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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tratem-se


Um dos estribilhos favoritos dos esquerdistas palonços é o de que “as pessoas não são números”. Não são rendimentos, produtividade, número de carros, conta no banco. Têm dignidade, direitos, competências, sonhos, e tal e tal.

A não ser, claro, que “os números” pareçam confirmar a sua tonta mundivisão. Aí pelam-se por estudos e estatísticas. Percorrem os quatro cantos da internet, trocam com os amigos, emolduram e penduram na sala.

O passatempo preferido dos comentaristas ml e Stran nos últimos dias tem sido coligir estudos que “provam” que o sistema de saúde americano é mau.

O fio condutor nestes estudos é sempre o mesmo: comparam-se vários indicadores em que se verifica que os EUA obtêm resultados semelhantes aos outros países ou um pocuo piores e no fim comparam-se as despesas respectivas. E põe-se a bold, itálico, sublinhado, imprime-se e pinta-se com o marcador amarelo: Os EUA gastam o dobro dos outros para obter os mesmos resultados.

O último que a ml arranjou, foi este (não cita a fonte):

“2008. Dados comparativos. Ou como os SNSs e um pobre país que mata os cidadãos à porta dos hospitais públicos são esmagados pela eficácia dos mais endinheirados.


a. Suécia / b. Canadá / c. RU / d. Portugal / e. EU


1) Expectativa de vida h/m

a. 79/83

b. 78/83

c. 77/81

d. 75/82

e. 75/80


2) Expectativa de vida saudável h/m

a. 72/75

b. 70/74

c. 69/72

d. 67/72

e. 67/71


3) Probabilidade em 1 000 de morrer antes dos cinco ano

a. 4

b. 6

c. 6

d. 4

e. 8


4) Probabilidade em 1 000 de morrer entre os 15/60 anos, h/m

a. 78/49

b. 89/55

c. 98/61

d. 133/53

e. 137/80


5) Despesas per capita

a. 3,012

b. 3,452

c. 2,598

d. 2,034

e. 6,347”


Suponho que o intróito seja da autoria da ml. Como se pode observar, comparam-se alguns indicadores de saúde na Suécia, Canadá, Reino Unido, Portugal, e EUA. A Suécia, o farol da social-democracia, já se sabe que nunca poderia faltar. Reparem também na ordem em que são apresentados os países.

Na Suécia vive-se entre entre 79 e 83 anos, nos EUA entre 75 e 80. Na Suécia a probabilidade de morrer antes dos 5 anos é 0,4%, nos EUA 0,8%.

E no final lá está, inevitável e triunfante, a punchline: gastos com saúde per capita na Suécia 3000 USD, nos EUA 6000 USD.

Eat this!, seus liberais friedmanitas de meia tigela!

No entanto, há um pormenor importante que este pessoal se esquece sempre convenientemente de mencionar, que é o facto de na Suécia a quase totalidade da despesa em saúde ser estatal, enquanto nos EUA a proporção é de 50%.

Sim, porque parece que afinal, na terra do Bush, o estado também gasta dinheiro em saúde. E não é pouco: o Medicaid e o Medicare são sorvedouros de dinheiro que deveriam ser o orgulho de qualquer social-democrata que se preze! E são programas destinados aos pobres e idosos, vejam bem (sendo que ser pobre nos EUA é ter uma casa, um carro, microondas, etc, mas enfim...)! Vão ao google, eu sei que contado ninguém acredita.

Ou seja, a despesa pública per capita com saúde nos dois países é praticamente igual, à volta dos 3000 USD, sendo que os cidadãos dos EUA não abrangidos pelos programas mencionados gastam ainda outro tanto para os mesmos fins. Como diria a ml: “Porque são ricos, sei lá...”

Posto isto, percebe-se que enquanto na Suécia é possível atribuir as responsabilidades pelos indicadores inteiramente ao sistema público de saúde, nos EUA isso não é assim. Neste caso, em que medida é que o sistema público e os cuidados privados contribuirão para os números expressos nos indicadores?

Tomemos como exemplo a mortalidade infantil. Na Suécia é 0,28%, nos EUA 0,69%.

Trágico, não é? Mas vamos considerar que as clínicas Mayo conseguem performances pelo menos tão boas quanto as do sistema de sáude sueco (afinal os equipamentos que usam neste momento são os que irão ser usados na Suécia daqui a 20 anos). É fácil compreender quem faz derrapar as estatísticas.

Os liberais querem clínicas Mayo em todos os cantos do mundo; os socialistas querem hospitais de Santa Maria.

Para o bom povo, obviamente, que eles quando estão à rasca tratam-se bem.

69 comentários:

Luís Oliveira disse...

O que está escrito no frasco é:

"May cause dizzyness"

Suponho que sejam pílulas de socialismo.

Anónimo disse...

"No entanto, há um pormenor importante que este pessoal se esquece sempre convenientemente de mencionar, que é o facto de na Suécia a quase totalidade da despesa em saúde ser estatal, enquanto nos EUA a proporção é de 50%."

Ou sejam gastam tanto como a Suécia mas com um menor ambito. Posto de outra maneira produzem menos com o mesmo dinheiro, mas não é isso o que significa ser menos eficiente?

"Sim, porque parece que afinal, na terra do Bush, o estado também gasta dinheiro em saúde."

Uma pequena correcção é "gasta dinheiro em seguros de saude".

Luís Oliveira disse...

"Posto de outra maneira produzem menos com o mesmo dinheiro, mas não é isso o que significa ser menos eficiente?"

Pois. E é esta falta de eficiência que vc quer estender ao resto da população.


"Uma pequena correcção é "gasta dinheiro em seguros de saude"."

Ah, isso muda tudo. Não é portanto dinheiro que é retirado do bolo dos impostos e redistribuído.

A semântica é um bom refúgio da realidade.

Anónimo disse...

"Pois. E é esta falta de eficiência que vc quer estender ao resto da população."

2ª Frase do dia!!! Você soma e segue.

Com um bocadinho de sorte a sua tirada do Chapter 11 ainda lhe dará a 3ª...

Luís Oliveira disse...

Quantas mais asneiras diz, mais contente fica. Vc é notável...

Anónimo disse...

Ah, era isto que estava ao lume, oliveirinha?


O último que a ml arranjou, foi este (não cita a fonte)

Não? Tem a certeza de que leu bem o link que coloquei? Da esquerda para a direita?
Vá lá, eu dou uma ajudinha.

http://www.who.int/countries/en/

Não esqueça: WHO = OMS = Organização Mundial de Saúde

Vá direitinho por aqui, não se desvie no berlinde, a avozinha está à espera.


A não ser, claro, que “os números” pareçam confirmar a sua tonta mundivisão.

Não. A minha tonta mundivisão diz-me que somos 20 milhões de habitantes, 3/4 (15 milhões) da população têm dois automóveis e três casas, rendimentos superiores à média da população europeia e...

Quê? Não é isso? Então? Onde viu? Só 10 milhões? Na, não pode ser. A mim parece-me que não, foi a senhora de Fátima que me informou. Ou um dos pastorinhos, sei lá.


Sim, porque parece que afinal, na terra do Bush, o estado também gasta dinheiro em saúde.

Ai não sabia? Engraçado, estava convencida de que já tínhamos falado no Medicare e Medicaid. Estranho como neste blogue a informação desaparece nos buracos negros.

O resto, prezado oliveirinha, acho que nem vale a pena, não concorda? É por isso que gosto de ler estes comentários. Muito úteis a qualquer estudo sociológico da população portuguesa e ao mercado de trabalho dos contorcionistas. Há quem não goste de circo, mas olhe, eu até lhes acho graça.

Só mais uma achega, ou lá o que é. A WHO (=OMS), quando analisa e avalia o sistema de saúde nos países, está-se nas tintas para o público ou privado. Trabalha sobre eficácia e resultados, o resto é com cada país. As populações é que são umas chatas e só exigem banalidades, como saúde. E vida, ainda por cima.


ETIQUETAS: MUITO INTELIGENTES

Luís Oliveira disse...

"Tem a certeza de que leu bem o link que coloquei? Da esquerda para a direita? Vá lá, eu dou uma ajudinha.
http://www.who.int/countries/en/"

O que é que está para aí a dizer? O link que acompanha o seu comentário é este:

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/38f02bb58b55a8d3f54907.html

Para que é que se arma em esperta?


"O resto, prezado oliveirinha, acho que nem vale a pena, não concorda?"

Completamente.


"A WHO (=OMS), quando analisa e avalia o sistema de saúde nos países, está-se nas tintas para o público ou privado."

Foi o que eu disse. Daí é que vêm as suas confusões.

Anónimo disse...

Para que é que se arma em esperta?

Bom, eu não queria sobressair...

Então mais uma maõzinha visível:

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/38f02bb58b55a8d3f54907.html -->

Lisboa, 14 Out (Lusa) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou Portugal como um dos cinco países do Mundo que mais "notáveis progressos" fizeram na redução da taxa de mortalidade desde 1970, em especial da mortalidade infantil, num relatório hoje divulgado.

Depois, raciocina-se assim: se é OMS, é porque é WHO. Ora vamos lá colocar no motor de busca - WHO --> countries.

Tá, oliveirinha?

ETIQUETAS: MUITO INTELIGENTES

Anónimo disse...

stran, deixo-te com as massas fiéis. Agora que arranjaram tema, vão estar entretidos toda a tarde.

Enjoy!

Luís Oliveira disse...

"Depois, raciocina-se assim: se é OMS, é porque é WHO. Ora vamos lá colocar no motor de busca"

Diz que pôs o link, mas afinal é para ir ao google.

Eu punha-lhe também uma Etiqueta, mas vc já sabe qual é.

Anónimo disse...

"stran, deixo-te com as massas fiéis. Agora que arranjaram tema, vão estar entretidos toda a tarde.

Enjoy!"

Obrigado.

Embora cada vez mais se torna dificil com tantas contorções. Se lhe falamos em valores, eles respondem que não são os valores são os numeros, se lhes falamos em números (e devo admitir que aqui você fez um trabalho impecavel), então eles respondem não é os números é outra coisa qualquer...

Nesta questão de sistemas de saude, em que no fundo estamos a falar de Mundo desenvolvido Vs USA, para mim bastava-me uns exemplos do que aquele sistema permite. Embora soubesse que para eles isso seria impossível compreenderem.

Eu por mim, mesmo com todos os defeitos prefiro 1000 vezes viver deste lado do atlantico que com todos os seus defeitos é bem melhor que os USA, e sabe que mais desconfio que, mesmo com os artigos que escrevem, eles também...

Anónimo disse...

Caro Luís,

Então em que ficamos qual é o sistema de Saude mais eficiente o USA ou a Suécia?

ml disse...

Foi o que disse. Daí é que vêm as suas confusões.

Ora, oliveirinha, vamos lá recapitular em passos curtos. Follow me.

1. A OMS (=WHO) avalia resultados, eficácia nos sistemas de saúde.
2. A vida e a saúde do utente não distinguem a origem do dinheiro (o bolso sim, mas isso é outro capítulo).
3. As avaliações periódicas aos sistemas resultam em seriações, conforme a eficácia global.
4. Os últimos lugares da tabela de avaliação, ano após ano ocupados pelo mesmo inquilino, não podem ser considerados ‘avanços civilizacionais’ ou então estamos perante um processo eminentemente cínico.
5. Os serviços melhor classificados também não poderão ser colocados no final da tabela pelo mesmo motivo.
6. A OMS (=WHO) e o Commonwealth Fund são entidades idóneas e credíveis.
7. Se o sistema X produz melhor e mais barato do que o sistema X+Y, alguma coisa quem que ser reformada para que se torne pelo menos tão eficaz como X.
8. Segundo uma das entidades idóneas, o Commonwealth Fund, tal situação de menor qualidade global deve-se em parte ao facto de X+Y ser um não-sistema, disperso, caótico, money-consuming, sem regras uniformes para todo o país, o que provoca grandes perdas em eficácia e dinheiro.
9. A entidade idónea Commonwealth Fund aponta, como uma das razões da maior eficácia do sistema X sobre o X+Y, o facto de ser centralizado, mais facilmente administrável e aperfeiçoável, resultando na cobertura de toda a população com muito menos dinheiro.

10. Que pretende?
a) Que um sistema X, que funciona bem, seja abandonado e substituído por um tão avançado, tão avançado que nunca foi eficaz, deixa ¼ da população descoberta ou mal protegida apesar dos custos e que, segundo a entidade idónea Commonwealth Fund, se tem vindo a degradar de ano para ano?
b) Gastar dinheiro inutilmente?
11. É muito difícil convencer alguém do exposto em 10. a) e b), mas pode continuar a tentar catequizar os infiéis.
12. Tratem-se!
Isso é o que 75 milhões de americanos gostariam de ouvir.

Anónimo disse...

Contrariando a mitologia dos esquerdistas estúpidos (passe a redundância), a taxa de mortalidade infantil nos EUA é mais elevada do que nos restantes países desenvolvidos porque os cuidados neonatais nos EUA são bastante superiores:

http://www.overpopulation.com/articles/2002/cuba-vs-the-united-states-on-infant-mortality/

Anónimo disse...

Mais, o sistema de saúde europeu parasita o americano plagiando tecnologias e processos produtivos desenvolvidos por este.

Luís Oliveira disse...

"1. A OMS (=WHO) avalia resultados, eficácia nos sistemas de saúde."


No caso do "sistema" americano:

A que sistema é que se refere? As clínicas Mayo fazem parte do sistema? Ou são apenas um subsistema? E se elas não quiserem fazer parte do sistema? E as filiais espalhadas no mundo? Fazem também parte do mesmo sistema (admitindo que a casa mãe quisesse fazer parte)? Ou fariam parte do sistema dos países de acolhimento?

Luís Oliveira disse...

" A vida e a saúde do utente não distinguem a origem do dinheiro"

Podemos dizer o mesmo das gajas boas que o utente gostava de comer, do Porsche que gostava de ter, etc. Depois de ter a gaja boa dentro do Porsche o utente também não distinguiria a origem do dinheio. Deve também o estado providenciar?

É sintomático também o uso da terminologia "utente". Percebe-se logo a formatação desta gente. Nas clínicas Mayo não há "utentes". Há clientes

Luís Oliveira disse...

"3. As avaliações periódicas aos sistemas"


Quem avalia as clínicas Mayo são os accionistas e os clientes. Que se estão bem a cagar para os estudos da OMS.

Mas aposto que se a OMS visitasse alguma das clínicas era até capaz de ficar bem impressionada.

Mas só no que refer à qualidade dos cuidados Não lhes ia dar boa nota. Convém lembrar quye um dos critérios da OMS para seriar os países é a universalidade da cobertura (eufemismo para controlo pelo estado de todo o sistema; quanto mais melhor, para a OMS).

Portanto, pontos para o socialismo. Relação com cuidados de saúde? Não atinjo.

Luís Oliveira disse...

4 e 5: tem de ser menos críptica, já sabe que tenho dificuldades em decifrar as suas lenga lengas.

Luís Oliveira disse...

"6. A OMS (=WHO) e o Commonwealth Fund são entidades idóneas e credíveis."


Tem a certeza que não têm nenhuma agenda escondida? Daquelas bem ao seu gosto?

De qq forma confio mais nas clínicas Mayo.

Luís Oliveira disse...

"7. Se o sistema X produz melhor e mais barato do que o sistema X+Y, alguma coisa quem que ser reformada para que se torne pelo menos tão eficaz como X."

O que é o X e o que é o Y?

Veja lá bem se não é X comparado com Y+Z.

Luís Oliveira disse...

"de X+Y ser um não-sistema"

LOL! Em que ficamos? Refiro-a ao comentário nº 1.


"um não-sistema, disperso, caótico"

Como o mercado da fruta? Do calçado? Dos livros?

São estes também "money-consuming, sem regras uniformes para todo o país, o que provoca grandes perdas em eficácia e dinheiro. " ??

Ou a saúde "não pode estarrr sujeita às regras do merrrcado"?

Luís Oliveira disse...

"o facto de ser centralizado, mais facilmente administrável e aperfeiçoável"

Tenho aí uns livros de economia antigos que são do melhor para desopilar. O último capítulo tem sempre um título do tipo "O caminho inevitável para o socialismo" onde os argumentos são exactamente esses.

Até o Samuelson, no seu texto clássico universitário dizia que uma economia socialista era perfeitamente viável. Era isto que os putos aprendiam quando iam para a Faculdade em 1985. Entretanto caíu o muro, o Samuelson retirou esse capítulo do livro, e muita outra água passou debaixo da ponte.

Excepto para os Coerentes, como a ml. Goza com os ex-maoistas como se fossem estúpidos quando na realidade é ela a tonta. Sempre a esbarrar com as fuças no muro de cimento da realidade, mas sempre Coerente.

Luís Oliveira disse...

"10. Que pretende? "

Ter dinheiro suficiente para poder recorrer sempre à medicina privada.

No SNS queriam que esperasse um ano para ir ao médico dos ouvidos.

Quanto tempo é que me fariam esperar na clínica Mayo?

Luís Oliveira disse...

"pode continuar a tentar catequizar os infiéis. "

A catequese é a sua área. Ver post do PP.

Luís Oliveira disse...

"12. Tratem-se!
Isso é o que 75 milhões de americanos gostariam de ouvir."

Ainda há pouco tempo eram 40 milhões. Isto está cada vez pior!

Mas eu tenho uma dica para essas pobres vítimas do capitalismo selvagem:

Façam como os portugueses, comprem um seguro de saúde!

ml disse...

Como eu gosto de anónimos. Da coragem e da fé. Mas mais da coragem, sei lá.

Apesar de grandes verbas per capita dispendidas com a saúde, os EU têm taxas chocantes de sobrevivência infantil, mais baixa do que as nações com desenvolvimento semelhante. [...]
Os EU apresentam recursos de cuidados neonatais intensivos per capita significativamente melhores comparando com 3 outros países desenvolvidos [Canadá, Austrália, RU], sem que haja uma melhoria consistente na taxa de mortalidade associada ao pesos à nascença.


http://www.advancesinneonatalcare.org/pt/re/anc/selectreference.htm;jsessionid=L2LTZncGVyphYg7QnpWGSRjyhbdpGYyPGmh7BT6JyPYy578PkJtJ!-1715237437!181195628!8091!-1!1224100691810?an=00149525-200308000-00002&id=P52&data=00006455_2002_109_1036_thompson_reproductive_%7C00149525-200308000-00002%23xpointer(id(R14-2))%7C1160700%7C%7Covftdb%7C&lu=ovid:/bib/medline/12042540/ui

Parece que não são os recursos nem as verbas, se calhar é mesmo a organização do sistema de saúde que está em causa.

ml disse...

oliveirinha, está na hora da deita, a produção está a perder qualidade.

Vá lá, durma e descanse que amanhã é um novo dia.

Anónimo disse...

Podiam comparar com a Coreia do Norte, Cuba, Zimbabwe, Venezuela, Nicarágua, Bolívia e até Cuba (um pouquito melhor mas derrapar) mas ... qual quê.
Podiam puxar pelos equipamentos de diagnóstico que desenvolveram, medicamentos que puseram no mercado, etc ... qual quê.

ml disse...

E cá temos outra vez o nosso 'anónimo', sempre com um toque de originalidade. Cuba, Coreia, Zimbawe, Venezuela, o costume. Os países são muitos, a imaginação pouca, a noite também não ajuda.

Mas leu ou não leu o artigo sobre os cuidados neonatais?
Ah, não? Ah... sim, tem razão, o url é muito comprido, leva muito tempo a abrir. Não tem mal, fica para a próxima.

Luís Oliveira disse...

"oliveirinha, está na hora da deita"

Um portento, esta ml.

E eu que estava à espera de um novo 13-Point Program to Destroy America...

Luís Oliveira disse...

Tem que admitir que esta de "Façam como os portugueses, comprem um seguro de saúde!" foi bem metida, não!?

Mande sempre!

Anónimo disse...

"universalidade da cobertura (eufemismo para controlo pelo estado de todo o sistema..."

Pois, pois, a universalidade é uma coisa de somenos...

"Como o mercado da fruta? Do calçado? Dos livros?"

Yep Saude, fruta, calçado, livros tudo a mesma coisa.

"...Isso é o que 75 milhões de americanos gostariam de ouvir."

Ainda há pouco tempo eram 40 milhões. Isto está cada vez pior!"

Leia os comentários e verá que já foi dado as explicações...

"Ter dinheiro suficiente para poder recorrer sempre à medicina privada."

Sabe que existem várias situações que ou é multimilionário ou não terá dinheiro para isso...

Anónimo disse...

Sobre isto eu já escrevi uma vez. Deixo aqui a cópia do artigo que escrevi em tempos sobre esta situação em Portugal:

http://blogdotuga.blogspot.com/2008/07/sade.html

"SAUDE

Estando a discutir o S.N.S. no mui estimado blogue Ladrões de Bicicletas, resolvi fazer aqui um exercício puramente especulativo e altamente amador sobre esta temática.
A questão que me assaltou a cabeça foi: “quanto é que custa o SNS e como seria comparado com um seguro”? Isto é quanto é que as pessoas passariam a pagar caso fossem só seguros e não existisse SNS. Por motivos de tempo resolvi, para ter uma boa comparação comparar o SNS com um Seguro que oferecesse o máximo de cobertura (para estar em pé de igualdade com o SNS). Depois de pouco pesquisar encontrei o Victoria Seguro, só que infelizmente não tinha as clausulas pelo que quanto às exclusões (que presumo sejam idênticos utilizei o do BES).

Sendo assim sabemos que o Ministério da Saúde nos custa cerca de 8.000.000.000 Eur por ano, um número assustador sem dúvida, no entanto, dividido pelo número aproximado de pessoas (cerca de 10.000.000) chegamos à conclusão que nos custa, a cada um 800,00 Eur anualmente. Será que é muito?

Para isso fui então fazer a simulação para um Seguro de Saúde de cobertura total. Para este primeiro exercício utilizei uma pessoa do sexo masculino nos seus 20 anos. Após as opções escolhidas cheguei ao montante final: 561 Eur!!!
“Fogo!!” foi a minha primeira reacção. Mas durou 5 segundo pois sabia que tinha escolhido uma idade em que existe pouca necessidade de cuidados, assim fiz a mesma simulação mas agora como tivesse apenas 1 ano de idade… Outra vez escolhido as opções chega o valor mágico: 1.118 Eur!
"Oh diacho!", afinal neste caso já ficava bem mais caro. Humm, decidi então verificar quanto custaria se me estivesse a reformar. Escolho a data, carrego no botão para prosseguir e chega, sem aviso, o alerta “só se faz seguros entre 0-59”! Pensei para os meus botões “bem se houvesse agora uma transformação para seguros existia muita pessoa que estava tramada!”.

Bem resolvi então fazer a simulação para 59 anos, e eis que:

2.365 EUR!!!

Sim quase o triplo do que custa o S.N.S!!!

Pois parece que afinal para bastantes pessoas não é assim um tão bom negócio, mas resolvi, como quem não quer a coisa, verificar algumas exclusões. Então fiquei a saber que:

“- Cirurgias e/ou tratamentos destinadas à correcção de malformações congénitas, excepto quando digam respeito a crianças nascidas durante a vigência do Contrato e incluídas antes de completarem 60 dias de idade.”

“- Doenças crónicas do foro psíquico”

“- Consultas, testes e tratamentos relativos a infertilidade ou inseminação artificial.”

- “Hemodiálise” e “Transplantes de Orgãos”

- “Infecção por HIV e suas implicações.”

- “Acidentes ocorridos e doenças contraídas por força de calamidades naturais de tipo catastrófico, durante revoluções ou devido à existência de um estado de guerra, declarado ou não.

- “Lesões ou doenças provocadas por radioactividade.”

- “Doenças infecto – contagiosas, quando em situação de epidemia declaradas pelas
autoridades de saúde.”

- “Check-up e exames gerais de saúde.”

Estão todos excluídos. Sim, se por acaso for esquizofrénico, azar, contraiu Sida, Azar, existe uma epidemia, AZAR, quer fazer um check up, AZAR, etc, etc, etc…

Ou seja analisando a questão, se quer ter um seguro de Saúde e pode para ter acesso a um serviço melhor, tudo bem, mas se começa a ter a noção peregrina e enganadora de que os privados é que são bons, pense duas vezes! É que se isso acontecer vai ter menos cuidados de saúde, com os mesmos defeitos que o SNS tem agora e a pagar muito mais pelos seus custos de Saúde!!!"

Anónimo disse...

Leia os comentários e verá que já foi dado as explicações...

stran, tu não te mates muito.
Ontem o oliveirinha não estava a sentir-se bem e foi embora mais cedo. Quando começa a escrever muitos posts de duas linhas desconexas, precisa de descanso. Deve ter-lhe escapado esse bocadinho, eu repito.

O acesso aos cuidados nos EU piorou desde o primeiro relatório da fundação em 2006, pois estima-se que mais pessoas – à volta de 75 milhões – estejam ou mal cobertas ou não tenham cobertura alguma de saúde. E o relatório conclui que os custos e a qualidade dos cuidados de saúde variam drasticamente dentro do próprio país.

Ambos os candidatos presidenciais, o senador John McCain e o senador Barack Obama, insistem que o país precisa de dar mais valor à saúde, embora não estejam de acordo sobre as mudanças mais eficazes. Mas pouca gente hoje defende a situação actual
.

Mas aqui é que a Commonwealth Fund está enganadíssima. Vou enviar-lhes o endereço das massas fiéis.

Era uma vez um país em que um dos mandamentos da fé rezava que o sistema de saúde nos EU era simplesmente o melhor do mundo.

Afinal, pensando melhor, eles já conhecem aqui o cantinho.

Paulo Porto disse...

Stran

Falta-lhe umas continhas, coisa de nada.

Quantas pessoas usam efetivamente o SNS?

Das que usam, quais as que usam só para clinica geral dado que qualquer especialista em Portugal é geralmente consultado em clínica privada?

Das que usam, quais as que nem sequer usam a clinica geral porque vão lá só para ter um carimbo nas receitas de medicamentos que foram por médicos particulares?

Bem vê, tem uns milhões de portugueses que retirar para refazer a sua conta per capita. Vai ver que aquilo é caríssimo, para além de ineficiente.

Quanto ao seguro de saúde, existem várias modalidades, umas mais penalizadoras que outras.

Existe também a modalidade de vc não ter seguro de saúde nenhum, nem SNS, e ir ao médico quando precisa. Depois, e em função dos seus rendimentos, o Estado reembolsa-o. Desde logo haveria gente com bons rendimentos que passava a pagar tudo em vez de andar a ir ao médico aa custa dos impostos pagos por outros mais pobres.

Carmo da Rosa disse...

Tratem-se.

Caro Luís,

ligeiramente off-topic e peço desde já desculpa, mas vale a pena porque a alma está cada vez mais pequena.

Com o seu humor e neste âmbito, devia escrever uma carta-aberta à Federação Portuguesa de Futebol, porque uma selecção que empata com a Albânia, em casa e com o melhor jogador do mundo no seu seio, tem mesmo que se tratar.

Quero acreditar que temos uma melhor assistência médica que os Americanos. Mesmo sabendo que não seja bem essa a opinião geral dos utentes nacionais, mas eu, como não sou utente posso dar-me ao luxo de ser crente.

Quero também acreditar que temos melhores Universidades que os Americanos. Mesmo sabendo que os nossos académicos na maior parte dos casos não vão usar as suas competências para melhorar o funcionamento de novas máquinas de lavar, motores a gasóleo, hardwere ou sensores de máquinas fotográficas. Ao contrário dos ambiciosos Americanos, contentam-se modestamente que o empregado de copa os aborde com um afável: - Então Senhor doutor, o que é vai ser hoje?

Mas há uma coisa que não acredito, é que os Americanos, mesmo com todos os flagelos que os perseguem, empatassem em casa com a Albânia… Ai não acredito não!

Se eu fosse o seleccionador nacional demitia-me e mandava hoje mesmo a selecção nacional fazer serviço cívico nos hospitais nacionais, ou detectar minas em Angola.

Unknown disse...

"o sistema de saúde nos EU era simplesmente o melhor do mundo"

Cara ml, não vale a pena andar dar tacadas para onde não há buracos. O golfe é um desporto para pessoas finas e desocupadas, atributos com os quais não parece ter sido bafejada.
O destino..uma chatice.

Contrariamente à sua toleima, ninguém aqui disse que era o melhor sistema de saúde do mundo.

Por exemplo, uns postes atrás eu escrevi que
"O sistema americano está longe de ser perfeito (na verdade aquele que os verdadeiros especialistas consideram mais perfeito, é o de Singapura, que assenta nos privados, numa adequada regulação estatal e na responsabilização monetária dos indivíduos), não porque não assegure serviços de excelência ao maior nº possível de cidadãos (assegura), mas porque é demasiado despesista relativamente aos resultados"

Ou seja, se quer jogar golfe, talvez deva começar por um sítio onde haja buracos.

Unknown disse...

Em relação às contas Stran, confirma-se que o cálculo não deve ter passado das operações principais, para aquelas bandas.

Esqueceu-se nomeadamente de 3 coisas:

1-Que não há jantares de borla e portanto se um doente custa X a um sistema qualquer, alguém o irá pagar.

2-Que os custos devem ser contabilizados no total estimado da vida de um indivíduo.

3-Que no sistema actual, o utente paga para o SNS que o não atende e como cliente paga para o seguro que o atende.
Paga duas vezes.
Uma por escolha outra porque não tem escolha.

O que devia fazer nas suas continhas, era contabilizar os custos de um SNS que assegurasse tratamento OPORTUNO.
Porque tratar um cancro ou uma catarara, depois do doente já estar morto, até eu faço. De borla!

Anónimo disse...

Paulo Porto,

Antes de começar a comentar o que disse, deixe-me fazer um pequeno àparte.

Julgo que nesta discussão está subjacente a Universalidade do sistema de saude. Algo que pelo que escrevem não defendem e que a ML (corrija-me se estiver errado) e eu subscrevemos.

Outra discussão é a optica com que se olha para este problema. Vocês julgam que é um bem para ser transacionavel num mercado, nós julgamos que é uma area fundamental do Estado. Equivalente por exemplo à Segurança.

Agora os comentários:

"Falta-lhe umas continhas, coisa de nada"

Foi muito simpatico, são umas "contonas". Embora um pouco diferentes das que aponta.

"Quantas pessoas usam efetivamente o SNS?"

Eu diria que 100% dos portugueses já usaram o SNS e existem uma alta probabilidade de a esmagadora maioria voltar a ter que utilizar.

"Bem vê, tem uns milhões de portugueses que retirar para refazer a sua conta per capita. Vai ver que aquilo é caríssimo, para além de ineficiente"

Lá está a questão da universalidade.
Além disso o que pede para fazer é manipular os números para chegar às conclusões que quer. Uma actitude muito feia...
(eu não defendo que o nosso SNS é um espectaculo)


"Quanto ao seguro de saúde, existem várias modalidades, umas mais penalizadoras que outras."

As exclusões aplicam-se independentemente da modalidade.
Ou seja em Portugal nenhum seguro cobre o tratamento de HIV, ou da esquizofrenia, etc...

"Existe também a modalidade de vc não ter seguro de saúde nenhum, nem SNS, e ir ao médico quando precisa. Depois, e em função dos seus rendimentos, o Estado reembolsa-o."

Se for a ver isso não é diferente de um SNS. A questão com esse modelo (que não me causa qualquer confusão) é saber se mantendo pelo menos a qualidade dos serviços (que implica universalidade do serviço e não exclusão de pacientes) se esse modelo fica mais caro ou barato para o Estado (i.e. contribuintes) a curto, médio e longo prazo.

"Desde logo haveria gente com bons rendimentos que passava a pagar tudo em vez de andar a ir ao médico aa custa dos impostos pagos por outros mais pobres."

E com o sistema que apontou também continuariam por pagar pelos que não têm posse, pelo que não vejo nenhum problema.

Paulo Porto disse...

Stran

É claro aquilo que eu disse é muito diferente de um SNS.
Desde logo é muito diferente porque vc é atendido quando precisa e não uns meses ou anos depois.

Depois, porque o Estado pagaria apenas e quem realmente precisa e na medida em que precisa em lugar de estar a pagar uma estrutura pesada cara e ineficiente como é o SNS.

É preciso ser verdeiramente beato para que isto não lhe ocorra.

Anónimo disse...

Lidador,

Lidador: "ninguém aqui disse que era o melhor sistema de saúde do mundo"


Existiu alguém aqui que já disse:

- "o sistema de saúde à americana é o mais eficiente do mundo..."

"1-Que não há jantares de borla e portanto se um doente custa X a um sistema qualquer, alguém o irá pagar."

Não leu o meu post

"2-Que os custos devem ser contabilizados no total estimado da vida de um indivíduo."

Se leu então tem dificuldades de compreensão

"3-Que no sistema actual, o utente paga para o SNS que o não atende e como cliente paga para o seguro que o atende."

Qual é o seguro que o atende caso tenha HIV?

"O que devia fazer nas suas continhas, era contabilizar os custos de um SNS que assegurasse tratamento OPORTUNO."

Dado o ambito do SNS e o seu volume, não é mau, mas confesso que devia ser melhor. Só um aparte julga que a fila de espera é só no público?

"Porque tratar um cancro ou uma catarara, depois do doente já estar morto, até eu faço. De borla!"
Você porque as seguradoras americanas cobram para fazer esse serviço (LOL)!!!

Anónimo disse...

Meu caro PP,

"Desde logo é muito diferente porque vc é atendido quando precisa e não uns meses ou anos depois."

E como é que conseguiria isso? como é que tornava este sistema sustentável e tão barato como agora?

Anónimo disse...

Caro Lidador,

não me diga que vai fugir de outra discussão... Refiro-me obviamente à do artigo anterior!

Paulo Porto disse...

Stran

A sua atitude em se aconchegar nos preconceitos e fantasias do seu mundo imaginário e seguro impedem-no de se esforçar minimamente para entender a realidade ou os outros.

No entanto conseguiu fazer-me questionar se nesta minha teimosia em lhe mostrar coisas diferentes dos seus preconceitos não estarei a ganhar vantagem importantes para alcançar o prémio Stran.


P.S. Classificar uma coisa como "mais eficiente" não é o mesmo que dizer que ela é perfeita. Isto é assim tão dificil de perceber ou seu eu a marcar mais pontos para o prémio Stran?

Anónimo disse...

Caro Paulo Porto,

"A sua atitude em se aconchegar nos preconceitos e fantasias do seu mundo imaginário e seguro impedem-no de se esforçar minimamente para entender a realidade ou os outros."

Esta doeu! :-)

Peço-lhe então que seja um pouco mais teimoso e me diga quais são os meus preconceitos.

"P.S. Classificar uma coisa como "mais eficiente" não é o mesmo que dizer que ela é perfeita. Isto é assim tão dificil de perceber ou seu eu a marcar mais pontos para o prémio Stran?"

Sim, não é a mesma coisa. E agora deixe-me perguntar:

- Apelidar um sistema de mais eficiente não é a mesma coisa que dizer que ele é o melhor do mundo?


P.S. Fico a aguardar resposta ao meu comentário anterior dirigido a si.

Anónimo disse...

Once upon a time, it was taken as an article of faith among most Americans that the U.S. health care system was simply the best in the world.

The fragmentation of our delivery system is a fundamental contributor to the poor overall performance of the U.S. health care system.

Our fragmented health care delivery system delivers poor-quality, high-cost care. We cannot achieve a higher-performing health system without reorganization at the practice, community, state, and national levels.


Commonwealth Fund

http://en.wikipedia.org/wiki/Commonwealth_Fund


A massa de fiéis resiste.

Unknown disse...

A ml parece achar que o Commonwealth Fund é assim como o profeta Jeremias, de cuja boca sai a verdade escrita em pedra.

Não se excite tanto.Citar esta organização nesta matéria é como citar Fidel Castro sobre o modo como vai a Revolução Cubama.
Va bien, por supuesto!

O Chairman é do Partido Democrata. A Presidente, trabalhou no Governo do impagável Jimmy Carter.

Estava à espera que esta organização dissesse o quê?

Anónimo disse...

prezado, já sabemos que se não for uma organização fiel, não vale um chavo. Se for apologética, é inatacável. Se disser que o sistema representa um avanço civilizacional com 75 milhões de excluídos a mal servidos, temos palmas e ramos de fores.

A OMS pertence ao eixo do mal, sabemos disso, mas a outra, americaníssima, é escutada pelas autoridades internas. E para azar das massas fiéis, as conclusões coincidem. E coincidem com a imensidão de relatórios locais que têm sido apresentados pelas estruturas locais, organizações profissionais, universidades.

Então o fidelíssimo propunha que técnicos de saúde? O Fiel Inimigo? O Triunfo dos Porcos? Outros sítios aí pela net onde tem deixado os seus prezados conhecimentos?

Esteja à vontade, é só indicar-me os estudos dessas autoridades de igual credibilidade que eu comprometo-me a citá-los aqui.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

A minha cara amiga encontrará sempre e coisas que lhe confortam o preconceito, seja na OMS, seja no Bairro das Fontainhas. Quando se está no seu estado de suspeita, nenhum sinal é descurado e encontrará sempre coisas reveladoras para onde quer que se vire.
à WHO é um organismo das NU. Tem os mesmos e exactos defeitos e virtudes que todos os outros. Como o Comité dos Direitos Humanos, por exemplo, que é apenas um trombone do anti-semitismo.

Ou o IPCC, que propaga a fé ambiental.

Trata-se de pessoas e países. Têm opiniões. Umas mais sustentadas que outras e por aí nos ficamos. A si dá-lhe jeito citar aquilo que acha estar de acordo com o seu sistema de crenças.
Faz bem.
Mas não confunda isso com a "Verdade" escrita na pedra.

POrque não dar uma olhada aqui, por exemplo?
Singapura

Singapura

Anónimo disse...

E...?

E Singapura tinha entrado quando nesta discussão? Onde? Ou já que não há bolinhos de bacalhau quer um copinho de aguardente?

De qualquer modo, só foi buscar lenha para se queimar. Um tiraço daqueles, estimado!

Dos apenas oito países avaliados, o avanço civilizacional em eficiência e gestão só ficou à frente da África do Sul.

Singapore
United Kingdom
Switzerland
Germany
Australia
Canada
the United States
South Africa

E ainda cometem o crime de citar o PNUD, mais um tentáculo do trombone.
Largue a pistola, pela sua saudinha.

Anónimo disse...

Caro Lidador,

"POrque não dar uma olhada aqui, por exemplo?"

Você diria que a analise desse organismo é menos, igual ou mais credível que a da OMS?

P.S. Fugir de um debate fica-lhe muito mal...

Luís Oliveira disse...

stran:"Julgo que nesta discussão está subjacente a Universalidade do sistema de saude. Algo que pelo que escrevem não defendem e que a ML (corrija-me se estiver errado) e eu subscrevemos."

Junte-me à lista de subscritores.

Leia o que escrevi no fim do meu post: "Os liberais querem clínicas Mayo em todos os cantos do mundo".

O que eu não subscrevo é o socialismo.

Poruque cada vez que o socialismo tenta gerar a universalidade de qualquer coisa, essa coisa prontamente se torna escassa.

Vc dirá que é galo e que as intenções são sempre boas, mas a realidade dos factos é apenas esta.

O seu problema é que não vê mais nada que o socialismo, é como um touro que só vê uma cor.

Para si o neoliberalismo é socialismo, o Lidador é socialista e por aí fora.

E por isso, claro, a solução para todos o problemas, desde a crise financeira até ao pé-de-atleta só pode ser uma: o socialismo.

Luís Oliveira disse...

"como é que tornava este sistema sustentável e tão barato como agora?"

Impagável.

Anónimo disse...

Caro Luís,

Já sentia falta de si e das suas frases dos dia:

"stran:"Julgo que nesta discussão está subjacente a Universalidade do sistema de saude. Algo que pelo que escrevem não defendem e que a ML (corrija-me se estiver errado) e eu subscrevemos."

Junte-me à lista de subscritores.

Leia o que escrevi no fim do meu post: "Os liberais querem clínicas Mayo em todos os cantos do mundo".

O que eu não subscrevo é o socialismo."

Ok, clinicas mayo em todo o mundo e universalidade... Hummm... Paraiso na terra, e já agora se só existissem clinicas mayo o sistema ficaria mais caro ou barato?

"Para si o neoliberalismo é socialismo, o Lidador é socialista e por aí fora."

Quase mas um bocadinho ao lado, quem me apelidou de Neoliberal foi o Lidador e não eu, o neoliberalismo não é o socialismo e o socialismo não é só social-democracia e por aí fora...

"E por isso, claro, a solução para todos o problemas, desde a crise financeira até ao pé-de-atleta só pode ser uma: o socialismo"

E eu é que sou preconceituoso...

Você lê o que eu já escrevi neste blogue?

Luís Oliveira disse...

"já agora se só existissem clinicas mayo o sistema ficaria mais caro ou barato?"

Não sei se gfaz por não perceber ou se é mesmo burro. Eu disse que queria clínicas Mayo, não disse que queria que existissem clínicas Mayo.

Pode haver Clínicas Stran, Clínicas Oliveirinha e muitas outras.

Diga-me vc: o facto de haver ecrans LCD da Sony, Samsung, LG etc tem tornado esses ecrans mais caros ou mais baratos?

Anónimo disse...

"o facto de haver ecrans LCD da Sony, Samsung, LG etc tem tornado esses ecrans mais caros ou mais baratos?"

Você acha mesmo que a saude é como um LCD?

Anónimo disse...

"POrque não dar uma olhada aqui, por exemplo?"

stran, eu já dei uma olhada por aí, como o prezado recomendou, e uma vista de olhos até mais ali, o que o citado prezado já não deve ter achado muito interessante.


Você diria que a analise desse organismo é menos, igual ou mais credível que a da OMS?

Lá dizer, diria, só que o 'Ali' não só cita como modelo o index utlizado pelas Nações Unidas como afirma que o recente World Health Report 2000 da OMS – a primeira tentativa alguma vez feita para seriar os sistemas de saúde em todo o mundo - chegou a resultados semelhantes.

Chatice. Inclemência!
Tantas recomendações, tanto leia aqui e acolá e... as mesmas conclusões.
Não há direito, oh Ramsey.

Stran, isto é que é a fé. Fecha-se e olhos e acredita-se que a abóbora se transforma em carruagem.
Um baile!

Anónimo disse...

"Stran, isto é que é a fé. Fecha-se e olhos e acredita-se que a abóbora se transforma em carruagem.
Um baile!"

LOL

Devo confessar que é o teu espirito que muitas vezes ainfa me dá animo...

Anónimo disse...

Bem até amanhã!!!!

Anónimo disse...

OMS

1 France
2 Italy
3 San Marino
4 Andorra
5 Malta
6 Singapore
7 Spain
8 Oman
9 Austria
10 Japan
11 Norway
12 Portugal
13 Monaco
14 Greece
15 Iceland
16 Luxembourg
17 Netherlands
18 United Kingdom
19 Ireland
20 Switzerland
21 Belgium
22 Colombia
23 Sweden
24 Cyprus
25 Germany
26 Saudi Arabia
27 United Arab Emirates
28 Israel
29 Morocco
30 Canada
31 Finland
32 Australia
33 Chile
34 Denmark
35 Dominica
36 Costa Rica
37 United States of America
175 South Africa


Compara com a lista recomendada pelo prezado (cof... cof... cof...), onde só foram avaliados os oito países assinalados a bold.

E agora responde a uma perguntinha de dificuldade 5 em 5: em que lugar do ranking a tão recomendada autora colocaria Portugal?


O meu espírito? E onde encontrarias melhor sítio para passar um bom bocado?

Anónimo disse...

na verdade aquele que os verdadeiros especialistas consideram mais perfeito, é o de Singapura

Esta tinha-me passado, é o drawback de ler as aldrabices em diagonal, às vezes escapa o melhor.

E os verdadeiros especialistas são... ?
A senhora que recomendou?
Ou o beato Jacinto?

Anónimo disse...

"O meu espírito? E onde encontrarias melhor sítio para passar um bom bocado?"

LOL, isso é verdade, mas às vezes aborrece-me o facto de fugirem tanto às discussões...

Anónimo disse...

O Alquimista Lidador!

Oh miseráveis, Oh infiéis,
Que não acreditais piamente
Nos meus contos de cordéis,
Eu sei, vós não sabéis,
Desconverso sem temor,
sou eu, o Alquimista Lidador.

Anónimo disse...

LOL, isso é verdade, mas às vezes aborrece-me o facto de fugirem tanto às discussões...

Não sejas mauzinho, e querias que fizessem o quê?
Afirmações sem qualquer suporte na realidade, assentes não só na crença e no preconceito como na incapacidade de entender que não há ídolos a tempo inteiro, os ídolos também metem férias. Depois andam às aranhas com palermices de recurso, como esta última de Singapura ser o sistema mais perfeito do mundo. Bastava a leitura do estudo e não apenas as parangonas do Google. Parangonas essas que por acaso também têm a honestidade de informar que foram apenas avaliados 8 países e que as conclusões são as mesmas da OMS, que incide sobre os sistemas do mundo inteiro.

Depois desta fase, não há outro remédio senão a fuga em frente (o que dá posts de 100 comentários, a parte mais interessante) ou o silêncio.

Mas sabes o que acho mais patético? Penso não ser sempre má-fé, é mesmo o deslumbramento cego, que eu pensava estar extinto com o sol-da-terra1. Mais papistas do que o Papa, como se diz por aí. Os visados abrem o jogo sem complexos, as massas fiéis fazem o que não lhes foi pedido, meter o jogo na gaveta.

Anónimo disse...

"Não sejas mauzinho, e querias que fizessem o quê?"

Conseguissem continuar a discutir, tentassem ser inovadores.

Sei que é pedir muito para alguns (p.e. Lidador e RoD) mas é possível.
Já tive grande discussões com pessoas que tinham uma opinião profundamente contrária à minha mas era muito interessante pois eram pessoas astutas a argumentar e menos dogmáticas (aliás foi nesse blogue que conheci o Lidador).

"Afirmações sem qualquer suporte na realidade, assentes não só na crença e no preconceito como na incapacidade de entender que não há ídolos a tempo inteiro, os ídolos também metem férias. Depois andam às aranhas com palermices de recurso, como esta última de Singapura ser o sistema mais perfeito do mundo."

E é interessante como cavam o próprio buraco, que acontece na maioria das vezes. Ainda por cima por vezes existe alternativa para as embrulhadas em que se metem. Mas tenho de admitir que é divertido assistir a isso...

"Mas sabes o que acho mais patético? Penso não ser sempre má-fé, é mesmo o deslumbramento cego, que eu pensava estar extinto com o sol-da-terra1."

Mas esta capacidade de deslumbramento é que me intriga. Não é por falta de leitura, não é por não terem acesso à informação, mas revelam o mesmo comportamento de fanáticos religiosos. O dogma sempre foi algo que me fascinou pois nunca percebi como se forma e se mantém...

RioDoiro disse...

Stran:

"tentassem ser inovadores"

Ser-se inovador é neutro. É apenas instrumental. Não tem significado real.

O significado está naquilo em que se inova.

O Stran é inovador no disparate. Inova permanentemente,

.

Anónimo disse...

"O Stran é inovador no disparate. Inova permanentemente,"

Meu caro RoD,

Monstrinho peludinho dos meus olhos, aponte lá os meus disparates e como inovei.

Muitos beijinhos...