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sábado, 16 de agosto de 2008

O Polvo



Que o Estado (português) não é pessoa de bem, já é apenas novidade para aqueles que tiram partido directo das malfeitorias do organismo.

Que o Ministério das Finanças se vai tornando um polvo acoitado dentro do próprio estado também já toda a gente percebeu. O que ainda espanta é o requinte de malvadez a que chegam os neurónios do Polvo.

Que o domicílio fiscal de contribuintes casados ou em união de facto tenha que ser o mesmo já e coisa difícil de perceber, tanto mais que há um milhão de razões de ordem prática para (ter que) ser assim. Aliás, essas razões de ordem prática não tolhem o fisco de aceitar sugar o contribuinte.

Mas o Polvo vai mais longe e decide que não haverá devolução de IRS caso os domicílios dos contribuintes constantes nos ficheiros das entidades patronais não coincidam com os declarados ao Polvo.

Não se preocupa o Polvo em adaptar a sua máquina ao mundo real percebendo que as pessoas podem ser casadas, ter um domicílio fiscal comum e terem moradas, de facto, distintas, por razões de ordem prática. Por exemplo, se um casal trabalha deslocado, porque razão há-de esperar que o correio lhe seja redireccionado? Há, aliás, serviços de redireccionamento automático que se podem subscrever nos correios. Virá o Polvo a requerer uma certidão de inexistência de redireccionamento de correio?

Mas ao Polvo o mundo real não lhe interessa porquanto possa cobrar ou reter o que não lhe é devido.

Voltando às discrepâncias entre as moradas constantes no Polvo e nas entidades patronais, saberá o Polvo que há casos em que é necessário inventar uma morada para se estar em condições de obter um trabalho?

E que se seguirá?

Virá a ser legar dormir-se em camas separadas? E até que distância?

E de pijama? Poderá o Polvo vir a considerar aceitável a coincidência de moradas apenas quando os cônjuges dormirem nus?

E não terão, os idiotas do Polvo, mais nada com que se preocupar?

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1 comentário:

ablogando disse...

"os idiotas do Polvo"?! Ai, agora estamos politicamente correctos, hein?!