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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dissuasão

A operação israelita em Gaza, parece ter um objectivo simples : dissuadir o Hamas de preparar atentados, ou lançar foguetes sobre Israel.

Nenhum responsável falou em "destruir o Hamas", ou "destruir todos os lança-foguetes", objectivos evidentemente irrealizáveis a não ser que o Exército Israelita agisse com toda a força necessária, o que iria implicar a morte de dezenas de milhares de habitantes de Gaza. Isso está fora de causa.
A guerra é, sobretudo, um confronto de vontades. O que se procura destruir não é o inimigo, mas sim a sua vontade de combater, e os bons generais são aqueles que o conseguem sem sequer darem um tiro.

O Hamas terá cerca de 20 000 homens bem armados, provavelmente organizou o terreno e a defesa de modo similar ao Hezbolah, e tem milhares de lançadores para fazer desabar chuvas de mísseis sobre Israel.
Mas o simples facto de se possuir capacidade de ataque não leva necessariamente à sua activação.
No mundo real qualquer lingrinhas pode pespegar um soco no campeão mundial de boxe. Mas fazê-lo, implica a possibilidade de uma resposta e a expectativa da dimensão dessa resposta é normalmente suficiente para dissuadir a acção de um lingrinhas racional.
O Hezbolah tem também milhares de mísseis. E a Síria. E o Irão. Todos eles são capazes de fazer chover sobre Israel milhares de misseís por dia.
Mas não o fazem. Agitam a retórica, bramam inflamadas exortações à jihad, mas não lhes passa pela cabeça carregar no botão para traduzir as palavras em actos.
Porquê?
Porque temem a resposta de Israel.

Com o Hamas deverá acontecer o mesmo.
No fim desta campanha, haverá um cessar-fogo, Israel estará no mesmo sítio e Gaza também.
Mas a liderança do Hamas, ter-se-á tornado mais racional e pensará no mínimo 200 vezes, antes de se atrever a lançar um foguetezinho para Israel.
Como está a acontecer com o Hezbolah.

É esse o objectivo de Israel.

2 comentários:

Anónimo disse...

Você sabe o que é "dissuasão"? Devia estudar um pouco pra nao ficar falando besteiras.
http://www.nato.int/docu/review/2003/issue4/portuguese/art4_pr.html

Carmo da Rosa disse...

Boa. Perfeitamente de acordo. E sobretudo eliminar os líders, a única maneira de se verem livres da foguetada.