No SAPO, aqui (com sublinhados meus, segue-se a transcrição integral, para quem não se queira dar ao trabalho de clicar):
Israel e Palestina: Um mar de propaganda
01 de Junho de 2010, 20:50
01 de Junho de 2010, 20:50
Qualquer episódio que envolva, directa ou indirectamente, o conflito israelo-palestiniano é sempre dominado por propaganda de ambas as partes. A recente tentativa de entrada em Gaza de uma frota de ajuda humanitária não é diferente.
Parece ser inquestionável que a opção operacional usada por Israel para parar os navios não foi a mais adequada e, embora seja ainda prematuro fazer uma avaliação definitiva, tudo indica que foi desproporcional. Israel tenta justificar a acção como legítima defesa, mas o tipo de abordagem parece largamente injustificada.
Contudo, para que não fiquemos enredados nas narrativas difundidas por partidários de Israel e da Palestina, importa ter presente toda a trajectória do caso.
Assim que se tornou pública a intenção dos activistas, Israel propôs que a entrega de ajuda fosse feita por terra, uma oferta recusada pelos manifestantes.
Por outro lado, ainda os navios estavam na Turquia, já havia manifestantes em Istambul, junto ao consulado israelita, activistas que já nessa altura pareciam prontos para o vandalizar assim que soubessem do insucesso da missão das embarcações – embora a frota tivesse ainda que fazer uma escala no Chipre antes de chegar a Gaza.
Embora seja indiscutível a necessidade de enviar ajuda humanitária para Gaza, a postura de Israel não é tão intransigente quanto se anuncia e nem o Hamas é tão altruísta quanto advoga ser.
Israel deixa entrar cerca de 15 mil toneladas de ajuda humanitária em Gaza por semana. Já o Hamas tem assaltado várias organizações humanitárias em Gaza e é conhecido por apenas fornecer ajuda a correligionários, ignorando indivíduos favoráveis à OLP – igualmente palestinianos.
Embora se apresentassem como activistas pró-paz, aparentemente a bordo dos navios estavam membros da organização IHH, um grupo conhecido por ter laços estreitos com o Hamas e suspeito de o financiar.
Antes de embarcar, alguns membros desta organização assinaram os seus testamentos e declarações de últimos desejos. Aliás, em entrevistas posteriores à sua detenção, estes activistas disseram estar empenhados na “resistência” a Israel e manifestaram o seu desejo de morrer como “mártires”.
Por muito bem intencionados que fossem alguns activistas, e como os factos anteriormente enunciados demonstram, a iniciativa foi uma provocação premeditada. Esta pretendia colocar Israel no meio de um desastre de relações públicas que, a avaliar pela cobertura noticiosa, foi um objectivo alcançado.
As tentativas de negociação foram rejeitadas pelos activistas, as ordens de paragem no mar foram ignoradas e, dada a natureza de alguns dos grupos que integravam a frota, a acção estava longe de ser politicamente inócua.
Parece ser inquestionável que a opção operacional usada por Israel para parar os navios não foi a mais adequada e, embora seja ainda prematuro fazer uma avaliação definitiva, tudo indica que foi desproporcional. Israel tenta justificar a acção como legítima defesa, mas o tipo de abordagem parece largamente injustificada.
Contudo, para que não fiquemos enredados nas narrativas difundidas por partidários de Israel e da Palestina, importa ter presente toda a trajectória do caso.
Assim que se tornou pública a intenção dos activistas, Israel propôs que a entrega de ajuda fosse feita por terra, uma oferta recusada pelos manifestantes.
Por outro lado, ainda os navios estavam na Turquia, já havia manifestantes em Istambul, junto ao consulado israelita, activistas que já nessa altura pareciam prontos para o vandalizar assim que soubessem do insucesso da missão das embarcações – embora a frota tivesse ainda que fazer uma escala no Chipre antes de chegar a Gaza.
Embora seja indiscutível a necessidade de enviar ajuda humanitária para Gaza, a postura de Israel não é tão intransigente quanto se anuncia e nem o Hamas é tão altruísta quanto advoga ser.
Israel deixa entrar cerca de 15 mil toneladas de ajuda humanitária em Gaza por semana. Já o Hamas tem assaltado várias organizações humanitárias em Gaza e é conhecido por apenas fornecer ajuda a correligionários, ignorando indivíduos favoráveis à OLP – igualmente palestinianos.
Embora se apresentassem como activistas pró-paz, aparentemente a bordo dos navios estavam membros da organização IHH, um grupo conhecido por ter laços estreitos com o Hamas e suspeito de o financiar.
Antes de embarcar, alguns membros desta organização assinaram os seus testamentos e declarações de últimos desejos. Aliás, em entrevistas posteriores à sua detenção, estes activistas disseram estar empenhados na “resistência” a Israel e manifestaram o seu desejo de morrer como “mártires”.
Por muito bem intencionados que fossem alguns activistas, e como os factos anteriormente enunciados demonstram, a iniciativa foi uma provocação premeditada. Esta pretendia colocar Israel no meio de um desastre de relações públicas que, a avaliar pela cobertura noticiosa, foi um objectivo alcançado.
As tentativas de negociação foram rejeitadas pelos activistas, as ordens de paragem no mar foram ignoradas e, dada a natureza de alguns dos grupos que integravam a frota, a acção estava longe de ser politicamente inócua.
Diogo Noivo.
Investigador do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança(IPRIS)
Investigador do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança(IPRIS)
62 comentários:
Mais parvoíces úteis ao serviço do sionismo. Cansa essa teoria da conspiração universal que põe o cosmos contra os judeus. O problema é que não se conhece o uso proporcionado da força por parte destes rapazes. Daí o desfasamento desse discurso imaculado. A sua história e a sua terra são cultivadas com o sangue dos palestinianos expulsos das suas terras e esta realidade não a apaga a propaganda imbecil da "legítima defesa". É exactamente a mesma propaganda expansionista dos nazis na Europa. O espaço vital que, em legítima defesa, e por direito divino, justifica a ocupação de 80 por cento do território palestiniamo. E o massacre dos que resistem. Sim, é uma discussão cansativa. E repetida. Mas a história vai provando cada vez mais evidentemente quem tem as mãos manchadas de sangue naquela terra. Contra tudo e contra todos.
De anónimo para anónimo:
Para que se perceba o que quer dizer, terá que começar por definir o que entende por sionismo. Caso contrário, o que diz poderá ser interpretado, por sua vez, como mais parvoíces úteis ao serviço de... de... do...
Com os melhores cumprimentos do
Seu
Anónimo
Então vamos lá. Por partes.
Vou expor-lhe o conteúdo, as concepções, depois debatêmo-las e no fim, se necessário, falamos do seu autor.
Fair enough?
Primeira parte
O meu trabalho na (…) foi importante por me dar a chance de documentar fatos da formação do Estado sionista de Israel. Em cursos e palestras que proferi em mais de uma centena de universidades americanas e européias, pude constatar que as pessoas não sabiam, não tinham conhecimento da história do movimento sionista, dos seus objetivos e de vários fatos. Nessas ocasiões deparei com concepções equivocadas sobre a natureza do Estado de Israel e foi isso que impulsionou o meu trabalho de escrever o livro, (…), no qual eu abordo o que chamo de os quatro mitos que têm moldado a consciência nos Estados Unidos e na Europa sobre o sionismo e o Estado de Israel.
O primeiro mito é o da “terra sem povo para um povo sem terra“. Os primeiros teóricos sionistas, como Theodor Herzl e outros, apresentaram para o mundo a Palestina como uma terra vazia, visitada ocasionalmente por beduínos nômades; simplesmente, uma terra vazia, esperando para ser tomada, ocupada. E os judeus eram um povo sem terra, que se originaram historicamente na Palestina; portanto, os judeus deveriam ocupar essa terra. Desde o começo, os primeiros núcleos de colonos, promovidos pelo movimento sionista, foram caracterizados pela remoção, pela expulsão armada da população palestina nativa do local onde essa população vivia e trabalhava.
Parte dois.
O segundo mito que o livro pretende discutir é o mito da democracia israelense. A propaganda sionista, desde o início da formação do Estado de Israel, tem insistido em caracterizar Israel como um Estado democrático no estilo ocidental, cercado por países árabes feudais, atrasados e autoritários. Apresentam então Israel como um bastião dos direitos democráticos no Oriente Médio. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Entre a divisão da Palestina e a formação do Estado de Israel, num período de seis meses, brigadas armadas israelenses ocuparam 75% da terra palestina e expulsaram mais de 800 mil palestinos, de um total de 950 mil. Eles os expulsaram através de sucessivos massacres. Várias cidades foram arrasadas, forçando assim a população palestina a refugiar-se nos países vizinhos, em campos de concentração e de refugiados. Naquele tempo, no período da formação do Estado de Israel, havia 475 cidades e vilas palestinas, que caíram sob o controle israelita. Dessas 475 cidades e vilas, 385 foram simplesmente arrasadas, deixadas em escombros, no chão, apagadas do mapa. Nas 90 cidades e vilas remanescentes, os judeus confiscaram toda a terra, sem nenhuma indenização. Hoje, o Estado de Israel e seus organismos governamentais, tais como o da Organização da Terra, controlam cerca de 95% da terra palestina.
Pela legislação existente em Israel, é necessário provar, por critérios religiosos ortodoxos judeus, a ascendência judaica por linhagem materna até a quarta geração, para poder possuir terra, trabalhar na terra ou mesmo sublocar terra. Como eu digo sempre, nas palestras em que apresento meus pontos de vista, em qualquer país do mundo (seja Brasil, EUA, onde for), se fosse necessário preencher requisitos parecidos com esses, ninguém duvidaria do caráter racista de tal Estado; seria notória a existência de um regime fascista.
A Suprema Corte em Israel tem ratificado que Israel é o Estado do povo judeu e que, para participar da vida política israelense, organizar um partido político, por exemplo, ou ter uma organização política, ou mesmo um clube público, é necessário afirmar que se aceita o caráter exclusivamente judeu do Estado de Israel. É um Estado colonial racista, no qual os direitos são limitados à população colonizadora, na base de critérios raciais.
O terceiro mito do qual falo em meu livro é aquele criado para justificativa da política de Israel, que se diz baseada em critérios de segurança nacional. A verdade é que Israel é a quarta potência militar do mundo. Desde 1948, os EUA deram a Israel US$ 92 bilhões em ajuda direta. A magnitude dessa soma pode ser avaliada quando observamos que a população israelense variou entre 2 a 3 milhões nesse período. Se o governo americano dá algum dinheiro para países como Taiwan, Brasil, Argentina, e a aplicação desse dinheiro tiver alguma relação com fins militares, a condição é que as compras desse material têm que ser feitas dos EUA. Mas há uma exceção: as compras de material bélico podem ser feitas também de Israel. Israel é tratado pelos EUA como parte de seu território, em todos os assuntos comerciais.
Parte três.
O que motivaria uma potência imperialista a subsidiar tanto um Estado colonial? A verdade é que Israel não pode mesmo existir sem a ajuda americana, sem os US$ 10 bilhões anuais. Israel é, portanto, a extensão do imperialismo na região do Oriente Médio. Israel é o instrumento através do qual a revolução árabe é mantida sob controle. É, portanto, o instrumento através do qual as ricas reservas do Oriente Médio são mantidas sob o controle do imperialismo americano. É também um meio através do qual os regimes sanguinários dos países árabes são mantidos no governo, graças ao clima de tensão gerado por uma possível invasão israelense.
O quarto mito a que me refiro no livro, que tem influenciado a opinião pública mundial, refere-se à origem do sionismo, à origem do Estado de Israel. O sionismo tem sido apresentado como o legado moral do holocausto, das vítimas do holocausto. O movimento sionista tem como que se “alimentado” da mortandade coletiva dos 6 milhões de vítimas da exterminação nazista na Europa. Esta é uma terrível e selvagem ironia. A verdade é bem o oposto disso. A liderança sionista colaborou com os piores perseguidores dos judeus durante o século XIX e o século XX, incluindo os nazistas.
Quando alguém tenta explicar isso para as pessoas, elas geralmente ficam chocadas, e perguntam: o que poderia motivar tal colaboração? Os judeus foram perseguidos e oprimidos por séculos na Europa e, como todo povo oprimido, foram empurrados, impelidos a desafiar o establishment, o statu quo. Os judeus eram críticos, eram dissidentes. Eles foram impelidos a questionar a ordem que os perseguia. Então, o melhor das mentes da inteligência judia foi impelido para movimentos que lutavam por mudanças sociais, ameaçando os governos estabelecidos. Os sionistas exploraram esse fato a ponto de dizer para vários governos reacionários que o movimento sionista iria ajudá-los a remover esses judeus de seus países. O movimento sionista fez o mesmo apelo ao Kaiser na Alemanha, obtendo dele dinheiro e armas. Eles se reivindicavam como a melhor garantia dos interesses imperialistas no Oriente Médio, inclusive para os fascistas e os nazistas.
Parte tudo.
Em 1941, o partido político de Itzhak Shamir (conhecido hoje como Likud) concluiu um pacto militar com o 3º Reich alemão. O acordo consistia em lutar ao lado dos nazistas e fundar um Estado autoritário colonial, sob a direção do 3º Reich. Outro aspecto da colaboração entre os sionistas e governos e Estados perseguidores dos judeus é o fato de o movimento sionista ter lutado ativamente para mudar as leis de imigração nos EUA, na Inglaterra e em outros países, tornando mais difícil a emigração de judeus perseguidos na Europa para esses países. Os sionistas sabiam que, podendo, os judeus perseguidos na Europa tentariam emigrar para os EUA, para a Grã- Bretanha, para o Canadá. Eles não eram sionistas, não tinham interesse em emigrar para uma terra remota como a Palestina. Em 1944, o movimento sionista refez um novo acordo com Adolf Eichmann. David Ben Gurion, do movimento sionista, mandou um enviado, de nome Rudolph Kastner, para se encontrar com Eichmann na Hungria e concluir um acordo pelo qual os sionistas concordaram em manter silêncio sobre os planos de exterminação de 800 mil judeus húngaros e mesmo evitar resistências, em troca de ter 600 líderes sionistas libertados do controle nazista e enviados para a Palestina. Portanto, o mito de que o sionismo e o Estado de Israel são o legado moral do holocausto tem um particular aspecto irônico, porque o que o movimento sionista fez quando os judeus na Europa tinham a sua existência ameaçada foi fazer acordos, e colaborar com os nazistas.
Agora, a sensação que dá, de anónimo para anónimo, é que você já sabe isto tudo. E eventualmente muito mais, ainda. O que transforma as suas questões retóricas numa outra coisa.
Já descobriu o autor?
Não é difícil, com estes motores de busca poderosíssimos que temos ao dispor da nossa inteligência.
Espero ter tornado claro o que quero dizer quando me refiro a sionismo.
Despeço-me com a mesma cordialidade, caro anónimo.
Anónimo
PS (Peço imensas desculpas pelo português-brasileiro, que ainda considero estranho à leitura, mas é tarde e as minhas capacidades somem com o passar da hora e da idade)
O anónimo está com vergonha de dizer o autor. Compreende-se.
Vergonha? Porquê? É judeu e tudo… quero é ver se a razão subsiste por si ou precisa de um rótulo. Digamos que é um exercício profiláctico. Mas se quiserem muito eu digo. O que menos quero é desafiar a vossa saúde cardio-vascular.
Este "anonimo" é verdadeiramente atrasado mental: pede desculpa pelo "português-brasileiro" como se isso fosse alguma coisa a descupar, mas não pede desculpa pela desonestidade e covardia de não citar a "inventor" do vómito nazi que aqui deixou.
Filho da puta.
Ora aí está a inteligência no meu melhor.
O "nazi" de que você fala, burro de merda (pode-se dizer merda neste blogue?) é Ralph Schoenman, de origem judaica, que foi director-executivo da Fundação pela Paz Bertrand Russel. Sabes quem foi Bertrand Russell e o que faz a fundação com o seu nome? Imagino que não, já que é evidente que és burro como um portão. Mas o reflexo condicionado de achares que o texto é um vómito nazi mostra que pensas como um deles. O que é, realmente, revelador.
Quantos nervos, meu caro… não é assim que ganha razão… Se a verdade dói tanto, tem de pensar o que é que as suas convicções lhe andam a fazer.
Então, ainda está em estado de choque? Nunca lhe tinham contado a verdade? Venderam-lhe a terra prometida, não foi? Pois olhe que sendo assim o filho da puta não sou eu. Mas percebo e respeito a sua fúria. Só lamento ter sido eu a dar-lhe a notícia.
Mas se quiser saber mais, e admito que queira (já que sabemos a parte mais dolorosa da verdade, não custa tanto saber toda a verdade) pode consultar The Hidden History of Zionism (A história oculta do sionismo), do autor referido. É o livro transformado em reticências na primeira parte da minha réplica. As primeiras reticências, como já deve ter entendido (nunca fiando) stands for Bertrand Russell Fundation. As melhoras.
Meu caro irmão no anonimato:
Não duvido, por um só momento, de que tenha realizado a investigação de que fala. Nem da riqueza de elementos que o livro que publicou contenha. Nem do número de comunicações que terá feito em diferentes instituições de ensino europeias e americanas. Mas, como sabe, a heurística não é inocente, começa necessariamente por uma teoria prévia, que deriva, por sua vez, de uma observação dos fenómenos condicionada por factores pessoais. E a fiabilidade das conclusões começa, por isso e inevitavelmente aí, no maior grau possível de objectividade face aos factos, o mesmo é dizer, no menor grau de envolvimento emocional do investigador naquilo que se propõe estudar.
Envolvimento emocional que, contudo, pode também ser uma mais-valia, permitindo-nos perceber sentidos ocultos em fenómenos que, de outro modo, nos passariam despercebidos. No meu caso pessoal, ter-me-á, acho eu, ajudado, não apenas porque conheço diversos muçulmanos de quem me tornei amigo, como li o Alcorão sob a sua orientação.
Provavelmente por isso é que muitos dos dados que adianta não são coincidentes com aqueles que eu poderia adiantar pelo meu lado. Nem, muito menos, algumas afirmações que faz são, pela minha parte, aceitáveis. Por exemplo, quando afirma que é devido a Israel que não avançam as democracias no Médio Oriente. Penso que qualquer documentário é suficiente para verificarmos que a mentalidade e a cultura reinantes por aqueles lados é tudo menos democrática, no que há de mais elementar no conceito. Nem sequer é preciso ir ao folclore político.
Nada disso me retira, bem pelo contrário, curiosidade e vontade de ler o que escreveu. Mas não me parece possível discutir a esse nível numa caixa de comentários de um blog. Para facilitar as coisas é que eu lhe disse para começar por definir o conceito de sionismo. Quer começar por aí? É que, de facto, não o fez, mencionou apenas, brevemente, os objectivos e algumas afirmações quanto ao espaço onde ele se deverá realizar. Mas é muito mais do que isso, como sabe. Kafka, por exemplo, não se identifica com o sionismo e o que está em questão, para ele, é muito mais profundo e que também tem a ver com o sionismo.
De qualquer maneira, o post do Gonsalo, que deu origem ao seu comentário, não remete para esse nível, mas apenas para factos de um episódio de farsa, de significado facilmente descortinável, onde o "sionismo" é somente o pano de fundo.
Para terminar, nunca leu o "Israel" do seu (grande e por mim muito apreciado) escritor (de esquerda) Erico Veríssimo? Ou não o acha suficientemente credível?
Meu caro anónimo, aprecio as suas palavras. Deixe-me garantir-lhe, na impunidade do anonimato, que acaba por ser um bom refugio para a sinceridade, que nada me poderia mover contra um povo que procura a sua memória e o seu tempo. Não tenho nenhum preconceito anti-semita. Pelo contrário, debato as minhas convicções com amigos israelitas que aprendi a prezar. Escolhi as referências de Schoenman porque entendo que ele não dobra os factos à medida de uma verdade. Passa simplesmente uma mensagem que, não sendo popular, não merece por isso ser varrida do conhecimento e do debate. Sendo verdade todas as observações que fez acerca da construção de um discurso histórico que deve ser científico; e que todas as concepções são discutíveis -mesmo que subjectivas, num grau relativo-, o mesmo vale para a verdade de todos os lados. Agora por os pesos todos de um lado da balança, como terá visto se consultou ou vários posts anteriores, é legitimar a barbárie. É tentar prensar as razões em razão, e com isso eu, honestamente, não posso estar de acordo. Menos ainda com a bestialidade gratuita, que é o oposto da humanidade e, do meu ponto de vista, o oposto da minha civilização. Agradeço-lhe muito a sugestão de leitura. Afianço-lhe de novo: nada me move contra Israel. Move-me tudo contra aqueles que, em seu nome, justificam toda a barbárie. Esse não merecem o sacrifício e a vida dos seus antepassados nem estão à altura da sua história. Nem vale a vida deles, a morte de qualquer palestiniano.
Mais uma vez, o meu respeito.
Ah! Quanto ao post do Gonsalo, que referiu no seu texto, repare, basta perceber a dimensão poética e profunda de significado do seu título asnético para perceber que, na verdade, a sua conclusão já está tirada. O post não é para discutir. Está feito para aplaudir ou para odiar. Eu tentei não fazer nem uma coisa nem outra. Mas já percebeu que é complicado.
Então quer dizer que aquilo dos pogroms era uma coisa combinada e que as vagas de emigração que por exemplo passou por Hamburgo e Brehmen foi só uma uma mudança de ares porque a malta estava farta do frio?
Santta paciência...
Caro irmão anónimo,
Se tem interesse nas relações israelo-árabes, o autor que citei aconselha a consulta integral de um artigo publicado no Kivunim, a publicação do Departamento de Informaçãp da WZO, no início da década de 80, intitulada "Strategy for Israel in the 1980s". O seu autor, Oded Yinon, cujo pensamento não o representava somente a si próprio, definia um futuro curioso para a região, que se projectou na realidade de uma forte não menos curiosa. Polémica qb, mas interessante.
Quanto ao anónimo dos pogroms (que me parece um ónimo muito familiar), como hei-de dizer-lhe: ainda aí está, nos pogroms? Ainda não percebeu que a história não é como um porco, onde pega nas partes que lhe interessa e deita fora as outras? Já alguma vez assistiu a uma matança do porco? Ou é desta esquerda pós-moderna que tem horror a sangue animal? Ou simplesmente gosta da palavra? Pogrom? Vá lá, ainda não percebeu do que se está aqui a falar? Tenho a certeza que sim. Mas também percebo que as provocações sejam a sua melhor arma para fugir a um debate inteligente. Todavia, se assim prefere… percebo que continue a justificar e defender os crimes e a barbárie com a analogia constante das práticas dos que se percebe serem seus inimigos do peito: vermelhos, russos estalinistas até à quarta geração e os inevitáveis fornicadores de galinhas. Mas não vai sair do sítio.
e então o a abordagem foi ou não em aguas internacionais, estes blogers agora, ate escrevem no anonimato
Estes blogueiros são mesmo néscios,
É claro que há um misto de provocação, (descobriram agora), sempre houve nestas manobras de activistas, nós com os indonésios fizemos o mesmo, no fundo há um objectivo e há uma acção para esse objectivo. Acontece que os activistas começaram a sua acção em zonas legitimas para assim proceder, israel restava-lhe aguardar a proximação dos barcos a aguas territoriais e depois sim desencadear operações legitimas de bloquear, bloqueio unilateral que alías não foi imposto por nenhuma organização internacional, não foi reconhecido por ninguém, mas pronto bloqueio.
Porque tiveram que enviar forças especiais para assaltar os navios de noite, em águas internacionais, em descarada violação dessas mesmas leis internacionais? Tinham outros meios de deter os navios sem haver necessidade de matar civis. A situação mais clara era esperar que eles chegassem as águas territoriais de Israel, apresar os barcos e rebocá-los calmamente para um porto, depois acusar todos os passageiros de entrada ilegal no país e deixa - los presos por um tempo até as coisas acalmarem e esclarecerem-se. Ninguém podia acusar Israel de nada e eles ainda por cima poderiam rir-se a custa do fracasso da tal missão humanitária, a verdade é que Israel foi no engodo. O que ficou demonstrado é uma coisa diferente o desafio da lei baseado numa certa impunidade de Israel, nunca Israel cumpre resoluções da ONU, e a comunidade internacional não faz de arbitro como devia, o que leva os países árabes a virar-se e a desconfiar do ocidente, nem se importa muito, criou.-se uma certa benevolência em que devido as condições em que foi formado o estado, ao clima de guerra permanente e a hostilidade dos vizinhos foi se acumulando um certo capital de benevolência para com Israel, o que parece ter contribuído para que este estado se sinta impune. Mas agora esta acontecendo outra coisa, este clima de benevolência esta se a dissipar e a não caucionar todas as acções baseadas na ilegalidade levadas a cabo pelos israelitas, excepto os incondicionais para quem qualquer acção é justificada.
Ultimamente parece que as inteligencias iraelitas só fazem porcaria, desde a guerra do libano erros e mais erros, foram no jogo e de duas opções apresar os barcos em aguas internacionais, acção ilegitima, ou apresar os barcos em aguas territoriais acção legitima, escolhem o primeiro caminho, indo talvez ao encontro das aspirações de muitos activistas ao demonstrar que eles tem razão e israel é um estado que actua onde quiser sem limitaçoes legais ou nenhum respeito pela lei internacional. A população israelita, ofuscada por uma barragem de propaganda que os convenceu de que eles são as vítimas e que o mundo todo está contra eles, os israelitas estão a dizer que farão o que for preciso e quiserem e que não ligam a mínima para o que o mundo acha deles.
”A propaganda sionista, desde o início da formação do Estado de Israel, tem insistido em caracterizar Israel como um Estado democrático no estilo ocidental, cercado por países árabes feudais, atrasados e autoritários.”
Muito bem visto caro anónimo, porque é precisamente o contrário: países árabes democráticos, com todas as liberdades possíveis e imaginárias rodeados pelo Estado de Israel atrasado, feudal e autoritário.
P.S. Aqui entre nós e no mesmo espírito, parece que a minha avó tinha testículos, a sua também?
Renasceu.
Ouça, meu caro Carmo da Rosa, custa-me um pouco vir a casa das pessoas sem ser convidado, apesar da porta aberta que este belo blog concede, e ter de lhe dizer isto assim, desta forma rude, mas debaixo de que pedra é que saiu? Quanto aos testículos da minha avó… francamente não sei, com certeza, não tive oportunidade de apurar em vida esse facto, mas vivi na presunção (ou confiança) que seria desprovido de órgão reprodutor masculino. E continuo a preferir confiar nessa hipótese. Quanto à sua, para já estou inclinado a pensar que ela os tem maiores que os seus. Essa tirada foi fraquita…
Caro anónimo do primeiro comentário e a quem eu respondi, primeiro como "de anónimo para anónimo" e depois como "irmão no anonimato" (isto de ser anónimo dá cá um trabalho...!, só para indicar o remetente...!):
Ainda não consegui arranjar tempo para lhe responder, mas fá-lo-ei até sexta-feira. Outros anónimos que o tenham feito já ou que o façam antes de sexta, são meros burlões que usam abusivamente do meu nome.
Até lá.
Para o anónimo das 2:16:
Para já, pogrom não é um local, mas sim um acto, que ocorreu no leste da Europa, incidindo maioritariamente no povo judeu, mas também afectando outras minorias etnicas. Para alguém que cita tantas fontes, não saber este pormenor básico, é no mínimo estranho. Cheira-me que ande apenas a fazer copy-paste daquilo que lhe interessa sem ler realmente o que está lá escrito.
Outro aspecto fantástico, é que de meia-dúzia linhas consiga saber qual é a minha orientação política e a minha vivência. Bravo!
Mas também deve ser daqueles que acha que se os judeus andam a ser perseguidos durante 4000 anos, é porque alguma devem ter feito...
Anónimo das 2:16 para anónimo das 23:17 de dia 2 de Junho
O que é que no texto lhe faz pensar que considero o(s) pogrom(s) um local? Estou verdadeiramente espantado. Quando formulo a interrogação (retórica - sabe o que é, certo?): ainda está nos pogroms?, pretendo sublinhar a ideia que o meu interlocutor "ainda" está preso a um argumento que não só foi repetindo em vários posts, como nada tem a ver com o conteúdo da discussão em curso. Se estou a fazer copy-paste? Sim, estou, às vezes, e digo-o quando o faço - o que é bem mais honesto do que alguma da intrujice que temos visto por aqui.
Caro irmão no anonimato (que é o anónimo das 23:03 de 2 de Junho)
Fico impressionado pelo cuidado e atenção que teve na sua resposta. Aguardarei o seu próximo texto com curiosidade. Felicidades.
Cordialmente,
Anónimo (pode ser Ónimo, para si, se lhe facilitar a comunicação)
Já tinham tentado uma graçola semelhante no tempo do pedófilo Yasser Arafat que morreu de Sida e deixou centenas de milhões fora da "Palestina".
Em Chipre os mecânicos da Mossad repararam as embarcações de tal forma que nem à vela conseguiam andar. O sonho morreu num porto em forma de sucata!
Então alguma coisa está a falhar. Deve ser nervos.
Anónimo das 00:09:
Eu sei o que é retórica, o que me parece é que desconheça o sentido dela.
Mas prestando um serviço a si, que tanto gosta do copy-paste, retirado da Infopédia da Porto Editora aqui fica o seu significado:
"1. técnica de construção do discurso, cultivada pelos sofistas, que visa a criação de um texto fortemente persuasivo, através de um uso correcto da linguagem" (que não se enquadra no contexto daquilo que estava a escrever)
"5.pejorativo - discurso pomposo, mas sem conteúdo" (aí, acho que acertou em cheio)
Por isso, se nem uma simples palavra você consegue enquadrá-la no contexto correcto, quanto mais construir uma ideia a partir de pedaços de informação de fontes que sabe Deus onde você as achou.
Por isso, deixou então como Santo António a pregar a aquilo que encontrar mais à mão.
Anónimo das 00:51
Você não está a falar a sério? Está a brincar, certo. É piada? Retórica, como interrogação retórica. Sabe o que é uma interrogação retórica, não sabe? Não sabe bem? Então poupo-lhe uma ida à Infopedia. Já que a considera mais fiável do que o copy-paste que ando a fazer sabe lá deus onde:
Interrogação Retórica
Estratégia retórica ou figura de estilo que consiste na formulação de uma frase interrogativa, dirigida a um destinatário presente ou ausente, sem que se espere obter resposta. Por outras palavras, trata-se de uma frase declarativa ou assertiva disfarçada de pergunta, com o objectivo de, por um lado, modalizar ou atenuar a afirmação pretendida, e por outro, de tornar o discurso mais vivo. Trata-se de um recurso com fins argumentativos.
Constituem exemplos deste recurso, o discurso seguinte de Almeida Garrett, que além da interrogação retórica lhe acrescenta o efeito rítmico da repetição estrutural das frases interrogativas:
"Quem no havia de salvar?
Eu, que numa sepultura
Me fora vivo a enterrar?
Loucura! ai, cega loucura!"
Almeida Garrett, "O Anjo Caído" in, Folhas Caídas
Ajudou?
Sempre às ordens.
Caramba, homem das 00:51, quer-se pegar comigo porquê? Quer razões? Devo ter dado meio milhão delas… Agora o português? Admito que não escrevo bem… mas nem tanto ao mar nem tanto à terra… está lá chapadinho: interrogação - retórica.
É uma nova táctica de marcação homem a homem? Agora quer descredibilizar as ideias porque não escrevo em condições?
Deixo-lhe um conselho em bom português: veja bem antes de atirar pedras. Esta voltou depressa.
Eu prometi a mim mesmo que não responderia mas tudo bem:
Aos dois últimos, claro que sei. Como também sei o que são parênteses, como devem ser utilizados e quando.
Porque retórica e interrogação retórica, apesar de primos, não são a mesma coisa.
E com esta me fico.
Boas noites
”Ouça, meu caro Carmo da Rosa, custa-me um pouco vir a casa das pessoas sem ser convidado,”
Ouça, meu caro anónimo, você para um convidado comporta-se de forma assaz grosseira: antes mesmo de se apresentar coloca as patas encima do sofá, cospe para o chão. Só lhe falta mijar na bancada da cozinha!
Não creio que tenha sido esta a educação que a sua avó (com ou sem órgão reprodutor) lhe deu…
Além disso, é mais do que evidente que não estou minimamente interessado na capacidade reprodutora da sua avó, mas você, quando confrontado com o absurdo das suas afirmações, prefere, mesmo escondido atrás do anonimato, discutir o sexo dos anjos…
Carmo da Rosa:- "todos os anónimos aqui presentes são "paneleiros de esquerda, essencialmente do BE - Bosta de Esquerda" muito bem documentados no blog "Saozinha da Carbonária"...
Portugal, Vigaristulândia e agora Maricolândia, tem de ser varrido de toda esta paneleiragem da esque(mer)da a começa pelo traidor e desertor agora anunciado cmo candidato a presidete desta republicónia...
A judeofobia começa, exactamente, pelo anús, ms não pelos Bnei-anussim...
Tenho dito...
Ainda há pouco horas furei os pneus de dois automóveis de dois paneleiros do bloco de esquerda...conhecido anti-semitas da zona centro........
O resto da malandragem ligada ao "bailarino" do PCP que agarre em vassouras e aproveite o bom tempo para agora, sim, LIMPAR PORTUGAL DA PORCARIA que existe em todo o lado.
A Odete da Pega (velha comunista que ficou a substituir a velha puta Alda Nogueira) bem pode ser anunciada nas televisões do Regime como a SOPEIRA DO ANO. Cedam-lhe um teatro no Parque Mayer para alucinações teatrais...
Aijesusquelavoueu...
”todos os anónimos aqui presentes são "paneleiros de esquerda,”
Você intriga-me e confunde-me! Será você – é anónimo ou esqueceu-se do nome? - também paneleiro?
Por favor, tenha em consideração que eu nada tenho contra paneleiros, pior ainda, como as pessoas atingem o seu orgasmo diário – com mulher, homem, vassoura, galinha ou uma bela cabrinha – só a elas diz respeito…
Além disso há paneleiros de esquerda, liberais e de direita, como aliás o resto de pessoal!!! E mais, há malta no Bloco de Esquerda com ideias interessantes, só que ainda estão demasiadamente formatados pelo marxismo, é uma questão de tempo, paciência e procurar convencê-los em vez de os insultar.
Bem, deu-lhe alguma razão, tenho cá uma fezada que com a Odete Santos já não há nada a fazer…
"coloca as patas encima do sofá, cospe para o chão. Só lhe falta mijar na bancada da cozinha!"
Ó da Rosa, mas então porquê?
Porque são rudes as verdades menos agradáveis?
Porque recuso o discurso formatado aqui do Coro Sionista de Santo Amaro de Oeiras?
Acho mal. Mas se tivesse visto a placa: Zionists only, garanto-lhe que não tinha incomodado a festa.
ao Anónimo das 01:40
Desculpe o parentesis? Achei que era perceptível a intenção. Boas noites.
Ó da Rosa, confrontado por si pelo absurdo das minhas afirmações? Não o pressenti. Por causa da relação israelo-árabe? É isso? Quer mais dados?
"Coro Sionista de Santo Amaro de Oeiras"
????????????!!!!!!!!!!!!!!
Coro Sionista??!!
De Santo Amaro de Oeiras??!!
Mas esta malta terá apanhado sol do deserto a mais na caixinha das ideias???
Valha-nos Santo Herman, que o delírio já chegou humor absurdo!
”Ó da Rosa, mas então porquê?”
Ó filho, porque uma pessoa quando entra em casa alheia primeiro apresenta-se e depois comporta-se educadamente, foi assim que me ensinaram.
Para dizer ‘verdades menos agradáveis’ não é necessário insultar quem está, sobretudo quando na realidade o que fazes é debitar as mesmas baboseiras de esquerda que eu já dizia os anos 70, ainda por cima cobardemente escondido atrás do anonimato. Não será assim?
” Por causa da relação israelo-árabe? É isso?”
Precisamente, tás a ver como és um rapazinho (ou uma rapazinha!) esperto ou, como dizem os franceses, ‘tu comprends vite mais il faut expliquer longtemps’.
Ó pá, tu pintas um quadro surrealista de países árabes democráticos, com todas as liberdades possíveis e imaginárias, mas rodeados pelo Estado de Israel atrasado, feudal e autoritário!
UUUUUUM, não será isto algo exagerado?
Ó da Rosa, onde é que eu disse que os estados árabes eram modernos e democráticos e civilizados? A citação que eu usei falava em regimes sanguinários. Sanguinários. Decerto conhece o sentido. Você lê sequer o que eu escrevo? Isso que você diz não faz sentido nenhum. Mas tem piada. Quanto ao francês, lamento, mas falo português e mal. Mas sim, repito, é o Eretz Israel e as ambições expansionistas estrategicamente apoiadas pelos EUA que ajudam a manter as elites mais sanguinárias nos países árabes envolventes. Quanto ao que você dizia nos anos 70, bem é um problema seu e da forma como você olha para a sua vida. Só os burros é que não mudam, como dizia o outro. O problema é sempre como mudam e para onde mudam.
Baboseiras de esquerda? Ainda ontem me chamaram nazi, neste blogue, pelas minhas opiniões. E filho da puta. Já viu a ironia? Eu que até sou da terra onde filho da puta é um elogio para a gente de confiança. Tente lá adivinhar qual é.
Vai dizer-me que a única posição credível é este esboço sionista de um mundo que só volta à sua ordem quando os judeus limparem os bigodes do Eretz Israel e começarem a expandir a bondade universal e a justiça divina pelo planeta? Não faça. E deixo-lhe um conselho. Se não o fez nos anos 70, não comece agora. Temos tendência a fazer coisas estranhas quando caminhamos para velhos. Mas a malta começa a olhar de lado para nós e a abanar a cabeça com aquele ar —como é que se diz?— compaixonado?
Eu não insultei ninguém. Bem pelo contrário. Reagi de forma rude à rudeza, de forma lúcida à lucidez e de forma sarcástica ao ódio. É o que faço quando entro num sítio público sem ser convidado. Museu, jardim, centro comercial, estádio de futebol, etc… Como é que diz o ditado? Em terra de qualquer cena… faz como vires fazer. Algo assim. De forma que tenho a sua consciênca tranquila. Sabe, dos meus anos de catequese retive um ensinamento fundamental: o lugar que o ódio ocupa no nosso coração consome-o à inteligência.
De forma que verá duas coisas. Pelo que lhe escrevi você não sabe se sou de direita ou de esquerda, conservador ou revolucionário, liberal ou folclórico, judeu ou árabe. E se julga que sabe, está enganado. E deixa-se iludir pelas percepções mais facilmente do que provavelmente imagina. Por outro lado, se acha que o meu português é desproporcionado ao ambiente, devia olhar com mais atenção para a adjectivação do seu mano Lidador, que estabelece patamares para o insulto pouco comuns para sociedades que já abandonaram a moca e a tanguinha peluda. Just tried to keep up.
Todavia, se de facto o ofendi com a minha linguagem, peço desculpa.
Pode chamar-me Pedro.
”Ó da Rosa, onde é que eu disse que os estados árabes eram modernos e democráticos e civilizados? A citação que eu usei falava em regimes sanguinários.”
A citação dos sanguinários não encontrei, mas como encontrar algo no meio de tanta gente anónima!!! Mas no dia 1 de Junho de 2010 às 23:41 um anónimo disse isto:
”O segundo mito que o livro pretende discutir é o mito da democracia israelense. A propaganda sionista, desde o início da formação do Estado de Israel, tem insistido em caracterizar Israel como um Estado democrático no estilo ocidental, cercado por países árabes feudais, atrasados e autoritários. Apresentam então Israel como um bastião dos direitos democráticos no Oriente Médio. Nada poderia estar mais longe da verdade.”
Foste tu, a tua tia, o Pedro, ou o teu irmão mais velho? Não faço a mínima ideia. De qualquer forma o texto acima sugere perfeitamente que Israel não é um país democrático – é um ‘MITO caracterizado pela propaganda sionista’…
Já agora gostaria de saber uma coisa, se Israel não é um país democrático, arranja-me lá um exemplo de país democrático para ver se a gente se entende.
”Mas sim, repito, é o Eretz Israel e as ambições expansionistas estrategicamente apoiadas pelos EUA que ajudam a manter as elites mais sanguinárias nos países árabes envolventes.”
Isto quer dizer o quê? Ou melhor, queres dizer tanta coisa que acabas por não dizer coisa com coisa…
O Eretz Israel ainda não existe, por isso ainda não pode ter ambições expansionistas nem pode ser apoiado pelos EUA!!!! E qual é a relação entre Eretz-Isreal EUA e elites sanguinárias nos países árabes? E já agora, é possível também saber quem são precisamente os tais países árabes, ou também têm que ficar no anonimato?
”Quanto ao que você dizia nos anos 70, bem é um problema seu…”
É evidente que o problema é meu - não é da minha vizinha - estou perfeitamente ao corrente deste facto e sempre assinei com o meu nome o que disse, até mesmo nos anos 70. Mas não é disso que se trata, o interessante, se não fosse tragicómico, é que tu repetes a mesma ladainha 40 anos depois como se no mundo nada tivesse acontecido entre 1970 e 2010. É como se quisesses partir amanhã de violão para São Francisco com flores no cabelo (ligeiramente comprido) e calças boca-de-sino! E achasses isso uma coisa BESTIALMENTE prá frentex pá…
Eu sei bem que em Portugal as coisas não mudam assim tão depressa, mas que diabo, há limites…
Ó Carmo da Rosa, você é um prato. Leia exactamente esse mesmo texto, do anónimo das 23.41. E leia-o todo. Sem raiva e sem espuma. E depois encontre lá o sanguinário e depois acalme-se. E depois diga: realmente é verdade, caro anónimo das 23.41 do dia 1 de Junho, eatá lá. S-A-N-G-U-I-N-A-R-I-O. E depois dê uma palavrinha carinhosa à avó e ao Pedro e à tia. Porque meteu água, meu caro. Tenha calma, perde anos de vida, com isto.
Epá, hippies?
Aqueles que metem cerveja no cabelo, flores e sandálias e cheiram a terra?
Não me parece bem Carmo.
Se o Eretz Isreal não existe. Não. Ainda não. Mas já esteve mais longe. E esse expansionismo que tem vindo a acontecer, ocupação das terras palestinianas, expropriação de terras, crescimentos e construção de novos colonatos, etc etc… provam que o argumentos da segurança nacional é uma chapéu de chuva perfeito para o objectivo que paulatinamente tem vindo a ser concretizado. Com o apoio inevitável e fundamental dos EUA.
Pedro (esqueci-me de assinar o anterior)
Ao anónimo,
Lá estás a fugir com o cu à seringa! Eh pá, tens medo de tudo, isto já é patológico…
Foste tu (ou outro anónimo! Como saber?) que vieste com a história do SANGUINÁRIO. Eu apenas quero saber se ISRAEL NÃO É UM PAÍS DEMOCRÁTICO, então dá-me um exemplo de país democrático – de preferência no médio oriente – para ver se a gente se entende nas definições antes de comentar o Eretz Israel…
Só isso.
Israel, única democracia do Oriente Médio. O mito visa esconder a natureza desse Estado democrático, baseado na exclusão étnica, praticamente tão democrático para os judeus quanto o estado-apartheid da africa do sul para os brancos. Um lugar onde, para ser proprietário de um pedaço de terra, é preciso provar a ancestralidade judaica "filho de ventre judeu", segundo o preceito bíblico por três gerações!
”…praticamente tão democrático para os judeus quanto o estado-apartheid da africa do sul para os brancos.
Não é bem assim, os árabes que vivem em Israel têm representação no parlamento e mais direitos que os árabes em geral têm nos parlamentos dos países vizinhos, já para não falar dos direitos que os militantes da Fatah tiveram depois da vitória democrática do Hamas em Gaza: foram colocados contra a parede e levaram um tiro nos cornos…
A religião Judaica é que (sim senhora) é baseada na exclusão ética. É uma religião racista. E ainda bem, porque, devido a este facto, não nos chateiam ao Domingo de manhã com explicações acerca do Altíssimo (testemunhas de Jeová); nem nos querem converter à força (muçulmanos)…
”… para ser proprietário de um pedaço de terra…
Oh pá, dá uma olhadela num Atlas, ou no Google Maps, e vê lá a diferença de tamanho entra a propriedade Judaica e a propriedade Árabe… Creio que assim está tudo dito. E por esta razão já nem mesmo o Eretz Israel me faz muita confusão.
P.S. Garanto que não sou pau-cortado, como dizem os brasileiros.
Claro que Israel é democrático.
Pelo simples fato de ser judeu a pessoa ganha automaticamente a cidadania em Israel.
Refugiados palestinos cristãos e muçulmanos, que nasceram no país e foram expulsos mais tarde, não têm a cidadania israelense A não ser que eles se convertam ao judaísmo primeiro
Fingir que é judeu em Israel é crime punido por lei com prisão por um ano O mesmo não se dá se a pessoa fingir que é muçulmano ou cristão
Quando o problema palestino foi criado pela Inglaterra, em 1917, mais de 92% da população da Palestina eram árabes e que, naquela época, o número de judeus não chegava a 56.000 Que muçulmanos, cristãos e judeus palestinos viviam em paz uns com os outros naquela época.
Os palestinos no início do século XX possuíam 97,5% da terra, enquanto os judeus nativos e imigrantes possuíam apenas 2,5% da terra
Israel emite cartões de identidade nacional onde a religião do possuidor do cartão aparece nitidamente
As placas dos carros de propriedade dos palestinos da Cisjordânia e de Gaza são de cores diferentes das dos carros dirigidos pelos colonos israelenses
As carteiras de identidade dos palestinos da Cisjordânia e Gaza são de cores diferentes das carteiras dos colonos israelenses
A única forma de judaísmo reconhecida pelo estado judeu é o judaísmo ortodoxo, portanto a maioria dos judeus americanos não pode casar-se em Israel. Além do mais, a única conversão ao judaísmo reconhecida é a ortodoxa e, assim, a maioria dos convertidos americanos não são judeus o bastante.
Antes da guerra de 1948, os judeus possuíam abaixo de 7% das terras da Palestina e, para aumentar sua parte depois da guerra, foi aprovada a Lei dos Ausentes que desalojava a maioria dos proprietários palestinos que mais tarde tornaram-se ausentes.
Israel possui armas nucleares
Que israelenses não judeus são proibidos de comprar ou arrendar terra em Israel
Que as placas de automóveis em Israel e territórios ocupados têm códigos de cor para distinguir judeus de não judeus
Que Israel é o único país no Oriente Médio que se recusa a assinar o tratado de não proliferação de armas nucleares, e barra a inspeção internacional desses locais
Que Israel continua desacatando 69 Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas
Que em oito anos desde a assinatura do acordo de Oslo, Israel aumentou suas construções de assentamentos judeus, violando o acordo
O rosa va dar banho ao cão
”Anónimo disse: Claro que Israel é democrático.”
Custou mas foi.
O resto é conversa fiada pá. Aliás eu sabia bem que no final acabarias por aceitar desportivamente a verdade. É que por vezes demonstras ser uma rapariga (ou um raparigo!) esperta.
”Pelo simples fato de ser judeu a pessoa ganha automaticamente a cidadania em Israel.”
Achas de deviam fazer um exame de aptidão?
”Refugiados palestinos cristãos e muçulmanos, que nasceram no país e foram expulsos mais tarde, não têm a cidadania israelense A não ser que eles se convertam ao judaísmo primeiro”
Eh pá, se foram expulsos por alguma razão foi! Talvez por cuspir pró chão, apalpar a peida das judias (que por sinal são bem boas), mijar na Sinagoga durante a Shabat e colocar petardos de carnaval em autocarros e caixas do correio!
”Fingir que é judeu em Israel é crime punido por lei com prisão por um ano. O mesmo não se dá se a pessoa fingir que é muçulmano ou cristão”
Acho muito bem. Tem algum jeito uma pessoa andar a fingir que é judeu! Uma pergunta, e cortam a pila e tudo?
”Que muçulmanos, cristãos e judeus palestinos viviam em paz uns com os outros”
Oh pá és tão mentiroso! isto só é possível nos filmes do Walt Disney…
”Os palestinos no início do século XX possuíam 97,5% da terra, enquanto os judeus nativos e imigrantes possuíam apenas 2,5% da terra. ”
Pois é pá, mas isso é inevitável quando se passa a vida a rezar, a beber chá, a fumar a chichá e a queimar bandeiras americanas enquanto os outros trabalham e estudam. Foi o que aconteceu a Portugal, agora ficamos com a memória gloriosa dos nossos egrégios e uns poemas do Camões.
”Israel emite cartões de identidade nacional onde a religião do possuidor do cartão aparece nitidamente”
Acho muito bem. Devíamos fazer o mesmo, de maneira a proibir a entrada em aviões, comboios e autocarros a muçulmanos. O que evitaria uma enorme quantidade de chatices no tráfico internacional de pessoas.
”As placas dos carros de propriedade dos palestinos da Cisjordânia e de Gaza são de cores diferentes das dos carros dirigidos pelos colonos israelenses”
Acho mal. Desta forma os ‘intifadistas’ sabem perfeitamente em quem disparar balas e atirar pedras!
Continua...
....
”As carteiras de identidade dos palestinos da Cisjordânia e Gaza são de cores diferentes das carteiras dos colonos israelenses”
Tudo medidas que ajudam a limitar o terrorismo islâmico.
”A única forma de judaísmo reconhecida pelo estado judeu é o judaísmo ortodoxo,”
É realmente um erro dar tanta influência (herança histórica) aos paus-cortados ortodoxos, que ainda por cima se livram do serviço militar (cabrões!).
”Antes da guerra de 1948, os judeus possuíam abaixo de 7% das terras”
E tu a dar-lhe com as terras e a burra a fugir… Vai ao mapa por favor e vê a diferença entre as terras de Israel e as terras dos árabes…
”Israel possui armas nucleares”
Ainda bem! Imagina que fosse apenas o Hamas ou o Hezbollah a possuir armas nucleares, há muito tempo que as teriam utilizado.
”….proibidos de comprar ou arrendar terra em Israel…”
PORRA, já não posso ouvir mais falar em TERRA…
”….as placas de automóveis em Israel…. ”
Outra vez?
Há pouco eram as placas dos CARROS e agora são as placas dos AUTOMÓVEIS!!! Eh pá, os judeus são suficientemente maus, não é necessário entrar em redundâncias…
”Que Israel é o único país no Oriente Médio que se recusa a assinar o tratado de não proliferação de armas nucleares,”
Recusa, persiste e assina. Os outros mentem e aldrabam, business as usual.
”Que Israel continua desacatando 69 Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”
Com esta é que tu me lixaste pá. Não tenho resposta.
”Que em oito anos desde a assinatura do acordo de Oslo, Israel aumentou suas construções de assentamentos judeus”
Eh pá, como já vimos é sempre melhor construir casas do que passar o tempo a rezar, beber chá, queimar bandeiras americanas e cometer atentados terroristas – não será assim?
”O rosa va dar banho ao cão”
Uma pena estas ligeiras mas constantes faltas de educação. Resumindo, continuas a pôr os pés em cima do sofá e a cuspir pró chão. Ai ai ai, tenho a certeza que não foi a educação que a tua mãe te deu pá…
o rosa pa vai dar banho ao cão
(é mais facil falar com atrasado mental do que com certas pessoas)
”o rosa pa vai dar banho ao cão”
Este anónimo, coitado, que se lhe há-de fazer, tem o sindroma de Gilles de la Tourette…
Olha, olha, querem ver o que eu descobri neste blog, um democrata e peras, acha que a descriminação e o tratamento desigual por lei é democrata, querem ver que a democracia é só votar e poder falar. Eleições e liberdadade de expressão.
Olha, olha, mais uma vítima da EDUCAÇÃO INCLUSIVA e da falta de exames na nova quarta-classe...
O que é que este gajo quererá dizer?
Oh querido não sejas rude. Não foi assim que o Sr. Padre te ensinou nas aulas de religião e moral.
Beijinhos da tua Carmelita.
O faxineiro rosa, vai la começar esse giro novamente aos outros postes ja la ha comentarios novos
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