It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
A encrenca
"Reparem que é muito mais fácil à opinião pública exercer pressão sobre o seu governo e os governos de aliados do que sobre o "adversário". Encenar protestos contra o Saddam era o mesmo que convocar manifestações contra os icebergues: de pouco adiantaria."
Estas frases de Luís Rainha (clicar em comentários) são a estampa da forma de pensar da esquerda floribélia e nenufaríngea.
Parece razoável concluir-se que as manifestações não são feitas com qualquer intuito relativo ao conflito em causa (guerra no Iraque), mas apenas em conseguir provocar-se um qualquer efeito - muito efeito. Talvez vibração das moléculas de ar, gasto de solas de sapato, rouquidão, obrigar a polícia a fazer horas extra (que não lhes são pagas), reencontro de amigos que acabam nos copos, propiciar uns detourzitos entre lençóis com uns/umas antigos/as colegas (seja em que combinação for). Tanto se lhes dá protestar contra A como contra B (dizem eles). É preciso é berrar.
Em boa verdade, se o único critério na escolha do “adversário” contra quem protestam, é o de ser “mais fácil”, porque não se atiram ao Tejo? É a descer, e interactivando com caranguejos, poupariam gastos nas oficinas onde vão fazer buracos para enfiar piercings.
... e estaria armada uma encrenca monumental, a de desentupir o rio. Quem sabe, até talvez Saddam desse conta dela.
.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
-
Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
16 comentários:
É a falta de assunto que leva a uma distorção tão básica das frases do Luís Rainha?
Sérgio Pinto:
"distorção tão básica"
Terá deixado o Sérgio a explicação sobre a localização da distorção no blog de Luís Rainha por ser mais fácil?
.
Ó anónimo de escasso entendimento: como qualquer pessoa com meio neurónio perceberia, a expressão chave aqui é "mais fácil exercer pressão"; não "mais fácil" tout court.
Aliás, não o vejo a queixar-se das vigílias face à embaixada dos EUA a pedir que esse país pressionasse a Indonésia; e o princípio é o mesmo: falar com quem nos ouve e não com quem nos ignora.
Por outro lado, como já o informei, até houve em Lisboa pelo menos uma manifestação em defesa dos curdos quando estavam a ser massacrados pelo então amigo Saddam.
Como você não tem sequer a decência de assinar os seus insultos, não posso garantir não o ter visto por lá. Mas tenho um palpite.
LR:
"a expressão chave aqui é "mais fácil exercer pressão"; não "mais fácil" tout court."
Meu caro. Você conhece a anedota do gajo que prometeu à namorada enfiar apenas a cabecinha?
"Aliás, não o vejo a queixar-se das vigílias face à embaixada dos EUA a pedir que esse país pressionasse a Indonésia; e o princípio é o mesmo: falar com quem nos ouve e não com quem nos ignora."
Já percebi. As manifestações sobre o Iraque à porta da embaixada dos Estados Unidos era para que os Estados Unidos, usando o poder que têm e que o Bloco contesta, fizessem o favor de dizer a Saddam para se ir embora.
LR, se a sua má fé (no sentido que O-Lidador refere) fosse a de Putin, seria bom.
.
Já agora, caro LR,
Suponho que você tenha igual incomodidade quando responde a quem assina com nome que parece real mas não publica imagem do BI.
.
Volta ao mesmo: mistura as coisas e tenta baralhar quem lê.
Não, senhor, eu apenas escrevi sobre a razão que motiva as manifestações contra os nossos aliados e sobre a relativa ausência de manifestações a pressionar adversários (se bem que me lembre também pelos menos de um protesto público, em Lisboa, contra a invasão russa do Afeganistão; contra a retaliação ao mesmo país depois do 11/9, julgo não ter visto nenhuma).
Vale a pena tentar reclamar junto a governos democráticos; é esforço inútil (como se viu no caso da tal acção de apoio aos curdos, quase ignorada pelos media) manifestarmo-nos contra ditadores criminosos (coisa que o Saddam já era bem antes de os EUA darem por isso).
Nada tenho a ver com manifs das que descreve e por certo nunca participei em nenhuma. É que eu sou tão militante do Bloco quanto você é membro da ILGA.
Quanto ao anonimato, poderei ficar na dúvida no caso que refere. Já no seu caso, fico logo com a certeza de estar em presença de alguém que não quer assumir a autoria do que escreve.
LR, vc é o Rainha que escreve no 5dias?
Caro Luís Rainha,
Já percebi. Você acha razoável que alguém se manifeste contra os aliados por impossibilidade funcional de se manifestar contra os adversários.
Pronto. Percebi bem. Já não o incomodo mais com esta.
.
Luís Rainha:
"Quanto ao anonimato, poderei ficar na dúvida no caso que refere. Já no seu caso, fico logo com a certeza de estar em presença de alguém que não quer assumir a autoria do que escreve."
Neste caso ainda não percebi o que você defende, mas ainda não perdi a esperança de ser iluminado.
Perante um dado difícil de verificar (no sentido binário da coisa), o LR tem duas hipóteses: ou o considera certo ou falso.
Pode passar directamente por cima deste problema inicial, e provavelmente fá-lo frequentemente. Mas isso não remove a existência da incógnita.
Se eu assinasse como Joaquim Peixoto, você provavelmente acreditaria. Duvido que me continuasse a chamar anónimo perante o "dado".
O problema é que o LR saberia menos se eu assinasse JP do que assinando RoD.
Assinando RoD, é altamente provável que a generalidade das pessoas percebam que não é um nome real. Suponho que seja por essa razão que o LR manifesta enfado no meu anonimato. Mas a verdade é que o LR sabe mais assinando eu RoD do que se assinasse JP. Assinando RoD, o LR sale que não é o meu nome real. Se assinasse LR, nem isso sabia.
Ou não será assim?
.
Este LR é do mais cómico que há. Ainda recentemente andava numa cruzada contra os senhorios deste país e agora já anda em bolandas outra vez...
Oh homem, não se farta de levar porrada ? Vá fazer manifs à porta de um senhorio qualquer. Deve é de ir sozinho, que os seus compagnons de route também já o deixaram a berrar sozinho.
Devo dizer que aprecio a lógica do LR.
Segundo ele, só devemos protestar contra quem nos ouve. Contra quem nos racha a cabeça, não vale a pena.
A esses, respeitinho. É por isso que o Dr Miguel Portas foi a Beirute rojar-se aos pés de Nasralah e veio de lá a guinchar que somos todos Hezbolah.
Faz sentido....na cabeça do LR e da esquerda tonta. É por isso que ela é tonta.
Há interessantes corolários que se podem extrair desta lógica: se se responder às manifes dos tontos com umas bordoadas na mona, a manife deixa de fazer sentido. Não há manife.
Muito bem visto.
De resto parece que foi algo assim que aconteceu há uns tempos, quando a Espanha fechou as fronteiras temporariamente por causa de uma prevista manife de tontinhos que se iam reunir pacificamente para partirem umas montras, tb pacificamente. O Dr Louçã e mais uns elementos da pandilha foram parados na fronteira e quando protestarem levaram umas cacetadas na mona.
Fim da manif.
Deixou de fazer sentido, pela lógica de betão do LR.
"Joaquim Peixoto",
Nos dias que correm, é fácil angariar mais dados sobre as pessoas com quem mantemos diálogos na blogosfera. Sobretudo se não se limitarem a mandar por aqui umas bocas e fizerem mesmo coisas palpáveis na vida real.
Quanto ao resto, nada tenho a ver com senhorios nem com o Francisco Louçã.
LR:
"Nos dias que correm, é fácil angariar mais dados sobre as pessoas com quem mantemos diálogos na blogosfera."
Pode ser. O irmão Sócrates anda a tratar desse tipo de coisa.
Mas eu não quero que os meus dados sejam angariados para a blogoesfera e vide versa. Quero ser apenas avaliado por aquilo que escrevo. Tem vantagens e desvantagens, e eu prefiro assim.
O LR tem todo o direito de preferir a outra via. Tem também vantagens e desvantagens. Quando se dá nas orelhas projecta-se valor à pessoa (real). Quando se leva, é ao contrário.
Os anónimos puros (os que assinam apenas como anónimo) chateiam-me um bocado, não por não terem um nome, mas por ser difícil dar continuidade a uma conversa com meia dúzia de marmelos todos chamados de 'anónimo'.
Não é preciso o Sócrates. Basta o Google.
LR:
"Não é preciso o Sócrates. Basta o Google."
Você lá sabe:
"Nos dias que correm, é fácil angariar mais dados sobre as pessoas com quem mantemos diálogos na blogosfera."
Enviar um comentário