It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
HÁ QUE PARAR BLAIR!
Recebi de um amigo, que aliás já tinha recebido o mail de outro, esta petição contra a nomeação de Tony Blair para Presidente da União Europeia.
A palavra de ordem é Há que parar Blair! e vem da organização European Tribune.
O outro amigo diz mesmo no mail ‘esta é de pôr os cabelos em pé (de guerra)’. Creio que não está muito de acordo com a eventualidade de Blair vir a ser nomeado presidente da União Europeia.
Como estou absolutamente de acordo com os meus amigos de esquerda, como já vem sendo costume nos últimos tempos, aproveitei para lhes fazer algumas sugestões antes da U.E. nomear mesmo o energúmeno.
Pensei logo em Vladimir Vladimirovich Putin da Rússia, que está quase sem trabalho e, convenhamos, fez um grande trabalho na Chechénia. Ou então um candidato mais modesto, mas com um currículo muito parecido: Alexander Lukashenko da Belarus.
Mas pensando bem, porque carga de água é que o candidato tem obrigatoriamente de ser um europeu? Deixemo-nos de racismos e de egocentrismos, porque não escolher um dos excelentes candidatos que existem por esse mundo fora e que já deram provas suficientes da sua capacidade de liderança, como por exemplo Robert Mugabe, que já deve estar cansado de ganhar constantemente eleições com margens de 90%.
E porque não Kim Jung Ill da Coreia no Norte, sempre andaria mais bem vestidinho... Omar Al-Bashir do Sudão! Ok, não matou tanta gente em Darfur como Blair no Iraque, segundo a European Tribune, mas tem outras qualidades, diplomáticas. Talvez mesmo Mullah Omar do Afeganistão, caso seja possível contactá-lo no Paquistão, obrigado que foi a retirar-se do seu país pelos americanos de forma muito pouca democrática.
E já agora, que estamos virados para esses lados, para a Meca, porque não escolher o grande ideólogo, Ayman Al Zawahiri, que já deve estar farto de ser o eterno número dois da Al Qaeda e é a pessoa mais indicada, foi o homem que mais combateu o velhaco do Tony Blair no Iraque….
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
49 comentários:
Caro CDR
A lista de potenciais candidatos que propõe impressiona qualquer um. Apesar de ainda estar tonto só de pensar no gabarito dos candidados que arrolou, não posso deixar de lhe indicar mais uma luminária para a lista: Fidel Castro, El Coma Andante.
Acontece que este moço parece que se se sentiu mal dos intestinos (coisa pouca, diz o Chavez) há um ano ou dois, o que pode significar que em seu lugar venha o hermanito Raul, o que não tem nenhum problema porque ele até já tem prática na substituição do irmão mais velho. Este outro moço tem ainda a vantagem de vir cheio de dínâmica; o rapaz ainda agora ganhou (mais) uma eleição lá na terra com cento e não sei quantos porcento dos votos.
Acho que não contribuí muito para quebrar indecisões, mas foi o que se pôde arranjar, e pelo menos muita gentinha já não vai ter de andar a promover abaixo-assinados para afastar o sulfuroso Blair.
Em todo o caso, se o cargo de Presidente da Comissão Europeia em vez de ser escolhido fosse comprado, desconfio que o Putin saía empenhado a campo e ganhava.
na percebo o que que faz o cachopo nu.
Faz um manguito!
Imita o Manekken Pills?
Bolas!!!!
Como podem pôr o Putin nessa lista?
É por Direitas destas que...
Que raios de amigos! Os meus não me enviam mails desses :P
ROD:
Fidel Castro, El Coma Andante.
Imperdoável, esqueci-me completamente del Líder Máximo…
Lidador:
Manekken Pis (Manneke quer dizer em flamengo rapaz ou homenzinho - que mija.
A lista de potenciais candidatos que propõe impressiona qualquer um.
A mim o que me impressiona é este fascínio dos mentirosos pela presidência da União Europeia.
Anónimo o caralho:
CARMO DA ROSA
ML:
A mim o que me impressiona é este fascínio dos mentirosos pela presidência da União Europeia
Entre um mentiroso competente, Blair, mentirosos incompetentes, os nossos políticos, e mentirosos, incompetentes e assassinos, os da minha lista, o que é que você escolhe?
Toma a posição mais cómoda, não escolhe nada, ou então diz que não gosta destes truques…
A esse respeito o ML é inatacável: está sempre do lado dos bons.
E é tão igualmente nobre que, em solidariedade pela modéstia, se priva de revelar quem eles são.
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Caro sr. carmo
Da sua lista, nenhum. Mas pelos outros serem maus tenho que levar com o Blair?
É que mentirosos há muitos, sem dúvida, mas mentir descaradamente para se tomar de assalto um país, talvez só dois e mais duas metades. O Blair é dos inteiros. Uma das metades já confessou coitadinho, foi enganado, só foi ali dar um saltinho para fazer a vontade ao Aznar, mas está muito arrependidinho.
Se o relativismo lhe serve, tanto faz ser assim como outra coisa qualquer, tudo bem para si, mas talvez não sirva a toda a gente.
Andaram os republicanos nos EU a gastar milhões de dólares só porque um presidente mentiu sobre umas cambalhotas que deu na Sala Oval, e há um fulano que mente, inventa, torna a mentir, gagueja, confessa, e afinal fica tudo por isso mesmo. A menina Lewinski continua vivinha da Silva, o tal país é hoje uma ruína.
Dentinho, deixe-se de demagogias. Para mim ainda existe uma dimensão ética da vida. Sei que está fora de moda, mas não me faz mossa. Os políticos são o que são e valem o que valem, mas tb sei que ainda há hierarquias na trafulhice.
MegaLítico:
"mas tb sei que ainda há hierarquias na trafulhice"
Também na fuga à responsabilidade, meu caro.
dentinho, não é ela por ela. E não venha de novo com tremendismos, tentando passar a ideia de que ou é este, ou é o caos, como se só houvesse alternativas ao nível do Blair.
E porquê o Blair? Tem alguma idoneidade de carácter que o recomende para presidir à Europa?
Já decaímos assim tanto como civilização que até um falsificador nos serve?
Andam para aí a bradar que os europeus bla bla são fracos, os outros é que são o suco da bananeira, mas a fraqueza está sobretudo naquilo de que se abdica. O relativismo. O tanto faz.
E fala de que responsabilidade? De destruir um país? De deixar para trás um rasto de mortos e refugiados? De ter tornado um país naquilo que ele não era, um albergue de terroristas?
Megalítico? Até gosto. Apocalíptico é que não.
Caro ML,
Que o mundo deveria ser composto por tigres que comeriam malmequeres, perdão, cascalho, sulfuroso de preferência, todos estamos de acordo. O problema é que o mundo é assim porque, aparentemente, de outra forma não funcionaria.
O problema e que temos que viver com o que temos e com o que somos.
"E porquê o Blair? Tem alguma idoneidade de carácter que o recomende para presidir à Europa?"
E quem, alternativamente? Quem propõe, ML? A Madra Teresa de Calcutá não pode ser porque é batota.
"Já decaímos assim tanto como civilização que até um falsificador nos serve? "
E qual o "falsificador" alternativo que o ML sugere? Zapatero?
"Apocalíptico é que não." Então. e à falta de alternativa a Blair não venha com apocalipses e viva no mundo real.
"De ter tornado um país naquilo que ele não era, um albergue de terroristas?"
Talvez um chamariz para melhor os caçar ... Não é bonito. E que sugere o ML? Sugere que seja quem os não combate a decidir em que terreno deve morrer quem os combate?
O ML quer nunca ter que tomar uma decisão para não correr o risco de ter que se apelidar de falsificador.
O problema é que o mundo é o que é e a impossibilidade de alterar o passado é uma das suas características. Também a de prever o futuro com a absoluta segurança que lhe daria repouso aos inquietados neurónios.
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caro dentinho, agradeço muito a sua resposta mas acabo por não saber com quem falo. Convinha talvez cultivar um estilo próprio para que não se pense que se trata de um desdobramento.
Eu sei que existe aqui um 'livro de estilo' mas creio que é mais para a conduta do que para a oratória.
Posto isto, faz tantas perguntas que penso que já começa a empastelar os tempos históricos e as personalidades.
A Madre não morreu já? Seria uma boa alternativa, concordo, mas veja bem se numa Europa tão vasta só terão lugar um aldrabão e uma missionária. O oposto, parece-me, mas os contrastes costumam dar soluções dinâmicas. Talvez o Gandhi, se ele aceitar. Ou até o S. Francisco Xavier.
O passado não se altera mas não precisamos de persistir no que correu mal. No mínimo, limitar as avarias, como nos navios.
MegaLítico,
E a alternativa, meu caro?
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O dentinho, of course!
E a sua, qual foi? Colaborou na escolha do aldrabão? Tinha uma proposta na manga? Ou limita-se a achar como bom tudo o que vem do sítio do costume?
Então, não se trabalha? A lurdinhas is watching you.
"Tinha uma proposta na manga?"
Apoio a oficial. A oficial não aparece da sombra dos malmequeres.
Não perco tempo a dar porrada em coisas que estão, pelo menos, razoavelmente bem.
"A lurdinhas is watching you."
E de que maneira.
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Pronto, esta merda continua a chatear-me os cornos: não é anónimo mas sim Carmo da Rosa...
ML:
Da sua lista, nenhum. Mas pelos outros serem maus tenho que levar com o Blair?
Não forçosamente, porque estes são candidatos extremos, não são mentirosos razoáveis como Bush ou Blair. Mas eu estou bem contente com o Blair, prefiro-o de longe a Berlusconi por exemplo…
Mas avance lá com o seu candidato porra, ninguém lhe bate! Você não quer é sujar as mãos, o que me lembra Les Mains Sales do Sartre, não sei se leu? Também não perde grande coisa…
É que mentirosos há muitos, sem dúvida, mas mentir descaradamente para se tomar de assalto um país
Tomar de assalto um país!!! Que exagero. Os ingleses não espetaram a Union Jack em nenhum lugar do Iraque e já estão de volta ao país deles. Ajudaram os Iraquianos no sul do país a criar um exército e uma infra-estrutura de governo. Pergunte aos curdos o que acham da tomada de assalto do país?
E pergunte também ao Zapatero quando é que o exército espanhol pensa retirar-se de Ceuta e Melilha, onde já se encontram há mais de 400 anos!
Para quando as grandes manifestações de esquerda em Madrid e Barcelona contra a esta ocupação, como as manifestações contra a outra ocupação que só durou 4 anos?
"Para quando as grandes manifestações de esquerda em Madrid e Barcelona contra a esta ocupação, como as manifestações contra a outra ocupação que só durou 4 anos? "
Para a esquerda pacóvia, morangueira, esta vai demorar anos a engolir.
'Se os americanos entrarem no Iraque, os iraquianos irão apanhá-los à mão, um a um', garantia a esquerda sapiente. A coisa mais parecida que se deu foi a velha frase: "Thank you Mr Bush".
Houve milhares de mortos e continua a haver. Às mãos de quem? Quem anda a matar iraquianos? Que invasão anda a matar iraquianos? Quanto tempo vão os invasores la ficar?
O meu caro ML lembra-me o El Kabong:
http://range-o-dente.blogspot.com/2005/12/rtp-e-el-kabong.html
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Apoio oficial, dentinho? É que nem oficioso,isso foi o Sarkozy que quer curtir a lua-de-mel em paz e atirou este nome para a frente. Enquanto se vão distraindo com estas coisinhas ele lá vai navegando com os elísios.
Mas olhe que nem todo o 'patronato' está de acordo e alguns até já levam uma antecipação de 5 anos.
Eles que são brancos que se entendam.
http://www.worldnetdaily.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=32158
Para a esquerda pacóvia, morangueira, esta vai demorar anos a engolir.
No left-wing, no blog.
O meu caro ML lembra-me o El Kabong
Lembro-lhe sempre muita coisa. É uma alegria estimular as imaginações emperradas.
"No left-wing, no blog."
O mundo não acaba no left-wing, meu caro.
"Lembro-lhe sempre muita coisa. É uma alegria estimular as imaginações emperradas."
Memória é memória (e já não é pouco).
Se precisasse de estimulação de imaginação, não me safava consigo.
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caro sr. carmo
Esse seu raciocínio pendular deixa qq um com tonturas. Ou...ou... Quem não está connosco está contra nós.
Não é só o sátiro que sonha a preto e branco.
Não sei qdo os espanhóis retiram de Ceuta e Mellila, e para lhe dizer a verdade não é assunto que me tire o sono. Provavelmente quando o Brown retirar do Rochedo, a França da Martinica, etc. Já sei que os gibraltinos foram a votos, etc, etc., mas se a história se refaz é para todos. E então o mapa-cor-de-rosa volta a Portugal. E o norte de Portugal ao reino de Leão. E Olivença a Portugal. E Ceuta tb passa 1º por cá e só depois regressa às origens, que não se sabe exactamente quais são. E o Brasil aos índios. E a Austrália aos aborígenes.
Assim numas contas por alto, acho que nós ficamos a ganhar. O Blair lá terá que regressar aos confins da Europa, pertinho da Merkel.
Serve-lhe assim ou tenho que fazer uma triagem mais rigorosa? É que chegamos aos megalíticos (dentinho, já não se usa esse termo) e mandamos para trás os indo-europeus (sejam lá eles quem forem).
Quando estiver nas suas exactas circunstâncias - alguém soprar um nome que me agrade - logo lhe digo tb a minha sugestão.
O mundo não acaba no left-wing, meu caro.
Se precisasse de estimulação de imaginação, não me safava consigo.
Por acaso tb estou de acordo consigo, mas quem ler este blogue não acredita.
"Por acaso tb estou de acordo consigo, mas quem ler este blogue não acredita."
O ML parece o homem aranha: salta de uma parede para a oposta sem qualquer problema.
Faz lembrar a máxima, que se conta, sobre as mulheres: defendem, da parte da tarde, exactamente o contrário do que defenderam da parte da manhã, com a mesma vivacidade e pelas mesmas razões.
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Caro ML
Isso de devolver a Australia aos aborígenes não sei bem se os aborígenes estariam muito de acordo.
Mas, seja como for, por mim tá bem aceite a devolução de Olivença a Portugal.
Faz lembrar a máxima
Eu não digo? E lá vai mais uma ideia para a arca.
Mas olhe que o seu raciocínio está errado. Uma coisa é o que eu penso, outra o que os de fora pensam. Eu, já sabe, talvez devido à longa convivência amistosa, dou-lhe sempre o benefício da dúvida.
E olhe que esse comportamento não é especialmente feminino. Conheço bons casos disso e, tanto quanto eu sei, não são mulheres. Não posso afirmar, é claro, daqui não posso distinguir. Mas leio, e basta o 'patronato' mudar de rumo que lá vão os patinhos atrás. Ou nem é preciso isso, por vezes um simples aperto da fígadeira provoca uma torrente contrária.
caro porto
Mas, seja como for, por mim tá bem aceite a devolução de Olivença a Portugal.
Já contava com isso, mas olhe que os oliventinos devem estar como os aborígenes.
Houve tempos em que pensei que sim, na altura em que ainda se falava português e as armas de D. Manuel dominavam a terra. Agora, basta lá ir, o passado português é muito bem visto, bla bla, a aldeia alentejana muito bem preservada, mas de resto, nem pensar. É que nem é preciso ir a votos, uma ronda pela cidade é suficiente. Na língua, nos hábitos, nas práticas.
Infelizmente? Sim, claro, mas como tenho dito, a história nunca se refaz. Quando se vai a tempo quando muito limitam-se os danos.
ps: ainda não me disse nada sobre o outro assunto, que me interessa. Posso dizer que a Galiza é a minha segunda terra, é para onde sempre vou naquelas voltinhas mais curtas, conheço-a praticamente de alto a baixo. Tenho amigos galegos que visito regularmente e um dos meus ramos familiares é galego. Mantenho ainda o apelido, apesar de o ter herdado pelo lado materno. Mas em breve dilui-se, é inevitável.
"Mas leio, e basta o 'patronato' mudar de rumo que lá vão os patinhos atrás."
Felizmente ainda há voluntariosos sindicalistas. Mas olhe que a unidade sindical foi deitada às urtigas em 75(?).
Quem se lixou, foram as urtigas e a porra é que as velhas continuam ser querer atravessar a estrada.
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teste.
Aleluia já encontrei a minha identidade...
Caro ML,
Você insiste em insultar-me! Há dias aconselhava-me um dicionário, hoje acusa-me de simplismo. Ainda lhe faço uma espera à saída do blogue... hahaha
Quando não percebo algo do que aqui se escreve, e isso acontece mais frequentemente do que eu desejo, isso irrita-me quanto baste mas nada tem a ver com palavras. Não é coisa que se remedia com um dicionário. Eu entendo normalmente o que as palavras querem dizer. Muito raramente encontro uma palavra em português em que necessite consultar um dicionário.
O problema é a ordem das palavras e o uso que se faz delas.Isto é obviamente a minha opinião! É claro que você está no seu pleno direito de pensar doutra maneira, mais simples: ‘este gajo não percebe porque é burro’. Mas eu, para salvar o ego, agarro-me a esta tábua de salvação como Camões aos Lusíadas: se eu consigo ler Richard Dawkins em inglês, Max Pam em holandês, Bernard-Henry Lévi em francês e o Pulido Valente em português sem grande dificuldade, não vejo razão aparente para não entender o meu caro(a) amigo(a). A menos que você administre às suas frases uma dose cavalar de criptografia, porque foi assim educado(a), ou justamente para, e como é já vendo seu costume, se subtrair a perguntas muito concretas, muito preta e brancas, no estilo ‘qual é o seu candidato para a UE?’.
"Não sei qdo os espanhóis retiram de Ceuta e Mellila, e para lhe dizer a verdade não é assunto que me tire o sono."
A mim tão pouco. Aliás, até estou absolutamente convencido que os locais ficam a perder com uma retirada dos espanhóis. Mas trata-se de uma comparação absolutamente possível: Iraque vs USA, Marrocos vs Espanha. Os espanhóis ocuparam a coisa há 400 anos e nas zonas que controlam - muito ao contrário dos ingleses e dos americanos no Iraque - não têm a mínima intenção de dividir o poder com os locais a fim de chegar a uma situação aceitável para ambas as partes. Há uns anos atrás por causa da ilhota do Perejil a coisa esteve mesmo muito feia entre os dois países, e ultimamente a viagem do Rei de Espanha aos enclaves obrigou o outro rei a demonstrar a sua desaprovação, ou seja, a dar a entender que se trata bem de território nacional marroquino OCUPADO…
Como vê, isto não são visões de um maluquinho.! A sua tentativa de ridicularizar a coisa com mapas-cor-de-rosa e Brasil prós índios não passa de demagogia fácil de quem não quer pensar muito no assunto. Aliás, como toda a esquerda espanhola. É bem mais fácil, e sobretudo mais na moda, mais cool, gritar ao da guarda contra o imperialismo Americano…
"Já decaímos assim tanto como civilização que até um falsificador nos serve?"
O gajo que diz isso deve andar a dormirr, não.
A decadência da Europa é tal que isto is the very least.
ACORDA SEU GANDA MALUCO!!!
Você insiste em insultar-me!
Sr. Carmo, de que se queixa afinal? O meu estilo de escrita vai ser difícil de mudar. Sempre me dei bem com ele e com bons resultados, até. Mas isto sou eu a dizer.
E, claro, a sua bola de cristal não podia falhar quanto às minhas intenções em escrever como escrevo. E é numa postura igualmente pedagógica que a bendita bola moraliza a propósito do crime de não se apreciar o Blair, coisa só possível por acefalia. E, claro, como consequência vaticina que além das vistas curtas, só uma forte simpatia por um ditador qq justifica tal ponto de vista. E a tensão dá-se então entre os dois pólos opostos. Que ninguém tenha dúvidas, não há salvação fora disto.
Afinal a demagogia é o quê?
Alguma vez lhe perguntei, na sua cruzada contra a esquerda, se em vez do Zapatero, do Soares, da Segolene, preferia o Hitler ou o Pinochet?
Sr. carmo da rosa, eu gosto simplesmente de discutir, não emito juízos de valor nem tenho paciência para vislumbrar malfeitorias nas ideias de ninguém. Quero lá saber das simpatias deste ou daquele, não me desgasto a magicar o que estará por detrás das palavras que se apresentam.
Então Melilla está para Espanha como o Iraque está para os Estados Unidos? Desconhecia essa situação administrativa, mas agradeço a informação. É que eu falava de invasão e destruição de um país independente em pleno séc. XXI.
ML:
"Sr. carmo da rosa, eu gosto simplesmente de discutir"
Proponho esta:
'Gosto simplesmente'. É tão útil como a anterior e tem a mesma profundidade que "Simplesmente Maria".
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Proposta aceite.
dentinho, se continua com esse humor imparável acaba com a deliciosa má disposição deste blogue.
Não gosta dos simplezinhos? Quem diria.
"Não gosta dos simplezinhos? Quem diria."
Gosto pois. Mas não gosto de tacanhos com pinta de Wile E. Coyote.
Ou um ou outro.
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Wile E. Coyote.
E vai um. Tome as suas precauções porque a imaginação também não espande tanto como o universo.
ML:
Alguma vez lhe perguntei, na sua cruzada contra a esquerda, se em vez do Zapatero, do Soares, da Segolene, preferia o Hitler ou o Pinochet?
Mas é pena, porque se o fizesse, respondia-lhe sem subterfúgios rápida e concretamente que a minha preferência vai para a Ségolène… Tá ver como é possível?
eu gosto simplesmente de discutir,
Idem, mas também gosto de chegar a conclusões…
É que eu falava de invasão e destruição de um país independente em pleno séc. XXI.
Quer dizer, os espanhóis chegaram aos enclaves marroquinos legalmente, com um contrato de trabalho e carta de chamada!!!
Claro que estamos agora no século XXI, de acordo, e nem tudo pode ser comparado, mas se nos insurgimos tanto contra ocupações é óbvio que nesta caso a esquerda espanhola está a ser um tanto ou quanto selectiva, não acha?
Aqui, peço desculpa, mas vou ter mais uma vez que emitir juízos de valor, porque esta história muito de esquerda da destruição do país é realmente repetida muitas vezes mas não corresponde à verdade. A destruição do país é feita pelos próprios Iraquianos, devido às suas polemicazinhas de poder e religiosas, com a grande ajuda do novo Che Guevara, Osaba Bin Laden. Bush e Blair não têm interesse nenhum em destruir o país, pelo contrário…
Bom, sr. carmo, acho que essa sua most amazing story sobre o Iraque nunca tinha ouvido, mas recebi a mensagem e registei. Já cada um percebeu onde o outro se posiciona, podemos atalhar caminho já que esta parte está feita.
Então depreendo que as bombas que a aviação despejou sobre o Iraque foram lançadas pelos iraquianos. E os soldados de ocupação também não são quem parecem. Lá devem ter arranjado um processo inovador qq de fazer milhares de km com a artilharia às costas para lançar sobre a própria cabeça.
Os verdadeiros responsáveis pela invasão são os invadidos. Já Sto Agostinho dizia isso dos escravos, que eram vítimas dos pp pecados e o mundo esclavagista respirava aliviado de culpa.
Não está a brincar, pois não? Não. Talvez não.
Não se trata de me responder que prefere a Segolene (e porque não o Zapatero?), trata-se de que eu nunca lhe perguntaria isso. Sofro de défice de pensamento maniqueista. Defeito de série, talvez.
Não lhe disse que não fizesse juízos de valor sobre as situações e os agentes que as provocam. Também os faço e não tenho muitas dúvidas. Mas em relação a eles não pressuponho que sejam normais, considerá-los agentes já é muito benevolente.
Não, nisso estamos de acordo, Bush e Blair não teriam grande interesse em rebentar com o museu da Mesopotâmia e outros actos de siolidariedade. Mas não foram recebidos com flores e abraços e levaram isso um bocadinho a mal. E tb, francamente, conheço já processos de operar uma vesícula ou um apêndice com a microcirurgia, sem quase haver estragos externos, mas invadir um país a partir do ar sem causar mossa, acho que ainda não.
Mas não admira, como diz o sátiro, não consigo entender nada.
"Então depreendo que as bombas que a aviação despejou sobre o Iraque foram lançadas pelos iraquianos"
Mas olhe que isso é apenas 'real estate', Coisa sulfurosa, que cheira apenas dinheiro.
Então o que realmente interessa não são os mortos (mantê-los vivos)?
Que acção estará a empecilhar mais a vida (também matando gente) no Iraque: a invasão americana ou os ataques suicidas e sabotagem?
Ó dentinho, essa do sulforoso é capaz de ser alguma piada, relacionada com o Mefisto, sei lá, mas já foi aqui tão lavadinha e virada do avesso que perdeu a cor e não sei se ainda terá algum significado. Mas pronto, é consigo e parece ser o ex-libri do blogue.
Sim, claro que o real estate é dos investimentos mais rentáveis da guerra, tem dúvidas? Aqui em Portugal nem é preciso bombas, usa-se o camartelo, mas temos que concordar que a escala de negócio é outra, muito amadorismo.
Bom, não pensei ter que lhe explicar todos os passos de uma consequência para a outra, afinal é professor, mas lá vai.
Quando se bombardeia uma, duas, três, quatro, cem, mil casas, é lícito supor-se - acho eu! - que dentro das casas poderão estar um, dois, três, doidos, quem sabe?, que não querem viver a céu aberto. Assim um número baixinho, porque afinal que raio estão as pessoas a fazer debaixo de tecto? Bombardeando uma cidade, duas, três, só assim com muita pontaria e sorte se atinge um número que encha uma enfermaria.
Dado que ao fim de tantos anos e com esforço, provavelmente a invasão estrangeira terá à sua conta umas cem pessoas, tudo o resto foram suicídios.
Ok, got the message. Se um dia os nossos hermanos, sabe-se lá porquê, às vezes nem a vizinhança nos salva, entenderem que afinal até temos qq coisita que lhes faz jeito e vierem cá buscá-la, não se esqueça de que a culpa é sua. Isto de veleidades de países independentes já passou à história. Agora está-se mais numa de dar cobertura a quem entra de peito aberto pela propriedade alheia e se serve do que está. Isto é mais coisa de comunistas, a partilha do que existe sem esses entraves dessa coisa de propriedade privada, mas que se há-se fazer? Primeiro porque um país não tem a importância de 20 hectares de terra lavrada e além disso os tempos estão confusos, temos que dar o desconto a quem se engana no caminho e pensa que está no quintal.
ML:
Já cada um percebeu onde o outro se posiciona, podemos atalhar caminho já que esta parte está feita.
Já me catalogou como agente da CIA, o que não me tira o sono, o que me tira o sono é o facto de eles não me pagarem…
Então depreendo que as bombas que a aviação despejou sobre o Iraque foram lançadas pelos iraquianos.
Para estar mais de acordo consigo vou alterar ligeiramente o meu texto:
“Grande parte da destruição do país é feita pelos próprios Iraquianos, devido às suas polemicazinhas de poder e religiosas, com a grande ajuda do novo Che Guevara, Osama Bin Laden.”
Serve-lhe assim?
Não se trata de me responder que prefere a Segolene (e porque não o Zapatero?), trata-se de que eu nunca lhe perguntaria isso.
eu nunca lhe perguntaria isso.
E porque não, há aqui algo de inconveniente, uma falta de decorum, not done entre pessoas que não se conhecem, que me escapa?
e porque não o Zapatero?
Porque a Ségolène é muito mais bonita, fala francês e não ‘português com defeito’ (sopinha de massa), e além disso o Zapatero não é de confiança, treme das pernas e retira as tropas ao primeiro atentado terrorista.
Mas não foram recebidos com flores e abraços
Há isso é que foram, lá está, mas não pelos defensores e privilegiados do regime de Saddam. With can’t win them all…
Serve-lhe assim?
O que me servia é que explicasse como é que um país invadido é responsável pela destruição que se segue.
Temos que refazer a história. A devastação europeia na última guerra foi responsabilidade dos locais, o invasor limitou-se a cumprir um acto de rotina normal.
Bom, percebi. Preferia o Hitler ao Zapatero. Só a Segolene se safa porque tem um palminho de cara, nada de razões muito elaboradas.
Choradinho pelas vítimas do regime de Saddam a esta hora, não me dá jeito. Podemos brincar noutra altura.
Errata:
We can’t win them all…
ML:
O que me servia é que explicasse como é que um país invadido é responsável pela destruição que se segue.
Não há nada a fazer, você sofre de anti-americanismo primário agudo!
Você acha que é o invasor quem está por trás dos atentados diários perpetrados pelas diversas facções chiitas, sunitas e Al Qaeda? Boa.
E o invasor faz isso porque adora destruição!
Ou então, uma razão mais capitalista: porque ganha uma fortuna com a venda de material de construção!
Preferia o Hitler ao Zapatero.
Você neste caso nem pergunta, dá logo a resposta por mim…
Não há nada a fazer, você sofre de anti-americanismo primário agudo!
Aleluia! A cartilha tarda mas não falha. E eu, deus me livre, dogmas não discuto.
ml, é do interesse dos eu a reconstruçao e o bom convivio democratico entre facçoes no iraque. Se a pacificaçao e a democratizaçao falhar o iraque será o maior erro politico após o vietnam
david mestre, esta discussão não adianta muito porque está a ser artificialmente mantida virgem do pecado original, como se não tivesse existido: a invasão ilegal (até soa estranha a utilização desta palavra num acto pura e simplesmente ilegítimo, com leis ou sem leis) de um país independente. Tudo o que se seguiu é consequência disso. E é patética até esta tentativa de apontar os efeitos, como se fossem de geração espontânea, deixando de fora as causas e os culpados.
Eu percebo bem porque é que o fazem, mas é um caminho muito perigoso e já iniciado por outros: que o nazismo só é responsável pelas mortes directas dos judeus e não pelos milhões que morreram vítimas da fome, da doença e das rivalidades que se geraram. 'Esquecem’ miseravelmente o factor principal, a responsabilidade de quem desencadeou as condições.
A lógica é exactamente a mesma.
ML:
'Esquecem’ miseravelmente o factor principal, a responsabilidade de quem desencadeou as condições.
A lógica é exactamente a mesma.
E você esquece-se da responsabilidade de Saddam Hussein, que nos últimos tempos do seu mandato se via como um moderno Nabucodonosor, ameaçando ou mesmo invadindo os seus vizinhos, pagando 5 mil dólares a cada família palestina que tenha no seu seio um mártir (bombista-suicida), matando 100 mil iraquianos (sobretudo chiitas e curdos) por ano. Tudo isto sem UMA palavra de desaprovação da esquerda normalmente tão preocupada com estas questões morais e éticas…
É evidente que a administração Bush está-se (mais ou menos) nas tintas para os crimes internos de Saddam. Não é esse o seu papel, não é isso que vai destabilizar os interesses americanos, mas sim uma eventual apropriação do Kuwait, da Arábia-Saudita e dos restantes petroleiros que cairão por si – o famosíssimo efeito dominó. Tudo isto POR CAUSA DO PETRÓLEO.
Ora, os INTERESSES dos americanos, são indirectamente os NOSSOS interesses. Isto é a fórmula que necessariamente tem que ser aceite para permitir entender o resto. Porque, quer você goste ou não, os americanos são os nossos guarda-costas num mundo em que a única moral é a real-politik. Se o nosso guarda-costas se constipa, nós corremos o risco de apanhar uma pneumonia.
E já que você me lembrou a Segunda Grande-Guerra, com as vítimas do nazismo, lembre-se também que no início da mesma Guerra o nosso guarda-costas esteve vai e não vai para ficar na cama a dormir, em vez de nos acudir. Acho que você é suficientemente inteligente para imaginar as consequências – PARA NÓS, EUROPA OCIDENTAL. (E se o hard-liner Gen. Patton tivesse feito o queria na altura - já que estava com a mão na massa: libertar a Europa do Leste dos ‘sevandijas russos’, talvez a Europa de Leste, e mesmo a Rússia, não tivessem sofrido 60 anos de Gulag).
Mas tudo isto cheira bastante a SE,. De qualquer forma, e tal como Theo van Gogh, também eu acredito piamente que devemos estar agradecidos ao nosso guarda-costas o facto de vivermos hoje em democracia – já para não falar no Plan-Marshal.
E como eu quero continuar a viver em democracia e não estar à mercê de Putins ou Ahmadinejads, critico os enúmeros erros estratégicos do meu guarda-costas mas não penso despedi-lo tão cedo.
É evidente que a administração Bush está-se (mais ou menos) nas tintas para os crimes internos de Saddam.
Que alívio, sr. carmo, por momentos receei ouvir mais um discurso sobre as delícias da pax democrática e a condenação às chamas eternas por antiamericanismo.
Não precisa de berrar alto, não vou prestar-lhe mais atenção por isso. Mas o meu caro é que sabe.
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