de um cidadão optar, de se exprimir livremente, de ter um destino, mau ou bom, feito autonomamente.
Aquilo a que esta pelos vistos senhora ML chama pacifismo era apenas mansidão de sacristia, a que permite que o Vaticano,por exemplo, sendo intrinsecamente violento, como todas as religiões, encha a boca de pelavras doces.
Acho que esta ML pensa, pensando poucochinho, que violencia é só uma cidadã, ou um país, dar uma galheta a um cicrano ou atirar um bombardeamento sobre uma fronteira.
Se pensar um pouco mais, pensando vigorosa e quiçá heroicamente, verá que há uma coisa que se chama "lixar pela calada", que é o que certa gente e, no caso, o regime salazarengo fazia.
O qual, aliás, nunca se esquivou a fornecer aos nazis e companhia bens essenciais, ao mesmo tempo que os vendia também aos outros num poderoso exemplo de hipocrisia e manhosice admirável.
E aquele pequeno detalhe do safanão a tempo?
Era menos brutal, o Botas, que o Stalin, decerto. Era um brutinho à portuguesa, com toda a maldade disfarçuda que os lusos sacanas possuem.
ARREBIMBA
Acima de tudo é interessante ver a ml acantonada na parlapatice, a mostrar que para ela, a democracia é uma coisa vá lá, relativazinha.
É interessante que vá revelando desta forma a sua opinião.
Mas eu sou uma espécie de "neocon"..acho que o verdadeiro conflito do nosso tempo é entre as democracias e os regimes que o não são.
E como não sou estúp....relativista, acho que a democracia é superior a qualquer outra legitimidade.
E por isso sinto-me confortável deste lado da barricada, a ver os tontos esbracejar, procurando esconder, escamotear e justificar o seu fundamental apego à servidão.
É por isso que entendo que qualquer avanço no sentido da democracia liberal, é uma coisa "boa".
E, evidentemente, não entendo que um regime mereça o estatuto de democracia, com a mera eleição do caudilho de serviço.
"Incomodava-o então porquê? "
Está a perder qualidades, ml. Por vezes suspeito que você sofre de esquizofrenia, especialmente quando debita comentários como este, que estão ao nível trilobítico.
A ditadura corporativista não me incomodou, porque não tinha idade para isso.
Mas se vivesse numa ditadura, tenho a certeza que ficaria muito incomodado. Já trabalhei uns meses numa, não era o meu país e aquilo fazia-me ferver o sangue.
Ou seja, viver em ditadura, subordinado a um ditador ou um estado todo-poderoso é mau por natureza, a não ser que se tenha uma mentalidade de escravo ou o síndroma da infantilização.
Só esse tipo de pessoas votam por exemplo, nos partidos de extrema-esquerda ou extrema-direita ( que de resto têm ambos como principal inimigo exactamente a democracia liberal).
Isto a nível interno.
A nível externo já lhe expliquei: as democracias tendem a não se guerrear entre si (nunca houve uma guerra entre democracias), pelo que, se a democracia se estendesse à escala global, diminuiriam as probabilidades de guerra.
Tem algo a objectar, ou é só mesmo incapacidade de controlar o cacarejo?
Boa tarde Lidador.
Quando você diz que as democracias tendem a não se guerrear entre si, está a dizer uma grande verdade. Nos livros de história actaul nunca li sobre uma guerra entre Estados democráticos, de Direito.
Não entendo porque razão há, actualmente, pessoas a vociferar, directa ou indirectamente, conscientemente ou inconscientemente, contra a democracia. E atenção que nem estou a falar de pessoas que vêm aqui comentar, estou a falar de gente que conheço pessoalmente.
De resto, e para que fique clara a minha posição, em minha opinião as nações livres têm o direito de invadir ditaduras. Que uma nação livre o faça ou não, deve depender do seu próprio interesse.
Ou seja, uma nação livre não tem o dever de libertar outras nações, se considerar que o que está em causa não justifica o sacrifício.
Mas tem o direito de o fazer, onde, quando e se o decidir
Lidador:
"De resto, e para que fique clara a minha posição, em minha opinião as nações livres têm o direito de invadir ditaduras. "
Há pouco tempo fazia-se isso em sentido contrário e os palermoides que agora protestam achavam bem ...
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Meu caro Arrebimba, agora que foi aqui agraciado com a medalha de mérito até me custa dizer-lhe isto, mas olhe, acho que não percebeu bem o diálogo franco e aberto que mantenho com o prezado sobre a bondade das decisões democráticas.
É verdade que o prezado também não entende lá muito bem o espectro semântico da palavra bondade, mas se ele entendesse sempre tudo acabava-se-lhe o pio.
Além disso, e como é Natal, eu se fosse a si revia o que afirma em relação às religiões. Eu sei por portas travessas que lhe foi atribuído um livre-trânsito para dizer tudo o que lhe vier à cabeça, mas mesmo assim há coisas que alguns fiéis não apreciam e podem exigir a devolução da medalha.
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Prezado, então agora raciocina também aos pinguinhos? Já sabe que não vou ter paciência para ler tudo nem sequer na diagonal, mas mais vez menos vez nem se nota.
Mas como terapia ocupacional acho bem, acalma.
Está a perder qualidades, ml.
E não acha natural, prezado? Eu bem tento resistir à onda, mas a convivência não deixa muitas hipóteses.
E, evidentemente, não entendo que um regime mereça o estatuto de democracia…
De repente não me lembro assim de ninguém que dispense a sua opinião.
E estimado, é assim tão novo? Então aceitavam crianças a pintar paredes?
Cara ML
Pode crer que nada me move contra si ou contra qualquer outro comentador. As minhas hostilidades vão todas contra os que dão cabo do mundo: ditadores de opereta (o Querido líder, ou lá o que é),heróis de trombeta (Chavez, que devia fazer dieta, as revolucionárias são, parece, muito sensíveis ao aspecto físico e ele devia ver isso), bandidos muito honestos (os que fazem da China o novo paraíso, e outros banqueiros lusitanos com perfil chinoca mental). Ms já me entendeu.
E como por vezes sou um pouco...tapado, não percebi aquela da medalha, ou isso. Mas não vale a pena explicar-me, cá me desenrascarei a solo.
Ah, esquecia-me dizer: em democracia, mesmo a dos blogs, nós é que fazemos o nosso próprio destino.
Não acha que é uma boa reflexão de Natal?
Sempre a considerá-la, um especial desejo de felicidades, mesmo fora da Quadra.
ARREBIMBA
PS - E creia que as ditaduras, todas elas, mesmo as disfarçudas e cobardolas e tendenciais como a do Narigudo, são todas execráveis.
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