Esta banha da cobra, funciona.
A pungente história do Jorge Vassalo, que surge nos comentários, é a demonstração prática de que a demagogia chorosa do “jornalismo de causas” funciona.
O modo emocionado como o JV expõe as suas feridas está para a o poste da FC, assim como as lágrimas da D. Gertrudes estão para os amores e desamores de uma telenovela venezuelana.
O JV informa-nos, horrorizado, que a natureza humana é como a natureza humana e que os putos da sua geração não tinham asas de anjo, não usavam túnica branca, não cheiravam a lavanda, não tocavam harpa e não cantavam aleluia nas horas vagas.
O JV, debulhado nas lágrimas da demagogia, gostaria que os putos fossem como ele acha que deviam ser, e esconde nesse desejo cândido o perigoso totalitarismo daqueles que ainda acham possível criar o homo novus, apesar da falência dos laboratórios sociais onde isso foi tentado, como os campos de reeducação, as escolas do estado soviético e os orfanatos romenos.
Os JV deste mundo talvez não estejam para aí virados, mas tenho a certeza que aprenderiam alguma coisa sobre a natureza humana se ouvissem a lírica "A Boy Named Sue" de Johnny Cash
Felizmente, o JV, embora acredite ser “diferente”, acaba a demonstrar que é afinal um ser humano igual aos outros e não um anjo celestial, como a princípio pensei, e não hesita em fazer ele mesmo, o que condena e deplora nos outros.
Repimpado agora numa saudável auto-estima, e crente de que está na posse de uma verdade superior, não hesita em esmagar os “inferiores”, chamando-lhes ignorantes.
Ora toma.
Bem prega Frei Tomás, ou de como a natureza humana é o que é e o que sempre foi e nisto é mais forte que as patacoadas vassálicas, postas ao rubro pelas congéneres da “jornalista de causas"
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
3 comentários:
É o mercado de carpideiras, caro Lidador.
Antigamente, pela morte de alguém, pagava-se a carpideiras para dar um ar de real desgosto à coisa. Havia um mercado para carpideiras.
Nos dias de hoje, idem.
As velhas carpideiras caíram em desuso. As novas, estão aí para as curvas.
Mudam-se os tempos, mudam-se as carpideiras. De fulcral, continuam a servir para 'dar ares' (bufas não poderia ser, por causa do aquecimento global).
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A história do Vassalo fez-me lembrar isto: Boemerang
Isto é de uma série cómica belga, apesar de haver pessoal que pensa que isto foi a sério.
Choro a rir cada vez que vejo isto. Sou mal formado, eu sei...
A catástrofe financeira vista por Bush
Jon Stewart, do Daily Show, aborda com extraordinário sentido de humor a catástrofe financeira que se abateu nos Estados Unidos e as explicações dadas por Bush em Wall Street:
Bush: Venho aqui como um camarada optimista. Quero lembrar-vos que não é a primeira vez desde que sou Presidente que enfrentamos desafios económicos.
Bush: Herdámos recessão...
Bush: E houve os ataques de 11 de Setembro de 2001...
Bush: E depois tivemos escândalos empresariais...
Bush: E tomei as difíceis decisões de enfrentar os terroristas e os extremistas em duas frentes: Afeganistão e Iraque.
Bush: E depois tivemos... desastres naturais devastadores...
Jon Stewart: Eis a maior loucura disto tudo: a sua Presidência é ainda pior do que eu me lembrava! E eu tenho prestado muita atenção! Mas quando ouvimos isso tudo junto... you sucks!
Vídeo legendado em português:
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