Há minutos, na RTPMemória, num episódio da série Miss Marple ainda a ser transmitido no momento em que escrevo, esta falava no «retrato do assassino» enquanto na legenda se lia «retrato do alegado assassino».
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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10 comentários:
em st. mary mead eram muito atrevidotes, com um simples bater de pestana descobriam o assassino.
era de uma miss assim que precisávamos, o que se poupava em juízes e tribunais...
estamos condenados a cumprir a lei, que saco!
Caro anonymoose-que-assim-já-não-é-anónimo:
Ainda noutro dia num telejornal se falava de uma situação em que, perante para aí umas dez testemunhas, um tipo entrou num café, disparou à queima-roupa e em cheio na cabeça do indivíduo, fugindo em seguida. A jornalista, perante a indignação geral, referiu-se-lhe como "o alegado assassino". E casos semelhantes, dos quais este é um exemplo ao mesmo tempo trágico e caricatural, são cada vez em maior número. Eu próprio tenho conhecimento directo de um e indirecto de outros, além de testemunhos de agentes de polícia que conheço. Como não me suponho mais bem informado, a esse nível, do que os meus restantes compatriotas, penso que haverá por aí uma cada vez maior e intolerável quantdade deles.
Mas o tom acintoso do seu comentário é que, sinceramente, me enoja. Porque se trata de um seu julgamento sumário sobre um alegado elogio à sumariedade no julgar que eu tenha feito. E você não tem, como eu ou qualquer outro não o tem, direito a julgar sumariamente alguém, muito menos com base em supostas intenções desse outro. Envergonhe-se, portanto, porque quem assim procedeu, arbitrária e prepotentemente, foram os tristes assassinos provincianos do regime anterior, em nome da pátria, e os do lado oriental da europa, em nome do internacionalismo. Ambos os lados em nome do "povo".
Pois não, meu caro, não sou apologista de julgamentos sumários, como o não sou da impunidade pseudo-humanista a que os legisladores patético-idealistas conferem à delinquência desagregadora da sociedade portuguesa. Mas você, pelos vistos, é. E eu teria, por isso, o direito de dizer que você é... Mas não. Limito-me a dizer que você é... um saco.
Caro alegado gonçalo tem toda a razão. Mas para mim, que sou fã da série "Sobrenatural" é mais correcto dizer-se "alegado assassino" até que as investigações judiciais e exorcistas estejam concluídas. É que há para aí cada Demónio, entranhado em cada simples mortal!
Eu não sou alegado, sou mesmo ANÓNIMO.
Caro ANÓNIMO:
Do mesmo modo que aquilo que define uma estética, ou mesmo um estilo, é a soma dos elementos necessários para estabelecer e apenas esses, também no plano da justiça (como em qualquer outro, aliás) o uso desadequado e inapropriado dos conceitos prejudica e destrói o sentido do justo que a constitui, o correcto muda-se em incorrecto. E aí, como na estética, o sublime dá lugar ao ridículo, o bom ao prejudicial. Ora aquilo que a justiça NUNCA pode ser é ridícula e tornar-se, por isso, prejudicial.
"Mas você, pelos vistos, é."
grande tirada, ó alegado enjoadinho, que julga sumariamente e depois amua.
"Envergonhe-se"
um... dois... três, já está. agora é a sua vez.
"Caro anonymoose-que-assim-já-não-é-anónimo"
pois não, mas ainda posso melhorar.
rioprateado, agrada-lhe?
o-geraldo_geraldes?
jim-das-selvas?
patricius?
bartolomeu braga?
aguardo palpites.
a vossa (plural solidário)... não, limito-me a dizer... coerência é um poço sem fundo.
Ó gonçalo, agora curto-circuitei, carago. Cheguei de um almoço onde bebi 3 quartilhos de branco fresquinho.
Caros Anonimouses:
Já chega. Vão dizer ao vosso padrinho que fizeram o servicinho por hoje. Até podem dizer-lhe que pretendem fazer horas extraordinárias. Mas não se esqueçam de levar as calças à moda, rasgadas no devido sítio, como ele gosta.
Até um dia. O do Juízo Final, de preferência.
Tá bem, por hoje chega.
Cá ficamos à espera que vomites novamente. Adoramos a tua porcaria.
alegado... gonsalinho
para quem se considera uma pessoa ‘com nível’ não está a deixar-se levar pelo ambiente do blog, não? não corra tanto, já vai a par de alguns e ultrapassou outros, está imparável.
há que ser assertivo, whatever happens.
eh eh eh la vita è bella!
isto leva-nos outra vez para a ontologia da "alegada frota humanitária", "alegados activistas da paz"… é o relativismo. vamos reflectir um pouco nisto…zzzz…zzzz… mas com juizinho“ hmm?
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