Esta coisa de vir Hussein Obama II dizer que retirará tropas do Iraque (onde, segundo ele, nunca deveriam ter estado), para as colocar no Afeganistão é música para europeus mas um fardo para os norte-americanos.
Diz o ‘europeu’, em tom de sumidade, que no Iraque há uma intervenção unilateralista e no Afeganistão uma intervenção multilateralista (abençoada pela ONU).
No Iraque há, primordialmente, tropas dos Estados Unidos. No Afeganistão, há tropas de vários países europeus, teoricamente muito empenhados na coisa.
Parecendo as hostilidades substancialmente resolvidas no Iraque, os americanos começam a percepcionar o regresso, mesmo que lento, das tropas a casa. Poderá demorar, mas terão mais hipóteses de chegar quase todos vivos.
No Afeganistão as coisas estão a aquecer.
Na Europa, a culpa do retrocesso da situação no Afeganistão é dos Estados Unidos, por não se terem empenhado suficientemente. Os europeus (dando de barato que tal coisa existe) foram para lá tendo como principal missão saírem de lá inteiros.
Vir Hussein propor que tropas americanas sejam deslocadas para o Afeganistão onde, é óbvio, para toda a gente, que a guerra é a mesma, esperar-se-ia que alguma solidariedade fosse devida, pela Europa, aos Estados Unidos, empenhando-se aquela muito mais decididamente no Afeganistão. Mas assim não é.
Hussein propõe aquilo que os europeus querem ouvir, mas que os americanos menos querem: um novo e muito mais profundo empenhamento noutro teatro de guerra.
Talvez faça sentido que Obama se candidate à presidência da comissão europeia.
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It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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1 comentário:
Homem!, não agoire, que eles ainda aceitam e depois nós é que aturamos outra vez o Durão! De tanga!
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