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sábado, 2 de agosto de 2008

Alter, alter, alter *

Notícias frescas chagadas por pessoa próxima referem a melhoria substancial de segurança pública na região de Luanda. A cidade continua a ser substancialmente insegura, mas haverá uma clara melhoria.

Melhoria das condições sociais, dirão uns. O fim da guerra movida por um afloramento sulfuroso de Bush, dirão outros. O que ouvi referia o aparecimento de umas “equipas” de polícias que perante insistentes queixas, procuram saber quem espalha a confusão e executam, sumariamente, os maus da fita.

Em Portugal, o estado, impelido pelas radiosas-ideias-que-só-podem-estar-certas, emanadas de um conselho de sábios para os quais só haverá mundo se existir pós-modernismo, cria colmeias de multiculturalismo. Parecendo não funcionarem, postula que a coisa se resolverá diluindo as colmeias por zonas empestadas em monocultura.

Que cada nova política imbuída em perfumes de compreensão só resulta na necessidade de novas e mais arrojadas políticas, é coisa que não espanta dos nossos sapientes governantes.

Que a jusante, a montagem de videovigilância nas escolas, de matrículas electrónicas nos carros, etc, etc, que resultam, quando muito, no enxotar da criminalidade para o quintal do vizinho, são vistas, pela sapiência multiculturalista, como medidas para “resolver” pequenos efeitos secundários não resultantes da sua absoluta e total incapacidade em perceber o mundo, mas de uma fatal tendência que leva a que não se compreenda a superior bondade da própria “compreensão”. Enfim, os meus gatos, quando são pequenos, tendem, igualmente, a perseguir a sua própria cauda.

A “compreensão”, transforma o pináculo da estupidez no palácio de se considerar cultura à negação de aprender a ler e a escrever.

Evidentemente que as “culturas” em causa têm que ser “integradas” mas, para não violentar o nicho ecológico da pós-modernidade, percebe-se que a “integração” só poderá ser alcançada caso quem saiba ler e escrever esqueça todo o que aprendeu.

O mundo da analfabeta alter-cultura requer um mundo alternativo e correspondente modo de vida. Dizem aqueles a quem os iluminados tendem a chamar velhos do Restelo que modo de vida alternativo é eufemismo para criminalidade. Mas não, criminalidade é outra coisa. O comportamento que resulta na necessidade de videovigilância, alarmes, localização por GPS, matrículas electrónicas, é resultante da incapacidade da sociedade bushista em não encontrar ocupação condigna que os cientistas em analfabetismo possam exercer.

Logo depois, surge um novo tipo de contrato de vigilância, não se percebendo se com polícias, se com associações de polícias, se com sindicatos de polícias, se com a própria Polícia.

Estará o estado a privatizar a vigilância policial? Irá criar alter-esquadras especializadas em alter-criminalidade? E alter-tribunais condignos ao julgamento de potenciais prevaricadores em alter-criminalidade?

Mas ... não parece passar-se o mesmo em Luanda? Terá o nosso radioso primeiro-ministro ido a Angola fazer formação em alter-governação para alter-cidadãos?

....

* ou, diria um amigo meu, são estúpidos que nem um comboio de putas.

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3 comentários:

R disse...

Uma vez mais a "bugalhada" foi escrita por si.



«Que a jusante, a montagem de videovigilância nas escolas, de matrículas electrónicas nos carros, etc, etc, que resultam, quando muito, no enxotar da criminalidade para o quintal do vizinho, são vistas, pela sapiência multiculturalista»


Então, o pretexto para o totalitarismo e "capitalismo de Estado" começa assim; ora com chips que facilitam, ora com câmaras que começam na via pública, ora com um Bilhete que identifique a carneiragem, ora tudo o que controle uma sociedade já de si frágil.

Não percebo é o que "BUSH" ou o conceito das escutas dos Estados Unidos tenham que ver com o nosso controlo social.

Temos um risco menor em questões de ataques terroristas, justifica-se um controlo estrito dos cidadãos?!

Temos uma violência 400 vezes menor que os subúrbios dos States, justifica-se o controlo?

Temos uma pobreza institucional que amamenta milhares e deixa ao abandono idosos que descontaram, justifica-se o controlo?

Oh migo RB, eu digo-lhe o que é, é um centrão que sempre pairou como "partido político" e controla o aparelho de Estado, ajusta a manutenção à "pobreza" para justificar a sua "ideologia" e nunca sair do poder.
«Pobrezinhos há muitos e é necessário criar igualdade para todos»


Essa conversa serviu no PREC, e em toda a "modernidade" e abertura de Portugal... mas está a dar de si...

RioDoiro disse...

Vicissitudes,

Vou de frosques por uns dias e tenho pouca pachorra para conversa de robot.

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R disse...

Tenha cuidado na estrada amigo range-o-caniço.

Boa estadia no Algarve...