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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Mário Machado

"Mário Machado referiu que nada o move contra os judeus, mas antes contra os que são sionistas. “Somos contra os judeus sionistas”, assim como há judeus que são contra os judeus-sionistas. "

Mário Machado é o mais "mediático" neonazi português.
Situa-se na extrema-direita trauliteira e reclama-se herdeiro do socialismo do tipo “nacional", numa comunhão de ideias com Le Pen, Wilis Carto, etc.
Estas suas afirmações são de uma subtileza notável, porque repetem ipsis verbis a ideologia da chamada "esquerda moderna".
MM defende-se com um piscar de olhos à inteligentsia esquerdista que domina a nossa cultura.
O que confirma aquilo que todos sabem, isto é, que o “anti-sionismo” é apenas uma forma politicamente correcta de dizer o indizível.
A verbalização do anti-semitismo “racial”, está hoje limitada aos meios neonazis, que suscitam pronto repúdio, e islâmicos que, em vez de repúdio, suscitam "compreensões" e "explicações".
O anti-semitismo de raiz económica com pontuadas na teoria da conspiração, mais conhecido por anti-sionismo é, pelo contrário, uma doutrina com larga aceitação nos meios de esquerda.
Todos os esquerdistas são "anti-sionistas" e até Mário Soares se sente à vontade para largar as suas ventosidades sobre o tema.
Este anti-semitismo tem profundas raízes na esquerda, do sec. XIX, que se indignava com o “feudalismo financeiro” atribuído a proeminentes homens de negócios de origem judaica .
Karl Marx, ele próprio um judeu, em A questão judaica”, identificava o capitalista como o “verdadeiro judeu” , dizendo também que "a sociedade burguesa engendra constantemente o judeu em suas próprias entranhas".
O socialista Proudhon escrevia textos de grande hostilidade contra os “parasitas judeus”.

A mutação “anti-sionista”, de um bem sucedido virus milenar, infecta hoje por completo a “esquerda moderna”, que se sente perfeitamente livre para invocar o velho demónio do anti-semitismo, agora convenientemente travestido de anti-sionismo, ou “apoio à causa palestiniana”.

Mário Machado também já percebeu que se pode perfeitamente ser anti-semita sem incorrer na condenação intelectual, moral e legal devida aos imbecis, aos canalhas e aos criminosos.
Basta reclamar-se de "anti-sionismo" e ganha imediatamente como fellow travelers todas as luminárias da "esquerda moderna", incluindo o Dr Mário Soares e o Dr Miguel Portas que, de resto, também estão com Mário Machado na "luta" contra a globalização, contra o mercado e contra o "neoliberalismo".
Na verdade é bem maior aquilo que os une (a começar pela palavra "socialismo"), do que aquilo que os separa.

3 comentários:

Stran disse...

Quando a resposta ao meu desafio. Ou será que o meu caro lidador não consegue lidar tal coisa.

Julgo que existe uma enorme confusão na sua cabeça, mas numa coisa tenho de concordar consigo, na sua definição de Mário Machado.

Mas já agora, é anti-anti-semita, não é? Gostaria de saber porquê...

Unknown disse...

1-De que desafio está a falar, caro stranger?

2-O seu notável argumento sobre a confusão, é irrebatível. Poderoso, diria até. Raras vezes tenho visto melhor. Se bem que me tenha feito lembrar a história do único gajo do batalhão que achava que todos os outros iam oom o passo trocado.

3-E porque deveria ser anti-semita? Gostaria de saber porquê...

Quanto ao Mário Machado, como vê acaba de descobrir a pedra filosofal da novilíngua.
Passe por lá para o cumprimentar. NO fundo, se bem que não acreditem, são companheiros da mesma luta.

Stran disse...

"Passe por lá para o cumprimentar. NO fundo, se bem que não acreditem, são companheiros da mesma luta."
Só demonstra pleno desconhecimento do que defendo, mas isso foi visível em todo o seu curto texto.

Um pequeno exemplo:
Lidador: "E porque deveria ser anti-semita?"
Em resposta ao que tinha dito:
Stran: " é anti-anti-semita, não é?"

Ou seja percebeu exactamente o oposto do que eu tinha dito (os dois "anti" não foram colocados por engano).

"2-O seu notável argumento sobre a confusão, é irrebatível."
Adorei o sarcasmo e a ironia. Mas era apenas um comentário não um argumento.


"1-De que desafio está a falar, caro stranger?"
Do que lhe lancei no seu post sobre relativismo. Ainda está por responder. Será interessante ler a sua resposta...