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sábado, 12 de abril de 2008

Frases de Abril

Porque é Abril, interessa refrescar a memória com as frescuras inflamadas de alguns aclamados "defensores da liberdade".
Alguns deles ainda para aí andam, inchados e confiantes na falta de memória.
A começar por este "capitão de Abril" que não fez o 25 de Abril ( só apareceu no serviço 6 dias depois, já com a garantia de que a coisa ia), mas chefia hoje a Associação 25 de Abril e é conhecido nos mentideros de caserna pelo estranho hábito de se meter debaixo das Berliets quando ouvia tiros

"há muito que fiz a opção pelo socialismo e concordo que a social-democracia não serve a Portugal.[...] a social-democracia é mais uma defesa, uma reestruturação do capitalismo, do que um caminhar para uma sociedade socialista"

Vasco Lourenço, Entrevista ao Expresso, 28Jun74

7 comentários:

EJSantos disse...

Foda-se! Ainda não aprenderam a lição? Porra, que isto há gente mesmo estupida.

Anónimo disse...

Qual lição?

Em relação à frase, o lidador podia dar-nos a um opinião mais elaborada.
O que é isso de "sociedade socialista"?!? Quem é que a teorizou antes de definir o caminho para a atingir?!?

Confesso que me começo a encaixar no raciocínio de Bernstein que reduzia aquilo a que chamamos objectivo a coisa nenhuma, sendo o movimento tudo o que realmente importa. Aparentemente o Vasco Lourenço sabia o que era o socialismo, e até sabia que não era reestruturando o capitalismo que nos aproximávamos dele. Uma certa esquerda infantil fazia escola pela sacralização da pureza dos modelos filosóficos, criticando tudo e todos aqueles que aceitavam ceder aqui e ali, para que aos poucos se construísse uma sociedade melhor. Normal nessa altura.

Unknown disse...

Rouxinol, tenha calma. A minha intenção é apenas expôr a estupidez nua e crua e fazer ver a quem lê, que ela continua robusta e com boas cores, renovando-se a cada geração, como a cauda da lagartixa.

Anónimo disse...

"A minha intenção é apenas expôr a estupidez"

Não a estupidez, talvez uma certa estupidez a que eu chamaria infantilidade.
O lidador é muito expedito a fazer notar os disparates de uma esquerda infantil, mas não tão lesto a averiguar o que se escreve aí nas direitas lusas, algumas ditas liberais. Parece que ninguém dá conta das enormidades com que passam incólumes.

Unknown disse...

"Não a estupidez, talvez uma certa estupidez a que eu chamaria infantilidade."

Tem toda a razão. Não deveria ter escrito "estupidez", mas sim ."uma certa estupidez a que o Rouxinol chamaria infantilidade."


" os disparates de uma esquerda infantil"

Bem, que se saiba era tudo gente maior, vacinada e com licença de uso e porte de arma.
A infantilidade estava no interior da abóbora e esse é que era (e é) o problema. Este país esteve a ser governado por gente infantil e disparatada, alguma da qual continua a achar que era do caraças.

"o que se escreve aí nas direitas lusas, algumas ditas liberais."
Não, de facto. Até porque as direitas "ditas liberais", ainda não estiveram em posição de determinar o futuro do país. É aliás a mesma razão pela qual não comento o que escrevem por aí alguns benfiquistas lusos, ou algumas seitas satânicas ditas demoníacas.

"Parece que ninguém dá conta das enormidades"

O Rouxinol parece que é alguém. De que enormidades deu conta?

EJSantos disse...

Há uns tempos atrás, no tempo de antena, vi o representante de um pequeno partido de extrema esquerda (não me recordo o nome, mas parece me que se chamava Partido Socialista dos trabalhadores). Começou a debitar o programa do partido (e o homem era honesto). Arrepiei me. Começou a falar na luta do proletariado, nos ideais marxistas, na colectivização dos meios de produção, etc.
E eu só pensava: cum carago, mas esta gente não aprendeu nada com a História recente?

Nuno Castelo-Branco disse...

Na realidade, a profundidade de pensamento dos intelectuais de chiclete que por aqui se passearam de Chaimite, é espantosa. E ainda se admiram por certas cartas estarem escritas num português boçal! Agora desunham-se aos berros a gritar "falso! falso!" Que provem a alegada falsidade, porque os acontecimentos em Angola-1975, corroboram ipsis verbis a tal missiva. Que descaramento.