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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sérvia na UE


Desde já gostaria de agradecer a possibilidade que me foi concebida de escrever no Fiel Inimigo. Creio que juntos faremos certamente mais barulho..

Nada melhor do que começar com um assunto bem actual, que tem motivado risos de muita boa gente: a questão da província Sérvia do Kosovo. Pois é, nós cá na Europa também temos graves problemas, com os quais, curiosamente, não temos sabido lidar. Como não sabemos lidar com os nossos próprios problemas, problemas esses que são nossos por estarem bem dentro da nossa área de influência, optamos sempre pela via mais fácil: dar a independência ao Kosovo, por lá uma maltinha da ONU com uma glock e um canivete, e o assunto fica resolvido. O pior é que isto já leva uns bons anos...

O pessoal de Bruxelas teve a lata de esquecer as raízes históricas da Sérvia, que em muito coincidem com a região do Kosovo. Seria, de uma maneira redutora, a mesma coisa do que Guimarães não fazer parte de território nacional. Tivemos, ainda, uma crise maior de estupidez quando convidamos a Sérvia, nos bastidores, para integrar o projecto Europeu, caso estes esquecessem a questão Kosovar. Que falta de discernimento Dr. Barroso! Então não somos nós, como nos vangloriamos lá fora, a única potência diplomática à face da terra? Então se somos essa tal potência não era previsível que conseguíssemos resolver o problema às claras, sem ter que dar esmolas aos pobrezinhos?

Outro dos argumentos agora usado é a vitória do pró-Europeu Boris Tadic, nas últimas eleições presidenciais, contra o ultra-nacionalista Sérvio Tomislav Nikolic (51% contra 47%, à segunda volta). Mais uma má interpretação do executivo Europeu de Barroso: em primeiro lugar porque Tomislav Nikolic ganhou a primeira volta, e ficou, na segunda volta, a apenas 4% de Tadic, tendo reunido dessa forma muito do eleitorado Sérvio. Por isso não é uma vitória assim tão grande, que motive os festejos de Bruxelas; em segundo lugar porque o que estava em causa não era um referendo para a entrada na União Europeia, como sabiamente a UE quis fazer parecer, mas sim uma eleição presidencial que tinha como cariz principal averiguar qual a posição dos Sérvios em relação ao Kosovo. Mesmo assim, os resultados podem ser enganadores: não esqueçamos que muitos homens e mulheres de passaporte Sérvio são de ascendência Albanesa, Croata, Bósnia, etc, e estes votaram nas eleições, julgando eu que estes votaram, maioritariamente, em Tadic.

Nada tenho contra a adesão da Sérvia, antes pelo contrário. Não me parece é que seja este o melhor caminho a adoptar por esta pseudo União Europeia, que se julga sabedora da justiça, da igualdade e da fraternidade a nível mundial. É esta União Europeia que tem ultimamente "cortado" nos Estados Unidos da América, batendo nas costas da esquerda anti-Americana e, consequentemente, batendo também nas costas dos Osamas de todo o mundo. Só Sarkozy, apesar de andar distraido com Carla Bruni, é que tem posto os pontos nos I`s.

Os Estados Unidos da América também têm, obviamente, jogado em toda esta situação: defendem, porque lhes interessa, a independência do Kosovo, como forma de fazer cair um dos últimos bastiões Russos da Guerra Fria...

E o burro é o Bush?

13 comentários:

RioDoiro disse...

Caro Ricardo,

Qual agradecimento, qual carapuça

:-)


RoD

Paulo Porto disse...

Boa entrada, RB.

Anónimo disse...

Este texto podia bem er sido encurtado para:
"a independência do Kosovo, forma de fazer cair um dos últimos bastiões Russos da Guerra Fria..."
e permitam-me acrescentar: mais umas facadinhas na verdadeira Europa.

Exprimentem ler Fjordman, 'tábem que não é nenhum dos grandes filósofos clássicos, mas também não vos morde.

Só mais uns apanhados rápidos:

"tem motivado risos de muita boa gente"
Boa gente não se ri de coisas sérias...

"O pessoal de Bruxelas teve a lata de esquecer as raízes históricas da Sérvia"
Até parece que hoje em dia os cidadãos da Europa Ocidental não são quase cidadãos de 2ª nos seus próprios territórios, a U.E. estava apenas a dar-lhes as boas vindas á maneira deles!

"51% contra 47%"
E não me espantaria que alguns votos não tenham sido contados... Já souberam quem contou os votos? Hilário... se não fosse tão triste.

Bem, já estou enjoado, Viva a Sévia! Isto que se vai passar, é casus belli. Não reprovaria a intrevenção Sérvia, de todo.

Anónimo disse...

Em 1o lugar quero felicitar o RB por uma boa entrada. :)

Mas por outro lado (e agora não me focando no Ricardo mas no blog), novamente vejo a exposição do problema mas nada de solução!

Criticar não é apenas dizer o que esta mal (isso seria dizer "o que esta mal"!). Gostaria de ler tb qual a resolução que o RB apresentaria para este problema.

Para ser honesto, cada post que apresentasse um problema deveria ter anexada qual a solução que o "poster" idealiza.



"Então se somos essa tal potência não era previsível que conseguíssemos resolver o problema às claras, sem ter que dar esmolas aos pobrezinhos?"

Usar a negativa ("nao deveríamos dar esmolas aos pobrezinhos") ou não referir as consequências de fazer "ás claras" e porque o saldo "no grande esquema das coisas" é positivo, não me satisfaz...

Novamente RB não é nada pessoal :)

E estou a ser generalista, como é obvio.

Unknown disse...

Não é para reclamar autoridade, mas eu conheço bem os Balcãs e tive a oportunidade de trabalhar de perto com muçulmanos e sérvios.

A minha experiência pessoal vale o que vale, mas baseado nela e nos livros que na altura li, sinto-me naturalmente mais identificado com os sérvios, gente honrada e de palavra, do que com os muçulmanos, com cuja desfaçatez e dissimulação me tive de confrontar muitas vezes.

Na minha opinião, o que ali se passa é uma confrontação entre três civilizações: a ortodoxa, a ocidental e a muçulmana.

Pessoalmente, apesar de não existir no campo muçulmano uma potência liderante suficientemente poderosa, como existeo campo ortodoxo, sinto que para a Europa o Islão é, a prazo, uma ameaça muito mais intragável.
Para os americanos talvez não....afinal estão lá longe e são perfeitamente capazes de varrer do mapa qualquer potência islâmica, ao contrário do que se passa com a Rússia, o nucleo da civilização ortodoxa.

Anónimo disse...

Daqui escreve o anónimo que gritou vivas á Sérvia.

Ricardo,

"Se for assim tão redutor poderemos dizer que sim, que para os Estados Unidos da América a independência ou não do Kosovo apenas significa isso, nada mais."

Ricardo, estava a ser redutor mas apenas porque é quase impossível não se ser redutor neste caso. Mas o Ricardo reduziu um pouco ainda mais do que eu. É que eu não creio que sejam apenas os EUA a querer mandar a Rússia para fora da Europa. Muito mais o parece querer a União Europeia, não acha?

Lidador,

"Na minha opinião, o que ali se passa é uma confrontação entre três civilizações: a ortodoxa, a ocidental e a muçulmana."

Logo eu, que sou um fan do seu blog dos porcos, venho aqui para me desiludir consigo!?

Então são três Civilizações? Por amor de Deus!!!
Um dos seus maiores defeitos blogosféricos é pensar pouco por si e depois debitar os pensamentos de grandes pensadores...
Então vem agora aqui arrotar Huntington dessa maneira? Ali o que se passa é o que se passa hoje um pouco por toda a Europa, só que em maior escala e com "pormaiores" deveras macabros. É a Civilização Europeia contra o Mundo... a g'anda-guerra do sec XXI.

Mas pronto, pode você explicar-me como difere a Civilização "Ocidental" da "Ortodoxa"? Ficar-lhe-ia muito grato.
E já agora, o que são os Gregos, por exemplo? Ora, lidador, não divida ainda mais Europa com ideologias parvas de Americanos saudosos da Guerra Fria...

Aguardarei as vossas respostas, se para tal houver capacidade.

Unknown disse...

Caro anónimo, tenho sempre muito gosto em contribuir para fazer diminuir a ignorância. Uma boa acção não pode fazer mal.

A civilização ortodoxa tem o seu nucleo na Rússia e distingue-se da ocidental pela herança religiosa bizantina, séculos de domínio tártaro, despotismo burocrático (há-de reparar que, as ideologias vão e vêem mas o Czar é o Czar, agora cono no tempo de Ivan o Terrível, Estaline, Brejnev etc.
Civilização pouco bafejada pelas luzes, pelo Renascimento e fora das convulsões da Reforma.
Valores polítcos notavelmente diferentes dos nossos.
Até o alfabeto é diferente...

O Ocidente é basicamente o sucedaneo da chamada Cristandade ocidental.

Os gregos?
A meio.

No conflito dos Balcãs, foram o único membro da UE a alinhar ao lado dos sérvios.
Porque acha que terá sido?

Anónimo disse...

"Caro anónimo, tenho sempre muito gosto em contribuir para fazer diminuir a ignorância. Uma boa acção não pode fazer mal."
Também eu Lidador. Mas por vezes canso-me, é uma tarefa cansativa.

Pelo que compreendi, a Civilização Ortodoxa é marcada por:

1)Religião Ortodoxa, têm a Roma em Constantinopla. Epá!!! Nem Roma têm, só se for Moscovo.
2)Tiveram no máximo, quatro séculos a lutar contra os Mongóis e os Turcos.
3)Despotismo (burocrático?)
4)Faltou-lhe o Renascimento
5)Faltou-lhe o Iluminismo
6)Alfabeto Grego e Cirílico

"Porque acha que terá sido?"
Porque são quem tem levado com os Turcos, perdão, Albaneses. Não é pretensamente Civilizacional. Aliás, a fome Grega pela Macedónia também deu que falar.

Antes de rebater os seus seis pontos, rebaterei Samuel Huntington:
A divisão Civilizacional de Huntington é falaciosa, incompleta e imparcial.
Basta olharmos para a "Civilização Latino-Americana". Então Buenos Aires e São Paulo não são Ocidentais? Bolas, até o Rio (+/-) parece ser bastante Ocidental, apesar das suas especificações. É a Bolivia da mesma civilização que Buenos Aires, Montvideu, São Paulo ou Florianópolis? A Civilização Latino-Americana é a maneira Americana de olhar para o pátio das traseiras. São como nós, mas menos. É tudo igual... Não é bem assim. Huntington reconhece também uma Civilização Afro-Americana (Jamaica, Haiti, como se tivessem muito em comum) mas não reconhece a especificidade dos Obamas que vivem nos "States". Huntington promove assim a unidade Americana.
A questão da Civilização Ortodoxa é derivada da Guerra Fria. Uma espécie de visão Americana de que os Russos, por serem (ou melhor, terem sido) Comunistas, não são bem Europeus. Apetece-me agora rebater os seus pontos:

1)Também poderiamos dividir a Cristandade Ocidental em Católicos e Protestantes. Que diferenças entre a Cristandade Ocidental e a Ortodoxa são tão acentuadas comparadas com as diferenças entre o Catolicismo e o Protestantismo? Maior diferença, é mesmo a religiosidade dos Ortodoxos comparada com a dos Ocidentais. Mas assim também teríamos de nos diferenciar dos Americanos. Simplesmente, não faz qualquer sentido, Lidador. Tem de reconhecer.
2)Hispânicos e Italianos, Franceses até, também tiveram a sua quota parte de domínio estrangeiro. É ridículo, este ponto. Sabendo que os mouros chegaram a Tour, os turcos a Viena e os mongóis ao Leste da Alemanha (Saxónia). Sevilha foi moura durante 700 anos. Portanto, talvez o Lidador não seja tão Ocidental como imagina...
3)Despotismo burocrático? Que diferenciava o Czar de qualquer Monarquia absoluta Europeia? Não ter um Papa para o chatear? Seria a Alemanha Nazi não Ocidental? Será que os Fascismos Ibéricos fazem com que a Hispânia não seja de facto, Ocidental? Então e a Polónia? Também teve os Comunismos. Não é o regime, a questão é o povo, e os Ortodoxos são Europeus porque compartilham os valores da Civilização Europeia. Também podemos dividir a Europa em Monarquias e Republicas. São divisões artificiais para dar relevo á América...
4)Pedro o Grande pode ser visto como o Renovador da Rússia, fazendo uma espécie de Renascimento, tornando a Rússia mais chegada á Europa. Aliás, é dificil "Renascentizar" quando se está sob domínio Turco, não acha?
5)O Iluminismo Ortodoxo veio mais tarde, (início do seculo XIX) e teve como expressão a emancipação dos povos Eslavos face aos Turcos e o pan Eslavismo.
6)Não têm de saber todos Latim para serem da mesma Civilização, não? Os Paquistaneses, Árabes, Persas, Turcos e Bengalis têm cada um o seu alfabeto e Huntington considera-os a todos parte da Civilização mourísca.

Ó Lidador, ainda não está convencido da unidade da Civilização Europeia?
Vai continuar a seguir o Huntington cegamente?
Não me desiluda desta vez.

Anónimo disse...

Ricardo Brilhante:
O pessoal de Bruxelas teve a lata de esquecer as raízes históricas da Sérvia, que em muito coincidem com a região do Kosovo. Seria, de uma maneira redutora, a mesma coisa do que Guimarães não fazer parte de território nacional.


Não estou muito de acordo! As razões históricas não passam de verborreia nacionalista, mas oportunista, de Slobodan Milojevic e de uma batalha perdida (Campo dos Melros) contra os turcos em 1389. Guimarães não me parece uma bom exemplo. Eu diria Olivença, ou então a Galiza.

não esqueçamos que muitos homens e mulheres de passaporte Sérvio são de ascendência Albanesa, Croata, Bósnia, etc, e estes votaram nas eleições, julgando eu que estes votaram, maioritariamente, em Tadic.

Quantos precisamente? Os de descendência albanesa, por exemplo, que vivem no Kosovo, são de longe a maioria. Culpa dos Sérvios, que não souberam colonizar a coisa como deve ser, agora é muito tarde.

E os americanos também querem que os Sérvios façam parte da UE, porque outra saída para os Sérvios é unirem-se aos camaradas russos. E muitos sérvios já se deram de conta, os mais espertos, que daquele lado nem bons ventos nem bons casamentos…

Carmo da Rosa

Anónimo disse...

Uma espécie de visão Americana de que os Russos, por serem (ou melhor, terem sido) Comunistas, não são bem Europeus.

Não vou discutir o resto das suas afirmações porque há outros a fazê-lo, mas em relação à frase acima gostaria apenas de dizer que os russos são tão europeus como os polacos, só que são eles próprios quem traz sempre à baila os seus particularismos, a ALMA RUSSA de que tanto se orgulham. E contra isto batatas…

Ricardo Brilhante
Eu nada disse sobre esse assunto Carmo.. Obviamente que interessa aos Americanos que os Sérvios integrem a União Europeia. Nada melhor para pôr os Russos bem fora de órbita...

A escolha é deles, sérvios: querem ficar pobres e agarrados aos russos por causa da língua, do alfabeto, da religião e de uma vaga ideia de raça eslava, ou juntam-se à Europa e ficarão mais bem aconchegadinhos…

Quando falei em Guimarães referi que era de uma forma redutora.. Embora pense que existe, para além disso, uma componente histórica muito para além daquilo que referiu..

Componentes históricas fabricam-se. E hoje em dia já se podem até baixar da net…

E não podemos esquecer que se há povo nacionalista é o Sérvio..

Os sérvios são tão nacionalistas como os Hutus ou os Tutsis no Ruanda, ou se preferir, como os Kikuius ou os Loas no Quénia. Sérvios e cães de raça, é tudo a mesma raça.

CARMO DA ROSA

Anónimo disse...

O Mundo ficaria bem melhor se esses Portugueses que odeiam os Sérvios por serem Europeus e que amam a União "Europeia?" por atacar a Europa fossem todos para Bruxelas.

Fds, isto é que é um blog liberal de direita? Que direita? PS ou PSD? É que ainda não deu para ver a diferença...

Unknown disse...

Caro anónimo, a sua "crítica" revela apenas que nunca se deu ao trabalho de ler efectivamente a obra emblemática do Prof SH, preferindo decalcar comentários ignorantes e preconceituosos.

A mania de debitar sentenças sobre livros após ter lido um artigo de jornal, faz um bocado de azia.

A maioria das suas "objecções" e questões está lá respondidas.
Experimente ler e use a sua própria cabeça, para extrair conclusões.

SH propoe um mapa que dê coerência ais fenómenos observados. Não é ele que determina os fenómenos.
É como a teoria das placas. Não é ela que causa os terramotos, apenas propoe uma explicação razoável para a sua ocorrência.

O conflito global entre civilizações não se pode mapear com os instrumentos da parafernália marxista que serviram à anterior geração.
As identidades reais não são as das "classes", as dos "oprimidos" e "opressores", do "Norte" contra o "Sul", mas sim as pertenças profundas.
É um novo mapa que os imbecis se recusam a ler, insistindo em ler os acontecimentos pelos mapas do antigamente.

É como querer ir do Porto para Lisboa.Deve usar-se um mapa à escala adequada e onde vêm essencialmente representadas as autoestradas, as cidades e os cruzamentos, etc.

O imbecil usa um mapa à escala 1/25000, antigo, onde nem sequer a auto-estrada está graficada e, por isso, não só não tem uma visão global do percurso, como se detêm nos pormenores próprios dessa escala (linhas de água, colos, pontos de cota, casas, caminhos de pé posto, etc)
É óbvio que acabará por chegar, mas em vez de três horas leva 3 semanas.

Claro que pode explicar o terramoto pela acção de um espirito maligno, ou por um espirro de Júpiter, ou por um peido do Godzilla, mas a teoria de Wegener é mais racional e prospectiva.

O que se passou nos Balcãs, é uma confirmação clara da teoria de SH.
Trata-se de gente da mesma origem étnica (eslavos), com a mesma língua, do mesmo país, que se separou violentamente em linhas de clivagem civilizacional.

Muçulmanos, croatas(católicos) e sérvios (ortodoxos).
Esse é o pano de fundo, Claro que não determina tudo, afinal de contas os homens não são peças de uma engrenagem historicista, e têm vontade própria, mas ela é limitada justamente pelo enquadramento civilizacional.

Mas não é só nos Balcãs. As civilizações chocam-se segundo linhas de fractura bem marcadas e actualmente as do Islão são as mais sangrentas. Têm conflitos com o ocidente, com os chineses, com os hindus, com os negros, com os judeus, etc,etc.

Que explicação melhor apresenta usted?

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.