Abaixo fica o anúncio de propaganda política da campanha de Obama cuja publicação custou 6 (seis) milhões de dólares. Este anúncio foi divulgado simultaneamente nas principais cadeias de televisão americana e tem quase meia hora de duração.
Antes de ver o anúncio, vamos colocar-nos no lugar de um qualquer não americano interessado nas eleições americanas (fácil para todos nós). Vamos ainda supor que desconhecemos qual o candidato promovido pelo anúncio.
Munidos desta atitude, visualizemos a coisa (quem diposer de 30 mintuos, claro).
Partindo então do pressuposto que o anúncio foi visto imaginando que Obama não é o candidato, ensaiemos agora a resposta a duas questões:
1. Entre os que são contra Obama, quantos concordam com o sentido político do anúncio?
2. Entre os que são a favor de Obama, quantos estão contra o sentido político do anúncio?
Parece-me bem que a percentagem dos que responde 'sim' à primeira questão é superior a 50%. Sensivelmente a mesma dos que responderiam 'não' à segunda questão.
Isto mostra o quanto o preconceito está a impedir o mundo de perceber os motivos reais que parecem ir conduzir Obama à vitória. Este raciocínio aplica-se aos denunciantes e aos apoiantes da obamafilia, embora por razões opostas. Os motivos profundos que levam a América a ir votar em Obama não estão ligados aos seus antecedentes esquerdistas, até porque para este evento ele os meteu na gaveta. Passo sem dizer qual o quadrante político dominante no seu discurso para não ofender mais as suscetibilidades de todos os que são contra ou a favor.
Para acabar, outra questão: quanto se teria gasto em rios de tinta de prosa esquerdista indignada se o anúncio fosse de Mccain?
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
2 comentários:
Paulo,
Eu sou a favor de Obama, e acho o vídeo muito bem feito, mas é evidente que não se trata aqui de um documentário imparcial mas de algo que se designa com um neologismo muito engraçado: infotainement.
Outra coisa muito importante antes de julgar, e isto é muito importante para os não-Americanos, é preciso ter em conta que este vídeo foi feito ESPECIALMENTE para Americanos.
Se este vídeo tivesse sido feito pelos responsáveis da campanha Mccain para Mccain teria dita precisamente a mesma coisa.
Corresponde esta resposta de alguma forma às percentagens e expectativas das perguntas 1 e 2 ?
Caro CdR
Ao rever o blog, reparo que não entrou uma resposta que lhe tinha deixado (melhor, tentado deixar) ao seu comentário.
"Corresponde esta resposta de alguma forma às percentagens e expectativas das perguntas 1 e 2 ?"
O resultado pretendido era mostrar que as diferenças entre as candidaturas podem ser grandes para os americanos, mas realmente são menores para nós. A política na América é menos ideológica do que entre nós.
A forma como analisa o assunto é preferível aas minhas questões.
Mas agora é tarde para reformular.
Para a próxima, antes de fazer perguntas, passo-as primeiro por si.
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