Teste

teste

domingo, 19 de outubro de 2008

Eleições Norte-Americanas XXVI


Colin Powell, antigo Secretário de Estado de George W. Bush (2001-2005), declarou, em entrevista, que vai votar em Barack Obama. Há quem considere este endorsment uma autêntica surpresa, mas, convém frisar, a maior parte da comunicação social Norte-Americana já sabia que a posição de Colin Powell seria esta.

Aliás, aquilo que os orgãos de comunicação social Norte-Americanos se limitaram a fazer foram contas. Se 99% dos Afro-Americanos vão votar no candidato Afro-Americano, apenas 1% deles vai votar em John McCain. A probabilidade de Colin Powell votar em Barack Obama era, portanto, de 99 em 100.

Esta coisa do racismo, mania Europeia de qualificar o indíviduo da classe média-alta e alta Americana (especialmente os Brancos), tem destas coisas. Quem é racista agora? A enorme quantidade de cidadãos da classe média e alta Americanos que vão votar em Obama ou os afro-Americanos que vão votar no Messias porque têm o mesmo tom de pele que eles?

O voto de Colin Powell vem quebrar dois mitos, existentes durante toda esta campanha eleitoral: o primeiro prende-se com o suposto apoio de praticamente todos os ramos do exército dos Estados Unidos a John McCain (a grande maioria apoia o Republicano, de facto, mas a expressão não é tão abismal como querem fazer parecer); o segundo prende-se com o suposto 3º mandato George W. Bush, que seria assegurado por John McCain. Não seria de prever que o Secretário de Estado do primeiro mandato Bush, um dos mais altos responsáveis Americanos da altura e, portanto, responsável, entre outras, pelas políticas Norte-Americanas no Iraque, no Afeganistão e em todo o Médio Oriente, estivesse com o candidato do sistema?

Isto deve fazer imensa confusão ao Obamaníaco estúpido. É afro-Americano, tudo bem. É moderado, tudo bem. Agora trabalhou para Bush? Mas o que é que vem a ser isto!!! Na visão do Obamaníaco estúpido seria no minímo de esperar que Obama fizesse uma declaração a repudiar este endorsment.

Está bem abelha. No site de Obama a notícia foi logo publicada, como forma de tentar ir buscar uns votos aos Republicanos e aos Independentes. Nem uma palavra sobre a política conduzida por Colin Powell durante os 4 primeiros anos do Presidente Bush na Casa Branca, nem uma palavra sobre o Afeganistão, nem uma palavra sobre o Iraque, nem uma palavra sobre a Al-Qaeda ou sobre Bin Laden.

A malta abrirá os olhos mais à frente, caso Obama seja eleito, e aí o ídolo passará a Diabo.

Enquanto isto, a ACORN continua a fazer das suas, o FBI começa a fazer o cerco e a comissão de eleições também começa a achar estranho. Para se ter noção, desde o início deste ano, no crucial estado do Ohio, por exemplo, foram registados quase oitocentos mil novos votantes. Isto num estado que conta com onze milhões de habitantes...

Aliás, os contornos do processo de registo de votantes para esta eleição, uns certamente inscritos devidamente, outros inscritos sob coacção, outros inscritos quatro vezes, são tão suspeitos que estados como o Indiana e a Carolina do Norte, ganhos facilmente por Bush, se encontram agora ao alcance de Obama. A Carolina do Norte por força da demografia, que favorece claramente Obama; o Indiana por força da expansão dos subúrbios do estado de Illinois, de onde Obama foi eleito Senador. A maior parte destes deveriam ser votantes em Illinois, mas foram sabiamente colocados em Indiana.

A geografia eleitoral deste ano encontra-se cheia de pequenos mas grandes novos factos. Barack Obama e a sua campanha criaram estes factos, muitos deles com a ajuda de organizações como a ACORN, que foi, como sabemos, financiada por Obama.

A eleição de Novembro próximo é em tudo singular. Outro aspecto importantíssimo é a lógica capitalista da eleição: Obama fez milhões atrás de milhões, rejeitou o fundo federal para o financiamento de campanhas eleitorais (pela primeira vez na história alguém o fez) quando prometeu aceitá-lo (o que ditava que não poderia arrecadar nem mais um tostão privado para a sua campanha). Encheu a TV Americana de anúncios (média de 3 anúncios Obama para 1 de McCain) e até jogos de computador e de consola levam com anuncios de Obama.

Obama gerou uma máquina que, para além da retórica, contou com o necessário e indispensável dinheiro proveniente dos capitalistas (dinheiro esse que Obama pretende "redistribuir" por toda a população, para mal dos Joes canalizadores Americanos). Entre esses doadores encontram-se nomes capitalistas bem conhecidos da esquerda Mundial, mas também tipos com nomes esquisitos (apsdoas, ç-ççççasdkaso, pepqweq, etc.)...

44 comentários:

ml disse...

caro RB

Os negros americanos sempre votaram esmagadoramente no Partido Democrático, à volta de 9 em cada 10. Pode agora haver mais uns tantos dadas as circunstâncias históricas, mas chamar o racismo à colação e pretender que é uma situação invulgar, é uma das tais questões de fé inquebrantável. Conforta e dá matéria para uns posts inflamados, ok, já cumpre uma função qualquer.

E a Condoleeza vai votar em quem? No McCain, porque não é racista, claro, embora mortinha por votar no Obama.
Give me a break.

Se consultar um quadro estatístico sobre a orientação de voto do eleitorado americano (espero que não pertença aos que não apreciam dados concretos) verá que não há qq outro grupo - por etnia, religião, idade, educação, sexo, rendimento, etc. - que vote tão esmagadoramente num partido como os negros votam nos democratas. A seguir vêm os judeus, com uma média de 75%. E nas últimas três eleições chegaram a 80%, sempre no Eixo do Mal.

E se se mantiver esta média, será o quê? Racismo antibranco?
E já agora, e se baixar como se prevê, será porque motivo?

Give me another break.

Renato Bento disse...

De facto, os afro-americanos votam maioritariamente no Partido Democrata. Lincoln, apesar de ser Republicano, já lá vai no longínquo século XIX e não conta para o caso.

Em 2004, 11% dos negros votaram Bush. 88% votaram Kerry.

Em 1996, 80% votaram Clinton.

Existe sempre uma margem no valor dos 10% que vota nos Republicanos. Essa margem não vai existir este ano.

Eu também pego neste facto porque, durante a cobertura da Convenção Republicana, a malta andava a dizer que haviam poucos afro-americanos na convenção. Pudera...

Mas a questão não é essa ml. Esta eleição levou a um enorme recenseamento por parte dos afro-americanos, que só se recensearam para votar num afro-americano como eles. É isso que pretendo focar.

Se a estes acrescentarmos os 10% que deixam de votar Republicano, já é um rombozinho.

O que eu condeno é a ideia Europeia do individuo branco racista, pegando na mesma ordem de coisas que muita malta que aí anda.

Anónimo disse...

Concordo.

Se este Powell é o mesmo da invasão do Panamá, da primeira guerra do Iraque (com Bush pai) e da segunda guerra do Iraque (com o Bush filho), então já não estou a perceber nada disto...

Não deve ser só por causa da cor da pele, ... deve ser também por causa de um tacho na administração Obama...

Digo eu...

Saloio

Carmo da Rosa disse...

O Powel tem o direito de votar em quem quiser e lhe apetecer, e se isso der um tacho melhor ainda, porque era um excelente chefe do Estado-Maior do Exército.

E eu se fosse Americano também votava no Obama, não porque tenha algo em particular contra John Maccain, mas porque, na minha modesta opinião, tem um reportório único bastante estafado (baixar os impostos) que não leva a lado nenhum e não resolve nada. Obama é mais novo, não tem a parva da Sarah Palin à perna - por falar em pernas, ela até tem umas pernas bem giras, mas isso parece que não chega, o que é uma pena! – e penso que vai ser mais dinâmico. Resumindo, mais presidenciável…

Anónimo disse...

Ok, RB. Vamos admitir que sim, que é a malta europeia que é sempre feia, porca e má na avaliação dos americanos.

Então explique-me a previsão da descida em escantilhão do voto dos judeus no partido democrata. De uma média de 78% nas três últimas eleições, antevê-se que caia para cc de 65%.
Tem que concordar que é um rombozão.

Mas também não entendo o seu escândalo em relação à oscilação que possa haver no voto identitário não directamente político. A Sarah Palin não foi escolhida pela inteligência nem pela preparação, pois não?

Já o voto de repúdio é bastante mais significativo e vamos ver onde vai parar mesmo em grupos fortemente democratas, como o dos judeus.

Renato Bento disse...

"De uma média de 78% nas três últimas eleições, antevê-se que caia para cc de 65%."

A média deverá estar um pouco inflacionada, pelo facto de Joe Lieberman ter concorrido para vice com Al Gore em 2000.

"A Sarah Palin não foi escolhida pela inteligência nem pela preparação, pois não?"

Claro que não.

Anónimo disse...

A média deverá estar um pouco inflacionada, pelo facto de Joe Lieberman ter concorrido para vice com Al Gore em 2000.

Voila. Afinal admite que se passa o mesmo em todos os subgrupos onde existe forte coesão identitária.

Mas no caso do Liberman, até não, os 79% estão dentro da média dos anos anteriores (80%, 78%).

Renato Bento disse...

"Voila. Afinal admite que se passa o mesmo em todos os subgrupos onde existe forte coesão identitária."

Não direi todos. Mas é óbvio que sim

Anónimo disse...

Leiam os artigos e ouçam o podcats de Olavo de Carvalho sobre Barack Obama e tirem as vossas conclusões
sobre a influência do mesmo no mundo, caso venha a ter responsabilidades politicas.
Artigos:
Má pessoa e mau presságio (...)
Um patife notável (...)
Breve lição de sociologia (...)

Podcast no blogtalkradio

Anónimo disse...

óh anónimo da 0:47: muito obrigado pelo Olavo de Carvalho.

Será que ninguém o ouve?...


Digo eu...

Saloio

Anónimo disse...

Sem duvida aprendem-se coisas catitas neste blogue.

Por exemplo:

"Esta coisa do racismo, mania Europeia de qualificar o indíviduo da classe média-alta e alta Americana (especialmente os Brancos), tem destas coisas."

Com que então o racismo é uma mania? Bastante interessante. Afinal aquela coisa do Hitler e dos judeus era apenas uma mania, ou aqueles americanos que saem encapuçados de branco, e queimam cruzes são apenas manientos. Sem duvida a definição mais original de racismo que encontrei.

Outra coisa peculiar foi o facto o de alguém com a seguinte opinião:

"In July 2007 Powell revealed that he spent two and a half hours trying to persuade George W. Bush not to invade Iraq but that he did not prevail. At the Aspen Ideas Festival in Colorado[37] Powell stated, "I tried to avoid this war. I took him [Bush] through the consequences of going into an Arab country and becoming the occupiers.""

Possa ser considerado um candidato do sistema ou representativo do 3º mandato de Bush, como aqui se afirmou:

" voto de Colin Powell vem quebrar dois mitos, existentes durante toda esta campanha eleitoral: (...)o segundo prende-se com o suposto 3º mandato George W. Bush, que seria assegurado por John McCain. Não seria de prever que o Secretário de Estado do primeiro mandato Bush, um dos mais altos responsáveis Americanos da altura e, portanto, responsável, entre outras, pelas políticas Norte-Americanas no Iraque, no Afeganistão e em todo o Médio Oriente, estivesse com o candidato do sistema?"

RioDoiro disse...

Stran:

"Sem duvida a definição mais original de racismo que encontrei."

A mim também me parece que é uma mania, não sendo pelas razões que habitualmente são invocadas. Aliás. o assunto não é consensual neste blog.

Quanto a mim existe comportamento racista, mas não existem raças que correspondam ao comportamento.

http://fiel-inimigo.blogspot.com/2008/01/escola-racista.html

.

Anónimo disse...

Para mim não é uma mania, é um sentimento estupido, contraditório e irónico.

Contraditório porque sendo um sentimento é muistas vezes racionalizado e irónico pois é um sentimento transversal a todos os seres humanos, ou seja é um sentimento nada racista...

RioDoiro disse...

Stran,

Misturar sentimentos e racionalidade é contraditório.

No seu caso, nada de novo, evidentemente.

Anónimo disse...

Os sentimentos não podem ser racionalizados?

Anónimo disse...

"Misturar sentimentos e racionalidade é contraditório."

"Contraditório porque sendo um sentimento é muistas vezes racionalizado..."

Obrigado por concordar comigo...

RioDoiro disse...

Stran,

Não estou a concordar consigo. Você nada percebeu mais uma vez.

.

EJSantos disse...

"Leiam os artigos e ouçam o podcats de Olavo de Carvalho sobre Barack Obama e tirem as vossas conclusões "

Já li. E recomendo.

Unknown disse...

O RB tem razão quando aponta o peso do factor racial nas escolhas dos negros americanos.
A raça, tal como ela é percebida pelas pessoas é, sempre foi, um factor identitário, muito poderoso.
O que é curioso ( e revelador da hipocrisia relativista de uma certa esquerda), é achar que ele só é "natural" e "factor identitário", quando se refere às escolhas dos negros.
O mesmo fenómeno , mas nos brancos, é "racismo" e é "feio".

Na verdade, é entre a população branca que ele é menos acentuado.
Na América e na Africa do Sul, os negros tendem a votar em negros, independentemente do que eles pensam. Entre os brancos é tudo muito mais fluido...muitos votam em negros sem qq problema, não é a raça que lhes importa.

O fenómeno foi aliás comprovado há dias por um programa de televisão americano que, num bairro negro de New York, perguntou a vários negros porque votavam em Obama. A resposta era geralmente "pelas suas políticas". O entrevistador a seguir nomeava as políticas de McCain, dizendo-lhes que eram de Obama e era vê-los a concordar fervorosamente com essas políticas.
Muitos deles até acharam que o facto de Obama ter como running mate a Sara Palin ( não é engano...) era bom para a candidatura de Obama,etc.

Ou seja, não têm a mínima ideia do que o Obama quer. Votam nele porque é dos "deles" ou o olham como tal.

E não tenho mts dúvidas de que muitos brancos não votarão em Obama pelas mesmas razões.
A raça ou o "factor identitário", conta muito, no mundo real.
Independentemente dos moralismos de vão de escada que a malta "progressista", gosta de alardear em público, ao mesmo tempo que se peida em privado.
Defeitos privados, públicas virtudes e acima de tudo uma insuportável hipocrisia.

Anónimo disse...

"Não estou a concordar consigo. Você nada percebeu mais uma vez."

Sabe o que é ironia ou sarcasmo?

Anónimo disse...

"O mesmo fenómeno , mas nos brancos, é "racismo" e é "feio"."

Então não é uma mania?

"Na verdade, é entre a população branca que ele é menos acentuado."

Isto apoiado em que estudo a nível mundial?

Carmo da Rosa disse...

” @ Lidador: A raça, tal como ela é percebida pelas pessoas é, sempre foi, um factor identitário, muito poderoso.”

É verdade, o que também é em grande parte válido para, judeus, católicos, protestantes e o voto na própria etnia (os Turcos votam de preferência num Turco assim como os portugueses votam num…)

É evidente que é hipocrisia considerar o mesmo fenómeno nos brancos como “feio” , mas a razão tem a ver com outro fenómeno que também não pode ser esquecido: é que os negros Americanos ainda não são ’brancos’, e a presidência de Obama é justamente um passo nesse sentido, no sentido da emancipação. Depois já não terão mais desculpa, já estarão em pé de igualdade. Por enquanto ainda não é o caso…

Esta história verídica retirada de um livro de August Willemsen sobre a história do futebol brasileiro é bastante elucidativa do tal ‘outro fenómeno’:

Os brasileiros utilizam a palavra ‘crioulo’ como um popular e carinhoso eufemismo quando se referem a ‘negros’ ou a ‘pretos’. E em especial a Pelé. É que ele, com o seu imenso prestígio, adquirido com o seu talento e a sua personalidade, conseguiu dar à palavra crioulo um estatuto superior – e por analogia à cor da sua pele. Para ele, o sumo do que um negro podia alcançar, era a própria negação da sua cor. Como no caso de Robson, um jogador negro que, depois de atingir o auge da sua carreira, respondia ironicamente a um novato que se queixava de discriminação: ‘Eu sei o que isso é; eu também já fui preto.

Anónimo disse...

Ironia do destino:

"In a case that has now gone to the Supreme Court for review, Republicans in Ohio are challenging the registrations of all new voters whose names and other information do not exactly match those in government databases. It turns out that one of the present Ohio voters who could have fallen into this category is Samuel Joseph Wurzelbacher - or is it Worzelbacher? - otherwise known as Joe the Plumber.

The man John McCain lionised in Wednesday night's debate has since had every aspect of his life scrutinized by the media. They've uncovered some contradictory facts, to say the least: He's not really a plumber, he probably wouldn't pay more taxes under Obama if he bought his business, and he hasn't actually paid some of the taxes he already owes. He's also registered under a different name."

A vida tem destas coisas...

RioDoiro disse...

Stran:

"Sabe o que é ironia ou sarcasmo? "

No seu caso é algo a que você diz que recorreu sempre que a coisa não lhe corre de feição.

.

Anónimo disse...

"No seu caso é algo a que você diz que recorreu sempre que a coisa não lhe corre de feição."

Nop...

Unknown disse...

Bem, ó cdr, se os negros norte americanos não são "brancos", então não o são em mais lado nenhum e muito menos no Brasil.
É entre os negros norte-americanos que estão alguns dos negros mais bem sucedidos do mundo, e não apenas pelas habilidades desportivas ou musicais.
Desde juízes do Supremo, a Chefes do Estado-Maior, passando por apresentadores de televisão, actores e actrizes, CEO de empresas, Secretários de Estado ( Ministros), etc, não vejo que se possam queixar muito.
Quem se esforça chega lá. O Obama (apesar de tecnicamente ser um mestiço e não um negro) é só mais um caso entre tantos outros.

Os falhados são-no, não por serem pretos, mas por serem bostas. A desculpa da raça é cada vez mais um choradinho de perdedores e incapazes.
Uma vitimização que tem como única motivação o alijar das responsabilidades de cada um, pelo próprio fracasso.
Na América mais do quem em qualquer outro sítio.
O Brasil teve ministrs pretos, mas em funções decorativas, como o Pélé e o Gilberto Gil....para dar um ar de modernidade, tipo jarrão na sala.

Renato Bento disse...

"Com que então o racismo é uma mania?"

O tipo que tem mania é o Europeu, a frase pode ter efeito dúbio, mas aquilo que eu queria dizer era que o comportamento do Europeu em relação ao branco Norte-Americano de classe alta, apelidando-o muitas vezes de racista sem minimas razões para isso, é que é uma mania.

""In July 2007 Powell revealed that he spent two and a half hours trying to persuade George W. Bush"

Uma fonte em milhares delas. É normal tentar encontrar-se justificação para o injustificável. A esquerda é perita nisso.

George W. Bush também poderá aparecer em público em 2009 e dizer que isso é mentira.

Powell nunca foi contra a invasão e esteve ao lado das políticas de Bush. Tentar desmentir isso, agora que ele deu o endorsment a Obama, é de muito má fé. Aposto que se fosse há uma semana atrás, o tipo era mais um Bushista convicto.

Anónimo disse...

"Uma fonte em milhares delas. É normal tentar encontrar-se justificação para o injustificável. A esquerda é perita nisso."

"Powell nunca foi contra a invasão e esteve ao lado das políticas de Bush. Tentar desmentir isso, agora que ele deu o endorsment a Obama, é de muito má fé. Aposto que se fosse há uma semana atrás, o tipo era mais um Bushista convicto."

Caro RB,

Quem o disse foi o próprio Powell. Se você sabe mais que ele...

Qt à questão racial, parece que não é uma mania só europeia:

"Researchers, including Dean Karlan and Marianne Bertrand, at the MIT and the University of Chicago found in a 2003 study that there was widespread discrimination in the workplace against job applicants whose names were merely perceived as "sounding black". These applicants were 50% less likely than candidates perceived as having "white-sounding names" to receive callbacks for interviews."


Mas tenho de confessar que não tinha essa ligação de racista aos "branco Norte-Americano de classe alta".

Se imaginar um racista americano branco a imagem que vem à cabeça é um branco alto, gordo, de bigode e oculos escuros e chapeu de cowboy com uma bandeira da confederação por perto. No caso de negro, vejo mais com a imagem de um elemento de gang. Mas isso sou eu...

Unknown disse...

"No caso de negro, vejo mais com a imagem de um elemento de gang"

E claro, vítima do sistema que não lhe dá saídas e o obriga à violência.
No fundo, culpa do gordo de oculos escuros.

Quanto aos nomes, tem toda a razão, mas não é pelos nomes em si. Normalmente os patrões são levados a pensar, sabe-se lá porque estranhas razões, que há uma maior probabilidade de contratarem um elemnento indesejável, se ele for negro.

Razões misteriosas aliás...as mesmas que fazem com que os jardins de infância tendam a ignorar as candidaturas de educadores que têm nomes como Manuel, Joaquim, António, etc, beneficiando as Anas, as Sofias, as Monicas, etc.

Anónimo disse...

"Quanto aos nomes, tem toda a razão, mas não é pelos nomes em si. Normalmente os patrões são levados a pensar, sabe-se lá porque estranhas razões, que há uma maior probabilidade de contratarem um elemnento indesejável, se ele for negro."

Claro que tem estudos que comprovem essa sua tese e desmitam os estudos do MIT, não é meu caro Lidador?

Anónimo disse...

O verdadeiro debate:

http://arrastao.org/sem-categoria/obama-and-mccain-show/

Bem, quem perder já tem futuro noutra actividade...

Paulo Porto disse...

Stran

Fui ver o link que deixou (já não passava por ali há umas semanas)

Notável um comentário 'de esquerda' que encotrei por lá:

"Barack Obama tem que ser eleito e tem o meu voto virtual. Mas é perigosamente centrista,em minha opiniao. É preciso estar atento ao discurso que tem feito sobre política externa. Por exmplo,diz que nao hesitará em atacar o Paquistao,por causa da Al Qaeda e Taliban.Que diferença isto faz do Bush? Ele nao teve o cuidado de dizer que precisa da ONU para resolver situaçoes de conflito. E
Joe Biden é um falcao.
Portanto,nao esperemos grandes mudanças para o mundo."

Pois. Parece que este já começou a perceber a coisa.

Carmo da Rosa disse...

”se os negros norte americanos não são "brancos", então não o são em mais lado nenhum e muito menos no Brasil.”

Ora Lidador aqui está uma conclusão que eu gostaria muito que outros também chegassem. Só para picar um pouco o pessoal eu teria acrescentado ”(…) em mais lado nenhum e muito menos no Brasil e tão pouco em Portugal…

”Quem se esforça chega lá.”

Querer nem sempre é poder, ou melhor, mesmo que se queira o esforço pode durar uma ou três gerações. Nos EU a maioria das pessoas achava muito normal que os negros nos anos sessenta não tivessem direito por exemplo a ingressar numa Universidade, e isto, por muito más que as Universidades nos EU sejam – a ML por causa desta boca vai-me fazer uma espera à saída do FI -, cria um inevitável atraso que custa muito esforço e leva normalmente muito tempo a reparar. Mas felizmente que nos EU a coisa está bem melhor – assim estivesse noutros países…

O Pélé (hoje ministro), que aos quinze anos e segundo o seu treinador já era o melhor jogador do mundo, só jogou no Campeonato do Mundo de 58 na Suécia porque as coisas estavam mal paradas para o Brasil. Nos primeiros jogos ele não entrou em campo porque a Federação Brasileira de Futebol cria manter o Canarinho o mais branco possível… O resto faz parte da história.

RioDoiro disse...

Lidador:

"as mesmas que fazem com que os jardins de infância tendam a ignorar as candidaturas de educadores que têm nomes como Manuel, Joaquim, António, etc, beneficiando as Anas, as Sofias, as Monicas, etc. "

Excelente assunto.

Por mim, um equivalente ao racismo.

.

Luís Oliveira disse...

O que acho engraçado é que Obama é o "candidato europeu", mas só porque conconcorre a presidente dos USA.

Pretos a concorrer a presidentes de países europeus? That'll be the day.

Enfim, as tais deliciosas contradições que muito apreciamos aqui no blog.

Carmo da Rosa disse...

"@ Luis oliveira:
Pretos a concorrer a presidentes de países europeus? That'll be the day."


Um Judeu já seria um problema?

EJSantos disse...

"Um Judeu já seria um problema?"
Oh, Carmo da Rosa. Claro que não. O pessoal não é naaada anti-semita (quanto muito é anti-sionista, como o amorzinho do Mário Machado, o queridinho do Miguel Portas e o super lucido Mário Soares).

Unknown disse...

"Um Judeu já seria um problema?"

Se se apresentasse como "judeu" e disso fizesse gala, não teria muitas hipoteses.
Mas muitos judeus ou pessoas com ascendência judaica, estiveram e estão no poder na Europa ( e nos EUA, tb)

Leon Blum, Bruno Kreisky, Sarkozy, Jorge Sampaio, Disraeli, Lord Beaconsfield, Leon Britain, David Milliband, STrauss Khan, Simone Veil, Laurent Fabious, Helmut Schmidt, Cohn-Bendit, etc,etc

Anónimo disse...

http://www.iftheworldcouldvote.com/

Carmo da Rosa disse...

"Leon Blum, Bruno Kreisky, Sarkozy, Jorge Sampaio, Disraeli, Lord Beaconsfield, Leon Britain, David Milliband, STrauss Khan, Simone Veil, Laurent Fabious, Helmut Schmidt, Cohn-Bendit,"

O que me fez falar sobre o assunto foi o Lech Walesa, porque há uns anos atrás e em plena campanha eleitoral disse: eu pelo menos sou um verdadeiro Polaco. Uma clara alusão ao seu opositor, que não me lembra agora o nome - um dos intelectuais que fazia parte do sindicato Solidarnosc com aqueles nomes que ninguém consegue memorizar - mas que pelos vistos tinha descendência judaica...

Luís Oliveira disse...

Eu diria que ser judeu também não é propriamente uma mais valia para um político europeu.

Anónimo disse...

Caro PP,

O link funcionou?

"Pois. Parece que este já começou a perceber a coisa."

Gostei especialmente do "perigosamente centrista"... Julgo que é a primeira vez que leio tal coisa.


"Se se apresentasse como "judeu" e disso fizesse gala, não teria muitas hipoteses."

Ou cristão ou muçulmano ou qq outra religião ou meis agnostico. Pelo menos para mim é me indiferente qual a religião dele.

Anónimo disse...

"«A careful comparison reveals that the USA and Britain are at the bottom with the lowest social mobility. Norway has the greatest social mobility, followed by Denmark, Sweden and Finland. Germany is around the middle of the two extremes, and Canada was found to be much more mobile than the UK.»"

Anónimo disse...

"O entrevistador a seguir nomeava as políticas de McCain, dizendo-lhes que eram de Obama e era vê-los a concordar fervorosamente com essas políticas.
Muitos deles até acharam que o facto de Obama ter como running mate a Sara Palin ( não é engano...) era bom para a candidatura de Obama,etc."

E depois dizem que os americanos não são estupidos :) lol