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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Audacity of Hope

Tenho andado a ler uma biografia do Barack Obama, escrita por ele mesmo (A minha herança), e prometo que para a semana darei aqui conta daquilo que penso.
Para já, posso apenas referir que tem um discurso fluente e, quase a acabar,(está, neste momento do livro, no Quénia), é óbvio que, pesem embora algumas perplexidades, se considera parte da grande irmandade negra e que vê "os brancos", como aliens de um mundo que não é o seu.

Isso em si é estranho. Obama foi educado pela mãe (uma tonta brain dead liberal, que se apaixonou pelos negros vendo um filme brasileiro-Orfeu Negro- que romanceava a vida nas favelas) e pelos avós maternos.
Ou seja, por "brancos".
O pai era um queniano bêbado, que se pôs na tontinha, e quando casou com a mãe de Obama já estava casado com uma queniana. E depois disso foi "casando" mais vezes ao longo da vida, estando-se nas tintas para a descendência.
O facto de Obama se identificar mais com a parte da família que o deixou entregue à sua sorte e falar da outra parte como "os brancos", seres estranhos, maus e arrogantes, diz alguma coisa do carácter dele.

Mas há uma revelação inquietante neste livro:
Obama, como é sabido, demarcou-se convenientemente do Reverendo Wright, dizendo que apenas frequentava a sua congregação e que não se identificava com as posições extremistas do cromo.
Pura mentira. O próprio título do mais vendido livro de Barack Obama (Audacity of Hope), foi decalcado do 1º sermão que Obama ouviu na Trinity Church, e que se chamava exactamente Audacity of Hope, e no qual o Reverendo berrou as diatribes conhecidas sobre os "brancos", e a América em geral.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não li o livro e, portanto, o que segue não é um desafio retórico, mas simples curiosidade.

Você poderia citar alguma frase em que Obama deixe claro que considera os brancos "seres estranhos, maus e arrogantes"?

Anónimo disse...

"Tenho andado a ler uma biografia do Barack Obama, escrita por ele mesmo (A minha herança), e prometo que para a semana darei aqui conta daquilo que penso."

Ô semaninha longa!