Teste

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Nacionalizações

A actual crise tem feito as delícias de uma certa esquerda herdeira de Marx, por via directa ou através de Bernstein. Numa espiral de estupidez, os felizes oráculos desencadeiam-se em paralogismos delirantes, disfarçados em argumentos que, na sua perspectiva, são inquestionáveis.
Não falta quem veja na crise financeira o tão profetizado fim do capitalismo, a vitória final do socialismo, a ressurreição de Marx, finalmente vingado das humilhações que o séc XX lhe impôs, enfim o enterro definitivo e apoteótico do “neoliberalismo” que, de caminho, se identifica com “o Bush”, apesar de este ser um “conservador compassivo”, a largas milhas do pensamento liberal (no sentido europeu).
Todo este delírio se baseia na caricatura do liberalismo como anarco-capitalismo, e do capitalismo como a aura sacra fames de todos os tempos, ou seja, um sistema teórico em que o Estado não existe e apenas a ganância impera.
Um homem de palha!
Ora no mundo real, o liberalismo e o capitalismo não só exigem o Estado, como exigem um Estado de Direito, forte nas nas suas funções de garante das regras do sistema e apto a intervir nas externalidades a que a normal gesticulação dos interesses individuais não dá resposta óptima.
Não há capitalismo nos países onde o estado não existe (ou onde existe em demasia).
Os mais histéricos falam nas “nacionalizações” e exigem o regresso ao passado ou seja, um estado que tenha na sua mão todas as forças produtivas ou as "estratégicas" (como se sabe, o conceito de "sector estratégico", não tem uma delimitação objectiva, correspondendo geralmente ao que cada um tem na cabeça) .
A alegação é simples: se os estados estão a “nacionalizar” largos sectores da banca (na prática estão a comprar os prejuízos) então é porque o caminho da virtude é o regresso às nacionalizações.
O paralogismo é estúpido, mas aparece como argumento “inquestionável”, na boca dos Jerónimos, Louçãs e respectivos fiéis.

Façamos um paralelismo com a democracia e a ditadura.
A democracia é um sistema político que pressupõe a liberdade individual e um extenso rol de direitos individuais . O estado tem de garantir o exercício dessa liberdade e desses direitos, mas não é o seu detentor. A ditadura não garante nada disso.
Todavia, em situações de crise, todas as democracias podem instaurar uma ditadura temporária. Em Portugal chamamos-lhe “estado de sítio” e está previsto na Constituição.

O facto de o Estado instaurar uma ditadura temporária em determinadas circunstâncias, não significa que viver em ditadura seja melhor e que , uma vez que foi preciso suspender a democracia para resolver um problema, a partir de agora a democracia está morta.

Mutatis mutandis, é este o raciocínio que se tem de fazer na actual crise. Os Estados intervieram (se fizeram bem ou mal, é outra conversa) numa situação excepcional e pelo tempo necessário para que tudo volte ao normal.
E o “normal”, não são as patetices cretássicas dos Chavez, dos Jerónimos e dos Louçãs, mas sim a economia de mercado.

94 comentários:

Johnny Lino disse...

Gosto imenso do vosso blog.. Deixei um comentário no vosso texto sobre o casamento gay.. Já vos adicionei à minha lista de links...

http://aberturadepensamento.blogspot.com

Anónimo disse...

"Ora no mundo real, o liberalismo e o capitalismo não só exigem o Estado, como exigem um Estado de Direito, forte nas nas suas funções de garante das regras do sistema e apto a intervir nas externalidades a que a normal gesticulação dos interesses individuais não dá resposta óptima."

Gosto desta transfiguração do "Liberalismo". É a coerência na incoerência. Agora não só é necessário como o exige...

Mas não é esta teoria que diz que o estado não deve interferir na esfera económica. Ao se tornar "avalista" é mesmo isso que está a fazer entrar na esfera económica algo que há uns meses era impensável o Lidador defender.

Será que se eu abrir um negócio o Lidador também concorda que o Estado seja meu avalista?

Outra coisa extraordinária é a capacidade do Lidador de fugir a questões. Vá lá responder à questão do Nobel...

Paulo Porto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Porto disse...

"Os Estados intervieram numa situação excepcional e pelo tempo necessário para que tudo volte ao normal."

Pois. Mas é boa ideia relembrar o que a hipocrisia de serviço faz por esquecer, é que o Estado está a limpar aquilo que ele próprio sujou.

Anónimo disse...

"...é que o Estado está a limpar aquilo que ele próprio sujou..."

Explique-me lá então?

Luís Oliveira disse...

"A actual crise tem feito as delícias de uma certa esquerda herdeira de Marx"

E também dos anarco-capitalistas da paróquia: insurgentes, blasfemos e outros que tais. É ver quem arreganha mais o tacho.

Luís Oliveira disse...

"Explique-me lá então?"

Como se fosse um miúdo de 12 anos?

Anónimo disse...

"Como se fosse um miúdo de 12 anos?"

Pode ser, afinal não peço o impossível...

Fico à espera.

P.S. O meu caro Luis ainda quer continuar a discussão sobre o SNS ou já foi verificar os dados e viu a realidade?

RioDoiro disse...

Stran:

"Explique-me lá então? "

Outra vez?

Chiça, você é mesmo mona de cepo.

http://fiel-inimigo.blogspot.com/2008/10/os-querubins-vi.html

.

Luís Oliveira disse...

"a questão do Nobel..."

Tem aqui o próprio sobre a necessidade do salário mínimo, retirado de Microeconomics. Afinal o Krugman não passa de mais um neoliberal/capitalista/bushista/satânico que quer espezinhar os direitos dos trabalhadores, as conquistas de Abril, bla bla bla bla.

Eventuais questões que queira colocar, diriga-se ao Krugman a/c NYT.

#1: Surplus production
When the government is not prepared to purchase the unwanted surplus, a price
floor means that would-be sellers cannot find buyers. This is what happens in the
case of the minimum wage. […] When the minimum
wage is above the equilibrium wage rate, some people who are willing to work will not
be able to find employers willing to give them jobs. In other words, it leads to unemployed
workers.
#2: Inefficient Allocation Of Sales Among Sellers
In the case of the minimum wage,
there may be some job seekers who really want to work but cannot find a job and
others who have a job but are almost indifferent between working and not working.
This is an inefficient allocation. Whereas, without a minimum wage, those
who really want to work would be able to offer their services at a lower wage, and
those who are indifferent between working and not working would cease to work
at the lower wage

#3: Wasted Resources
Like a price ceiling, a price floor generates inefficiency by
wasting resources. In this case, however, it is sellers who must waste time and effort
searching for a buyer.
For example, in the context of the minimum wage, would-be workers may have
to spend many hours searching for jobs or waiting in line in the hope of getting
jobs.

“Black Labour” in Southern Europe

The best-known example of a price
floor is the minimum wage rate. While there is some controversy over the effects
of small increases in the minimum wage (as we will discuss in the next section),
most economists believe that if the minimum wage is increased to a sufficiently
high level, there will be adverse employment effects, especially on the least- skilled
workers. This prediction is borne out in many European countries, where minimum
wages, as a proportion of average weekly wages, have been set much higher than in
Canada. The higher minimum wage in these countries is exacerbated by significantly
higher payroll taxes than in Canada, which further increases the cost of hiring
labour. (Payroll taxes make the actual cost of hiring a worker higher than the
worker’s pay cheque.)
The result is that in Europe the minimum wage is well above the wage rate that
would make the quantity of labour supplied by workers equal to the quantity of labour
demanded by employers. This results in high unemployment—an artificially induced
surplus of millions of workers, especially young workers, who seek jobs but cannot
find them.
In countries where the enforcement of labour laws is lax, however, there is a second,
entirely predictable result: widespread evasion of the law. In both Italy and
Spain, officials believe that there are hundreds of thousands, if not millions, of
workers who are employed by companies that pay them less than the legal minimum,
fail to provide the required health or retirement benefits, or both. In many
cases the jobs are simply unreported: Spanish economists estimate that about a third
of the country’s reported unemployed are actually working at unreported jobs in the
black labour market. In fact, Spaniards waiting to collect cheques from the unemployment
office have been known to complain about the long lines that keep them
from getting back to work!
Employers in these countries have also found legal ways to evade the wage floor.
For example, Italy’s labour regulations apply only to companies with 15 or more
workers. This gives a big cost advantage to small Italian firms, many of which remain
small in order to avoid having to pay higher wages and benefits. And sure enough, in
some Italian industries there is an astonishing proliferation of tiny companies. For
example, one of Italy’s most successful industries is the manufacture of fine woollen
cloth, centred in the Prato region. The average textile firm in that region employs only
four workers!

Luís Oliveira disse...

"neoliberal/capitalista/bushista/satânico"

Esqueci-me do pior insulto de todos: Friedmanite

Luís Oliveira disse...

Se calhar até o Louçã no seu best-seller "Eu é que sei como gastar a riqueza que os outros produzem" diz a mesma coisa que o Krugman! O Pinto deve saber!

Paulo Porto disse...

Caro LO

Eu aconselho-lhe a versão 'desvelada' do Krugman. Nela tudo é mais claro:

http://kurgman.blogspot.com/

Anónimo disse...

Lamento mas essa teoria não é nenhuma novidade para mim.

E como é obvio nem sequer vou menosprezar essa teoria, assim como qualquer outra de um reputado economista como é vosso apanágio.

Agora não devem misturar economia com politica pois são dois campos completamente diferentes.

Se quiser discutir essa temática à luz da ciencia economica tenho uma opinião, se o fizer à luz de uma medida politica tenho uma opinião diferente.

Consegue entender a diferença?

P.S. Meu caro RoD eu já lhe respondo de seguida...

Paulo Porto disse...

# 1 "Agora não devem misturar economia com politica pois são dois campos completamente diferentes.

# 2 "Se quiser discutir essa temática à luz da ciencia economica tenho uma opinião, se o fizer à luz de uma medida politica tenho uma opinião diferente.

Duas cavadelas, quatro minhocas.


"Consegue entender a diferença?"

Não, acho que só mesmo vc é que consegue.
O Stran qualquer dia também vai aos Nobel. Vai, vai.

Luís Oliveira disse...

"Se quiser discutir essa temática à luz da ciencia economica tenho uma opinião"

Quero. A minha opinião é igual à do Krugman. E a sua?

Carmo da Rosa disse...

Estava já quase disposto a escrever algo sobre o meu medo do fim do capitalismo, razão porque me encontrava tão caladinho como diz o Stran, mas vejo que o Lidador já meteu mãos à obra e fê-lo muito bem.

Ainda não percebi, mas estou imensamente curioso de saber, o que deseja toda esta gente que quer o fim do capitalismo como alternativa?

Será que querem a ditadura do proletariado? Que rapidamente se transforma numa ditadura sobre o proletariado, e onde os sindicatos livres são enviados para o Gulag, de maneira que os papás desta gente possam, nas calmas, pagar 5 euros por dia de salário, para que os meninos possam ter um nível de vida como os filhos de Saddam Hussein, de Muammar al Kadafi ou de Hosni Mubarak…. É realmente isto o que querem?

Ou,

Uma versão mista, como a China, com socialismo e umas reservas onde existe capitalismo selvagem, onde o Gulag continua a existir mas não têm os incómodos dos sindicatos: assim quem é que pode concorrer com esta gente?

Ou a versão russa, a máfia no poder: quem fizer parte da máfia ainda vai comendo, quem refilar leva um tiro nos cornos – deveras aliciante!

Ou então o Islamismo: fim da bolsa, dos copos, do presunto, do sexozinho livre, da liberdade das gajas, dos homossexuais e, o mais importante seus frescos, ACABA-SE A INTERNET LIVRE

Então é que a gente fica mesmo caladinhos, que remédio…

Luís Oliveira disse...

"Que rapidamente se transforma numa ditadura sobre o proletariado, e onde os sindicatos livres são enviados para o Gulag"

Se isso algum dia acontecesse os primeiros a ir com os porcos eram o Stran e companhia. Irónico, não é?

Luís Oliveira disse...

"http://kurgman.blogspot.com/"

Isto é sátira? Ou é mais um super-estúpido!?

Luís Oliveira disse...

"Se quiser discutir essa temática à luz da ciencia economica tenho uma opinião, se o fizer à luz de uma medida politica tenho uma opinião diferente.

Consegue entender a diferença?"

Perfeitamente. Trotsky explicou o conceito muito bem em "A nossa moral e a moral dos outros".

Anónimo disse...

Epá,

Finalmente uma discussão. Estava tudo tão caladinho.

Se não levarem a mal vou começar por responder ao RoD...

Luís Oliveira disse...

"vou começar por responder ao RoD"

Não tenha pressa. Entretanto fique com o tio Trotsky, da obra citada:


"A mentira e até coisas piores constituem parte inseparável da
luta de clases, mesmo na sua forma mais embrionária. As nocões de verdade e mentira nasceram das
contradições sociais."

Anónimo disse...

RoD,


Algumas perguntas:

1 - Que tal arranjar outras fontes que não a Fox?

2 - Porque é que no periodo de 03 de Janeiro de 2005 a 03 de Janeiro de 2007 os republicanos não aprovaram essa legislação?

3 - Foi portanto o Estado que criou os MBS?

4 - E também foi o Estado que criou os CMO?

5 - E foi o Estado que obrigou todas essas pessoas a investirem nesses produtos?

6 - E foi o Estado que deu Ratings errados?

Anónimo disse...

Agora o PP,

""Consegue entender a diferença?"

Não, acho que só mesmo vc é que consegue.
O Stran qualquer dia também vai aos Nobel. Vai, vai."

A economia é uma ciencia social.

"the science which studies human behaviour as a relationship between ends and scarce means which have alternative uses."

E politica

"Politics consists of "social relations involving authority or power" and refers to the regulation of a political unit, and to the methods and tactics used to formulate and apply policy."

Que por sua vez é diferente de ciencia politica:

"Political science (also political studies) is the study of political behavior and examines the acquisition and application of power."

Estas definições são o suficiente ou para entender qual a diferença ou não?

Anónimo disse...

"E a sua?"

Compreendo o que ele defende. Como medida politica não defendo tal medida.

Anónimo disse...

Meu caro Carmo,

"Estava já quase disposto a escrever algo sobre o meu medo do fim do capitalismo..."

Vocês são paranoicos com esta do fim do capitalismo. Diga-me em que comentário meu eu afirmei que o capitalismo iria chegar ao fim? Basta um...

"mas vejo que o Lidador já meteu mãos à obra e fê-lo" mal, aliás muito mal.

Misturou a acção do Estado com intervenção "nas externalidades"

Diga-me lá qual é a teoria neoclássica que defende que o Estado de ser "avalista" das más práticas dos privados?

"Ainda não percebi, mas estou imensamente curioso de saber, o que deseja toda esta gente que quer o fim do capitalismo como alternativa?"

Com esta gente refere-se a mim?

"Então é que a gente fica mesmo caladinhos, que remédio…"

No vosso caso bem caladinhos ficaram e quando reaparecem com um novo papel inovador do Estado o de "Avalista" e melhor como sendo parte sempre defendida por este blogue.

Parabéns por essa bela transformação...

Luís Oliveira disse...

"Como medida politica não defendo tal medida. "

Não foi isso que lhe perguntei. Vou ter que andar atrás de si como vc faz ao Lidador?

Luís Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís Oliveira disse...

"Diga-me lá qual é a teoria neoclássica que defende que o Estado de ser "avalista" das más práticas dos privados?"

Não era para separar a economia da política? Está a tentar confundir o pessoal?

Luís Oliveira disse...

"Compreendo o que ele defende."

O Krugman não defende nada, ele explica o que acontece. Economia, não política.

Vc já foi à wikipedia ver aa definições, mas percebeu o que leu?

Aliás, o que ele defende é exactamente o contrário do que explica no livro. Tal como o Stran.

Luís Oliveira disse...

"o que ele defende é exactamente o contrário do que explica no livro"

Isto é, com base nas análises que ele próprio faz, seria de esperar que defendesse o contrário do que apregoa no NYT.

Mas não. Os fins justificam os meios, desde que os fins sejam revolucionários, como dizia o T.

RioDoiro disse...

Stran,

Mas você acha que não tenho mais que fazer que aturar as suas minhocadas?

Quer fontes "alternativas", a seu jeito, procure-as. Não sou seu criado.

Pode também inventar o que lhe apetecer. Para si não faz diferença.

.

Anónimo disse...

RoD,

Respondeu à primeira venham agora as próximas.

RioDoiro disse...

Stran:

"Respondeu"

???


.

Anónimo disse...

Caro Luis,

"Como medida politica não defendo tal medida. "

Não foi isso que lhe perguntei. Vou ter que andar atrás de si como vc faz ao Lidador

Foi um pouco ao lado como viu eu tinha-lhe respondido:

""Compreendo o que ele defende."

O Krugman não defende nada, ele explica o que acontece. Economia, não política"

Ele analisa o que acontece, e a palavra defender aplica-se. Da mesma forma que o aplicaria a Keynes.

A economia não é uma ciência exacta é uma ciência social, percebe o que isso quer dizer? Percebe a diferença?

E já agora que estamos neste ponto a economia é uma ciência social com um ambito do estudo o que concorda comigo é diferente de politica. As medidas politicas podem se basear em teorias economica e modelos económico mas não é suficiente per si.


Percebe que economia e politica não são sinónimos?

P.S. Pode vir atrás de mim à vontade que estarei aqui para lhe responder às questões que me colocar.

"Diga-me lá qual é a teoria neoclássica que defende que o Estado de ser "avalista" das más práticas dos privados?"

Não era para separar a economia da política? Está a tentar confundir o pessoal?

Julgo que agora está a desconversar. A pergunta não foi para si e não sei se reparou neste momento são discussões ao mesmo tempo. Cruzar as discussões é no minimo desonesto. Se quiser comentar essa pergunta ou responder à luz desse meu comentário tudo bem, não misture os assuntos.

Anónimo disse...

Stran - "1 - Que tal arranjar outras fontes que não a Fox?"

RoD - "Quer fontes "alternativas", a seu jeito, procure-as. Não sou seu criado.

RoD:
"Respondeu"

???

Já não se lembra o que escreveu. Fogo, não foi há tanto tempo assim...

Anónimo disse...

Ah Luis,

"Vou ter que andar atrás de si como vc faz ao Lidador"

Se vir o Lidador diga-lhe que ainda não me respondeu a uma pergunta que deixei no artigo do "700.000.000.000 USD". É que mandou uma parvoíce para o ar e aterrou-lhe na cara...

Luís Oliveira disse...

[como viu eu tinha-lhe respondido:

"Compreendo o que ele defende."]

Continue a assobiar para o ar, se isso o faz feliz. O que lhe perguntei foi se concorda com o Krugman, não se compreende o que ele escreve.


[A pergunta não foi para si e não sei se reparou neste momento são discussões ao mesmo tempo. Cruzar as discussões é no minimo desonesto. Se quiser comentar essa pergunta ou responder à luz desse meu comentário tudo bem, não misture os assuntos.]

Está mesmo atarantado, homem! Não encontra a saída de emergência!?

Anónimo disse...

Continue a assobiar para o ar, se isso o faz feliz. O que lhe perguntei foi se concorda com o Krugman, não se compreende o que ele escreve.

Em principio sim, visto que o que disponibilizou é muito diminuto.

Já agora esclareça-me: a ideia é que a criação de salário minimo cria desemprego e ineficiência de mercado, correcto?

"Está mesmo atarantado, homem! Não encontra a saída de emergência!?"

Não meu caro Luís, você é que está confundido desde o inicio. Esta questão do Krugman apareceu donde? É que, caso me conste, a discussão estava noutro artigo (onde fazia todo o sentido tê-la). Pô-la aqui só teve um objectivo: desconversar...

Por isso se quiser responda-me a essa pergunta que coloquei, não misture é mais assuntos que já fez isso suficientemente.

P.S. Já falou com o Lidador?

Carmo da Rosa disse...

”Diga-me em que comentário meu eu afirmei que o capitalismo iria chegar ao fim? Basta um...”

Meu caro Stran,

Todos os seus comentários respiram uma aversão pelo único sistema que por enquanto garante ao maior número de pessoas uma vida decente, para o querer substituir por um je ne sais pas quoi que você julga ser de esquerda e progressista, mas possivelmente vai trazer muitas chatices, ditaduras e Gulags…

Daí o seu comentário com ar vitorioso – que me faz lembrar vagamente a rua palestina logo a seguir ao ataque das Torres Gémeas - de que estávamos tão caladinhos, porque, lá imaginou você que estávamos realmente com medo que esta crise financeira fosse o prelúdio do fim do capitalismo.

”Diga-me lá qual é a teoria neoclássica que defende que o Estado de ser "avalista" das más práticas dos privados?”

A teoria neoclássica???? Peço muita desculpa mas não percebo a pergunta!

”Com esta gente refere-se a mim?’

Sim.

”Parabéns por essa bela transformação...”

Aqui, você refere-se a mim?

Luís Oliveira disse...

[Já agora esclareça-me: a ideia é que a criação de salário minimo cria desemprego e ineficiência de mercado, correcto?]


Tem uma impressora e um marcador amarelo à mão?

"When the minimum
wage is above the equilibrium wage rate, some people who are willing to work will not
be able to find employers willing to give them jobs. In other words, it leads to unemployed
workers."

"In the case of the minimum wage,
there may be some job seekers who really want to work but cannot find a job and
others who have a job but are almost indifferent between working and not working.
This is an inefficient allocation. "

Luís Oliveira disse...

[Em principio sim, visto que o que disponibilizou é muito diminuto.]

Se bem me lembro o livro está online algures, ou pelo menos alguns capítulos. Mas porque é que está preocupado? O seu combate é político, já se esqueceu? E a revolução não vai longe se toda a gente desatar a ler livros de economia.

Luís Oliveira disse...

"meu caro Luís, você é que está confundido desde o inicio. Esta questão do Krugman apareceu donde?"

"não misture é mais assuntos que já fez isso suficientemente"

LOL!

Inscreva-se nos Cómicos de Garagem!

ml disse...

A roda gira, mudam as circunstâncias, a lengalenga mantém-se a mesma. Shock and awe paralisam as little grey cells. Daqui a um ano, quem sabe, talvez as células recobram.
Não vou rir, juro que não vou. Cof... cof... cof... Subsidiar as nacionalizações americanas não é das coisas mais simpáticas que já me aconteceram, mas não tenho por onde fugir, o terreno está todo minado. Uns comem os figos, aos outros rebenta-lhes a boca. Deve ser como penhor dos nossos pecados mais pesados.

O soissantard jurava que Deus morreu, Marx morreu e eu próprio não me sinto lá muito bem neste momento, mas quanto a mim Marx está a vingar-se mas é nos nossos bolsos e não onde devia, nas mãos invisíveis. Que se fosse na Arábia Saudita já tinham sido cortadas, a rapinagem é crime grave.
Repescando um dos nossos cruzados, se aquilo que os administradores do BCP fizeram tivesse ocorrido nos EUA, já teríamos visto umas figuras conhecidas a sair algemadas do Banco mostra o portento da fé.

Desde o PREC que nenhum governo tinha tido a lata bla... bla... Agora que a mãozinha invisível cai de joelhos e implora protecção, o cínico do PREC ri-se. Nós é que não, o nosso dinheirinho vai-se com o Katrina.

Que dirá o astrólogo Olavo de Carvalho quando até o taranta do idio... do Bush anda atrás da Europa para a colagem dos destroços? Desconfio que está para breve nova carta astral.

Ó deuses inclementes, que abandonais miseravelmente os vossos filhos da evolução espontânea! Deve ser isso, sei lá.

ml disse...

Uma prendinha. Ou antes, duas em uma, saidinhas hoje mesmo.

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/38f02bb58b55a8d3f54907.html

2008. Dados comparativos. Ou como os SNSs e um pobre país que mata os cidadãos à porta dos hospitais públicos são esmagados pela eficácia dos mais endinheirados.

a. Suécia / b. Canadá / c. RU / d. Portugal / e. EU

1) Expectativa de vida h/m
a. 79/83
b. 78/83
c. 77/81
d. 75/82
e. 75/80

2) Expectativa de vida saudável h/m

a. 72/75
b. 70/74
c. 69/72
d. 67/72
e. 67/71

3) Probabilidade em 1 000 de morrer antes dos cinco anos
a. 4
b. 6
c. 6
d. 4
e. 8

4) Probabilidade em 1 000 de morrer entre os 15/60 anos, h/m
a. 78/49
b. 89/55
c. 98/61
d. 133/53
e. 137/80

5) Despesas per capita
a. 3,012
b. 3,452
c. 2,598
d. 2,034
e. 6,347


Que belleza, menino! Excellente! É a Civilisação como diria o Jacintho ao Zé Fernandes a olhar o elevador encalhado.

Luís Oliveira disse...

Nos estados unidos gastam o dobro em saúde e no entanto as pessoas não vivem o dobro, até aos 160 anos.

Realmente dá que pensar.

Luís Oliveira disse...

Além disso, a despesa pública em sáude é praticamente igual na Suécia e nos USA.

Luís Oliveira disse...

"4) Probabilidade em 1 000 de morrer entre os 15/60 anos, h/m "

Para mais efeito devia ter posto também os as estatísticas para afro-americanos.

Luís Oliveira disse...

Temos de dar a mão à palmatória à ml. Olhando para o Human Development Index verifica-se que a Suécia está em 6º com 0,956 enquanto os USA estão em 12º com 0,951.

Esta diferença abissal de 5 milésimas devia ser notícia na lusa dia sim dia não.

Luís Oliveira disse...

Entretanto a Islândia tlavez dê um trambolhão do primeiro lugar (0,968). É o que dá andar às cavalitas dos USA. Mas aposto que têm um sistema de saúde do caraças.

Unknown disse...

"Para mais efeito devia ter posto também os as estatísticas para afro-americanos."

Esta questão é decisiva nas estatísticas.
As comparações feitas pela esquerda tonta, de que a ml é aqui, vá lá, a porta-voz, são sempre enviesadas de duas maneiras:
focam-se apenas em números cuidadosamente seleccionados, ignorando todos os outros, e comparam os EUA como um todo a certos países da Europa.
Ora comparar a Suécia, um país com população homogénea e menos habitantes que Portugal, com o melting pot americano é não só desonesto, como estúpido qb.
A comparação honesta entre a Europa e os EUA, é a que é feita utilizando os dados de ambas as entidades como um todo.
Os EUA têm mais de 50 estados, e alguns deles metem a Suécia num chinelo velho, em termos de indicadores.
Mas os EUA como um todo têm populações bastante heterogéneas e aqui entram os negros que, dada a sua dimensão populacional, arrastam as estatísticas para baixo.
Não é só nos EUA. Qualquer país que tenha uma percentagem significativa de população negróide, tem más estatísticas.
Cada um que explique isto como entender, mas é uma verdade insofismável.

Unknown disse...

Sobre o salário mínimo, não podia concordar mais com o Krugman.
O SM, como todas as medidas bem intencionadas, traz consigo efeitos perversos nos quais as boas almas nunca pensam:

1-leva os empregadores a exercer descriminação contra as pessoas pouco habilitadas. Por exemplo, um jovem sem muitos conhecimentos ainda, e cujos serviços valem digamos 300 euros por mês, pode não se importar de trabalhar por esse preço a fim de adquirir experiência que lhe permita um melhor emprego. Mas se a lei diz que o mínimo é 400, e se nenhum patrão quiser acrescentar uns caridosos 100 euros, ele não ganha o emprego.
E para o jovem, a opção pode ser simplesmente entre ganhar 300 ou zero. Normalmente optará pelos 300...no mercado negro.

2-Tem tem um carácter residual do ponto de vista estritamente económico, mas transcendente do ponto de vista político.... é uma bandeira ideológica.
É a expressão do intervencionismo estatal. Uma terceira parte (o estado) arroga-se o direito de impor às livres partes contratantes um preço para o factor trabalho, tal como antes fazia para os preços do pão, do açúcar etc.

3-É pouco aplicado, mas o facto de existir como lei, sendo um hino ao politicamente correcto, prejudica jovens desempregados e contribui para a informalidade do mercado de trabalho, tal como o preço tabelado de determinados produtos estimula o mercado negro.

4-As empresas organizadas ficam limitadas na sua capacidade de contratarem pelo justo valor e reduzem as contratações. A procura diminui e o princípio da concorrência faz inevitavelmente baixar o preço de equilíbrio.
Quem se “safa” é a chamada economia “informal”.

Ou seja, é uma medida negativa que, pretendendo proteger o trabalho face ao capital, substituindo-se ao livre jogo do mercado, acaba por prejudicar ambos.
O que salvaguarda os trabalhadores é a concorrência e a pujança empresarial, e não as imposições estatais.
Há vários países europeus onde não há SM e naqueles em que há, acontece o mesmo que cá: as entidades patronais recorrem a imigrantes e a processos informais e imaginativos de contratação.

Anónimo disse...

Meus caros patinhos, tio e sobrinho

Usem o vocabulário que vos sossega, dêem a volta à realidade para se tornar mais comestível, estão perfeitamente à vontade. Não é a vossa fé inquebrantável, que não vos permite ler sequer números simples, que a vai mudar.

Tanta loa, tanta treta a embrulhar palavras, 'aquele gasta gasta mais do que este e é pior', 'é impossível aquele ser mais eficaz do que este', bla... bla..., pela simples incapacidade vossa de assimilar o evidente.

É a vida, meus caros. Os números entram pelos olhos dentro. E o que vos torna mais patéticos ainda a esgrimir adagas no ar, é que as próprias autoridades internas estão de acordo. Mas vós, os guardiães da fé, não podem tolerar isso.

cof... cof... cof

Unknown disse...

" dêem a volta à realidade para se tornar mais comestível"

Saber de experiência feito, ml?

"números simples, que a vai mudar."
Bem, se quer numeros, talvez este a ajude no caminho da simplicidade: o Maryland, estado que se pode equiparar à Bélgica, e que tem um rendimento médio por família de 68 000 USD, por paridade do poder de compra.
O país a seguir, em todo o mundo, é a Suíça, com 55 000 USD.

"Tanta loa, tanta treta a embrulhar palavras"

Exacto...ainda bem que se reconhece, fica sempre bem um acto de contrição...ou uma autokrítica, já que se situa nesse área de religiosidade.

" pela simples incapacidade vossa de assimilar o evidente."

Nem mais!

"Os números entram pelos olhos dentro"

Não sei...talvez devesse evitar dar-nos conta de pormenores
íntimos sobre a estimulação da extremidade da serpente Kundalini.

" Mas vós, os guardiães da fé, não podem tolerar isso. "

Podeis.

Luís Oliveira disse...

"que não vos permite ler sequer números simples"

Eu já a atendo, já está a levantar fervura.

Anónimo disse...

Meu caro Carmo,

"Todos os seus comentários respiram uma aversão pelo único sistema que por enquanto garante ao maior número de pessoas uma vida decente, para o querer substituir por um je ne sais pas quoi que você julga ser de esquerda e progressista, mas possivelmente vai trazer muitas chatices, ditaduras e Gulags…"

Este é um comentário muito parecido ao que tem acontecido com os dados do SNS. Na ausência de qualquer evidência do que afirmou, ou seja do seu erro, basta-lhe um muito eloquente "transpirar a", que até é mais próprio do Lidador.

Relebra-se da nossa discussão sobre o Iraque, e da sua irritação. Afinal só se aplica a si? Aí também, e bem, indignou-se por lhe estar a imputar algo que não tinha dito.

Agora parece que o mundo está de pernas para o ar, e de trás do seu computador potentissimo (tão potente que até detecta odores) permite-se a delirar e criar um fantasma que pura e simplesmente não existe.

Gostei muito do "por enquanto", sintomático no minimo.

"Daí o seu comentário com ar vitorioso..."

Errado, o ar não é vitorioso e nada tem a ver com um hipotetico fim do capitalismo. O que está em causa não é o sistema capitalista, que como bem afirma ainda não tem substituto (embora não seja imutável).

O que está em em causa é a eficiencia da ideologia liberal (no sentido europeu da palavra) que baseou as suas politicas económicas na teoria neoclássica (caro Luís percebe agora a diferença de politica e economia?).

E caso não saiba a solução para esta crise é uma e só uma: deixar o mercado actuar, isto é deixar as falências acontecerem e das cinzas nascerão empresas melhores.

E esta é mesmo a grande falha desta teoria - é que por vezes as consequências desta actuação são tão más que se tornam completamente incomportáveis. Como verificámos agora.

E já agora o ar não é de vitória mas de gozo. Pois o modelo que defendem chegou ao fim do seu ciclo (não significat morto). Certamente passaremos para modelos neo-keynesianos nos próximos tempos e fica a porta aberta para outras actuações do Estado e do próprio papel do Estado.

"A teoria neoclássica???? Peço muita desculpa mas não percebo a pergunta!"

Eu reformulo a pergunta só para si:

”Diga-me lá qual é a teoria que defende que o Estado deve ser "avalista" das más práticas dos privados?”

"”Com esta gente refere-se a mim?’

Sim."

Então está, no minimo, enganado.

”Parabéns por essa bela transformação...”

Aqui, você refere-se a mim?"

Não, refiro-me ao Lidador e alguns da Liberais da praça que estranhamente passaram a defender o papel de Estado como avalista de maus negócios...

Luís Oliveira disse...

"Certamente passaremos para modelos neo-keynesianos nos próximos tempos"

Vade retro!

É infelizmente altura de tirar o Keynes da prateleira. E de voltar a arrumá-lo quando já não for preciso.

Anónimo disse...

Caro Luis e também Lidador,

O SM embora "off topic" acabou por ser um bom tema para exemplificar o que tenho dito.

"O SM, como todas as medidas bem intencionadas, traz consigo efeitos perversos nos quais as boas almas nunca pensam"

Esta frase encerra tudo o que quis demonstrar. A eficiencia não é um fim em si na politica ou numa sociedade.

Ter uma visão simplista da eficiência de mercado é ter uma visão demasiado simplista e redutora do que é uma sociedade.

Estas ineficiências que são apontadas poderiam levar a um mercado laboral mais eficiente mas qualitativamente pior.

A não existência de SM, por exemplo em Portugal dificilmente produziria os efeitos que o Lidador apontou.

Por exemplo o valor hora do mercado negro é superior ao salário minimo nacional. (pelo menos dos casos que conheço)

"Ou seja, é uma medida negativa que, pretendendo proteger o trabalho face ao capital, substituindo-se ao livre jogo do mercado, acaba por prejudicar ambos.
O que salvaguarda os trabalhadores é a concorrência e a pujança empresarial, e não as imposições estatais."

Não o SM o que quer é criar um patamar minimo para a dignidade humana, abaixo do qual ninguém deve ser forçado a trabalhar.

Outro erro da leitura do Lidador é a questão da concorrência em Portugal.

O Lidador acha que basta desregular e permitir a livre concorrência para que em Portugal nós desatemos a concorrer.

Ora Portugal não é um país com uma elevada cultura concorrencial como é a Inglaterra ou os USA.

Mais facilmente temos em Portugal exemplos de "pactos de não agressão" em mercados livres do que mercado concorrênciais como os que são apresentados por estes modelos.

Ou seja embora modelos interessantes não nos podemos esquecer da realidade e do impacto que isso vai ter nos outputs desse modelo.

E isto é valido para a importação do modelo liberal americano para Portugal como para o modelo social democrata escandinavo que se não sofrer alterações será ineficiente.

Anónimo disse...

Eu já a atendo, já está a levantar fervura.

Eu aguardo. Mas veja lá se é um pouco mais eficaz do que os serviços de saúde americanos o são para 75 milhões de pessoas.

Anónimo disse...

"É infelizmente altura de tirar o Keynes da prateleira. E de voltar a arrumá-lo quando já não for preciso."

Frase do dia!

Luís Oliveira disse...

"a solução para esta crise é uma e só uma: deixar o mercado actuar, isto é deixar as falências acontecerem e das cinzas nascerão empresas melhores.

E esta é mesmo a grande falha desta teoria"


Se estudasse primerio talvez não dissesse tantas asneiras.

O Keynes é que pensava que tinha "resolvido" a economia, e que tinha uma Teoria Geral. Os neoclássicos não têm essas pretensões tolas, reconhecem determinados princípios gerais mas também as excepções.

O Paulson não quer "salvar" A, B ou C, está simplesmente a injectar liquidez no sistema, e a Europa está agora a seguir-lhes os passos. A equipa dele tem excelentes economistas, por isso há todos os motivos para acreditar que sabem o que fazem. A ideia de injectar liquidez faz sentido e tem uma boa base teórica. A falta de liquidez foi a causa principal da Grande Depressão.

Luís Oliveira disse...

"Eu já a atendo, já está a levantar fervura."

"Eu aguardo."

Já está na mesa, num novo post.

Anónimo disse...

ML,

"... pela simples incapacidade vossa de assimilar o evidente."

Fazem corar de inveja todos os dogmáticos religiosos.

Luís Oliveira disse...

"um mercado laboral mais eficiente mas qualitativamente pior."

LOL!

Vc deixa-me em lágrimas...

Anónimo disse...

"Mas vós, os guardiães da fé, não podem tolerar isso. "

Podeis.


É a única coisa que se aproveita. De resto, a habitual fuga em frente palavrenta.
Sabe que essa era uma das tácticas dos partidos maoistas? Cobriam a retirada a bater latas.

Anónimo disse...

"Os neoclássicos não têm essas pretensões tolas, reconhecem determinados princípios gerais mas também as excepções."

Sendo a falha do modelo neoclássico uma excessão.


"está simplesmente a injectar liquidez no sistema"

Não é só a injecção de liquidezque se fala por aqui, é também este novo papel de avalista do Estado.

Luís Oliveira disse...

"este novo papel de avalista do Estado"

Novo para si.

Anónimo disse...

"Sabe que essa era uma das tácticas dos partidos maoistas? Cobriam a retirada a bater latas."

Agora entendo melhor alguns maoista convertidos a liberais que apareceram por aí...

Anónimo disse...

"Novo para si."

Então responda-me lá desde quando é que o Estado deve ser Avalista dos maus negócios?

Unknown disse...

Stran, meu caro, algumas perguntas directas a que se pede uma resposta sintética, do género "Sim", "Não".

1-Prefere que o Estado use os impostos para subsídios ou em educação e infraestruturas?

2-Acha bem que se alargue a base tributária e que em consequência todos paguem menos impostos?

3-Acha que se deve proteger a indústria nacional limitando a importação de bens e produtos e aceitando que em consequência o consumidor pague mais?

4- Acha bem que o estado deve regular tudo (sei lá, desde o tamanho da pera à qualidade do couro dos sapatos) ou prefere um estado que regule apenas com segurança, ambiente, protecção do consumidor, instituições financeiras, direitos de propriedade, etc?

5-Concorda com "cheque ensino"?

6-Acha que as drogas deviam ser legalizadas (em termos económicos)?

7- O serviço militar deve ser conscrito ou voluntário?

8- Acha que os direitos de propriedade e os Copyright, devem ser eternos ou ter um limite temporal? ( pense por exemplo nos medicamentos)


Responda a estas questões sincera e directamente.

Luís Oliveira disse...

"desde quando é que o Estado deve ser Avalista dos maus negócios?"

Chiça, a sua ignorância só tem paralelo na sua estupidez.

Já ouviu falar de fundos de garantia? Do chapter 11?

http://en.wikipedia.org/wiki/Chapter_11

Anónimo disse...

"Chiça, a sua ignorância só tem paralelo na sua estupidez.

Já ouviu falar de fundos de garantia? Do chapter 11?"

humm, Ignorancia e estupidez... Diga-me lá onde é que no wikipedia vem o papel de avalista do estado?

Sabe o que é ser avalista?

Luís Oliveira disse...

"Diga-me lá onde é que no wikipedia vem o papel de avalista do estado?"

Terá lido porventura o texto? Ou sofre de analfabetismo funcional?

E o que me diz deste parágrafo:

"Some critics have claimed that Chapter 11 bankruptcy is excessively lenient in giving a needless "escape hatch" to the incompetent management of a failing company, damaging the efficiency of the economy as a whole and allowing poor managers to continue managing. [...] These critics note that in Europe, bankruptcy law is far less lenient for failing companies."

Parece que as leis que regulam as falências são muito mais duras na Europa do que na pátria do neoliberalismo e dos neocons.

Já viu isto!?

Unknown disse...

"a habitual fuga em frente palavrenta."

O que é uma frente palavrenta?

Anónimo disse...

"Parece que as leis que regulam as falências são muito mais duras na Europa do que na pátria do neoliberalismo e dos neocons."

BINGO 3ª Frase do dia.

Já se esqueceu da nossa conversa. Eu recordo-lhe:

Stran: "este novo papel de avalista do Estado"

LO: "Novo para si."

LO: "Já ouviu falar de fundos de garantia? Do chapter 11?"
LO: ""Parece que as leis que regulam as falências são muito mais duras na Europa do que na pátria do neoliberalismo e dos neocons.""

Nem os Monty fariam melhor.

P.S. Como já deve ter verificado não existe nenhum papel de "avalista" no chapter 11. E como é obvio a regulamentação é mais dura na Europa que nos USA, é isso que os neoliberais defendem - menos regulamentação. E caso não tenha reparado era uma critica a esse modelo o que transcreveu.

Unknown disse...

" valor hora do mercado negro é superior ao salário minimo nacional. (pelo menos dos casos que conheço)"

Então para que serve o SM?


" abaixo do qual ninguém deve ser forçado a trabalhar."

E se a pessoa quiser trabalhar?

Luís Oliveira disse...

"E como é obvio a regulamentação é mais dura na Europa que nos USA, é isso que os neoliberais defendem - menos regulamentação."

ARRE QUE É MESMO ESTÚPIDO!

HÁ MAIS REGULAMENTAÇÃO NOS EUA!

Para tentar salvar as empresa da falência! Leis que não têm equivalente na Europa!

Poça, pá!

Anónimo disse...

"Stran, meu caro, algumas perguntas directas a que se pede uma resposta sintética, do género "Sim", "Não"."

Ok aceito o desafio. Responderei o sim e não e justificarei (quando necessário) a minha posição. Peço-lhe que não deturpe depois o que escrevi

1-Prefere que o Estado use os impostos para subsídios ou em educação e infraestruturas?

Educação e Infraestruras.

Por principio, no entanto existem certos subsidios que são indispensáveis e que não devem ser retirados (p.e. subsidio de desemprego).
Por principio não concordo com subsidios às empresas apenas às pessoas.


2-Acha bem que se alargue a base tributária e que em consequência todos paguem menos impostos?

Sim.


3-Acha que se deve proteger a indústria nacional limitando a importação de bens e produtos e aceitando que em consequência o consumidor pague mais?

Não.

Normalmente não sou apologista de protecções a empresas principalmente a que referiu. A escolha deve ser do consumidor.
No entanto isso não invalida criação de impostos às importações por outros motivos.


4- Acha bem que o estado deve regular tudo (sei lá, desde o tamanho da pera à qualidade do couro dos sapatos) ou prefere um estado que regule apenas com segurança, ambiente, protecção do consumidor, instituições financeiras, direitos de propriedade, etc?

Tudo não.
E no meu caso quanto menos regular o aspecto social melhor.

5-Concorda com "cheque ensino"?

Sim.

Mas tem que se ter cuidado na implementação para não criar "guetos educacionais" e para não criar exclusões. Por exemplo em Portugal sou contra por enquanto pois ainda não existem as condições para serem implementadas.


6-Acha que as drogas deviam ser legalizadas (em termos económicos)?

Sim.

7- O serviço militar deve ser conscrito ou voluntário?

Voluntário

8- Acha que os direitos de propriedade e os Copyright, devem ser eternos ou ter um limite temporal? ( pense por exemplo nos medicamentos)

Ter um limite temporal.

Anónimo disse...

"Stran, meu caro, algumas perguntas directas a que se pede uma resposta sintética, do género "Sim", "Não"."

Ok aceito o desafio. Responderei o sim e não e justificarei (quando necessário) a minha posição. Peço-lhe que não deturpe depois o que escrevi

1-Prefere que o Estado use os impostos para subsídios ou em educação e infraestruturas?

Educação e Infraestruras.

Por principio, no entanto existem certos subsidios que são indispensáveis e que não devem ser retirados (p.e. subsidio de desemprego).
Por principio não concordo com subsidios às empresas apenas às pessoas.


2-Acha bem que se alargue a base tributária e que em consequência todos paguem menos impostos?

Sim.


3-Acha que se deve proteger a indústria nacional limitando a importação de bens e produtos e aceitando que em consequência o consumidor pague mais?

Não.

Normalmente não sou apologista de protecções a empresas principalmente a que referiu. A escolha deve ser do consumidor.
No entanto isso não invalida criação de impostos às importações por outros motivos.


4- Acha bem que o estado deve regular tudo (sei lá, desde o tamanho da pera à qualidade do couro dos sapatos) ou prefere um estado que regule apenas com segurança, ambiente, protecção do consumidor, instituições financeiras, direitos de propriedade, etc?

Tudo não.
E no meu caso quanto menos regular o aspecto social melhor.

5-Concorda com "cheque ensino"?

Sim.

Mas tem que se ter cuidado na implementação para não criar "guetos educacionais" e para não criar exclusões. Por exemplo em Portugal sou contra por enquanto pois ainda não existem as condições para serem implementadas.


6-Acha que as drogas deviam ser legalizadas (em termos económicos)?

Sim.

7- O serviço militar deve ser conscrito ou voluntário?

Voluntário

8- Acha que os direitos de propriedade e os Copyright, devem ser eternos ou ter um limite temporal? ( pense por exemplo nos medicamentos)

Ter um limite temporal.

Anónimo disse...

Luís,

Vai ao diccionário ver o que significa avalista. Depois volta e diz-me onde é que Chapter 11 torna o Estado avalista.

Basta me dares um exemplo, só um que se enquadre no chapter 11...

Unknown disse...

Srtan, meu caro, agradeço as suas respostas que coincidem ipsis verbis com as recomendações do Consenso de Washington, como pode ler aqui
Policy implications .
As questões 6, 7 e 8, são recomendações de Milton Friedman


Afinal você é um perigoso neoliberal e não dizia nada.

Anónimo disse...

"Afinal você é um perigoso neoliberal e não dizia nada."

Está enganado.

Mas existem vários testes disponíveis para verificar o que cada pessoa é. No meu caso sou sempre social-democrata e em segundo (quando existe) Liberal-social.

Não quer fazer o mesmo?

Mas da lista que vem no wikipedia concordo com muitas coisas.

Deixe-me explicar um pouco, a ver se é desta que compreendem:

- Eu tive a sorte de ter nascido numa epoca de mudanças acelaradas, de ter visto o velho e o novo Portugal. Tive sorte de ter nascido pós II Guerra mundial numa altura de liberdade. Aprendi portanto a verificar que o mundo muda e com isso muda muito do conhecimento adquirido que deve ser reformulado e actualizado constantemente.

Por isso pouco me afecta que quando me chama de esquerda tonta ou marxista, sei que no seu tempo essas designações faziam sentido.

Tive também o privilégio de ter nascido pobre (mais para o remediado) e de ter conseguido construir uma vida bem melhor que a que os meus pais tiveram. O que me deu uma amplitude de visão em termos de visão social.

Tivesse eu nascido num contexto social, familiar e temporal diferente e seria certamente diferente.

Logo tudo isto obrigou-ma a não ser dogmático e a minha curiosidade levou-me ao resto.

A realidade é muito mais complexa que a que está inscrita nos modelos, pelo que por mais bonitos que sejam ou que concordemos com eles, eles devem ser sempre confrontados com a realidade.

Assim mais importante que o modelo são os valores defendidos por uma sociedade e o que é necessário para os atingir.

Como já disse anteriormente os meus podem se resumir a três fundamentais: Liberdade, Justiça e Igualdade.

Os três embora muitas vezes concorrentes são indiassociavéis e a ausência de um faz com que os outros estejam no minimo em perigo de desaparecer.

O mais dificil é encontrar o equilibrio entre os três e para se atingir esse equilibrio qualquer modelo é a priori é valido e deve-se analisar qual o melhor para atingir-se determinado fim.

E esse fim tanto pode ser atingido pelo Estado como pela iniciativa privada. Em alguns casos o Estado será melhor, noutros a iniciativa privada e julgo que tendencialmente um sistema misto poderá trazer os melhores beneficios.

E como é obvio não nos esqueçamos nunca das pessoas, sem elas os valores são vazios de significado.

Unknown disse...

" sou sempre social-democrata"

"Mas da lista que vem no wikipedia concordo com muitas coisas."

Ou seja, é neoliberal mas acredita que é socal-democrata.

Sarte chamava a isso má-fé e no livro "O ser e o nada", explicava o caso de um empregado de bar que acreditava ser artista.
Na cabeça do empregado, era um artista que por acaso estava a servir cafés, mas servir cafés não era o seu verdadeiro eu.
Na pespectiva dos outros, era um empregado de café que queria ser artista.

O seu caso é idêntico. É facticamente um "neoliberal" (o facto de ter subscrito sem hesitações as políticas chave do Consenso de Washington e as recomendações de Milton Friedman, provam-no claramente) mas transcendetalmente é um social-democrata.
Ou seja, é aquilo que não acredita ser e não acredita ser aquilo que de facto é.

Sarte ficaria deliciado se pudesse usar o seu caso para ilustrar o conceito de má-fé.

Má-fé

Anónimo disse...

"Sarte chamava a isso má-fé e no livro "O ser e o nada", explicava..."

Blá Blá Blá, Deja vu, a cópia quase integral de um outro comentário seu.

Também defendo:

- um diferencial máximo entre a menor remuneração e a maior remuneração dentro de uma empresa;

- que o Estado pode e deve estar em todos os sectores economicos quer como accionista ou produtor mas não em regime monopolista;

- Que o mercado laboral em termos de despedimento deve ser totalmente liberal e que independentemente da iniciativa (empregador/trabalhador) o trabalhador tem direito a subsidio durante 3 anos e que os encargos adicionais deste sistema deve ser suportado pelas empresas sem repercursão no preço de venda;

- que quem exerceu cargos publicos ou com influencia politica pode ir para ou prestar serviços para uma empresa privada mas que essa empresa não poderá concorrer a nenhum concurso do Estado;

- a favor de que o numero de deputados municipais, de freguesia e da assembleia da republica deve diminuir drasticamente sem diminuir o número de mandatos;

- que os imigrantes que estão em Portugal devem ser todos legalizados;

- que a eutanásia seja permitida;

- que o casamento entre homossexuais deve ser permitido;

- que os médicos do sector de saude publica não possam exercer cargos no privado e vice-versa;

- que os privados, no caso da saude, paguem ao Estado a Formação de médicos.

- um maior investimento no ensino publico com melhores infraestruturas e melhores condições para os professores;

- que as empresas tenham que justificar a politica de recrutamento e caso existam provas de discriminação sejam brutalmente multadas;

- Sou a favor que se diminua os gastos com assessores de imprensa do Estado;

- Sou a favor da liberalização da prostituição;

- Sou a favor do livre acesso e imediato por parte dos contribuinte a qualquer gasto do Estado ou entidade publica;

- Sou a favor de quotas (homem/mulher) não só no sector publico como privado;

"Ou seja, é neoliberal mas acredita que é socal-democrata."

Se isto é ser neoliberal, então viva o meu neoliberalismo...

Unknown disse...

Bem, reconheço que me enganei. Não é só má-fé.
É má-fé, guarnecida com doses cavalares de burrice.
Uma combinação fatídica.
POde crer que o lamento, meu caro.


Já agora, algumas dúvidas:

"um diferencial máximo entre a menor remuneração e a maior remuneração dentro de uma empresa"

E se você, dono da empresa,quiser ter o melhor gajo? Se não lhe pode pagar mais, como o recruta?
Ameaça-lhe os filhos?
Oferece-lhe "fruta" à FCP?
O CRistiano Ronaldo, por exemplo...como é que assegura que trabalhe para si se não lhe puder pagar mais?

"que o Estado pode e deve estar em todos os sectores economicos quer como accionista ou produtor mas não em regime monopolista"

Todos?
Na indústria do sexo? Na produção de pensos rápidos? Na apanha dos percebes? No negócio das pastas de dentes? Na descasca do amendoim?
Na restauração? No comércio de lavagantes?


" o trabalhador tem direito a subsidio durante 3 anos e que os encargos adicionais deste sistema deve ser suportado pelas empresas sem repercursão no preço de venda"

E de onde vem o dinheiro? Pensa que as empresas têm uma rotativa para produzir euros?
O mini-mercado aí da esquina, por exemplo. Começa a vender menos, tem de despedir um trabalhador porque não tem lucros para lhe pagar. E você diz que o despede e continua a pagar?
Mas então porque o há-de despedir?


"que os imigrantes que estão em Portugal devem ser todos egalizados"

Todos os que estão agora, ou todos os que estavam há 1 minutos? Ou todos os que estão em cada momento?


"que os médicos do sector de saude publica não possam exercer cargos no privado e vice-versa;"

E como quer segurar no público um médico que ganha 10 vezes mais no privado?
Usa algemas? Prende-os?



"Sou a favor de quotas (homem/mulher) não só no sector publico como privado"

E porque não quotas para os Josés? Para os Jaquins? Para os gordos? Para os magros? Para os homossexuais? Para os negros? Para os chineses? Para os gajos que têm um Audi? Para os que usam calças de ganga? Para os punks? Para os dançarinos de rap? Para os adeptos do FCP? Para os carecas? Para os metrossexuais? Para os católicos? Para os mórmons?
E porque não quotas para homens nos jardins de infância. Obrig
a-los a ir para lá, mesmo que não queiram?
E na seleccção nacional?
E nas mães...porque é que só as mulheres são mães?

Luís Oliveira disse...

"Que o mercado laboral em termos de despedimento deve ser totalmente liberal e que independentemente da iniciativa (empregador/trabalhador) o trabalhador tem direito a subsidio durante 3 anos e que os encargos adicionais deste sistema deve ser suportado pelas empresas sem repercursão no preço de venda"


Acho que deviamos instituir no Fiel Inimigo um prémio tipo Capitão Moura, como fazem na Liga dos Últimos. Desde já proponho que seja crismado Prémio Stran, em homenagem ao seu equivalente blogosférico.

O que me dizem os colegas de redacção?

Anónimo disse...

Meu caro Lidador,

Você é que me apelidou de neo-liberal.

Mas pelo menos tive o condao de o obrigar espreitar por um segundo fora dessa capelinha dogmatica que é a sua cabeça. Tantas perguntas! Sim senhor, se parar para raciocinar 5 segundos pode ver que muitas delas tem respostas bem fáceis.

Por exemplo:

1 - Se tiver dinheiro pode contratar o Cristiano está à vontade. Vá lá raciocine um pouco e verificará que o poderá fazer...

Outras seguem uma doutrina que você gosta muito que se resume "quem quer usufruir de algo que pague os seus custos" neste caso para usufruir dos beneficios da liberalização que pague os custos para a sociedade dessa liberalização.

Quanto às possibilidades para o Estado são infinitas e determinadas pela sociedade, portanto pode continuar a enumerar.

Como você disse eu sou um neo-liberal, afinal não é o neo-liberalismo que você defende?

Anónimo disse...

"Acho que deviamos instituir no Fiel Inimigo um prémio tipo Capitão Moura, como fazem na Liga dos Últimos. Desde já proponho que seja crismado Prémio Stran, em homenagem ao seu equivalente blogosférico."

Obrigado Luís. És muito simpatico, um prémio com o meu nome sim senhor...

E que tal agarrares a discussão com argumentos e não com parvoices, humm? Para variar.

Anónimo disse...

P.S. Adorei a vossa reacção parecem baratas tontas!!!

LOL

Unknown disse...

Stran, não respondeu a nenhuma das perplexidades que as suas "políticas" suscitam

Recordo-as:

"um diferencial máximo entre a menor remuneração e a maior remuneração dentro de uma empresa"

E se você, dono da empresa,quiser ter o melhor gajo? Se não lhe pode pagar mais, como o recruta?
Ameaça-lhe os filhos?
Oferece-lhe "fruta" à FCP?
O CRistiano Ronaldo, por exemplo...como é que assegura que trabalhe para si se não lhe puder pagar mais?

"que o Estado pode e deve estar em todos os sectores economicos quer como accionista ou produtor mas não em regime monopolista"

Todos?
Na indústria do sexo? Na produção de pensos rápidos? Na apanha dos percebes? No negócio das pastas de dentes? Na descasca do amendoim?
Na restauração? No comércio de lavagantes?


" o trabalhador tem direito a subsidio durante 3 anos e que os encargos adicionais deste sistema deve ser suportado pelas empresas sem repercursão no preço de venda"

E de onde vem o dinheiro? Pensa que as empresas têm uma rotativa para produzir euros?
O mini-mercado aí da esquina, por exemplo. Começa a vender menos, tem de despedir um trabalhador porque não tem lucros para lhe pagar. E você diz que o despede e continua a pagar?
Mas então porque o há-de despedir?


"que os imigrantes que estão em Portugal devem ser todos egalizados"

Todos os que estão agora, ou todos os que estavam há 1 minutos? Ou todos os que estão em cada momento?


"que os médicos do sector de saude publica não possam exercer cargos no privado e vice-versa;"

E como quer segurar no público um médico que ganha 10 vezes mais no privado?
Usa algemas? Prende-os?



"Sou a favor de quotas (homem/mulher) não só no sector publico como privado"

E porque não quotas para os Josés? Para os Jaquins? Para os gordos? Para os magros? Para os homossexuais? Para os negros? Para os chineses? Para os gajos que têm um Audi? Para os que usam calças de ganga? Para os punks? Para os dançarinos de rap? Para os adeptos do FCP? Para os carecas? Para os metrossexuais? Para os católicos? Para os mórmons?
E porque não quotas para homens nos jardins de infância. Obrig
a-los a ir para lá, mesmo que não queiram?
E na seleccção nacional?
E nas mães...porque é que só as mulheres são mães?

Tem de ser capaz de defender a racionalidade daquilo que afirma, meu caro.

Se não for assim, qq pessoa pode dizer que é a favor que todos tenham asas; que todos cheirem a Chanel; que todos tenham um Ferrari; que todos comam caviar Beluga; que haja quotas para as casas de Malibu.

Não custa nada dizer isto. Custa é explicar como isso se torna possível.

E você falhou nesse pequeno pormenor.

Creio que foi por distração. Ora então vamos lá..

Anónimo disse...

Vamos por parte então antes que essa cabeça estoure:

""um diferencial máximo entre a menor remuneração e a maior remuneração dentro de uma empresa"

E se você, dono da empresa,quiser ter o melhor gajo? Se não lhe pode pagar mais, como o recruta?""

Porque é que não pode pagar mais?

RioDoiro disse...

Acerca do Stran,

Eu iria pelo prémio fardo de palha.

http://img.olhares.com/data/big/69/698857.jpg

.

Anónimo disse...

Caro Lidador,

Então?

Anónimo disse...

"Não custa nada dizer isto. Custa é explicar como isso se torna possível.

E você falhou nesse pequeno pormenor.

Creio que foi por distração. Ora então vamos lá.."

Não tinha lido esta ultima parte (tão habituado ao seu copy paste que não reparei que tinha escrito um pouco mais).

Vamos então por pontos:

""um diferencial máximo entre a menor remuneração e a maior remuneração dentro de uma empresa"

E se você, dono da empresa,quiser ter o melhor gajo? Se não lhe pode pagar mais, como o recruta?
Ameaça-lhe os filhos?
Oferece-lhe "fruta" à FCP?
O CRistiano Ronaldo, por exemplo...como é que assegura que trabalhe para si se não lhe puder pagar mais?"

Fiquei à espera da resposta mas foi em vão...

Se uma empresa tiver dinheiro pode contratar o Cristiano Ronaldo à vontade. Eu sei que não reparou mas eu falei em rácio não em tecto máximo.

Uma regra deste tipo não limita o máximo que uma pessoa pode ganhar. Desde que a empresa tenha dinheiro para suportar o Cristiano Ronaldo podê-lo-á fazer (tal e qual como agora).

Isto apenas dificulta a decisão do gestor, mas os melhores gestores ultrapassaram este obstaculo sem grande dificuldade.

E até existe um exemplo do seu amado USA de algo parecido com isto no desporto (que até é mais restrito que o meu caso). Na NBA eles têm um plafond máximo que podem gastar numa equipa. A gestão desse plafond fica a cargo da equipa. E não foi por existir esse plafond que o espectaculo ficou pior ou que os USA deixaram de produzir bons basqueteblistas.

Como vê a questão que colocou é uma falsa questão.

Fico à espera da sua reacção a este comentário para discutirmos ponto por ponto em vez de discutir todos ao mesmo tempo.