Há muitas coisas que me deixam perplexo na Obamania.
Por exemplo Obama declarou que a sua missão é distribuir a riqueza, o que fica bem e até é fácil, especialmente se a riqueza for a dos outros.
O problema é que, tal como Frei Tomás, no que toca à sua riqueza, ele prega mas não faz.
Obama é rico. Ganha bastante bem e vive numa casa que vale mais de 1 milhão de USD.
A sua família paterna (avó, meios irmãos, etc) vive no Quénia em casas de tabique, sem água e luz, à mercê da natureza, com menos de dois dólares por dia. Uma ínfima percentagem de redistribuição da riqueza de Obama para a sua família próxima, digamos 200 USD por mês, fá-los-ia autênticos nababos à escala local.
Parece que tem também um tio em Boston, a viver num barraco.
Obama não redistribuiu a sua riqueza para ajudar a família, o que é estranhíssimo. Mas presta-se e redistribuir a riqueza dos outros. Somos sempre magnânimos com o dinheiro dos outros.
Algo que também me faz alguma confusão é a adoração das massas. Desde que, na minha adolescência, calhei a ler a Rebelião das Massas, de Gasset, ganhei uma saudável desconfiança pelas multidões, que reforcei quando, aos 17 ou 18 anos um primo, adepto do FCP, me levou às Antas, ver um jogo do FCP contra o Benfica. Fiquei no meio dos dragões fanatizados e quando o Chalana marcou o golo do Benfica, fiz uma imprudente dança da chuva.
No momento seguinte estava a ser alvejado com vários objectos e insultado do piorio, só me tendo safado de apanhar uma carga de porrada, porque o meu primo era conhecido daquela malta.
Normalmente associo multidões em delírio a países subdesenvolvidos, pessoas subdsenvolvidas, enfim, à parte da humanidade que nunca foi deserdada da costela quadrúpede e herbívora, e gosta de ser conduzida em rebanho.
Nos países civilizados, as pessoas não se reúnem aos milhares para aclamar salvadores. Mesmo em Portugal, a época dos comícios com milhares de palermas aos pinotes e a balir, já ficou para trás.
E de repente, na Alemanha e nos EUA, as massas voltam a dar pinotes. É perturbador porque de repente percebemos que não estamos tão longe dos babuínos como gostamos de pensar.
E a verdade é que foi mais ou menos com este tipo de coreografias que Hilter e Mussolini singraram na vida, isto para não falar da IURD e das manifestações no Paquistão.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
12 comentários:
Bom, a conclusão lógica é que o esquerdismo do homem é de circunstância. Já levantei a possibilidade de ele se ter servido dos ambientes políticos de esquerda para poder alcançar patamares impossíveis para ele em ambientes de direita.
Depois: "Fiquei no meio dos dragões fanatizados e quando o Chalana marcou o golo do Benfica, fiz uma imprudente dança da chuva.
No momento seguinte estava a ser alvejado com vários objectos e insultado do piorio"
É bem feito. Não bastava um golo do Benfica, faltava ainda um benfiquista a dar asas à satisfação.
Uma vez no Restelo também fui parar à bancada dos sócios do Porto. A dada altura o Belenenses esteve quase a marcar, mas eu tive que me conter no impulso de me levantar. Isto porque os portistas traziam cestas com o lanche, e nas cestas vinham garrafas. As garrafas já estavam vazias quando o jogo começou pelo que tinham passado da condição de arremessáveis. O Belenenses perdeu 3-0, em 20 minutos. Aquele Porto jogava muito.
Corrijo, "tinham passado À condição de arremessáveis"
caro Lidador
apareça pelo meu blog.
diga s.f.f o que pensa sobre o artigo de Lauren Murawiec.
ezequielmotta.blogs.sapo.pt
ezequiel
Caro Ezequiel, já li o seu post, com o qual aliás concordo a 100 %.
Sobre este assunto já escrevi longamente.
POr exemplo aqui,
aqui, aqui , etc,etc.
Acho aliás que a expressão "guerra ao terrorismo", é errada. O terrorismo é um método, não uma ideologia. Não se faz guerra ao terrorismo, como não se faz guerra a um ataque frontal. Faz-se a guerra às pessoas e às ideias que as motivam.
Mas ficaria "mal" dizer que se está em guerra com o islamismo.
É essa a nossa tragédia: estarmos tão enterrados no complexo de culpa que não podemos sequer nomear o inimigo.
P.S. Já agora, você é que podia de vez em quando largar aqui umas larachas, como autor. Não está interessado?
É verdade, é tudo verdade.
Este Lidador tem tanto de bestial como de besta.
"As massas são incapazes de se pautarem por ideais superiores porque as massas seguem sempre aquele que é temporáriamente mais forte, não importando o conteúdo da sua mensagem. O líder tem apenas de ser capaz de fascinar.
As multidões são por todo o lado distinguidas pelas suas características femininas, mas as multidões Latinas (Portugal, Espanha, Itália, Sul de França) são as mais femininas de todas."
Julius Évola
Caro Lidador,
Muito obrigado pelo convite. Infelizmente ando muito ocupado com trabalho. work work work. Mal tenho tempo para o meu blogezinho. Ultimamente só publico artigos escritos por outras pessoas.
Os meus sinceros agradecimentos pelo convite.
Muito obrigado,
melhores cumprimentos
ezequiel :)
espero não parecer um ingrato da treta.
é tal e qual como disse
cumps,
ezequiel
Esta é uma histeria colectiva quase surrealista. Ajuda a compreender como Hitler, Mussolini, Lenine e Estaline subiram ao poder (só para nomear alguma desta tralha): o caso actual não é muito diferente.
O interessante é que na televisão dão sempre o alargamento da vantagem de Obama que já foi 12% e agora é uns míseros 3.5%. Ou há alguns esquecimentos, quiçá esclerose, ou então agora uma derivada positiva implica uma função decrescente. Teremos entre nós brilhantes matemáticos ou artistas doutorados no embuste às "massas".
Folgo em saber que o Lidador continua estúpido como sempre.
Dá o exemplo de o Sr. Obama não gastar o dinheiro com a sua própria família, mas essa treta não passa de paleio especulativo, popularucho e ridículo que só lembraria a um energúmeno já meio entornado.
Idem para a treta da multidão. McCain atrai multidões. Até o pobre do Bush. O Papa. A Madonna. O Tony Carreira. Podia continuar até criar calos nos dedos. Já toda a gente sabe que as multidões não são exemplos de demonstração de racionalidade ou de reflexão ponderada. Muitas vezes são apenas motores de explosão para as emoções.
Mas é claro que o sempre estúpido e desonesto Lidador faz a sua discursata colando o rótulo de parvo ao incauto apoiante de Obama só porque o desgraçado faz parte de uma multidão. Gente estúpida aquela, que não teve a sorte de ler Gasset e não sabe que ser esperto é estar atrás de um PC a repetir as mesmas frases feitas de sempre: feno para a jumentada que o acompanha.
"Há muitas coisas que me deixam perplexo na Obamania.
Por exemplo Obama declarou que a sua missão é distribuir a riqueza, o que fica bem e até é fácil, especialmente se a riqueza for a dos outros.
O problema é que, tal como Frei Tomás, no que toca à sua riqueza, ele prega mas não faz"
Oh Lidador, oh homem! Mas isso era precisamente o que eu lhe dizia quando falava dos irmãos Gil, naquela discussão que tivemos há uns tempos, no blog do RoD, lembra-se? Pois é, afinal, como você mesmo reconhece, o que há que discutir não são apenas as ideias que se amandam pró mundo, mas também e sobretudo, avaliar a prática do amandador em relação a elas. E aqui, repito, eu sou muito cristão: "pelas vossas obras vos conhecerei". Já dei (já demos) em demasiados peditórios, incluindo a do Gil que se foi e a do Gil que por cá se mantém.
Só lhe deixo aqui este comentário porque se até estou de acordo consigo em muito do que diz, não posso deixar de lhe chamar a atenção para o facto de você se tornar demasiado intratável (incontactável?) e obstinado em não querer sequer ouvir falar dos pés de barro de alguns dos seus (legítimos) mitos (e quem os não tem?!). Se na altura cortei abruptamente a discussão foi porque você entrou na fase disparatada da truculência gratuita em que cai desajustadamente não poucas vezes e a "conversa" já ia, pelo seu lado, nos arrotos e nos peidos que os "pensadores" dão. A mim, reafirmo-lhe, a prática, nela incluída o modo e a ocasião escolhidos pelo "pensador" para a divulgação das suas ideias, é o que cada vez mais me interessa.
Sem rancores
Directo ao Assunto
Senhor "O Lidador", como com toda a certeza já percebeu, a melhor forma de "arrumar" com os atrasados mentais que se escondem a coberto do anonimato, é não lhes dar resposta alguma.
Sugiro que o faça e sentirá uma agradável e doce sensação ao mesmo tempo que deixa grunhindo os ditos..."fl"s e quejandos.
Por falar nisso, a dona aNA gOMES (aargh....desculpem, é incontrolável!) não tem aparecido! ...
Aqui tem mais umas apreciações sobre as "massas"
http://intransmissivel.wordpress.com/2008/06/07/citacoes/
No entanto, os cordeiros nada fazem. Não é?
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