A imprensa dinamarquesa, em resposta ao planeado assassínio de um dos autores dos famosos cartoons sobre Maomé, decidiu republicá-los.
O Secretário-Geral da Organização da Conferência Islâmica, ameaçou imediatamente que tal gesto levaria a confrontações entre muçulmanos e cristãos e que os dois lados ficariam reféns dos seus radicais.
Ora acontece que os “radicais “ de um dos lados pintam cartoons, e os do outro agridem, queimam e matam. Parecendo que não, há uma diferençazinha de nada.
O senhor Sr Ihsanoglu (um turco), na sua notável benevolência, deu-se ao trabalho de verter ensinamentos sobre o modo como nós devemos usar as nossas liberdades explicando que a liberdade de expressão não deve ser usada para insultar os valores e símbolos sagrados dos outros, porque isso incita ao ódio.
Talvez eu não seja tão sagaz como o Sr Ihsanoglu , mas parece-me que quem está aqui a incitar ao ódio é justamente o Sr Ihsanoglu ao sugerir que a violência muçulmana é uma resposta natural aos rabiscos de alguém.
A ver se nos entendemos:
Insultar os valores e símbolos dos outros, é feio e desagradável mas, e daí?
Se isso fosse crime susceptível de punição física, então os valores de uma cultura específica teriam de ser vistos como universais, o que implicaria que aqueles que os não aceitam teriam de agir como se os aceitassem.
O que, neste caso, equivaleria a forçar o Ocidente a aceitar a sacralização do islamismo, impedido a livre expressão de qualquer pensamento fora da ortodoxia islâmica.
Implicação que conduz directamente à aceitação da prioridade e superioridade dos valores islâmicos sobre tudo o resto.
Ora isso é inaceitável.
Assim, embora o Sr Ihsanoglu e aqueles que ele diz representar se possam legitimamente sentir ofendidos, o direito dos cartoonistas desenharem o que bem entenderem prevalece sobre as suas susceptibilidades.
E esse direito deve ser reafirmando e exercitado como principio, justamente em casos como este, face à intolerável intimidação que é feita às claras pelo Islão e seus representantes.
Na nossa cultura as pessoas têm diferentes pontos de vista sobre muitos assuntos e têm o direito de os expressar, mesmo que sejam pontos de vista idiotas como acontece frequentemente com o que dizem e escrevem o Daniel Oliveira, a Srª Ana Gomes, ou o Dr. Miguel Portas.
E sabem que o contraponto desse direito é a disposição para ouvir também aquilo de que não gostam.
Qual a alternativa?
Forçar a vontade das pessoas, obrigando-as a submeter a sua liberdade ao sistema de valores de alguns, afinal de contas o objectivo do Islão que significa literalmente “Submissão”.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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domingo, 17 de fevereiro de 2008
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4 comentários:
Para que se saiba o símbolo do crescente é mais um, senão o maior insulto a maomé e a alá.
Nada tem a ver com ele, com o alcorão ou com alá.
Era um símbolo dos cristãos, que depois foi roubado pelo califa otomano.
E esse símbolo está no topo das mesquitas e em muitos outros sítios e livros.
Se maomé destruia cruzes, há todas as razões para não usarem mais nenhum outro símbolo cristão.
Se o usam, ao menos que se lembrem que esse símbolo está ligado com o bem e não com o mal que maomé espalhou.
Gostei.Força.
Os maometanos deviam pagar direitos de autor por tudo o que roubaram e roubam e indemnizações por tudo o que destruiram e destroiem.
Estou desconfiado de que a maior parte , senão a totalidade da riqueza do al Andalus também foi roubado aos cristãos, judeus e outros.
Até a arquitetura das mesquitas foi roubada.
Podem tb investigar sobre o Bispo Isidoro de Sevilha.
Nasceu antes e morreu depois de maomé, supõe-se que fosse norte africano e fez, para o tempo, uma obra com pés e cabeça.
Sabia ler, escrever, investigar e pensar para o bem, o que é outro insulto a maomé.
Para que se saiba, entre outras coisas, alá não sabia ler, escrever, calcular, contar, prever, etc...
Porque se sabia e durante 60 anos não ensinou maomé, então a conclusão ainda é pior.
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