Nos comentários deste post do Carmo da Rosa, o camarada Rui V. Neto tomou o freio nos dentes e, sem querer, tentou mordiscar este vosso criado.
O camarada rui, arde de fúria escatológica e, para o acalmar, peço-lhe que se sente aqui no meu joelho e respire fundo.
Para começar, dou-me por vencido e confesso que não tenho estaleca para a sua poderosa argumentação, camarada rui. O camarada é imbatível, e quando atira para mesa do debate argumentos profundos, como “fodas” , “ejaculações” e “pirilaus flácidos”, não há metafísica que resista.
Que se pode responder a um orador que nos alveja com “bicharocos purulentos” e nos mostra o “cuzinho”, ao mesmo tempo que ameaça com a “piloca murcha”?
Com o imperativo categórico?
Não me façam rir!
O próprio Obama seria esmagado se o camarada rui lhe atirasse à cara poderosas “merdas neo-nazis”, e inatacáveis “sacudilas nauseabundas”, quanto mais este seu amigo, cujos conhecimentos de psicologia ovina se limitam a uma ou outra observação estritamente turística de congressos do PCP e de umas passagens pela Ovibeja.
Mas, camarada rui, ainda bem que cuidou de me informar, embora não me recorde de lhe ter dado ordens para tal, que a sua “bimba dorme descansada”.
Possivelmente trata-se de um assunto muito importante para si ou, especulo, para outrem, especialmente se o camarada pratica modalidades desportivas, como o barebacking, o que está no seu direito, sublinhe-se.
Também não deve mortificar-se quanto à sua “alergia a porcos”. Claro que é desagradável não poder conviver com os seus semelhantes, mas quando a saúde está em causa, nada a fazer e todas as precauções são poucas. É melhor ficar de telha do que com bolhas sabe-se lá aonde.
Tenho também o maior respeito pelas dúvidas existenciais que manifestou no seu interessantíssimo texto, nomeadamente com o dilema de me “virar as costas” ou não.
Claro quer não o deve fazer.
Em 1º lugar porque é má educação, mesmo que, como parece, acredite ser o seu melhor ângulo.
Em 2º lugar, porque automatizei na tropa um determinado reflexo que consiste, com tristeza o confesso, em acertar no fundo delas, (das costas dos outros), com o pé que está mais à mão, como o João Pinto.
O que, prevejo, seria mau para o sono das suas “bimbas descansadas” como, muito bem, as definiu.
Considero também com toda a preocupação a sua afirmação, e passo a citar “apenas esgrime baixaria para enganar os idiotas enquanto vai debitando os mesmos bordões” e anormalidade do costume.”( fim de citação)
Peço desculpa ao camarada por lhe ter dado esse mau exemplo. Os maus exemplos são prejudiciais às mentes simples e este seu texto, infelizmente tão abundante nas tais baixarias , anormalidades e bordões, não é culpa sua, apesar de ter sido escrito por si.
A culpa é minha, obviamente, que o desencaminhei e lhe arrastei a alma bondosa e pura para a lama e para a ignomínia.
Mea culpa.
Lamento sinceramente, camarada rui e aproveito para, à laia de compensação, lhe dar um bom conselho que deve acatar com gratidão e disciplina revolucionária: não leve a mal, os amigos são para isto mesmo, mas tenho de lhe dizer que o camarada perde muito tempo na exaltação de si próprio, o que não é adequado a um verdadeiro comunista que, como sabe, deve guiar o seu espírito mais por valores colectivos do que por reprováveis egoísmos.
O camarada não se dá conta, mas fala demasiado de si, das suas partes pudibundas (lá está, a questão da “piloca murcha”) das suas fantásticas virtudes ( as bimbas sem insónias) e prendas (merdas neonazis, etc).
Deixa-se levar nas asas do sentimento e acaba por ser algo inconveniente quando nos fala da “saudade de sacudir” a coisa.
Assim sendo, a bem do povo, da paz mundial e da luta contra o neoliberalismo, pediria ao camarada avante que apenas zurrasse quando o autorizassem.
Não que não zurre bem, zurra sim senhor, na verdade raramente tenho ouvido tão belos zurros.
Mas por vezes a situação exige um discurso mais elaborado e aí ao camarada falha-lhe a voz.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
3 comentários:
O camarada Agostinho, perdão, Rui Neto foi sem dúvida a escolha acertada para inaugurar este novo tag.
ó primo,
Está muito bem escrito, e percebi tudo... Isto já é de família!
RVN
Recordo de já ter visto o Lidador dar-lhe umas sovas pela bloga. Também me lembro de a FC ter chegado a censurar qualquer coisa que o Lidador escreveu, tudo bondade dela aplicada à proteção dos leitores mais imbecis em geral e ao RVN em particular.
Só que desta vez o Lidador meteu o pé no vernáculo e eis que lhe salta ao caminho o RVN, verdadeiro rottweiler em defesa do seu território, o território dos reles, e filou-o.
Agora, RVN, não se perdeu tudo. Vc que diz para consigo mesmo umas 60 vezes por hora ‘não presto para nada, não sou grande coisa’, descobre que afinal não é bem assim. Em função do que se pode ler no que escreveu, para além de nojento vc é um grandessíssimo ordinário; encontrou, por fim, alguma coisa em que se pode considerar bom.
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