Noticia a rádio que a Câmara de Alcoutim terá financiado uma série de tratamentos para abandono do tabaco a uma série de funcionários seus.
A coisa teria sido feita em moldes tais que, caso o funcionário voltasse ao vício, teria que devolver o dinheiro.
Se eu fosse fumador sentir-me ia no direito de reclamar igual tratamento nem que fosse por via de abatimento aos impostos que pago. Perante este último cenário, poderia ainda reclamar a mesmíssima quantia como prémio por ter tido juízo.
A história não acaba aqui porque é entrevistado um funcionário da câmara (não gosto do termo colaborador) que acentua a correcção da medida esclarecendo que, em caso de borreganço* do processo, o dinheiro a devolver teria que ser entregue à Casa de Pessoal e que "a coisa assim é que está certa" porque "não teria agora que estar a financiar a câmara".
Oh "bom povo trabalhador". Oh "proletários de todo o mundo". Então não gostais vós de, em resultado da vossa própria falha, devolver o dinheiro ao remetente?
E porque carga de água não sou eu, pelintra de meia tigela, capaz de gostar do termo "colaboradores"?
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* (com 's' ou com 'ç'?)
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It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
2 comentários:
com "ç", caro RoD.
É o que os cavalos fazem qdo se fazem ao obstáculo e estacam antes.
O que, em tempos pouco gloriosos, me fez mais que uma vez voar por cima de umas rias, num determinado picadeiro.
É por isso que eu sei.
Eu sabia que esse termo era usado na aeronáutica. Desconhecia o caso da equitação.
Muito bem, vou corrigir.
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