It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Esquerda e racismo bem-pensante
A fixação da esquerda em Bussssh e na guerrrrra é paradoxal.
Em África, comunidades dizimam-se mutuamente sem que a esquerda produza nem sequer uma vigiliazita, mesmo que pálida versão das que adorava e adora realizar à porta da Embaixada dos EUA.
Na África do Sul o ex-presidente Thabo Mbeki negou durante anos a existência de sida, sabotou campanhas a favor do uso do preservativo e, como se já não fosse imbecilidade suficiente, defendeu que o uso do preservativo tirava a tusa.
Da esquerda, novamente, silêncio sepulcral.
A esquerda encara os problemas de África como problemas lá entre eles – pretos. Acertos de agulhas de culturas alternativas. Assuntos sobre as quais ninguém deve opinar sob pena de ser considerado um agente da mais intolerável ingerência neo-colunialista.
A esquerda, racista ao mais alto grau, tem apenas dedo para apontar a Bussssh, justamente aquele que mais contribuiu para aplacar o mesmo tipo de ímpetos xenófobos e a mais manifesta intolerância religiosa islamita.
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
31 comentários:
A fixação da esquerda em Bussssh e na guerrrrra é paradoxal.
Ora, que esperava? São realmente uns colas. Têm alguma razão para se preocupar com a existência do pobrezito?
Afinal que fez ele? Nadita. Uma guerrazita condenada pela ONU e por meio mundo (que agora até parece que foi 'um erro'), um país destruidito, umas centenazitas de milhar de mortitos por um errito, um novo ninhito de terrorismozito, uma crisezita económica mundial e mais umas coisitas que já não me lembra. E tudo no espacito de oito anitos.
85% de concidadãozitos não o podem ver nem pintadito, mas que venha descansar para Portugal, tem aqui fiéis admiradorzitos que querem bis.
E agora, para que a memória não o atraiçoe, conte lá quantos posts dos fiéis sobre o idio... ao Bush foram produzidos.
Não querem que os comentadores assobiem para o lado e respondam sobre a vida em Marte, pois não?
Ou já está influenciado pelo raciocínio Bush? ‘Fazemos posts sobre um idiota qualquer e vejam lá, é incrível, os comentadores não mudam de assunto!’
Ah, as conclusões deste post são de estalo. Já as premissas o são.
Ó dentito ainta sobre anestesia eleitoral?. É pá! não trates dos dentitos, visto o mal ser da cabecita. Trata disso rapazito.
E eu que pensava que o post era sobre o racismo de esquerda.
Mais logo volto à carga.
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Estimado Range: a nossa esquerda é do tipo fashion/caviar, quer lá saber de áfrica, do oriente, ou até da europa oriental.
A sua indiferença não é apenas sobre as tribus, mas também com o tratamento que ali é dado às mulheres, e às crianças.
Mas isso, como bem observou, é lá com eles...
Digo eu...
Saloio
«Bussssh e na guerrrrra»
Soa mesmo a Louçã
Não chame esquerda a esses sujeitos. Chame-lhes aquilo que de facto são, sem paninhos quentes: fascistas vermelhos.
A expressão é justa.
LUAR DE AGOSTO
O que motiva o ódio a Bush não é o interesse pela justiça nem o lamento por um presidente obnóxio. É o ódio à democracia representativa. Bush é/foi não mais que um pretexto.
E o resto é conversa.
HAGARRAMAKI
"Uma guerrazita condenada pela ONU e por meio mundo"
Se por "meio-mundo" se refere à bempensância esquerdista, islamistas assumidos e encapotados, o Dr Mário Soares, o Operário Gerónimo, o Dr Francisco das Louças, a inacreditável Ana Gomes e mais uma caterva de tolos, então tem razão.
Se por meio-mundo se refere a 3 biliões de seres humanos, tenho fundadas dúvidas da asserção, pese embora a confiança que me merecem os seus dotes mediúnicos, com essa sua extraordinária capacidade telepática de saber instantaneamente o que vai na cabeça de 3 biliões de pessoas, algumas das quais falam línguas como quioco, swaili, bahasa, etc.
Quanto à ONU, lamento desiludi-la, mas parece que não houve "condenação".
Provavelmente toma os seus desejos por realidade, o que de resto a define muito bem no espaço de tolice que se sabe.
E quanto às malfeitorias do Bush, belzebu de serviço, esqueceu-se de mais algumas que podem e devem recair sobre ele, desde a crise demográfica, ao aquecimento global, passando pelas inundações no Brasil, os furacões, os tufões, o terramoto de há uns anos, a derrota do Benfica e a avaliação dos professores.
Nada como ter assim boas explicações para aquilo que não agrada, não é?
Claro que há sempre o "capitalismo internacional", a conspiração judaico-maçónica ( culpada, como é sabido do terramoto de Lisboa), os "poderosos", etc, mas o Bush está mais à mão, não é?
A necessidade de um princípio do mal é intemporal, como se vê. Faltando o Diabo,o Bush serve.
Amen.
ml:
Nada, mas mesmo nada em "ito". E a esquerdita, tem feito alguma coisita no sentido em que aponta o Range-o-Dente?
Nadita, ml, nadita.
Então, chamemos as coisitas pelos nomes: a esquerda, filha de uma trabalhadora do sexo, não toma conta dos que diz proteger. Hitler era mais honesto.
ML:
"um país destruidito, umas centenazitas de milhar de mortitos por um errito, um novo ninhito de terrorismozito, uma crisezita económica mundial e mais umas coisitas que já não me lembra."
Tudo isso se passa em África, entre africanos. O Busssssh e outros guerrrreiros, outros belicccccistas, nada de significativo tenha riscado.
A ML, por exemplo, vem tão inspirada na defesa das teses do congresso dos kamaradas com os avançadíssimos multilateralistas cubanos, chavistas, farccistas que acabou de fazer como Bussssh: nem reparou que o post falava de África.
Não há duvida. São as imperfeições do bicho mulher.
O Bussssh é mesmo mau. Uma peste.
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Quanto à ONU, lamento desiludi-la, mas parece que não houve "condenação".
Prezadito, sabe que estive para não escrever aquela frase só para não ter ler pela 101ª vez a lengalenga que vem repetindo por aí e por ali ao longo dos tempos?
E pelo método de leitura que sabe que utlizo com os seus posts, sempre com a melhor das intenções, prezado!, até podia ter passado adiante, mas como eu sabia que o arrazoado de aldrabices estaria lá, tentei-me a confirmar os meus dotes de previsão.
Fraquezas e alegrias, tudo ao mesmo tempo, sei lá.
Como também já lhe devo ter respondido umas trinta vezes com transcrições das moções e resoluções da ONU, olhe, não me apetece ir novamente por aí. Procure s.f.f., sei que faz gala em se fundamentar bem.
Vou repetir para fechar o círculo: guerra ilegal (e criminosa, acrescento eu, que a ONU não se atreveria a tanto), condenações mundiais em quase todos os países em 'percentagens muito significativas' (está publicado, é só procurar) no dizer de um certo Secretário de Estado.
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Caro Gonsalo, se em prol de um malhanço eficaz na esquerda fosse mais atento, bastaria uma vista de olhos rápida pelo que os média foram publicando ao correr desses acontecimentos. Nem sequer lhe vou falar nas ONGs, na Amnistia Internacional, na AMI, nos Médicos do Mundo, nos Sem Fronteiras, na UNICEF, no PNUD, na OMS e todas as inúmeras organizações que a direita abomina para depois se derramar lacrimosa em posts como estes. Nem vou falar nos milhares de organizações e iniciativas locais um pouco por todo o mundo, paralelas à acção daqueles organismos, e que contam sempre com a hostilidade militante da direita. Só quando lhe tocam no idio... no Bush, lá arrebitam da letargia.
E falar disso para quê? Amanhã estão a dizer precisamente o mesmo! E lá voltamos ao hobby favorito da estimadito, repetir-se até à exaustão.
Mas sem a informação na manga, caro Gonsalo, fica muito mais difícil ser eficaz no martelanço, uma palavra tão gosto dos fiéis. E olhe que há quem o faça com mestria. Esses sim, são de temer pela esquerda. Os outros...
O Hitler, hein! Boa malha.
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Caro dente, enquanto andar a tropeçar em alvos tão diferentes como o Louçã, os Kamaradas, o Obama, a Hilária, o Chavez, etc, não afina a pontaria.
Continue a tentar, mas pelo que se viu até hoje, não vai ser fácil.
Mas olhe que há boas escolas de tiro. Se não conseguem criar campeões a partir do zero, pelo menos fazem melhorar bastante os menos dotados para a prática.
nem reparou que o post falava de África.
Reparei, reparei, caro dentinho. Mas também reparei que o lamento de partida e de comparação eram os habituais.
Vá lá, tome mais atenção ao que escreve.
Para si, especialmente
http://lh3.ggpht.com/rjh552/R6SmnRi1AbI/AAAAAAAAHkg/EuO_D3YrnuE/s800/358704871_edc53263bf_b.jpg
Face of death
”Afinal que fez ele? Nadita.”
Cara ML, normalmente estou sempre de acordo consigo, mas neste caso tenho que abrir uma excepção. Acha isto pouco? Está a comparar o Bush com quem então?
Que Bush não fez nadita acho um exagero. Sempre acabou com o regime de Saddam Hussein, criou a Norte do Iraque um espaço para os Curdos e a Sul outro para os xiitas (perseguidos por Saddam), fez avançar o combate contra a Sida.
Além disso tenho a certeza que é uma pessoa muito simpática e abordável, e um democrata a sério. Basta ver a maneira como recebeu Obama e a mulher na White House…
Consegue imaginar um hipotético final de mandato do Doutor Cunhal convidando a Belém o Doutor Soares e a sua esposa, para lhes mostrar a casa?
Putin, por exemplo, já está a tratar de fazer umas modificaçõezitas na constituição russa para ser Presidente nos próximos 12 anos! O Chavez idem. O Fidel só convida a família! O Robert Mugabe, já que estamos a falar em África, parece que ainda não convidou o Tsvangirai: diz que primeiro a casa precisa de ser aspirada… E ainda em África, mas mais a Sul, Thabo Mbeki já disse que se lhe aparecer o Jacob Zuma à porta ele solta os cães…
E last but not least, o Bush tem realmente um drive do camandro! Julga você que é fácil, já alguma vez experimentou? Segurar um club e executar um drive com aquela elegância presidencial, aquele a vontade que só Bush consegue…
Gosto muito do Obama mas vou ter saudades do Bush.
ml:
"Caro Gonsalo, se em prol de um malhanço eficaz na esquerda fosse mais atento, bastaria uma vista de olhos rápida pelo que os média foram publicando ao correr desses acontecimentos."
Por acaso, estive. E tive o cuidado de diversificar as fontes de informação e de reflectir ainda sobre o que não foi dito e o pudesse ter sido. Trabalho de detective é assim - e com lupa. Fê-lo também, ou caiu na esparrela de olhar só com um dos olhos, meu caro Watson?
"85% de concidadãozitos não o podem ver nem pintadito, mas que venha descansar para Portugal, tem aqui fiéis admiradorzitos que querem bis."
Tshh! Tshh! Quereriam tris. É que ele foi reeleito pelos idio... pelos americanos com uma boa percentagem de avanço. Já se esqueceu? Felizmente que, de súbito, se tornaram inteligentes e elegeram o sr. Obama, ao que parece com a ajuda das mesmas octanas que terão levado, segundo os órgãos de comunicação (abençoado sejam os seus nomes!), Bush até à Casa Branca (publicidade paga foi à fartazana!)
"O Hitler, hein! Boa malha."
'Tá bem, reconheço que, de vez em quando sou mauzinho. Mas o que é que quer?! Eles pedem-nas. E a sério, a sério, eu até penso isso mesmo. Considerando ainda que eu tenho o Adolfito numa cotação abaixo de cobra...
sr. Carmo, verifico que o ping-pong continua a ter a sua preferência. Bom método esse, o compasso binário de boa memória. Fica-se um bocadinho azamboado, mas passa logo junto a uma janela arejada.
Mas para quê sofrer esse ligeiro incómodo? Com a sua imaginação e conhecimentos do mundo, era capaz de encontrar um contraponto ao idio... ao Bush mais apessoadito, sei lá.
Sim, realmente é estranho este desacordo, fui logo à janela ver se era a cauda de um cometa a passar ou coisa assim, mas não, continua de chuva.
Não é que sejam incompatíveis, mas é difícil ver o rasto de luz no meio da névoa.
O que é um drive? É que não quero de modo algum que me escape a habilidade do idio... do Bush, pode não haver mais nenhuma e lá se vai a oportunidade de dizer qualquer coisita benevolente.
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Caro gonsalves
Bom, então se fez o trabalho de casa é estranho que lhe tenha escapado toda a actividade que mencionei em relação a essas 'favourite charities' (adoro a expressão) que de repente apresentam com grande devoção.
Já há lacinhos para a lapela?
Temo que os cursos de detectives estejam um pouco como o resto do ensino em Portugal, dão diplomas mas poucas competências. O inspector Clouseau é a principal vítima dessa falta de qualidade.
É que ele foi reeleito pelos idio... pelos americanos com uma boa percentagem de avanço. Já se esqueceu?
Claro que não me esqueci! Alguém alguma vez se esquecerá dos papelinhos de voto perfurados, contados e recontados pelo mano?
Foi memorável, é um marco quase tão revolucionário como o monolito do ‘2001 Odisseia no espaço’.
Ah, vejo que também não duvida do poder das octanas. Se eu, que uso a 95, vou para todo o lado, imagine só o que não correm e fazem correr aquelas bem depuradas e em estado quase puro. Uma tentação.
'Tá bem, reconheço que, de vez em quando sou mauzinho.
Também não precisa de se autoflagelar, todos temos os nossos momentos antizen. E o homem, sedeusquiser, não há-de voltar, parece que encontrou aqui o marketing perfeito sem precisar de se aborrecer com a teimosia da Wehrmacht, a traição nos bunkers, a má imprensa.
Chatices, evitáveis com um bom punhado de fiéis.
"Como também já lhe devo ter respondido umas trinta vezes com transcrições das moções e resoluções da ONU, olhe, não me apetece ir novamente por aí"
Só lhe pedi uma resolução condenatória. Não porque considere que a moral e a virude universais brotem daquele organismo, mas porque, da facto, não houve nenhuma.
Devia evitar usar a sua mente como ferramenta de distorção.
Já parece o camarada Jerónimo, quando ontem a Judite lhe perguntou pela Coreia do Norte, e era vê-lo a rabiar e a falar da luta "anti-imperialista" e qq coisa de "eles hadem".
Mas enfim, o Bush vai passar à reforma e sinceramente suspeito que são os tontos como você que mais lhe irão sentir a falta.
Precisam desesperadamente de um diabo de estimação e o Obama não dá jeito. Vamos ver quem é o substituto.
Provavelmente entraremos novamente numa fase de abstração, com a eleição diabos entre o "neoliberalismo", o "imperialismo", as "petrolíferas", o "grande capital", os "judeus", claro.
E você, ml, como vai explicar o mundo sem a muleta do Bush?
ML:
"Mas olhe que há boas escolas de tiro."
Há quem diga que as escolas só são boas quando os troféus são apetecíveis. Esta, é boa.
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ML:
"Alguém alguma vez se esquecerá dos papelinhos de voto perfurados, contados e recontados pelo mano?"
Nem dos votos 'grávidos'. No respectivo candidato, todos contaram, todos.
De facto no Zimbabwe não há votos 'grávidos'.
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Cara ML,
É verdade que há uma dose de ping-pong na minha resposta, mas tive também o cuidado de salientar certas qualidades e feitos positivos de Bush, mas você aí não toca, foca apenas o ping-pong! Porque razão? Que ódio visceral você alimenta por uma pessoa que apenas vê como um idiota! O seu ódio dá-me a impressão de ultrapassar largamente o campo ideológico, é um ódio de classe!
Ah, se você mandasse, só seria eleito Presidente quem tivesse lido Joyce e Stendahl (a felicidade total do nosso David Lourenço Mestre). Acha realmente que assim ficaria mais bem servida?
”O que é um drive?”
Drive, drove, driven. Impulso dado à bola quando é batida com um (neste caso) taco de golfe (club). Também se usa ‘drive’ em ténis ou squash.
E o ‘drive’ é, neste caso, uma referência – já aqui foi feita, creio pelo Range – a Bush, que estando a ser entrevistado num campo de golfe sobre La Grande Politique, sacou do ‘club’ e exclamou de repente: Now, watch this drive…
Veja aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Z3p9y_OEAdc
Este simples gesto, farto que estou de pedantes, de Mitterrands que se julgam muito acima de Louis XIV, fez com que Bush ganhasse dez pontos na minha consideração…
ml:
"Bom, então se fez o trabalho de casa é estranho que lhe tenha escapado toda a actividade que mencionei em relação a essas 'favourite charities' (adoro a expressão) que de repente apresentam com grande devoção."
Não, não escapou. Dou-lhe apenas o crédito que, a meu ver, merece.
" Temo que os cursos de detectives estejam um pouco como o resto do ensino em Portugal, dão diplomas mas poucas competências. O inspector Clouseau é a principal vítima dessa falta de qualidade."
Sabe, também não vou atrás do behaviourismo, não se pode transformar quem se quiser no que se quiser quando se quiser. Há apenas detectives melhores e detectives piores. Com ou sem cursos, que não são eles que o resolvem... E então quando falha a vontade de o ser e, de facto, o que despertou foi a vocação para carrasco, como forma de compensar um desarranjo de fígado...
"Claro que não me esqueci! Alguém alguma vez se esquecerá dos papelinhos de voto perfurados, contados e recontados pelo mano?
Foi memorável, é um marco quase tão revolucionário como o monolito do ‘2001 Odisseia no espaço’."
Eu disse "reeleito", ml.
"Chatices, evitáveis com um bom punhado de fiéis."
ml, a fidelidade não é uma obsessão minha. Tem pessoas e dias. Porque as qualidades exercem uma atracção sobre mim. Venham de onde vierem, não fecho os olhos aos méritos de ninguém. Nem aos de Marx, embora discorde dele desde o princípio. Em Lenine, porém, só encontro a hipocrisia e o oportunismo político. E a esquerda, há muito que deixou sequer de ser marxista, passou a beata de uma igreja de doutrina mais do que suspeita e que cada vez mais me repugna pelo(s) que nela se acoita(m).
Caro quarteto
Por manifesta falta de tempo com o balanço das contas, o nosso idio... presidente solicita-me que vos transmita este recado breve.
Lamenta não o poder fazer pessoalmente, mas as facturas a pagar e que atulham meia Casa, levaram-no a convocar até o cozinheiro para dar uma mãozinha, antes que o Chavez se lembre de ir à televisão.
Faz saber que:
- já admitiu publicamente que ter acreditado nos Serviços foi um erro difícil de confessar, mas que a limpeza do seu canteirinho no Panteão já começou e não quer arriscar-se a ver as obras interrompidas;
- também se penitenciou publicamente – que mais querem? – da sua incapacidade para contribuir para esse erro com a qualidade necessária, mas que nem todos nascem líderes, a ductilidade de um bom testa-de-ferro é tão apreciável como a liderança;
- pede compreensão por alguma coisinha que tenha corrido mal por responsabilidade própria, mas que nunca ouvira sequer falar no Iraque ou em outros lugares remotos, e que reconhece que afinal parecem ser habitados por gente. O mapa que sempre lhe fora mostrado apresentava apenas umas barriquinhas escuras, que sinceramente pensou serem de ovos-moles pretos;
- agradece o convite, mas não tenciona passar por Haia nos próximos tempos enquanto os Serviços não forem reestruturados e depurados da inclinação para o erro. A história não se repete nem os figurantes ressuscitam, todos somos criados ab ovo, mas não está posto de parte que um Guy Fawkes judicial lhe salte ao caminho com um barril de acusações. Diz ainda que não sabe bem quem foi Jaime I mas acredita que todos locais de risco são de evitar;
- refere ainda que vai retirar-se para as pampas e regressar ao saudável hábito de ver o mundo através de um quadradinho. Está na altura e na idade de ser pessoalmente poupado a erros induzidos por alheios, a delírios com armas e a perus de plástico;
também precisa de tempo para olhar com atenção os extractos bancários, nos últimos tempos parece que houve para aí uns tombos do alto e que alguns lhe caíram no quintal da Casa. Sinceramente não entende o simbolismo, pensa que os casinos estão melhor habilitados a explicar-se;
- informa ainda que passou a admirar profundamente a Hilária e que pensa manter essa amizade por um período mínimo de quatro anos, renovável por igual tempo. Como prova de que a amizade é sincera aceitou um convite para ir ao West End conhecer um tal Arturo Ui, que acabou por não encontrar no foyer nem nos camarins.
Quem será?, pergunta-se. Teme ter sido enganado – mais uma vez – pela finória da Hilária, que o Arturo será uma ficção e que não disse estas palavras assisadas, é preciso esmagar os grandes criminosos políticos e esmagá-los através do ridículo. Pois não são, essencialmente, grandes criminosos políticos mas sobretudo autores de grandes crimes políticos, o que é bem diferente. Pensou logo que o alvo era o Haakon ou a Beatrix Wilhelmina, mas mesmo assim mandou averiguar se um tal BB é ou não parente distante da Brigitte Bardot.
- por fim, quer reiterar a sua profunda admiração pelos párocos de aldeia, que só à pazada conseguem ver-se livres das beatas que se lhes agarram à barra da sotaina. Agradece-lhes a fidelidade, mas tudo o que quer da vida a partir de agora é descansar e esquecer que é mesmo impunemente que os Serviços enganam qualquer um. Vá lá, qualquer um também não, só alguns, talvez os melhores, sabe lá.
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Sr. Carmo, obrigada pela explicação. Percebi, finalmente, o que faz realmente um líder. Não consegui abrir o link, o meu Windows também praticou com os Serviços, mas não duvido de que um bom drive teria tirado do anonimato líderes medíocres como Alexandre Magno ou Nelson Mandela.
Caro Gonsalo, registo a sua capacidade de juntar pontas e de aproveitar bocadinhos bons onde os encontra. Les beaux esprits se rencontrent, nem que seja em pequeninas frases e pequeninos sinais.
Só continuo a não perceber muito bem a sua formação investigadora, escapou-me qualquer coisa na explicação, mas não se preocupe que o defeito é meu.
o que despertou foi a vocação para carrasco, como forma de compensar um desarranjo de fígado...
Não faça haraquiri online, plizzz, assim ninguém o poderá salvar in extremis.
Cara ML,
Faço questão que veja o drive. Se não consegue abrir o link vá ao YouTube e preencha 'Now watch this drive'.
O Alexandre Magno e o Nelson Mandela anónimos?
Creio poder dizer que estes nem precisam de drive, até eu já ouvi falar deles! tenho mesmo lido umas coisas sobre eles na revista Gente, no consultório do meu dentista...
Cara ML:
Do que refere, alguma coisa corresponde ao que Bush declarou, outras não.
Acerca das reais declarações e pelo que lhes diz respeito, nada há a apontar.
Em relação à sua ficção, muito bem esgalhada mas própria dos livros de Enid Blyton, registe que se percebe a sua necessidade em compor o ramalhete. Inventando a maioria, há que compor com um pouco de verdade, muito embora a ficção pretenda também torcer a verdade tornando-a em "conveniente".
Enfim, as coisas não são o que são porque devem ser de outra maneira. A reinvenção do homem. A mesma que, na escola, tem gerado manadas.
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Sr. Carmo, rendo-me!
Já viu o que não teria sido a história do mundo se o D. Afonso Henriques tivesse praticado aquele estilo seguro?
Mas não, era um homem sem qualidades, limitou-se a fundar um país e partir a perna em Badajoz por falta de treinos.
Sem dúvida de que o seu dentista é mais culto do que o David Mestre e o Miterrand mas penso – se me é permitido o abuso – que nesta matéria devia fazer uma excepção à metodologia pendular. A Ministra da Educação conhece bem o Joyce e o Stendhal, não ignora que na Grécia vivem uns seres que costumamos apelidar de gregos, distingue o plástico de um galináceo e também é o desastre que se vê.
Só os distingue o olhar, o dela tem um não sei quê de inteligência.
Caro dente, não queria desiludi-lo, mas acho que da Enid Blyton li muito pouco.
Serve a P.D. James? E o John Le Carré? Estão mais dentro da matéria, sei lá.
"o John Le Carré?"
Aquele que que acha que não existe no Reino Unido e nos EUA,nenhuma oposição parlamentar e que garante que as fontes do terrorismo estão nas frustrações e humilhações passadas, num hino ao pecado venial do ocidente?
Aquele que achava que a Nato e o Pacto de Varsóvia eram faces da mesma moeda?
Aquele que assumiu o activismo político "progressista" contea a "guerrrrrrra", e o "Bush e o Blair"?
Vai-se percebendo em que inquinadas fontes a ml bebe a sua visão atoleimada do mundo.
Pior que um tolo, só um tolo que pensa que o não é.
Para completar a sua formação na estutícia, só lhe falta ler Michael Moore e uns pózinhos de Chomsky.
Ou então reler os "Cadernos Marxistas" do Dr Louçã, imbecilidade concentrada e em estado puro.
Por sujos caminhos anda, minha cara. Não admira que o fedor se evole.
prezadito, não se exaltere, ainda cai do púlpito.
O Jonh Le Carré é apenas um escritor de livros de espionagem. Está bem que o sr. David John Moore Cornwell já pertenceu aos serviços de sua majestade a quine, mas isso até é capaz de ser uma mais-valia para o escritor.
Que acha? Não? Aqui os fiéis são mais fiáveis? Sério? Posso confiar?
Estimadito, e já leu ‘Smiley’s People’? E o filme com o Alec Guiness, que tal?
Do melhor, concordo.
‘O fiel jardineiro’ também não é mau de todo, mas acho que prefiro ‘O espião que veio do frio’. Mais clássico, mais sixties, sei lá.
A máquina dos sonhos deixou-se corromper.
Sente-se num sofá à lareira, pegue num livro and try not to ruin everything by being you. Está a ficar um bocadinho histriónico.
Cara ml:
Não é formação, é feitio. E juntar as pontas é mostrar a ordem no que está, aparentemente, desordenado - o que, em mim, também é feitio. Coisa que, pelos seus lados, parece que azedou.
Mas olhe que não vale a pena. Descontraia, mulher!
Você, aliás, até tem sentido de humor. Fartei-me de rir com aquela do Clouseau. Levou-me às cordas e deixou-me sem saída. Em primeiro lugar, porque não posso ripostar devido a não haver o equivalente feminino (sexismos...!) e recorrer à pantera cor-de-rosa seria desapropriado; depois, porque não poderia devolver-lhe o epíteto, já que tendo o Clouseau aquele bigode, para uma mulher bem... estaria a ser, pouco elegante.
Além disso, eu de vez em quando também me sinto Clouseau e aposto que a ml também - quem não faz figura de urso de tempos a tempos? Nunca leu o "poema em linha recta", do Pessoa? Vá, mude de registo.
E não pense que, por estar a falar desta maneira, retiro vírgulas ao que disse antes. Mantenho tudo, desde as palavras à pontuação. A esquerda é, neste momento, um elemento social perigosamente reaccionário. E serve de coio aos medíocres, incapazes de pensar pela sua própria cabeça, fornecendo-lhes os chavões que lhes dão a segurança da superioridade moral e a certeza de serem os mutantes que apontam já para a nova humanidade. Com as honrosas excepções, claro.
caro gonsalo
Vá lá, não estenda aos outros os seus estados de alma, cada qual que faça por si.
Sente-se a fazer figura de urso, apoquentado pela esquerda?
Sim, ok, é a escola dos fiéis, que deus os proteja e os mantenha assim iguaizinhos uns aos outros. Com honrosas excepções, claro.
Mantenho tudo, desde as palavras à pontuação.
E isso tudo, para além da sua estimável opinião, representa o quê?
Ah, está bem, entendo, apenas isso, uma opinião como qualquer outra.
Sim, sim, era o que me parecia, mas foi tão inflamado que cheguei a pensar ter-se candidatado à inclusão no Livro. Aquele que o prezado lia quando despencou do púlpito.
Oh sim, é o entusiasmo, claro, nem eu nunca tomo isso de outro modo, o estimado pode testemunhar-lhe como respeito as idiossincrasias de cada um.
"O Jonh Le Carré é apenas um escritor de livros de espionagem"
Ora nem mais. E por sinal bastante bom.
E por aí se deve quedar, minha cara.
Apreciar as qualidades culinárias de um bom chef, não implica gostar dos peidos que larga.
E parece que a caríssima ml ainda não conseguiu fazer a distinção e toma os peidos por haute cuisine.
Tendências ao endeusamento, próprias das mentes religiosas como a sua, mas a quem deserdaram do deus tradicional.
Dai a sua eterna fixação em princípios do mal ( o Bush) e do bem (qq marmelo que não goste dele.
Sabe que continua um mistério para mim a facilidade com que o prezadito se assume voluntariamente como o palerma que é?
Então o contexto Enid Blyton, P.D. James, Jonh Le Carré é o quê?
Político? Religioso? Biológico?
Quem sou eu para lhe indicar o caminho da inteligência verbal, mas porque não experimenta, antes de subir ao púlpito, rever mentalmente a matéria do sermão para ver se encaixa com o que quer pregar?
Com tanta informação disponível, talvez não fosse difícil, sei lá, saber em três tempos o contexto em que se movimentam.
Precipitação outra vez, não é prezado?
Claro, sempre precipitação, mas às vezes um simples dicionário à mão é o bastante.
"Sente-se a fazer figura de urso, apoquentado pela esquerda?!"
Não, no caso quando tento fazer com que a ml perceba o que eu digo. É que, até agora, ainda não respondeu a nada - repare!, a nada! - do que eu pus em questão. Mais ou menos como comparar um pardal com um molho de salsa ou a pesca à baleia com a cultura do grão-de-bico.
Desisto, por agora. Espero por melhores dias (seus, meus ou de ambos). É que essa do Livro (qual Livro? O Graal? O tipo que se despencou com o quê? Estou a perder algum episódio do Grande Satã, perdão! do Bush que desconheça e que possa ter servido de anedota digestiva para serão intelectual e comprometido com a Revolução?) é tão despropositado (ia escrever, palerma) que não tem já resposta possível. É como se me pusesse a falar dos seus fantasmas. E certamente que a ml será mais interessante do que eles.
Até um dia destes.
caro gonsalo
Então até qualquer dia. E não se tome de dores alheias.
Respondi-lhe às questões com que me abordou e que eram o tema do post: onde está a esquerda nos grandes dramas sociais, e não só em África.
Navego à vista, taco a taco, sou uma simples comentadora. E também não tenho queda para a missionação, isso é mais com os fiéis.
See you.
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