“Äntligen!” significa “Até que enfim!” em sueco.
Farto de ver o prémio Nobel da Literatura ser atribuído por critérios políticos a “escritores” de que ninguém ouviu falar, o apresentador de rádio sueco Gert Fylking iniciou a excelente tradição, que ainda hoje perdura, de gritar “Até que enfim!” na cerimónia de anúncio do prémio, a cada nova canonização de mais um obscuro comuna terceiro-mundista.
Neste vídeo, da cerimónia de 2005, é possível ouvir claramente a exclamação, no minuto 00:15. Em 2006 não se consegue ouvir o grito no video, mas vê-se claramente o pessoal a partir-se a rir. Um ingénuo comentador no youtube acha que são “gritos extasiados de alegria” pelo anúncio da atribuição do prémio a Orhan Pamuk. Aquilo devia estar cheio de turcos, certamente.
Na imagem: o herói da classe operária José Saramago curva-se respeitosamente perante o monarca sueco Carl XVI Gustaf, enquanto recebe das suas mãos o prémio Nobel da Literatura de 1998.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
domingo, 20 de junho de 2010
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
51 comentários:
Bem se vê que os autores deste blogue não são portugueses.
Se o Prémio Nobel fosse atribuido a um judeu com tranças, talvez o prémio escaparia...
Sois uns traidores a Portugal e ao seu Povo.
Ganhou não ganhou, com gritos ou sem gritos, portugal tem la mais um nome registado para a historia do nobel. Não gostas comes menos, o gritinho deixa la pode ser de prazer.
Goste-se ou não do homem Saramago, o escritor ficará para a história da cultura portuguesa e mundial. Ao contrário dos portugueses medíocres, que ainda não perceberam que a cultura é sempre mais importante do que a política.
HV:
"que ainda não perceberam que a cultura é sempre mais importante do que a política."
A política dos regimes genocidas, neste caso.
Essa afirmação enquadra bem o HV e o que o HV projecta em Saramago.
HV:"Ao contrário dos portugueses medíocres, que ainda não perceberam que a cultura é sempre mais importante do que a política."
Mao Tse Tung:"An army without culture is a dull-witted army, and a dull-witted army cannot defeat the enemy."
Só as pessoas mesquinhas como os autores deste blog é que confundem as coisas simples. Saramago é um grande escritor em qualquer parte do Mundo e isso é um dado incontestável. Foi, juntamente com Pessoa, a grande figura da literatura portuguesa no século XX e basta ir a uma livraria em qualquer país europeu para percebê-lo. Traduções em mais de 60 línguas e milhões de livros vendidos em todo o Mundo. Graças a ele, a literatura portuguesa (até aí conhecida através de Pessoa e pouco mais) tornou-se mundialmente famosa e permitiu a dezenas de outros escritores portugueses serem traduzidos no estrangeiro. A língua portuguesa ganhou com isso e hoje tem uma dimensão que anteriormente não conhecia. Criaram-se novos leitorados e cadeiras universitárias em todo o Mundo e, anualmente, são escritas teses e dissertações sobre a sua obra e a obra de outros escritores portugueses menos conhecidos. Isso é um valor incalculável. De resto, a cultura é dos poucos bens concretos que Portugal tem para vender. Se vivessem no estrangeiro e tivessem um pouco mais de Mundo (que é o que vos falta) já tinham percebido isso há muito tempo.
O Celine e o Ezra Pound eram fascistas e não deixaram de ser grandes escritores e poetas por causa disso.
Critico o censor e estalinista Saramago, mas reconheço o seu virtuosismo como escritor.
O kamarada Mao também ia ficar para a história como paladino de todas as coisas boas. Hoje, até os maoistas fazem de conta que nunca ouviram falar nele.
Al-Gore foi nomeado paladino de todas as coisa boas relativamente ao ambiente. Durou uns meses.
As luzes da ribalta são traiçoeiras. A luz de frente mostra a figura, o 'key' (a luz de trazeira), revela o contorno.
A esquerdalha via no homem, mais que aquilo que ele escrevia, o anjo da "sociedade mais justa". O homem não se fazia rogado à propaganda, deixando, implicitamente, para 2º plano, a obra. Agora há que minimizar os efeitos colaterais. Há que fazer de conta que o que sempre interessou foi a obra e não aquilo que o homem defendia.
Saramago tentava minimizar o real legado do socialismo. A esquerdalha tenta agora minimizar Saramago face à sua obra.
... ficam todos muito bem na fotografia.
Quando escrevi o anterior comentário não tinha lido o do HV.
Mas veio apenas confirmar o que nele deixei dito.
"Só as pessoas mesquinhas como os autores"
É dos livros e chama-se "ad hominem".
Se não concordas com eles e eles não conseguem ver o quão genial tu és, chama-se-lhe nomes e apedrejam-se com adjectivos.
O problema, HV, é que você acredita piamente que "cultura" é apenas aquilo que você acha bem.
Há aí uma certa arrogância, de resto a impressão digital daqueles que acham "chic" ser " de esquerda pá".
A cultura é muito mais do que isso, mas pessoa como você não conseguem ver para além das teses da kulturkampf do velho amigo Gramsci.
HV:"Saramago é um grande escritor em qualquer parte do Mundo e isso é um dado incontestável"
Não seja ridículo.
O ensaio sobre a cegueira é o milésimo livro mais vendido na amazon. A semana passada o livro mais vendido era "The road to serfdom" do Hayek (agora está em 5º; em 4º está o Glen Beck).
Esta "cultura" não lhe serve? Embrulhe!
Uma coisa curiosa, pois um tal holandês, acho que voador se calhar como os crocodilos que voavam baixo como na anedota do miúdo russo filho dum KGB, diz que Saramago é fenomenal porque é muito vendido nas livrarias europeias. Mas mais vendida é a Jackie Collins e o Crocodilo Voador com certeza não a acha genial, que não é.
Já agora, há um outro livro que tem muita venda e o Voador (baixo) não gosta e está no seu direito: a Bíblia.
E em certos países, no seu tempo, havia outro best-seller: o Mein Kampf.
Seria o Adolfo um autor genial?
Para almas voadoras como este holandês, talvez. Ou de certeza.
joaquim
Lamento desapontá-los, mas daqui a uns anos Saramago continuará a ser lido aqui e noutros cantos do Mundo. Já é um clássico. O mesmo não se poderá dizer dos seus detractores. Mas, claro, os gostos literários não se discutem. Não se devem é misturar com os gostos políticos. Se nem isso percebem, o que é que eu posso fazer?
" o que é que eu posso fazer?"
Evitar adjectivar os que consigo debatem lhanamente, seria um bom começo.
E depois perceber que a cultura não é apenas aquilo que você acha bem.
Lidador,
Não sou apenas eu que considero Saramago um bom escritor. Foram críticos (Bloom, Universidade do México, Academia Brasileira, etc.) e milhões de leitores em todo o Mundo. O Nobel ajudou, mas há dezenas de consagrados com o prémio que não tiveram esse reconhecimento posterior. Pode é não gostar-se da escrita. É normal.
Mas, reconheço: prefiro o "Ano da Morte de Ricardo Reis" ou o "Ensaio sobre a Cegueira" ao boletim "Operacional".
HV, pergunta aos seus amigos holandeses se já leram Saramago. De caminho pergunte-lhes se já leram Pessoa.
"os gostos literários não se discutem. Não se devem é misturar com os gostos políticos."
Vá dizer isso aos palermas que atribuem o Nobel.
"O Celine e o Ezra Pound eram fascistas e não deixaram de ser grandes escritores e poetas por causa disso."
Comparar Saramago com estes dois é o mesmo que comparar uma vaca com um molho de salsa.
Além disso, o Céline não era fascista, ao contrário do Pound. Nem sequer foi exactamente um colaboraconista, ao que se sabe hoje.
Quanto à eternidade da escrita do José Saramago falaremos daqui a uns anos...
Céline revolucionou a literatura, influenciou quase toda a gente. A geração beat teve por patronos Céline e os surrealistas, disse-o Ginsberg.
O Saramago fez inflectir quem e em quê? E onde?
Luís Oliveira,
Sim , os holandeses (e não só os meus amigos) conhecem Saramago, pois este tem a maior parte da sua obra traduzida em neerlandês. Por acaso, até tem mais obras traduzidas em neerlandês do que Pessoa, que continua a ser o português mais lido na Holanda, depois de Rentes de Carvalho que é residente no país. Mas, há mais autores portugueses traduzidos: Camões, Eça de Queiroz, Lobo Antunes, Lídia Jorge, Faria de Almeida, João de Melo, etc...sim, a literatura portuguesa na Holanda está viva e rcomenda-se. Também graças a Saramago.
Meu caro HV, como você disse, gostos não se discutem e se você gosta da escrita de Saramago faça bom proveito.
Exactamente pela mesma bitola, eu não gosto da escrita de Saramago e, a menos que considere superiores os seus gostos e a sua "cultura", Saramago fica no nível onde estava: zero.
Há críticos que apreciam Saramago, há críticos que detestam Saramago.
E há o efeito de halo, que faz as pessoas com espírito ovino, bater palmas àqueles que têm sucesso.
Viu-se isso nos últimos dias na nossa TV, com velhotas da Merdaleja a louvarem a escrita do Saramago e a personalidade do Saramago, e a extrema inteligência do Saramago, sem terem lido nada do que ele escreveu, sem algum dia o terem visto a não ser na TV, e sem conhecerem patavina das idiotices que o Saramago foi despejando a longo da sua carreira.
Quando alguém me atira para cima o argumento de autoridade, eu recordo-me de um famoso Nobel da Física, de seu nome Albert Einstein a quem de nada serviu a auréola quando se pegou com Niels Bohr a propósito da teoria quântica.
Saramago, como se sabe, ganhou um Nobel pelas mesmas razões do Harold Pinter e outros: era da mesma cor ideológica dos cromos que atribuem o prémio.
O resto é folclore!
Malditos comunistas SUECOS, são dão Nobels a comunas. Vou propor este blogue e o outro do lidador ao prémio Pulitzer, só não sei é se este também é um prémio esquerdino.
Se o ridículo pagasse imposto, este blogue já teria encerrado por falta de verbas.
HV, vou-lhe dar um pouco de perspectiva sobre a "grande difusão" da obra de Saramago.
Segundo o Público, o homem vendeu 10 milhões de exemplares, de todos os seus livros, nos vários idiomas, durante toda a carreira de não sei quantas décadas.
O Código Da Vinci, um livro de 2003, já tinha vendido, até Setembro de 2009, 81 milhões
Pergunte lá aos seus amigos e vai ver o que lhe dizem. Leva com o Paulo Coelho e já vai com sorte...
E pa que idiotice, ja fazem comparações com dan brown, o saramago é portugues, escrevia na lingua portuguesa, projectava portugal no estrangeiro deste modo, querem ver que o dan brown faz o mesmo, só de idiotas
Lidador,
Não sei se os membros da Academia Sueca são comunistas. Penso que não. Também penso que há algo de politicamente correcto na atribuição de alguns dos prémios (e não só na literatura). Mas, mais grave do que os suecos terem atribuido um prémio a um autor estrangeiro, foi a censura de um secretário de estado português (Sousa Lara) a um livro de Saramago que estava nomeado para um prémio europeu. Isso sim, é grave. Os suecos podem atribuir o que quiserem. Os critérios são deles. Os portugueses é que não devem censurar os seus artistas. Esta é a diferença entre um país democrata e um país de censores.
Luís Oliveira,
Mas, dez milhões de livros em 30 anos é enorme, para um pais com as dimensões de Portugal! Note, que a maior parte desses livros foram vendidos depois de 1998 (ano do Nobel). Provavelmente, já é o autor português mais traduzido e mais vendido de sempre. Isso não lhe diz nada?
Não pode comparar a penetração de uma língua internacional, como o inglês, com uma língua como o português, falada apenas por 200 milhões de habitantes. Estas são as comparações que tem de fazer. Quantos autores portugueses venderam 10 milhões de livros?
"Quantos autores portugueses venderam 10 milhões de livros?"
Paulo Coelho: 120 milhões
Não percebe que 10 milhões de exemplares, em todos os países, em todos os idiomas, em 30 anos (30? o homem começou a escrever aos 50?), é perfeitamente ridículo?
Que a difusão da "cultura" portuguesa no mundo é uma fantasia da sua cabeça?
Que não é por os Cahiers do Cinema darem 5 estrelas aos filmes do Manuel Oliveira que alguém os vê?
Já para não mencionar que metade deve ter sido vendida em Portugal?
Agora vai dizer que Portugal não tem a dimensão do Brasil...
Em todo o mundo, em todos os idiomas.
Caros veneradores de Saramago.
Se um aluno de língua portuguesa, no exame do 12º ano, escrevesse esta frase:
",Vai ficar cego, Não,logo que a vida estiver normalizada, que tudo comece a funcionar, opero-o, será uma questão de semanas, Por que foi que cegámos,Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem."
Assim,literal, com a gramática errada, um aluno do 12º ano, digo-vos, chumbava.
O Saramago é um "bom escritor".
Ora porra! Então os putos que escrevem com k, e vc, e lol, etc, são monstros da literatura.
Vão bugiar, mais o Saramago.
Luís Oliveira,
O Paulo Coelho é brasileiro. Eu não falei da língua portuguesa, falei de escritores portugueses. Mas, não admira, você só deve ler Dan Brown e Paulo Coelho...
Lidador,
A literatura não tem de obedecer às regras canónicas da gramática. Se tivesse lido o Lobo Antunes, ou qualquer autor francês do "novo romance", ainda ficava mais espantado. E então? O Saramago, usava um estilo barroco (próximo do Padre António Vieira), mas sabia escrever perfeitamente em português clássico. Experimente o "Manual de Caligrafia" ou "Viagens a Portugal". De resto, nem podia ser de outro modo: só conhecendo bem a sua língua poderia (re)criar um estilo próprio. As vírgulas, estão lá, mas não nos sítios que nós queremos. É a liberdade do autor. O exemplo dos alunos que dá, não cola, porque quem escreve em linguagem cifrada de telemóvel, normalmente não sabe escrever.
Mas, concedo: no boletim "Operacional", percebe-se tudo logo à primeira.
"não admira, você só deve ler Dan Brown e Paulo Coelho..."
O que explica tudo. Um gajo sem a "cultura" certa dá em fachista, xenófobo, etc
Leia e releia os livros do caramelo, e quando estiverm gastos compre mais.
HV:
"Não pode comparar a penetração de uma língua internacional, como o inglês, "
E Saramago foi traduzido em batatais de línguas (prova invocada pela esquerdalha para lhe dar dimensão) excepto inglês?
"quem escreve em linguagem cifrada de telemóvel, normalmente não sabe escrever"
Pois não. E o Saramago tb não.
Quanto à "liberdade do autor", escusa de gabar as vestes do rei, quando é óbvio que ele vai nu.
A sua cegueira é velha como o mundo. É a dos eternos deslumbrados que acreditam parecer inteligentes se mimetizarem as opiniões "certas".
Você faz lembrar aqueles pacóvios que andaram anos a gabar umas determinadas pinturas, derramando sobre elas palavras tão grandiloquentes como ocas, até que um dia se soube que era um chimpanzé o autor dos rabiscos.
O-Lidador, diga lá então de sua justiça. Quem são os para si os grandes escritores contemporaneos em lingua portuguesa? Ajude-nos a perceber os seus critérios e os seus gostos, por favor. Estou muito curioso em perceber, de alguém com a sua sabedoria, quem considera expressar-se exemplarmente na nossa lingua. Obrigado.
Aac.
Então Saramago não sabe escrever porque não usa acentuação tal como a aprendemos na escola primaria. São esses e outros bloqueadores de pensamento que tem originado rupturas religiosas, politicas e artísticas.
"Então Saramago não sabe escrever porque não usa acentuação tal como a aprendemos na escola primaria."
Saramago tinha variado tipo problemas. Se não acertava com os acentos, como podreia acertar com outras coisas?
http://fiel-inimigo.blogspot.com/2010/06/guess-who-spearheads-raids-as-food.html
"Então Saramago não sabe escrever porque não usa acentuação tal como a aprendemos na escola primaria"
Na escola primária e na Universidade.
A língua é uma convenção.
Você, por exemplo, também não aprendeu que "primaria" leva acento.
Deve ser por isso que acha o máximo do "chic" escrever como quem coça os chatos da virilha.
Nada como um palerma para "compreender" outro.
Exactamente e como você esta farto de se coçar, sabe que agora por qualquer motivo vai deixar de escrever como escrevia certas palavras, porque? Rupturas com os bloqueadores de pensamento vindos de algum lado e que nos levam a isso a evoluir e a cortar com certos convencionalismos, ou isso ultrapassou a tal realidade convencional.
"Exactamente e como você esta farto de se coçar, sabe que agora por qualquer motivo vai deixar de escrever como escrevia certas palavras, porque? Rupturas com os bloqueadores de pensamento vindos de algum lado e que nos levam a isso a evoluir e a cortar com certos convencionalismos, ou isso ultrapassou a tal realidade convencional."
Este seu estendal de erros é um "desbloqueador de pensamento"?
Será, mas o facto é que não se entende patavina. Trata-se de uma pergunta?
Os acentos fazem-lhe azia?
As vírgulas são prisões burguesas?
Ou trata-se, pura e simplesmente, de incapacidade para escrever bem?
Sabe, meu caro, as convenções da língua não são esquisitices burguesas. São como a regra de andar pela direita na estrada. Sem elas não nos entendíamos.
E talvez seja por isso que pessoas como o meu caro amigo, incapazes de entender os rudimentos da comunicação entre seres humanos, são tão facilmente arrolados nas seitas dos imbecis ideológicos.
Creia que o lamento...
“Este seu estendal de erros é um "desbloqueador de pensamento"?”
E isso mesmo isto o senhor percebeu, a ideia é que é mais difícil e ao senhor passa-lhe ao lado.
Se fosse como “ São como a regra de andar pela direita na estrada. Sem elas não nos entendíamos.” Ainda escreviamos Pharmacia ou em latim ou a padre Antonio vieira e por ai fora com outras palavras e acentos que tais, quando entender isto entende porque as coisas mudam e os bloqueadores de pensamento são afrouxados ou a realidade ultrapassa os convencionalismos e a tal ponto que os leva a mudar. É a vida, coce-se mais um bocado.
"cortar com certos convencionalismos"
Cortar com convencionalismo é pegar nele e usá-lo como ferramenta de corte.
talvez talvez o acordo ortografico por exemplo pode ser um desses instrumentos de corte
"Ainda escreviamos Pharmacia"
Quando o pensamento está bloqueado desblokeia-se. É assim como quem toma um laxante.
Coitado de Saramago. Estava bem entupido.
Bem, tenho de reconhecer que esta de chamar "desbloqueador de pensamento", à asneira, não me tinha ocorrido, Nem a mim, nem aos milhares de alunos do 12º ano que na semana passada fizeram exames nacionais.
Mas é genial, do tipo de génio em que é pródigo o típico chico-esperto nacional.
É como chamar perfume ao odor de um traque.
Ok, pode-se dizer que afinal aquele cheiro é Chanel 5, mas para os que não têm problemas em dizer que o rei vai nu, cheira mal à mesma.
Ah, quando tiver tempo vou postar aqui alguns "pensamentos desbloqueados" de alunos universitários de jornalismo e história, provavelmente instruídos na madrassa saramaguesca.
Directamente da fonte.
O 1º desbloqueador de pensamento:
"Em, Portugal estavam localizados os prelos hebraicos, que era o que Johann enventou foi os prelos hebraicos que vão ajudar a públicar os livros sem ter que ser escritos à mão, em Leiria, Faro e Lisboa”
(aluno do 3º ano de um curso superior)
Um génio em potência, a caminho do Nobel...
Isto de falar com cabeçudos sem mioleira é complicado , é natural
Não compreendem que no campo contrario por exemplo as mudanças está o nacionalismo dos donos da língua. A ideia de base é que quem quiser escrever português genuíno tem de escrever como eles, os outros escrevem português de segunda. Pelo mesmo raciocínio, os verdadeiros donos do português não são afinal os portugueses, na sua maior parte, pois tendem a escrever "républica" ou "voçê", pronunciam as palavras à sua maneira e a gramática que usam não corresponde a que está registada. Aliás, pelo mesmo raciocínio o português devia ser abolido porque é originalmente uma corrupção do latim de pé descalço. Nada de surpreendente neste campo.
E que a lingua portuguesa se não se uniformizasse por exemplo com os paises da lusofonia daqui a anos estaria reduzida a portugal e não a um universo de milhoes, é isso que torna a lingua com potencialidades fora de portas. Enfim
Ó eskrebem bem ó eu deicho de ler a purcaria d'este blogo.
"talvez talvez o acordo ortografico por exemplo pode ser um desses instrumentos de corte "
Já experimentei ler esta frase de trás para a frente e o sentido é o mesmo. Deve ser um desbloqueador de pensamento.
ó rio, não te rias mas isso é demais para o teu cerebro.
Não. É mais um blogueador de sentido único e biraje à droite.
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