A ministra da Educação, Isabel Alçada, em entrevista ao jornalista Mário Crespo, voltou a debitar a cartilha socialista para o sector. Num discurso lírico e a puxar para o lunático, lá foi fazendo uso dos chavões em vigor, falando de percursos escolares diferenciados, perguntas âncora, e outras barbaridades com que os pseudo-pedagogos do PS têm destruído o ensino.
Como um disparate nunca vem só, voltou a abordar o assunto onde os socialistas revelam a sua maior hipocrisia: os "chumbos". Alçada defende a sua extinção, mas é incapaz de emitir um decreto a acabar com eles. Em vez disso, continua a manter um sistema de avaliação absolutamente desonesto e perverso, no qual é permitido o chumbo dos alunos, mas que na prática os dificulta enormemente - com a burocracia, e com a perseguição e desconfiança sistemática dos professores que atribuem negativas. Esta avaliação, para além de ser permeável a pressões, tem como efeitos colaterais a inflação do sucesso e a desresponsabilização dos alunos e pais. Quer os estudantes trabalhem, quer não, no fim do ano as notas positivas aparecem na pauta.
A ministra, que já foi professora e rapidamente se pôs a milhas dos alunos, aparece agora com um discurso cheio de vacuidades acerca aquilo que ela própria não quis fazer. Um exemplo típico, muito abundante em Portugal, de alguém que saiu do ensino para administração educativa. E quem diz Isabel Alçada, diz Mário Nogueira ou Valter Lemos.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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sábado, 5 de junho de 2010
Do discurso lunático
No Lisboa - Tel Aviv (com chapelada):
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1 comentário:
Em complemento, aqui fica:
http://aperoladanet.blogspot.com/2010/06/de-decreto-em-decreto.html
Abraço a todos.
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