It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
O mau? O mau é o W.Bush!
Em Beijing está-se bem. Afinal os gajos, apesar de já se terem convertido ao capitalismo, continuam a ser comunistas, algo que os liberta de todas as possíveis penas por estarem constantemente a conspurcar o ambiente.
Quem desrespeita de todas as maneiras e formas o ambiente é o George W. Bush. A diminuição progressiva das emissões poluentes para a atmosfera por parte dos Estados Unidos? Aquela coisa da lei energética aprovada em Dezembro, que prevê a redução do consumo de combustível por automóveis em 40% até 2020 nos Estados Unidos da América? Aquela coisa do novo acordo global de reduções de gases de efeitos estufa? Tudo mentira!
Respostas frequentes da esquerda estúpida:
Para a questão #1:
- "O estudo é Norte-Americano" (algo perfeitamente natural, visto que muitos dos maiores vultos mundiais nesta matéria residem e trabalham nos Estados Unidos);
- "O fumo é tanto que deixaram de analisar bem os dados" (uma piada bem ao estilo vanguardista do Bloco de Esquerda);
- "Quem fez as somas era um tipo ligado ao lobby judaico Americano";
- "Então mas quem é que polui então? Mais ninguém é tão maléfico como o W.Bush..";
Para a questão #2:
- "Isso é fogo de vista";
- "As leis servem é para serem desrespeitadas, e os Americanos são peritos nisso";
- "Mas essa lei foi aprovada pelo Bush? Devia estar a falar dos automóveis com que ele brinca, aqueles da Playmobil" (mais uma piada bem ao estilo vanguardista do Bloco de Esquerda);
Para a questão #3:
- "Eles prometem, prometem, mas acontece como aconteceu com Quioto";
- "Então e depois o que utilizávamos para bater nos Norte-Americanos?"
Mais facilmente a malta da esquerda estúpida acredita nas boas intenções de um tipo como o Mahmoud Ahmedinejad do que nas boas intenções do tipo que está na Casa Branca.
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
18 comentários:
Devo admitir que não gosto de Bush por vários motivos, sendo que o ambiente era um deles (porque tinha ouvido dizer que o Bush tinha aprovado a destruição de uma grande área florestal nas Rockies, o que não se revelou verdadeiro nem foi desmentido após infrutífera pesquisa) mas decidi considera-lo innocent until proven guilty, pelo que devo concordar que as decisões tomadas pelo senhor Bush (embora, curiosamente, estas apenas tenham sido tomadas na última parte do seu segundo mandato)são bastante conscienciosas e mostram um alteração no rumo da política ambiental americana.
Mas factos são factos. Os EUA continuam a ser os segundos maiores poluidores a nível mundial!
"Devo admitir que não gosto de Bush por vários motivos"
Então e quais são os motivos?
"Os EUA continuam a ser os segundos maiores poluidores a nível mundial!"
Na condição de maior económia do mundo era dificil não estarem entre os primeiros lugares...
Um facto curioso, é que cada vez que falo sobre esta questão ambiental com pessoal de “esquerda não praticante” (se preferirem um “idiota inútil”, servindo-me da expressão do lididador), e faço notar que a china tem emissões de gases nocivos muito piores que os USA, eles olham para mim sempre muito admirados e sem saber o que responder.
Parece-me a mim que só é noticia os USA poluírem, o resto não interessa...
"Parece-me a mim" pleonasmo... devia existir um edit :P
João:
"Os EUA continuam a ser os segundos maiores poluidores a nível mundial!"
Há coisas do diabo. Melhor dizendo, coisas do mundo do enxofre.
Repare-se, ainda, que é justamente o Sol o corpo que mais energia espalha pelo sistema solar.
Ele há coincidências ...
.
João:
"e mostram um alteração no rumo da política ambiental americana"
Não estou muito convencido disso. Repare aqui:
http://range-o-dente.blogspot.com/2007/06/vitria-dos-pacvios.html
.
Não é um bocado desonesto olhar para a poluição em termos absolutos em vez de usar a óptica 'per capita'?
O anónimo sou eu...
Caro Sérgio
Talvez sim. Mas será que o ambiente olha para o número de pessoas que polui? Ou este olha mais para o número efectivo de poluição?
A regra do per capita pode ser aplicada neste caso, embora seja pouco coerente. A discrepância é total em termos de habitantes; O Chinês que está no interior a cultivar nem sequer ouviu falar de "máquinas", logo não polui; A poluição na China está bastante restringida: reduz-se a Xangai, Pequim, Hong Kong, Tianjin e Wuhan, e a outros pólos industriais fortíssimos.
Esconder atrás do número de habitantes nunca me pareceu boa solução, especialmente quando estes são mais que as mães.
Conheço, caro Sérgio, muitos países que conseguem poluir mais que países que têm quase o dobro dos seus habitantes. Em escala muito menor, obviamente.
Compreendo que a China não tenha condições para deixar de poluir tanto. Não consigo é entender a persistência de uma certa esquerda em bater constantemente na tecla contra os Estados Unidos da América. A questão é essa.
Os dados não passam disso: dados. A forma como se analisa é que pode divergir.
Ricardo,
Podíamos fazer uma série de ajustamentos (ou como lhe quiser chamar) de forma a termos uma medida mais exacta dos principais poluidores, e se calhar isso até seria mais justo e adequado.
De qualquer forma, parece-me evidente que é injusto atirar para cima de países em desenvolvimento as mesmas responsabilidades em termos de redução da poluição que para os países desenvolvidos.
É normal que se oiçam mais berros contra os EUA, dado que foram o unico país desenvolvido a não ratificar Kyoto.
"dado que foram o unico país desenvolvido a não ratificar Kyoto."
A Austrália apenas ratificou agora...
Já agora: o que vale Kyoto?
Nada! Basta olhar para as sucessivas negociações tendo em vista a alteração das metas...
Os EUA não precisaram de ratificar para começarem a reduzir as emissões. Tal está comprovado.
Não sabia que a ratificação da austrália tinha sido tão recente. De qualquer forma, só dei a razão que me parece mais plausível para a maior parte dos berros serem dirigidos aos EUA. Não estou ao corrente das emissões de cada país, nem de quem conseguiu ou não cumprir as metas.
Sérgio Pinto:
"Podíamos fazer uma série de ajustamentos (ou como lhe quiser chamar) de forma a termos uma medida mais exacta dos principais poluidores, e se calhar isso até seria mais justo e adequado."
Feynmann, um perigoso sionista, dizia algo como: "quase sempre que em ciência se publicam os primeiros resultados que vêm à rede e se vai depois aperfeiçoando a coisa, se tende a descobrir que a coisa tende para nulo".
Dizia ainda algo como: "é mortal procurar comprovar se o que pensamos é verdadeiro sendo preferível procurar saber se poderá ser falso".
.
["é mortal procurar comprovar se o que pensamos é verdadeiro sendo preferível procurar saber se poderá ser falso"]
Um santo da minha devoção.
As citações, assim como o a adjectivação de "perigoso sionista", terão um objectivo. Um dia destes explicar-mos-á, estou certo.
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A sério, luisinho? Se calhar leste aquilo ao contrário...
[A sério, luisinho]
Vc tem de deixar de ler os tio patinhas, já está crescidinho, que diabo!
Desculpe, mas ocorreu-me que a melhor forma de lhe tentar arrancar algo de mais substancial seria colocar-me ao seu nível.
Sérgio Pinto
"seria colocar-me ao seu nível."
Afinal é inda imberbe. Mas já balbucia.
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