It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sábado, 26 de abril de 2008
Marcos Perestrello em todo o seu esplendor
Estar de acordo com Ana Drago, genericamente que seja, enquadra bem todo o chorrilho de asneiras que Marcos Perestrelo (MP) debita em catadupa.
GIGO é abreviatura de Garbage In Garbage Out e, em informática, denomina o facto de computadores processarem sem reserva dados disparatados produzindo, no processo, resultados evidentemente disparatados.
MP começa por chamar a atenção para o facto haver uma linha muito ténue entre alarmismo e vontade sincera de resolver problemas. Evidentemente que MP expõe a coisa ao contrário querendo que acreditemos que não sabe que a estrada tem dois sentidos.
De seguida introduz o computador onde o lixo é processado: o Observatório para a Segurança nas Escolas.
Diz o insigne deputado que a dita instituição regista centralizadamente todas as ocorrências escolares, querendo que acreditemos que não sabe que o observatório toma apenas conhecimento do que além de registado é comunicado. Se o registo inicial não ocorrer nada chegará ao computador. Mesmo que seja registado, se não for comunicado não existirá. Enfim, o deputado acredita que a terra é uma ervilha.
Mal tendo acabado de se espalhar ao comprido invocando o dito observatório como base de todo um glorioso chorrilho de asneiras, clarifica: “naturalmente os que são participados”.
Não tendo dificuldade em propor uma base de trabalho que sabe à partida estar a milhas da realidade, declara que não é relevante que 185 professores tenham sido agredidos o ano passado. Mais, declara que o que é relevante é “nós termos um instrumento e a capacidade de perceber...”
Logo depois é-nos explicado que com base na dita “informação” se desenvolvem “programas específicos”... Digamos que cada bosta está relacionada ao respectivo animal e à sua alimentação.
15 milhões de euros já foram torrados em “problemas específicos” relativos à violência. Aposto que a coisa não ficará por aqui.
MP tranquiliza-nos com um número excretado pelo famoso computador: “apenas” 6% das escolas são “problemáticas”. Não explica o que é para ele problemático mas, nada tendo sido para ele, até agora, problemático (à excepção das declarações do PGR), calcula-se que a libertação de gás sarin numa escola seria ‘capaz de conter elementos susceptíveis de vir, no futuro, a criar franjas de preocupação’.
E lá volta o registo e lá vem a informação segundo a qual, acerca deste assunto, ninguém naquela mesa ninguém perceberá um boi.
Dá-se então o momento longamente esperado quando o deputado declara “não estou a minimizar o problema”.
O deputado chama a atenção para um pormenor perplexizante: “este incidente é um entre outros” (a história da escola Carolina Michaelis). ...alma daninha a que se atrever a pensar que qualquer um dos referidos incidentes é mais que um entre os restantes. Shame on you.
Chegou o momento em que o deputado declara que há um problema mas que ainda não foi reconhecido (ele diz que há que reconhecer, portanto...). Depois refere que é preciso agir sobre o tal problema ainda não reconhecido. Pois.
O assunto está bordejado de retórica diz Perestrelo. Ficamos a saber que nos últimos anos, os únicos governos que agiram sobre que ainda não foi reconhecido e sobre o qual é ainda preciso agir, foi o Partido Socialista. Muito bem.
O programa Escola Segura, criado no tempo de António Guterres (há quantos anos?) teve agora um reforço de 500 homens. Estes 500 e os que já lá estão devem ter andado, todo este tempo, a tentar reconhecer o problema. Há que não pôr em causa o programa porque deu resultados excelentes.
O cartão do aluno não foi uma medida tomada na sequência da falha clamorosa de todas as anteriores medidas. Foi apenas uma medida destinada a evitar que os catraios andassem com cacau dentro da escola (o cartão tem que ser recarregado em dinheiro e o percurso até à escola...). Nem foi uma medida destinada a tentar evitar o roubo entre alunos nem para evitar o desvio de dinheiro dentro da escola por funcionário e professores ...cala-te boca!
Exposta, em toda a sua magnificência, a bondade do pensamento de Marcos Perestrelo, o deputado chaculha a cabeça como quem tenta fazer com que as ideias fluam ao centro de “lógica” e invectiva os colegas presente a verterem medidas a deverem ser tomadas sobre dois piramidais problemas: a existência de violência e a não existência de violência. Diz que já deu três exemplos mas não especificou se eram referentes à existência ou à não existência de problemas. Dão-se alvíssaras...
Ah grande homem. Bem podia ser moço forcado.
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
4 comentários:
O MP é fraquinho, mas você nem gozar com ele sabe. Ai estes lidadores wannabes...
Vá homem, ou goza à Homem, ou escreve qualquer coisa decente.
Vá, tente escrever qualquer coisa com pés e cabeça, explane a sua opinião com argúcia, seja verdadeiramente original no blogue.
Vá, seja Homem. Não seja um lidadorzinho.
"Vá homem, ou goza à Homem, "
Na bilha ... dizem que ...
Vá lá Homem. Diga da sua especialidade.
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Pois, quase sempre estar de acordo com a Ana Drago, mesmo genericamente que seja, não indica o melhor dos bons sensos.
Quanto ao alarido "alarmista", é pena que só agora tenham dado por ele, é que eu não tenho fraca memória para tudo, e lembro-me bem que o problema da violência nas escolas começou logo no início dos anos 80; em 1983 um aluno partiu uma cadeira na cabeça duma professora, numa escola no Barreiro.
Deixaram que o problema se fosse arrastando, talvez desconheçam de todo a Segunda Lei da Termodinâmica...
...é um descanço.
Não gosto muito, ou melhor: não gosto nada, deste tipo de comentários, porque sou completamente a favor que cada um siga a sua orientação sexual, sem que por isso seja e algum modo espizinhado.
Os meus melhores amigos são homossexuais.
Ah, e não me importo nada que me chamem "faghag" é para mim um elogio.
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