Vi apenas uma parte do debate Ferreira Leite – Louçã, a parte relativa ao Serviço Nacional de Saúde. Foi interessante ver FL defender o SNS com recurso a privados nos casos em que o SNS tenha tempos de espera demasiado longos e ver Louçã recusar essa hipótese por implicar pagamentos a privados.
MLF sublinhou que demasiadas pessoas sofriam danos irreversíveis provocados pelas listas de espera e mesmo assim Louçã manteve que não, que há que não pagar a privados porque isso seria financiá-los.
Não há dúvida. Louçã está disposto a deixar morrer para não estragar a elegância do sistema.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
24 comentários:
Lá vem a aldrabicezinha. O que o Louçã disse foi que, nos casos realmente graves, o privado envia os doentes para o público (de onde decorre que não seriam solução para o problema).
Não vem aldrabice alguma, ou tenho que lhe chapar com a gravação?
O assunto que abordei não foi esse com que, aliás, MFL concordou.
Em relação ao que escrevi, volte a ler.
Aliás, que problema há em que os doentes mais graves sejam enviados para o SNS? Não desconta toda a gente para ele? Ou quer proibir o SP que quem recorra ao privado, pagando, fique inibido de recorrer ao SNS? Alinha com Louçã?
A única coisa que você chapa são as palas e é na sua própria cabeça, para garantir a continuidade da visão em túnel.
Sim, claro, é deixar morrer toda a gente. Aliás, foi exactamente o que o Louçã disse. Ler-vos é mais ou menos como ver na SIC Notícias o debate a ser 'explicado' por 3 comentadores 'imparciais' de direita.
Eu não percebo como é que é possível deixar esse homem, Louçã, dizer as coisas que diz como se nada fosse. Ninguém lhe diz nas trombas que o que ele defende para Portugal é um estado comunista? Ninguém é capaz de lhe explicar que o partido dele não representa quem ele diz representar e defender? Eu sou professor, e dispenso as defesas que ele faz da minha profissão. Havia de ser bonito: de professor passava a animador; de escola passava a recreio; em vez de aulas, teríamos doutrina. Louçã é um demagogo que sabe usar muito bem o verbo de encher fazendo-se passar por aquilo que não é. Por detrás do discurso benevolente está o maior dos totalitários. Vão a correr votar nele, depois queixem-se.
Levy, tem toda a razão. O totalitário é ele, mas você é que se questiona sobre como "é que é possível deixar esse homem, Louçã, dizer as coisas que diz".
Caro Sérgio,
não se ponha a deturpar as minhas palavras. Sabe perfeitamente que o que critiquei é que ninguém diga na cara de Louçã aquilo que ele realmente é. E que o deixem falar à vontade sem lhe o dizerem. Eu sei que incomoda muito que haja gente que não adore o Grande Líder da extrema-esquerda portuguesa, mas é para que se sabia que nem todos vão na conversa de vendedor da banha da cobra que ele tem.
O Sérgio é como o Louçã. Diz o disparate e e continua dizendo disparates ignorando o desmascaramento dos disparates.
Tapa disparates com disparates pensando que a bosta passa a bolo rei (perdão, bolo comité central).
"Ler-vos é mais ou menos como ver na SIC Notícias o debate a ser 'explicado' por 3 comentadores 'imparciais' de direita."
Já sei, já sei. Tratar os que podem ser tratados é parcialidade porque "ajuda a iniciativa privada". Deixá-los chegar ao pondo de não retorno em termos de doença é manter imparcialidade. ... conversa de sacristão: à terra hão-de voltar.
@ Levy: ”....nem todos vão na conversa de vendedor da banha da cobra”
Levy, quem dera que ele fosse um vendedor da banha da cobra, assim ainda a coisa se comia, mas o Louçã é um gajo chato como a potassa que repete a cassete marxista do século dezanove com o fanatismo religioso de um jesuíta do século dezasseis. Diferente do Jerónimo de Sousa, também é uma seca, mas este parece já não acreditar naquilo que diz.
Sobre isto recomendo o excelente artigo de Pacheco Pereira que o Rod teve a gentileza de introduzir:
http://abrupto.blogspot.com/2009/09/debate-louca-jeronimo-o-impasse-da.html
@ Range-o-dente: ”O Sérgio é como o Louçã.”
Rod, não estou de acordo, o Sérgio, não o conheço pessoalmente, mas pelo que diz não me parece ser tão chato como o Louçã – olhe que é difícil...
Caro Levy,
Como facilmente compreenderá, "o que ele é" varia de pessoa para pessoa, dado que se trata meramente de uma opinião (ou seja, é subjectiva).
Aliás, tendo em conta que temos rondas de debates entre todos os candidatos, parece-me que terão todas as oportunidades de dizer o que acham que ele é.
Falha redondamente o alvo com essa história de 'Grande Líder' e tal, que eu não me dou bem com ídolos nem com 'salvadores da Pátria'. E, já agora, até lhe digo que compreendo a sua irritação: afinal, tinha acabado de ver alguém da sua área política ser desfeita no debate com o Louçã.
Sim, Range, ainda bem que o temos a si para fazer a triagem e mandar os disparates para o lixo. Enfim, o recurso à aldrabice e a tentativa de tapar o sol com uma peneira são apenas meios para atingir o glorioso fim em que todos são tão iluminados e monocromáticos como os fiéis.
Boa sorte aí na luta para chegar aos 30%...
Carmo,
Olhe que se procurar também arranja por aí inúmeros artigos sobre o Pacheco 'auto-proclamado-idiota-útil' Pereira...
Sim, claro, é deixar morrer toda a gente.
Eu também ando a ouvir mal, como tu. A mim também me pareceu que ele se baseou na falta de qualidade dos privados e que a solução não passa por recorrer a quem presta maus serviços, e caros, mas sim por pôr o SNS a fazer o que deve. E até com menos dinheiro do que se pagaria pelos maus serviços particulares.
Tentei segunda vez, e a audição não melhorou, consegui ouvir ainda mais pormenores de coisas que não foram ditas. Já hoje, por via das dúvidas, repeti a operação.
Nada feito, a minha audição continua a levantar-me muitas reservas.
Adorei (sou mesmo mazinha) ouvir a dra ser levada a confirmar tudo sobre a falta de qualidade a altos preços dos serviços privados, e confessar que prefere gastar mais no acesso rápido à baixa qualidade do que gastar menos a melhorar a acessibilidade à qualidade que o SNS oferece.
Diria, se gostasse de touradas, que um bom matador é um verdadeiro espectáculo.
SP:
"Boa sorte aí na luta para chegar aos 30%..."
É mais importante que os 20% passem a 0% do que a luta dos 30%.
Vencer a primeira luta é fulcral para que a segunda possa continuar.
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@ Sérgio Pinto: ” Olhe que se procurar também arranja por aí inúmeros artigos sobre o Pacheco,”
Muito possível, mas eu pensei que neste caso você estivesse plenamente de acordo com a opinião do Pacheco Pereira! O que ele diz não é nada que outros já não tenham dito, pensava até que sobre isto a concordância era total!!!
Não me diga que discorda?
Espero que todos os candidatos lhe digam o que acham que ele é. Mas pelos visto ninguém diz. Lembra-me Álvaro Cunhal em 1974/75, ninguém lhe dizia na tromba o que a maioria achava dele. Até que perceberam que se não lhe dissessem seria tarde de mais.
O Sérgio é que falha redondamente o alvo com essa do "alguém da minha área política", porque isso é coisa que eu não tenho. Sou apartidário, por isso não se ponha a adivinhar qual é a minha área política porque está a perder o seu tempo.
Julgo que é consensual que MFL não desfez Louçã, nem ele a desfez a ela, alias tendo em conta verborreia demagógica de Louçã, MFL até se saiu muito bem
nem ele a desfez a ela
Pois não, mas olhe que grande parte dos comentadores aludiu à bonomia e condescendência de um Louçã muito soft em relação à dra. Viu-se que não quis fazer sangue, não valia a pena, até porque não pescam nas mesmas águas. E basta ver o modo como se limitou a sorrir e deixar passar mais uma daquelas contradições bigodudas iguais à do SNS, desta vez a propósito do que ela chamou ‘imposição do casamento’.
A dra não é só fraquinha ideologicamente, é muito mais fraquinha ainda na contra-argumentação e deixa-se encurralar num ai.
Range, acho que se vir a progressão dos votos no BE em 10 anos percebe que a tendência não é propriamente de redução para 0. Mas adiante, você é livre de ser utópico.
Carmo,
Sabe muito bem que não concordo e que nem acho o artigo dele nada de especial. Pelo menos, nada de novo naquela gente que fica desesperada quando a votação num determinado partido não tem o percurso que eles gostavam que tivesse.
Levy,
Tanto quanto sei, ninguém anda a amordaçar os outros candidatos. Se nenhum diz isso é porque se calhar percebem que é 'argumento' que não ia colher.
Pode ser apartidário, mas é evidente pelo seu discurso que não é politicamente neutro (aliás, nem é coisa que exista).
No SIMplex alguém fez finalmente um post de jeito, e foi ao dizer que o Louçã se limitou a conduzir tranquilamente a Ferreira Leite ao cadafalso, algo a que ela nem ofereceu resistência.
Caro Sérgio
Ninguém os amordaça. Nem foi isso que eu disse. Apenas manifestei o meu espanto precisamente por isso: apesar de não estarem amordaçados, não lhe dizem aquilo que eu acho que deveriam dizer. Já vi que usa o mesmo estilo do dito, mas isso a mim não me impressiona.
Levy,
Eu também não disse que você tinha dito isso. No entanto, fazendo apenas uso de raciocínio lógico, ou conclui que eles estão amordaçados e ninguém reparou, ou então até eles sabem que essa sua visão não é verdadeira e, como tal, não tentam sequer entrar por tais caminhos.
P.S. Olhe que as comparações com o Louçã não me incomodam absolutamente nada...
@ Sérgio Pinto: ”Sabe muito bem que não concordo...”
Vou adivinhar! E não concorda com partes do exposto, ou não concorda com o teor?
Eu por exemplo discordo quando o Pacheco Pereira diz “O debate entre Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa [...] foi considerado mortiço e pouco interessante.”
Pouco interessante? Foi uma seca monumental...
E você, por exemplo neste capítulo, está mais perto da opinião do P.P. do que da minha?
Carmo,
Não concordo com o teor, naturalmente. Pacheco Pereira (PP)caiu, desde que MFL foi eleita, nos erros que antes criticava a todos os outros. E nem vale a pena ir pela parte em que ele alude ao 'tom bíblico' do discurso do Louçã, porque dificilmente se arranja pessoa com imagem e ego mais autoinflacionados que o do próprio PP.
E o fim do artigo é ridículo. O Louçã em 1975 tinha 19 anos, é algo complicado alocar-lhe responsabilidades. Eu bem sei que em tempos houve um idiota qualquer que fez uma alusão semelhante ao falar da Ana Drago, mas a parvoícede terceiros não deveria ser exemplo a seguir.
Carmo,
Acabei por não responder à sua pergunta. Não vi o debate na altura Louçã-Jerónimo, mas não me custa imaginar que não tenha sido particularmente interessante. O da MFL-Louçã deve ter tido mais piada e o de hoje ainda deve ser melhor...
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