Há uma semana um amigo alertou-me para uma discussão muito interessante no ASPIRINA B que eu, segundo ele, obrigatoriamente deveria deitar uma vista d’olhos. Avisou-me que a coisa já ia longa mas que valia a pena ler. Li na altura 452 comentários! O ASPIRINA B, com 555 comentários dedicados ao artigo de Valupi sobre os famosos cartoons dinamarqueses, bateu o record do post mais comentado da história da blogosfera nacional – é obra digna de registo…
Mas por muito bem escrito que o artigo estivesse, e estava, não foi esse o facto que originou esta corrida ao ouro. Quanto a mim foi a omnipresença da Zazie... Para quem ainda não conhece o personagem, trata-se de uma senhora – imagino eu, a menos que seja um George Sand ao contrário – com blogue próprio, COCANHA, mas que felizmente não é mulher caseirinha e paira em tudo quanto é blogue de opinião. É talvez a grande diva da blogosfera nacional. Escreve bem, embora um tanto intrincado para o meu gosto (o mal nacional). É bastante inteligente, mas é sobretudo uma fantástica polemista. Nunca vi igual em Portugal - talvez Antero de Quental. Mas estas comparações assimétricas lembram as do futebol: terá sido Maradona melhor que Pelé?
Para terem uma ideia, dos 555 comentários no Aspirina, certamente metade são da autoria da Zazie. Logo no primeiro dia, 13 de Fevereiro, a Zazie já tinha uma razoável produção de 16 comentários, para no dia seguinte passar rapidamente para 46, aguentando esta média até quinta-feira passada e obrigando Valupi a postar a versão cartoons II acompanhada agora por este cri de coeur:
'Quando celebrei o protesto na imprensa dinamarquesa contra o plano de assassinato de Kurt Westergaard, previ que seria um post consensual. Responder à espada com a pena, à violência com a lei, à loucura com a coragem, parecia-me terreno comum. Felizmente, a nossa amiga zazie veio mostrar-me o quão errado eu estava. A sua feérica e entrópica participação explica parte da anormal quantidade de comentários e a prolongada recreação, residindo na complexidade e melindre do tema o resto da causalidade do fenómeno.'
Daqui facilmente se depreende a razão de tantos comentários, mas também de que se tratava da Zazie contra todas as outras ‘aspirinas’. E todos eles, meninos ou meninas, levavam bengaladas qu’até fervia. A polémica parecia mais um filme de karaté - daqueles em que Bruce Lee vence sempre. Zazie rodeada de malfeitores de espada em riste dá de repente um salto mortal e, na queda, atinge dois adversários com os pés, outros dois com as mãos e o quinto com a cabeça, o sexto foge…
Mas por muito bem escrito que o artigo estivesse, e estava, não foi esse o facto que originou esta corrida ao ouro. Quanto a mim foi a omnipresença da Zazie... Para quem ainda não conhece o personagem, trata-se de uma senhora – imagino eu, a menos que seja um George Sand ao contrário – com blogue próprio, COCANHA, mas que felizmente não é mulher caseirinha e paira em tudo quanto é blogue de opinião. É talvez a grande diva da blogosfera nacional. Escreve bem, embora um tanto intrincado para o meu gosto (o mal nacional). É bastante inteligente, mas é sobretudo uma fantástica polemista. Nunca vi igual em Portugal - talvez Antero de Quental. Mas estas comparações assimétricas lembram as do futebol: terá sido Maradona melhor que Pelé?
Para terem uma ideia, dos 555 comentários no Aspirina, certamente metade são da autoria da Zazie. Logo no primeiro dia, 13 de Fevereiro, a Zazie já tinha uma razoável produção de 16 comentários, para no dia seguinte passar rapidamente para 46, aguentando esta média até quinta-feira passada e obrigando Valupi a postar a versão cartoons II acompanhada agora por este cri de coeur:
'Quando celebrei o protesto na imprensa dinamarquesa contra o plano de assassinato de Kurt Westergaard, previ que seria um post consensual. Responder à espada com a pena, à violência com a lei, à loucura com a coragem, parecia-me terreno comum. Felizmente, a nossa amiga zazie veio mostrar-me o quão errado eu estava. A sua feérica e entrópica participação explica parte da anormal quantidade de comentários e a prolongada recreação, residindo na complexidade e melindre do tema o resto da causalidade do fenómeno.'
Daqui facilmente se depreende a razão de tantos comentários, mas também de que se tratava da Zazie contra todas as outras ‘aspirinas’. E todos eles, meninos ou meninas, levavam bengaladas qu’até fervia. A polémica parecia mais um filme de karaté - daqueles em que Bruce Lee vence sempre. Zazie rodeada de malfeitores de espada em riste dá de repente um salto mortal e, na queda, atinge dois adversários com os pés, outros dois com as mãos e o quinto com a cabeça, o sexto foge…
‘O problema não está na caricatura, o problema está na intenção de matar o autor’ balbuciava Valuti pacientemente, e não sem razão! ‘Estou a embirrar com coninhas legalistas’ retorquia a Zazie implacável. ‘Mas então o estado de direito’, tentava Valuti por outro lado, ‘enfia o estado de direito no cu’ respondia a Zazie! Outros tentavam a sedução, como por exemplo o rvn: ‘Zazie, pantera da minha fantasia tarzânica (…)’. Mas a Zazie não quer ser Jane: ‘O caralho! O caralho! Eles [muçulmanos] não fizeram nada’. A Susana, mais da minha opinião, insiste: ‘não percebeste nada, nem se percebe o que dizes’, a Zazie, sem dó nem piedade, retribui ‘falo contigo como se fosses uma miudinha que andava de gatas quando esta cena da liberdade apareceu’. Toma lá e embrulha, e eu também, por tabela…
Às tantas um comentador com um nick de quem se esperaria uma postura mais máscula, o Shark, resume de forma sintomática mas sincera este combate desigual, ‘a Zazie intimida-me’. Coitado do Shark, ficou zazificado, não era o único!
Mas o que torna a performance da Zazie ainda mais sublime, um pormenor que muita gente esquece quando julga as qualidades de um 'debater', é o facto de ter ou não razão. Convenhamos, é muito mais fácil debater e argumentar seja com quem for, quando temos a razão pelo nosso lado, do que quando nos arvoramos em advogados do diabo. Mas a diabólica Zazie, mesmo sem uma pontinha de razão, conseguia, nas calmas, esmagar os seus adversários… Chapeau!
Com uma certa frequência repetia às suas adversárias ‘tão estúpida que nem percebe que liberdade [de] expressão não tem nada a ver com liberdade de insulto’. Quando todos nós sabemos, e ela certamente também, que estas coisas estão interligadas. É óbvio que uma nunca funciona sem a outra. Sem esquecer que o insulto é algo subjectivo, toda a gente com dois dedos de testa compreende que a liberdade de insultar só funciona onde existe liberdade de expressão. Quem é que não conhece a anedota do americano lembrando ao russo a falta de liberdade na União Soviética: ‘In my country I can go to the White House and scream: BUSH IS A SON OF A BITCH, and I’m sure nothing happens to me’. Resposta pronta do russo: ‘No big deal, I can go also to the Red Square in Moscow and scream Bush is a son of a bitch….’
Outra afirmação da Zazie completamente a norte é: ‘limparem-lhes o cebo como ao outro desgraçado de Van Gogh que achou altamente inteligente e pedagógico andar a fazer esperas a criançinhas de escola para lhes dizer que o Maomé era pedófilo (…)’.
Desconhecia que Van Gogh fazia esperas a criancinhas!!! Creio que a Zazie está aqui a querer confundir muita coisa com o ângulo recto, que também ferve a 90º!!! Van Gogh, que era praticamente meu vizinho, ia realmente de bicicleta duas vezes por dia à escola, mas para levar e buscar o filho, Lieeuwe! E a história do Maomé pedófilo nunca foi abordada por Van Gogh, mas sim por Ayaan Hirsi Ali, que afirmou que o facto do profeta ter casado com uma miúda de 6 anos é, ACTUALMENTE, e aos nossos olhos, visto como pedofilia…
Outra. Valuti tenta debalde encostar a Zazie à parede, ‘se ela achava que os três muçulmanos deviam matar o cartoonista do Jyllands-Posten’. Zazie: ‘sim, achava a retaliação perfeitamente legítima. Porque, se a estupidez não paga imposto, o risco é da conta do burro.’ Toma lá que já almoçastes…
E também neste caso Valupi tem razão! Porque num planeta em que todos os dias que Deus nos dá são cometidos assassinatos e atentados à bomba em nome de Alá e do seu profeta, um pouco por todo o lado, é mais do que lógico que um caricaturista político, mais dia menos dia, acabe mesmo por retratar o profeta da dita cuja religião com uma bomba nos cornos. Simple comme bonjour…
O que seria estranho era o cartoonista retratar Buda ou Confucius da mesma forma!!! O que me leva a perguntar à Zazie, muito educadamente e a medo, não vá levar uma ripada como levaram os aspirinas, a razão de não ser muito usual na imprensa a utilização dos substantivos budafobia, ou confuciofobia?
Fico agora na dúvida se rematar a coisa numa boa, numa Zen, e repetir com a Susana ‘Zazie, a malta grama-te e não te quer ver assim, em desespero. tens que perceber que também não se trata, aqui, de uma tese de doutoramento monográfica da tua pessoa.'
Ou acabar em grande, à maneira da Zazie, como ela fez em Junho de 2006 no Miniscente: ‘Como dizia a fábula de Esopo, não vale a pena certas pessoas preocuparem-se muito em olhar para os dejectos que lançam, cuidando que lhes tenham escapado do cérebro, porque nada sai de onde nada existe'.
Às tantas um comentador com um nick de quem se esperaria uma postura mais máscula, o Shark, resume de forma sintomática mas sincera este combate desigual, ‘a Zazie intimida-me’. Coitado do Shark, ficou zazificado, não era o único!
Mas o que torna a performance da Zazie ainda mais sublime, um pormenor que muita gente esquece quando julga as qualidades de um 'debater', é o facto de ter ou não razão. Convenhamos, é muito mais fácil debater e argumentar seja com quem for, quando temos a razão pelo nosso lado, do que quando nos arvoramos em advogados do diabo. Mas a diabólica Zazie, mesmo sem uma pontinha de razão, conseguia, nas calmas, esmagar os seus adversários… Chapeau!
Com uma certa frequência repetia às suas adversárias ‘tão estúpida que nem percebe que liberdade [de] expressão não tem nada a ver com liberdade de insulto’. Quando todos nós sabemos, e ela certamente também, que estas coisas estão interligadas. É óbvio que uma nunca funciona sem a outra. Sem esquecer que o insulto é algo subjectivo, toda a gente com dois dedos de testa compreende que a liberdade de insultar só funciona onde existe liberdade de expressão. Quem é que não conhece a anedota do americano lembrando ao russo a falta de liberdade na União Soviética: ‘In my country I can go to the White House and scream: BUSH IS A SON OF A BITCH, and I’m sure nothing happens to me’. Resposta pronta do russo: ‘No big deal, I can go also to the Red Square in Moscow and scream Bush is a son of a bitch….’
Outra afirmação da Zazie completamente a norte é: ‘limparem-lhes o cebo como ao outro desgraçado de Van Gogh que achou altamente inteligente e pedagógico andar a fazer esperas a criançinhas de escola para lhes dizer que o Maomé era pedófilo (…)’.
Desconhecia que Van Gogh fazia esperas a criancinhas!!! Creio que a Zazie está aqui a querer confundir muita coisa com o ângulo recto, que também ferve a 90º!!! Van Gogh, que era praticamente meu vizinho, ia realmente de bicicleta duas vezes por dia à escola, mas para levar e buscar o filho, Lieeuwe! E a história do Maomé pedófilo nunca foi abordada por Van Gogh, mas sim por Ayaan Hirsi Ali, que afirmou que o facto do profeta ter casado com uma miúda de 6 anos é, ACTUALMENTE, e aos nossos olhos, visto como pedofilia…
Outra. Valuti tenta debalde encostar a Zazie à parede, ‘se ela achava que os três muçulmanos deviam matar o cartoonista do Jyllands-Posten’. Zazie: ‘sim, achava a retaliação perfeitamente legítima. Porque, se a estupidez não paga imposto, o risco é da conta do burro.’ Toma lá que já almoçastes…
E também neste caso Valupi tem razão! Porque num planeta em que todos os dias que Deus nos dá são cometidos assassinatos e atentados à bomba em nome de Alá e do seu profeta, um pouco por todo o lado, é mais do que lógico que um caricaturista político, mais dia menos dia, acabe mesmo por retratar o profeta da dita cuja religião com uma bomba nos cornos. Simple comme bonjour…
O que seria estranho era o cartoonista retratar Buda ou Confucius da mesma forma!!! O que me leva a perguntar à Zazie, muito educadamente e a medo, não vá levar uma ripada como levaram os aspirinas, a razão de não ser muito usual na imprensa a utilização dos substantivos budafobia, ou confuciofobia?
Fico agora na dúvida se rematar a coisa numa boa, numa Zen, e repetir com a Susana ‘Zazie, a malta grama-te e não te quer ver assim, em desespero. tens que perceber que também não se trata, aqui, de uma tese de doutoramento monográfica da tua pessoa.'
Ou acabar em grande, à maneira da Zazie, como ela fez em Junho de 2006 no Miniscente: ‘Como dizia a fábula de Esopo, não vale a pena certas pessoas preocuparem-se muito em olhar para os dejectos que lançam, cuidando que lhes tenham escapado do cérebro, porque nada sai de onde nada existe'.
64 comentários:
Já conhecia essa tal zazie do portugalcomtemporâneo.. Confesso que tambem me ri muito à custa dela
"... bateu o record do post mais comentado da história da blogosfera nacional..."
De discussão contínua, sim. Em número absoluto de comentários o Semiramis e O Meu Pipi (antes de lá irem mexer naquilo, pois já tinha as caixas de comentários encravadas) foram bem mais longe.
Mas, está tudo em aberto, a discussão parece não ter como extinguir-se...
Há apenas duas coisas que lhe interessam na vida: o anonimato e os números?
Mas que vida, Margarida...
Caro anónimo das 00:08
Vc sabe o que aconteceu ao certo com o Semiramis?
Olá Carmo,
Fico sempre na dúvida se o hei-de tratar pelo primeiro ou último nome para impor mais respeitinho.
Era só para agradecer a simpatia e aproveitar para lhes fazer uam pergunta.
Como é que funciona isto aqui no v. blogue? O AdSense ainda pinga alguma coisa por clicar em post, ou é tudo é mais variante de avatar a berlinde?
bisou
Bem, esta zazie, a avaliar pela sua prestação na blogosfera, é assim uma espécie de atracção circense.
Parece que a sua especialidade é a peixeirada.
Faz lembrar aquele episódio do Gato Fedorento, que apresenta o tipo que tem resposta para tudo e que, com um ar triufante, retruca a tudo o que lhe dizem, com bostadas e caralhadas.
É um estilo.
Mas é preciso ter pachorra para a aturar e alimentar com entulho a sua subtilíssima prosa.
Digamos que é uma espécie de Pequeno Saul, da blogosfera.
Em meu modesto entender, deveríamos casá-la com esse outro fenómeno psiquiátrico, que anda por aí e que assina "euroliberal".
Fariam um par perfeito, com momentos de paixão assolapada e sessões monumentais de pancadaria.
Mas eu, tenho de reconhecer, em matéria de dog fight, prefiro os rotweilers.
Olá menina Zazie,
Pode tratar como quiser. O facto de me tratar já me chega, fico todo contente. Daqui por uns anos posso contar aos meus netos, com documentos comprovativos, que era tu cá tu lá (uma força de expressão!) com a mais famosa diva da blogosfera nacional, a Zazie.
'O AdSense ainda pinga alguma coisa por clicar em post, ou é tudo é mais variante de avatar a berlinde?'
O que é o AdSense?
'ou é tudo é mais variante de avatar a berlinde?
O que significa esta frase?
E quanto ao resto? O mais importante. Não me diga que está completamente de acordo com tudo aquilo que eu disse? Não me decepcione caneco, não há assim mesmo nada que discorde: um pensamento duvidoso, um adjectivo mal utilizado, UMA VÍRGULA MAL COLOCADA….
Não percebeu o AdSense? olhe, pergunte ao amigo Lidador.
Eu só fiquei com curiosidade se isto aqui ainda pingava.
Quanto ao resto reparei que v. se escapou bem da questão que se debateu e que se resumia em poucas palavras.
Achar que se tem razão sem precisar de dizer nada, até um maneta ou mudo é capaz de fazer.
O que por lá foi afirmado era besteira demasiado fácil de deitar abaixo:
Um grupo de esquerdalhos ditadores do politicamente correcto e sempre com a boca cheia do "outro", dos imigras, da xenofobia, do racismo e de outras paneleirices da boca para fora, a ficarem agora todos tremeliques por causa da boa da civilização ocidental já não poder insultar esses gajos em vez de os mandar para casa.
Entendeu ou é preciso fazer desenho?
Quanto à "liberdade de expressão" acompanhada de citação de Voltaire, foi mais outra bacorada que caiu em 3 tempos.
Toda aquela merda começou por um anormalzinho ateísta militante do BE lá daquela parvónia, a fazer uma merda de livrinho de catequização à revolução cultural do mao, onde macaqueava o corão. E depois, como bom totalitário esquerdalho que gosta de doutrinar a cabecinha das criancinhas, queria impingi-lo como uma espécie de bíblia anti-islâmica em todas as escolinhas la terra.
E foi aqui que lhe faltou apoio e também lhe faltou cartoonista para desenhar mais umas merdas doutrinárias.
O tal Rose Fllemming do lobbie dos pencudos aporveitou ser dono do jornal, par convidadar aqueles bèbados ignaros e que nem desenhar sabem, para fazerem as caricaturas no jornal, aproveitando o clima de militância da doutrinação e terraplanagem ateia.
Tudo isto foi livremente publicado. Como é que alguém ainda pode vir falar em liberdade de expressão amordaçada na Dinamarca?
O tolinho do Valupi decidiu então transformar as retaliações dos muftis e daquele maralhal todo que por muito menos também ameaçou o Papa, num problema de Estado de Direito onde o "onterlocutor e opositor de ideias, tem meios para responder sem ser à bomba".
Depois disto e com argumentos destes, eu é que sou maluca?
Estavam a pedi-las pois. E estes anormais de esquerdalhada fracturante que acham que divinas são as causas fufas e paneleiras, ainda mais.
Mas a minha grande curiosidade era mesmo o AdSense. Ainda por cima com grunho de Cavador no barco, será que Israel paga?
E recebem como? por se clicar nos posts ou por contador de url?
É que era mesmo capaz de fazer a aposta que é tudo trabalho em troca de uma saqueta de caricas e um par de berlindes às cores.
Eu = anónimo das 00:08.
Não sei o que aconteceu ao Semiramis, a última versão que li foi a do JPP no Abrupto, fui espreitar o que anda na última caixa de comentários e aquilo seguiu uma vida própria.
É pena, mas não faltam blogs extraordinários, para todos os gostos.
Caro anónimo das 00:08m que é como quem diz, das 17:46
Se n for dar mt trabalho, e para evitar ir mergulhar nos (vastos) arquivos do Abrupto, resumidamente qual é a versão do JPP?
Cara Zazie
"E recebem como?"
Acho que foi preciso a menina aparecer para eu saber que 'fui o último a saber'.
Não nos abandone, única forma de eu descobrir que mais malfeitorias estes comparsas têm feito.
"É com grande, grande pesar que soube, por amigos da família, que a Joana do Semiramis morreu, no Domingo, por uma fulminante embolia pulmonar. ..."
Já tinha dito em post, há uns bons tempos atrás, quando o guru-JPP também veio com essa diabolização de alguns bloggers que conspiram contra o governo e coisas no género. Eu, o musaranho e sub-comandanta Paolina Bonaparte (a que dirige as operações na chaise- longue) não somos esquisitos no que toca a clientes.
Vendemos trabalho à peça, sem preocupação com raça, credo, língua, sexo, falta dele, partido, ideologia, e o que mais for preciso.
Quem quiser posta a defender o Bush, tem posta a defender Bush. Quem quiser posta a defender o Olmet, tem posta a defender o Olmet. E assim por diante- em relação a qualquer grupo excursionista, lobbie ou ideologia que se preze. E acredite que trabalhamos bem.
Agora há um pequeno senão - só trabalhamos com pagamento adiantado e não fazemos coisas chungas para depois virem apenas com tentativas de retribuições em tachos ou nº em manifs.
Por aí não contem.
E também há um outro niquito de dúvida em relação aqui ao v. estamine.
É que a malta, lá no Cocanha, oferece trabalho bem-feito, com dedicatória e nomeação do blogger que encomendou o serviço, mas não somos baratos. E nisto, quando toca a pencudos, não há novilíngua capaz de apagar da memória a relação entre significado e significante quando o traduzimos por "somíticos".
Por isso, já sabem- a berlinde ou caricas, nada feito. Para fazer nº em estatísticas, ainda menos- só pagamento directo, em euros ou barra de ouro, que não aceitamos dólares ao preço da chuva-mijona.
euros? barra de ouro?
Aqui os salarios estao em atraso desde que o estabelecimento abriu, ainda nao vi a cor do berlinde.
Isto ainda vai acabar com maanifs na rua e cargas policiais. Como é que se faz um cocktail molotov?
Zazie,
Peço desculpa, só lhe posso responder esta noite. Estou aqui no jantar em Amesterdão com uns portugas de esquerda e não me posso alargar muito...
Essa parte aí desconhecemos. Somos muito intelectuais. No Cocanha só o musaranho é que suja as mãos a mudar o óleo do blogue.
Mas não há-de ser nada que não se resolva com uma rápida consulta aos v.s amiguinhos do 1, 2, 3, muitos vietnams. Afinal de contas c'est toujours la même chanson- um dia o teórico é trostky, no outro-neotrotskista à Wolfowitz.
Pena que o Fukuyama já tenha saltado fora do barco e v.s ainda vão ficar a fazer a figura daquele patusco na ilha. Passados 20 anos ainda estava sem saber que a guerra já tinha acabado por falta de quorum.
carmo rosa- tenha cuidado que os esquerdalhos imigrantes ainda são mais boca-fina que os betos a caviar cá na terrinha.
Veja lá se ainda vai ter de pagar esse jantar com horas extras a Israel mesmo quebrando o sabbath
Essa versão da "Joana... fulminante embolia pulmonar..." pode ser uma especulação que atiraram para dentro da caixa, não houve ainda forma de o comprovar.
O que o JPP escreveu foi:
"Mas os 644 comentários empalidecem face aos portugueses 1321 comentários do Semiramis cuja anónima autora teria morrido de morte súbita, suscitando as mais contraditórias versões na própria caixa de comentários do blogue."
O endereço é este, fala também de algumas caras conhecidas, vale bem a leitura:
http://abrupto.blogspot.com/2006/04/fauna-das-caixas-dos-comentrios-rede.html
Eu = anónimo das 00:08 e das 17:46 = Paulo
Ó anónimo,
você está sempre e completamente offtopic man!
E eu já tenho um azar a anónimos, por mim você nem passava o filtro do spam...
Por isso veja se diz alguma coisa de jeito, contra ou a favor, é igual. Mas não me chateie os cornos com o Semiramis e o Abrupo, quero que os dois tenho muitos meninos...
Caríssima Zazie,
Não pude responder ontem à noite, os esquerdistas estiveram a chatear-me os cornos até muito tarde e lá tive que beber mais um copinho pra aguentar o barco...
'Não percebeu o AdSense? olhe, pergunte ao amigo Lidador.
Eu só fiquei com curiosidade se isto aqui ainda pingava.'
Diz você,
eu julgava que era só a CIA que nos financiava, e como o meu colega DLM já disse, por enquanto ainda não vimos nenhum, vou já pedir explicações ao Lidador…
'Quanto ao resto reparei que v. se escapou bem da questão que se debateu e que se resumia em poucas palavras.
Precisamente nestas palavras:
toda a gente com dois dedos de testa compreende que a liberdade de insultar só funciona onde existe liberdade de expressão. Quem é que não conhece a anedota do americano lembrando ao russo a falta de liberdade na União Soviética: ‘In my country I can go to the White House and scream: BUSH IS A SON OF A BITCH, and I’m sure nothing happens to me’. Resposta pronta do russo: ‘No big deal, I can also go to the Red Square in Moscow en scream Bush is a son of a bitch….’
50% é apenas uma anedota, anedota que diz mais do que todo o artigo do Valupi, por muito bem escrito que estivesse e por muita razão que tivesse. É trágico para quem como nós Zazie faz vida disto, de escrever. Uma boa anedota ou um genial cartoon (vide o meu post) diz muito mais e ocupa menos espaço. Essa é que é essa…
Eu, em vez das 1258 palavras que lhe dediquei, poderia ter publicado apenas estas 9: ‘O que seria estranho era o cartoonista retratar Buda’.
Neste caso também está tudo dito, mas a coisa fica assim, como é que hei-de dizer, estéril, sem graça nenhuma - tratava-se de uma dedicatória a uma senhora…
O que por lá foi afirmado era besteira demasiado fácil de deitar abaixo
Está a ser muito modesta, não estou de acordo consigo, nem era besteira e muito menos fácil de deitar abaixo. O Valupi pode ser um coninhas como você diz, mas escreve muito bem, é inteligente, pensa lógico e tem a razão pelo seu lado. Apenas um defeito, não tem as suas qualidades polémicas, nem o seu killing instinct, nem a sua falta de pudor.
Mas a Zazie ganhou a batalha (CARTOONS I) mas de maneira nenhuma a guerra. Mais grave ainda, está a perdê-la de forma vergonhosa… E a vergonha abate-se sobre mim também, que a pus, muito depressa, nos píncaros da Lua - ‘É talvez a grande diva da blogosfera nacional; É bastante inteligente, uma fantástica polemista. Nunca vi igual em Portugal - talvez Antero de Quental.’ – e agora custa-me vê-la assim a levar porrada, a recorrer constantemente a insultos ad hominem, cada vez menos subtis e atabalhoados…
Eu compreendo bem que no CARTOONS II saltaram pró ringue adversários muito mais fortes, nomeadamente o triunvirato Cócó, Ranheta e Facada (Costa, Respect e Facada). Mas não é razão para se deixar abater como uma ovelha embriagada. Faça uma retirada estratégica de vez em quando, dê a mão a palmatória quando vir que ‘os outros têm alguma razão’.
É que o Costa não é o Valupi nem a Susana, estes últimos são pessoas educadas, moralistas, têm uma função didáctica. O Costa não. O Costa percebeu rapidamente a essência da discussão:
‘Ora acontece que os “radicais“ de um dos lados pintam cartoons, e os do outro agridem, queimam e matam.
Parecendo que não, há uma diferençazinha de nada.’
E quem sair deste framework está a comer nos cornos, e mais nada.
Zazie, tenho muita pena de dizer isto, mas o Costa é que é o Antero de Quental.O Costa é um polemista nato e de grande qualidade. Olhe, se quiser aceitar um conselho de um amigo, ao cruzar-se com ele, passe mas'é para o outro passeio...
Outro factor que dificulta a sua vitória é você partir de uma premissa completamente errada. É um erro que toda gente comete, mas você não é ‘toda a gente’, você tem uma reputação a defender.
Trata-se da separação que você continua a fazer entre ‘corpo e alma’. Ou seja, entre liberdade de insultar e liberdade de expressão. Já lhe expliquei que estas coisas não são dissociáveis, aliás a Zazie é um exemplo flagrante disto!!!
Consegue imaginar uma discussão destas na imprensa cubana, no Gramna? Entre por exemplo a Zazie e o Raúl Castro! Ou na Coreia do Norte? Ou na Arábia Saudita? Mesmo na Rússia de Putin a Zazie teria a mesma sorte que a jornalista Anna Politkovskaja…
A uma certa altura afirma: ‘Um grupo de esquerdalhos ditadores do politicamente correcto e sempre com a boca cheia do "outro", dos imigras, da xenofobia, do racismo e de outras paneleirices da boca para fora’
E o esquerdalho, e alguma direita liberal, continua ainda a bater nesta tecla. Mas precisamente o Valupi não porra! Já faz parte de uma esquerda inteligente que começou a abrir os olhinhos. Graças ao trabalho de sapa de gente com tomates como Theo van Gogh, Ayaan Hirsi Ali, Ashin Ellian, Walid Shobat, Abdullah Al-Araby e … esta senhora que pode ver aqui no YouTube em discussão na Al Jazeera com um imã, Wafa Sultan: http://www.youtube.com/watch?v=tTnm67p1nOA&mode=related&search=
Mande sempre...
Pois o seu lavrador pode ficar com o Antero inteirinho e dar-lhe o uso que mais precisa.
Se há personagem que detesto é mesmo esse versejador de latrina do Antero.
Os meus heróis portugueses são outros, à cabeça está o Herculano.
Fora disso, detesto burgueses, tanto quanto o detestava o Gattopardo.
Agora é claro, se v. acha que a "civilização ocidental (que raio de anormalidade possa ser isso) o melhor exemplo de instrução e elevação cultural que tem para dar à barbárie é a liberdade de insulto, na maior.
Por isso é que eu lhe chamo decadência ocidental, nunca civilização a isso.
No que interessa para exemplo jornalístico deixei lá o PJ Rourke para quem quiser fazer upload. Coisas de porteira menor e medir liberdades a cuspo ou a bomba, é mesmo para quem já bateu no fundo do fundo e está a pedir que seja mandado para o caixote do lixo da História.
Os meus heróis portugueses são outros, à cabeça está o Herculano.
O meu fica entre nós Zazie, é o Eusébio da Silva Ferreira. Mas agora não me vá gozar por essa blogosfera fora, porque Carmo da Rosa é mesmo o meu nome, não há cá niques nem meios niques, e tenho mulher e filhos. Comecei assim, agora já é tarde…estou bem arrependido.
Um dia destes levo um tiro do seu amigo fascista do Aspirinas que se auto-nomeia muito eufemísticamente Euroliberal, ou de algum filho de mafoma, porque estou aqui rodeado deles…
Agora é claro, se v. acha que a "civilização ocidental
Caneco, você ainda não compreendeu. Mais tarde vou tentar por outro lado, agora tenho que ir à do Mohamed comprar carne.. de anho.
Ah, interrompi a hora do chá...
Very sorry.
Não corrijo mais aristocratas na sua coutada privada.
Não poderia estar mais offtopic, pelos deuses, Herculano...
cdr, então esta abécula é que é a maior estrela da blogosfera? Grande barrete que vc me enfiou. Intelectualóides armados em carapaus de corrida é coisa que não escasseia por aí...
Realmente, ó Luís, só umas abéculas como v.s é que ainda acreditam em vedetas quando pavoneiam meia-dúzia de lugares comuns.
":O)))
Palhaçada. Isto aqui na blogo existe uma regra de ouro para quem não é mongo:
Conversa-se com os "amigos" em blogues de acesso restrito e onde v.s ficavam todos à porta porque aquilo não agit prop para menoridade mental
Fora isso existem abates.
Abate foi o que se passou no Aspirina. Porque aquele Valupateta é para abater, nunca para debater.
Por aqui nem se perde tempo, porque o Carmo da Rosa é um charmoso que tem mulheres e filhos e isso é atestado de maioridade para não ir ao castigo.
Mas, para ficarem mais tranquilos quanto ao meu apoio a execuções à bomba a coizinhas assim menores, digo já- por mim- cartoonistas e quem os defender era tudo resolvido com chibatada na praça pública.
Pelo menos, enquanto tratavam os traseiros com a pomada não faziam mais porcaria.
É assim, o regressionismo darwinista tem de ser acompanhado da receita adequada.
Zazie
"era tudo resolvido com chibatada na praça pública."
Não seja assim, ainda ficamos a pensar que dorme com o Corão na mesinha de cabeceira. Podia ser mais imaginativa.
Ó Carmo da Rosa,
Vossa asinina excelência não tem escroto suficiente para admitir a razoável patetice de ter escrito que "... bateu o record do post mais comentado da história da blogosfera nacional..."?
Se chegou à blogosfera há dois dias atrás e conhece mal o fenómeno e a sua história, não fique "copulado" por lhe ser apontada uma prosaica imprecisão, segure na febre, pelos grandes falos!
Para que lhe servem os pequeninos testículos? Para abastecerem masturbações à aparentemente excitante personagem Zazie?
Guarde-os para isto, você faz-me lembrar este médico:
Um médico recém-formado vai trabalhar na zona rural. Ao cabo de três meses, repara que lá não morava nenhuma mulher: todos os moradores eram homens. Entrando em confiança com um dos seus pacientes, pergunta o que eles fazem quando têm necessidade de sexo. O paciente responde que vão perto do rio.
Quando chega o final de semana, o doutor vai para o rio e encontra uma fila enorme de homens. Como ganhou respeito da população, o pessoal começa a ceder seus lugares, deixando o doutor passar na frente até ocupar o primeiro lugar. Então ele vê um burro e pensa:
— Ter que fazer sexo com um animal, pobre gente! E eu não posso me negar, agora que tão gentilmente cederam seus lugares.
E começa a fazer sexo com o burro. Dez minutos depois, estava fazendo seu trabalho e todos olhando e esperando. Até que alguem pergunta com muito respeito:
— Doutor, ainda falta muito? Precisamos do burro para atravessar o rio. As putas tão esperando a gente do outro lado.
"Para que lhe servem os pequeninos testículos? Para abastecerem masturbações à aparentemente excitante personagem Zazie?"
Você descobrui-me a careca, e ainda por cima apanhou-me com a mão na botija, GRANDE CORTE seu cabrão. Isto vai-me custar uma fortuna em psiquiátras antes de recuperar…. a mão!
Eh pá, faça-me lá esse favor, arranje pelo menos um nick, por exemplo o píbias, que acha?
e diga pelo menos uma vez por semana algo on topic.
@ Luis Oliveira:
então esta abécula é que é a maior estrela da blogosfera?
Abécula?
Ó colega, isto não se diz de uma senhora. Pelo menos não foi essa a educação que me deram…
Zazie não faça caso, esta juventude…
E apesar da Zazie me ter desiludido um pouco na segunda parte da batalha dos Cartoons, continuo a acreditar nas qualidades intrínsecas da senhora, do seu pensamento livre, independente.
Mas se me perguntarem, estás de acordo com ela? Respondo, nem pouco mais ou menos. Mas creio que há piores. Sem querer ser paternalista, e acho isto já muito chato, falar de uma pessoa que não está presente, creio que se a Zazie não partir de premissas erradas vai finalmente ver a luz – a luz que nos alumia, Amém…
Obrigada pela cortesia, Carmo Rosa.
Deixei-lhe lá dois links para o caso de não ter percebido no que me estava a centrar nesta segunda parte.
Digamos que na primeira entraram as "madrinhas" dos primilinares- à Côncio)- na segundo os afilhados mais ideologicamente empenhados, do tal jogo de espelhos.
E era aqui que eu queria chegar, logo no primeiro post.
Obrifadinha pela colaboração "labradora/didadora" para o retrato.
zaz
correcção: "lidadora".
Caríssima zazie, não se perca com indirectas.
Agora não tenho muita pachorra para a atender e não me apetece ter de ir ali ao Tintim, para reunir nas falas do Cap Haddock os argumentos adequados à extraordinária profundidade dos seus raciocínios.
Aqui este seu amigo só considera dignos dois modos de insultar: ou com requinte e subtileza, ou com dois murros na cachola.
Como por um lado não me parece que a menina ponha o toutiço em modo de serviço e por outro parece ter-se baldado às lições do ritual do chá,nada a fazer, porque o modo "caralhada e caralheta", é ferramenta profissional e com qualificações profissonais eu não brinco pelo teclado.
Mas, modéstia à parte, a minha proficiência na linguagem de caserna é algo que nunca me deixou ficar mal perante especialistas.
Ao vivo e em directo, claro.
[não me parece que a menina ponha o toutiço em modo de serviço]
Nunca se sabe. Pode estar incluído na lista de serviços que disponibilizou lá para cima. Faltou o preçário.
insultos de meia-noite e o jantar ainda nao está na mesa... o luis ainda está na suecia?
cumprimentos às nativas
Não, já voltei. Mas qualquer dia não volto.
Dewinter
reflexos
http://www.enthusiasten.de/pulp%20fiction/bilder/pageresultate/marsellus%20butch%20jochen%20stephan%20geknebelt%20sw%20kl.jpg
ao espelho
este labrador também dizia que não brincava por teclado e teve um fim à "medida".
Reflexos...
Cara Zazie,
No seu poste das 17:15 do dia 27 só percebi “Obrigada pela cortesia, Carmo Rosa.” O resto podia ter escrito em aramaico!
Porque será que você, em vez de argumentar, se perde em divagações crípticas que a maior parte das pessoas não percebem? Levantando irremediavelmente suspeitas sobre uma lamentável e constante falta de argumentos.
Já é a segunda vez que lhe digo que não se pode separar o corpo da alma. Contaram-lhe isso há muitos anos na catequese e é uma história muita bonita, mas é para crianças… E estatisticamente, quantas mais pessoas no seio de um povo acreditarem nestas patranhas, mais esse povo é atrasado, menos esse povo pertence à tal ‘civilização ocidental’. Que você, sem ofensa, típica portuguesa da média burguesia católica, chama ‘decadência ocidental’ por pose. Mas não se priva de utilizar os bens desta civilização todos os dias que Deus nos dá… Ou você cuida que foram os portugueses ou os árabes que puseram a Internet e outras benesses à sua disposição?
Já lhe disse e provei de várias maneiras que o insulto faz parte da liberdade de expressão, NÃO SE PODEM SEPARAR.
Visto isto, apenas restam duas opções, e agora diga lá de uma vez por todas, precisamente e claramente, qual das duas escolhe:
1. Ir viver para um país do género da Arábia Saudita, Coreia do Norte ou Cuba, para evitar qualquer tipo de insulto na média, mas suportando sem tugir nem mugir a falta de liberdade de expressão. Na mesma linha de pensamento, mas evitando uma desagradável emigração, poderia também bater-se corajosamente pelo seu país, por exemplo ao lado do PNR, para que um regime fascizante do tipo Salazar volte aos seus dias de glória…
Acabam-se imediatamente os insultos a símbolos religiosos que tanto a preocupam, mas minha filha, santa paciência, lembre-se que vão acabar muitas mais coisas…
OU,
2. Prefere, como eu, viver num país com insultos a tudo quanto é tabu, com liberdade de expressão, com qualidade de vida, com protecção a todo o tipo de minorias, com excelentes hospitais, com Internet (livre) para toda a gente, etc, etc. Resumindo, a sua tão odiada ‘civilização ocidental’…
Respeito a sua escolha, porque gostos não se discutem, senão o que seria do verde-islão…
Tudo isto para apenas lhe dizer que a única coisa que eu normalmente peço às pessoas é honestidade intelectual, é terem a puta da coragem de assumir as suas escolhas.
Eu nunca estive a debater nada consigo porque não era passado perto de uma semana que v. vinha agora querer uma conversa repetida e em privado.
Tivesse entrado nele lá no Aspirina. Houve tempo e espaço para isso. Não quis, azar, agora é tarde.
Só me resta uma pergunta: como é que consegue viver assim com tanta raiva contra a chungaria que o rodeia e queixar-se, se foi v. que escolheu ir para o meio dela?
Eu, pelo menos, não renego origens e dedico a minha vida a coisas que gosto. Dedicá-la a "filias" e "fobias" a favor ou contra milhares de pessoas que nunca vi, há-de ser passatempo mais imbecil que coleccionar cromos da bola.
Além do mais, caso nunca tenha reparado, quem teme contaminações é porque já não está muito seguro da sua identidade. Este é o problema dos higienistas.
Mas, ainda se torna problema mais caricato, quando nem se dão conta que "pretos sem alma" já eles são. Logo, a única supremacia que conseguirão encontrar é na regressão às origens-
ao macaco.
Porque, para se preocuparem com coisas da Humanidade, tinham de sair da lixeira do dia-a-dia e do tribalismo ideológico e mergulharem na única coisa que vale mesmo a pena- a Civilização a História de todas as culturas e de todos os povos.
Coisa que, para quem já reduziu os povos à imagem dos odiozinhos merdosos que debita, há-de ser caminho vedado.
Sabe para que serve toda a sua "causa"?
- para tags no betão.
Nem a a grafitti chega.
Apenas riscos e mais porcarias de desenraizados, que nem o local onde vivem são capazes de amar, quanto mais recordar a pátria onde possam ter perdido a alma.
E, se quer fazer alguma coisa de útil, limite-se a votar por políticas de porta fechada.
Mais nada. Não é recebendo e insultando-os que preservam o que quer que seja- apenas imitam o desenraizamento e mal-estar que tanto os incomoda- replicam-no, alimentam-no, passam a não ser capazes de viver sem a merda que combatem.
outra coisa: não tenho a menor formação religiosa. Nunca fui à catequese.
Aquilo que sinto ou o modo como me relaciono com o sagrado é comigo e com mais ninguém.
Por isso meta a viola no saco com essas polaroides truncadas
o seu problema nem é o país para onde foi viver- há-de ser o bairro e a cidade que escolheu. A Holanda é linda.
Eu também tenho família em Inglaterra e nenhum familiar precisa de ter ódiozinhos manhosos nem militar por kipas contra turbantes.
Basta escolher uma profissão de que se goste, ser-se bom no que se faz e viver num lugar com raízes. O resto até o sabem os ingleses- muito espírito cool e nada de querer devassar as alminhas dos outros. Esse é passatempo jacobino- v. até estava melhor na terra de todas as terraplanagens, de todos os jacobinismos- aquela que fundou o seu discurso- a França da liberdade, igualdade e fraternidade que pariu monstrinhos duplos como os desta porca história.
olhe, e para dar por finda esta conversa, deixo-lhe aqui uma imagem e uma escolha.
preferia um mundo sem estas coisas.
http://vidabreve.files.wordpress.com/2008/02/coupoleia2.jpg
trocando-o por séries de cartoons ou imagens da lucy e do Darwin
Imagino que pela segunda. porque é mais livre e tem internet.
Falta-lhe perceber que nunca teria saída do estádio do macaco se não existisse sagrado.
A sua sociedade é a da utopia- o estádio zero de todos os projectos falhados- neste caso, em remake de todas as utopias comunistas falhadas- sem religião, apenas com heróis cartoonistas- e ainda pior, apenas dedicada a consumo de cyborgs.
aqui
Ai Zazie Zazie,
Você pura e simplesmente não lê, ou não quer ler, o que eu escrevo. Faz birra e toma uma atitude pedante e infantil de menina mimada que não quer dar o braço a torcer – humanamente compreensível, mas assim não se chega a lado nenhum, nem se melhora a qualidade da discussão. Uma pena, um desperdício de inteligência, da sua, porque eu sou um hooligan do Futebol Clube do Porto…
Todas estas suas frases, por vezes incompreensíveis, outras completamente a norte, outras brilhantes, não seriam necessárias – as brilhantes teria sido uma pena – se você arranjasse como exemplo UM país, regime, região em que o insulto (crítica) aos dogmas tenha sido banido, mas que haja, ao mesmo tempo LIBERDADE DE EXPRESSÃO…
Bastava isto para a minha argumentação ruir como um castelo de cartas. Você prefere fugir das minhas proposições como o diabo da cruz!
Eu prefiro debater calmamente uma à uma todas as suas afirmações – pelo menos aquelas que percebi…
'não era passado perto de uma semana que v. vinha agora querer uma conversa repetida e em privado. Não quis, azar, agora é tarde.'
Eh pá, mais vale tarde que nunca! Mas é verdade que quando soube já a procissão ia no adro. Mas que mal há em debater em privado com uma senhora inteligente embora caótica ? Tudo tem o seu charme.
'Só me resta uma pergunta: como é que consegue viver assim com tanta raiva contra a chungaria que o rodeia e queixar-se, se foi v. que escolheu ir para o meio dela?'
Como dizem os franceses ‘Vous comprenez vite, mais il faut vous expliquer longtemps'! Essa pergunta já eu respondi de forma simples e concisa no meu comentário anterior!
1. Prefiro viver num país com insultos a tudo quanto é tabu, com liberdade de expressão, com qualidade de vida, com protecção a todo o tipo de minorias, com excelentes hospitais, com Internet (livre) para toda a gente, etc, etc.
Só me queixo daqueles que querem alterar (à força) o meu habitat, o meu arranjinho. Mais nada!
'Eu, pelo menos, não renego origens e dedico a minha vida a coisas que gosto. Dedicá-la a “filias” e “fobias” a favor ou contra milhares de pessoas que nunca vi, há-de ser passatempo mais imbecil que coleccionar cromos da bola.'
Acha que eu renego origens? Apenas pedi asilo político neste país porque a minha família não tinha roças em África para defender, e na minha modesta opinião achava que pertencia aos filhos dos latifundiários portugueses, em primeiro lugar, e em segundo lugar aos adeptos da AN, o andarem aos tiros aos africanos. Eu na altura tinha mais que fazer - preferi dedicar a minha vida a coisas que gosto, tal e qual como a minha amiga Zazie…
'Além do mais, caso nunca tenha reparado, quem teme contaminações é porque já não está muito seguro da sua identidade. Este é o problema dos higienistas.'
Temo as contaminações!!!
Na dia 30 de Janeiro, portanto não há muito tempo, remato um artigo que escrevi no Fiel Inimigo com o título ‘Atletismo, capitalismo, catecismo e meltingpotismo’, desta forma:
Portugal, que do ponto de vista desportivo, bem ao contrário de África, não tem grande coisa a perder, uma alteração da constituição da raça seria mesmo muito bem vinda. E aproveito já para fazer um apelo às mulheres portuguesas para se deixarem de merdas e, em vez de passar o tempo a ver telenovelas imbecis ou a levar os meninos de carro à escola, podiam mas'é dar umas quecas com indivíduos de cor. De preferência belos exemplares do tipo Francis Obikwelu. Gozavam que nem umas pretas e mais rapidamente as diferenças de raças se dissipariam. Uma excelente contribuição para o rejuvenescimento e para o imprescindível crescimento demográfico da nação. Por outro lado, acabava-se a diversidade, o racismo, as escolas exclusivas, fortificava-se ao mesmo tempo a raça e daqui por uns anos ainda ganhávamos umas medalhitas nos jogos olímpicos.
O apelo às mulheres portuguesas é extensivo à sua pessoa claro.
'Mas, ainda se torna problema mais caricato, quando nem se dão conta que “pretos sem alma” já eles são.'
Eles, quem?
'Porque, para se preocuparem com coisas da Humanidade,'
Quem são os que se preocupam com…?
'Sabe para que serve toda a sua “causa”?
- para tags no betão. Nem a a grafitti chega.'
Para um pouco de alegria no debate, aqui vai um grafitizinho ‘insultuoso’ encontrado em Nova Iorque e que faz parte dos clássicos:
“God is dead, but don’t worry Mary is pregnant again…”
'Apenas riscos e mais porcarias de desenraizados, que nem o local onde vivem são capazes de amar, quanto mais recordar a pátria onde possam ter perdido a alma.'
Bela frase, e talvez, quem sabe, seja verdade!
Alma minha que te
partiste
Tão cedo desta vida
descontente,
Repousa lá no céu
Eternamente
E viva eu cá nesta terra (rodeado de salafistas)
Sempre triste.
'E é por este mero motivo que eu defenderei aqueles a quem querem roubar a alma. Porque é nela que se transmite todo o legado de uma terra mesmo que perdida da vista.'
Frase mais bela que a precedente. Mas mesmo tendo em conta que ninguém quer roubar nada a ninguém, o Eça não era da sua opinião:
“Um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra; - todas as outras deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro. NA LINGUA VERDADEIRAMENTE RESIDE A NACIONALIDADE”
Pelo menos a mim, depois de 30 anos de estranja, ainda não me roubaram o meu horrível sotaque do Porto!
'Agora estes autómatos do betão, burgessos sem raízes, de mero presente espelhado no umbiguismo vazio de quem já nem o cheiro do humus reconhece, são lixo.
Lixo igual ao que foi cuspido contra os que recebem em casa e a chamam liberdade- liberdade de escarrar naquilo que lhes falta- porque desenraizado, desorbitado e sem identidade é quem já nem é capaz de reconhecer a alma naqueles que a não querem perder.'
Muito bonito, muito bem escrito, mas não tem nada a ver com a realidade local. São as tais frases completamente a norte, é a arte (retórica) pela arte…
'Eu, que nem catequese fiz, é que sou a beta católica- eles, os chungas ateus e apátridas é que precisam de cuspir para os outros para se sentirem gente'
Peço desculpa, estava a especular quanto baste, mas eh pá, cuspir sempre é mais humano do que lapidar mulheres adúlteras… Ou como diria o nigeriano Nobel de literatura, Wole Soyinka:
“Unfortunately, our world is infested by minds to whom lissome limbs only evoke dreams of amputation. A lovely face makes them fantasize, even salivate on the messy pulp that will be left at the end of some Stone Age stoning ritual.”
E eu, demagogo nas horas vagas, aproveito para acrescentar: ‘and our world is also infested with spoiled female occidentals who dare to defend this kind of barbarity.’
'Não é recebendo e insultando-os que preservam o que quer que seja'
Por enquanto está tudo tão preservadinho que toda a gente quer vir para cá, nem que seja a nado…
'o seu problema nem é o país para onde foi viver- há-de ser o bairro e a cidade que escolheu. A Holanda é linda.'
Não tenho problemas nenhuns com o país, nem com o bairro, nem com a cidade que escolhi que considero a mais bonita do mundo. Onde é que você foi sacar essa treta? E olhe, já se come melhor em Amesterdão do que em Lisboa…
'Esse é passatempo jacobino- v. até estava melhor na terra de todas as terraplanagens, de todos os jacobinismos- aquela que fundou o seu discurso- a França da liberdade, igualdade e fraternidade que pariu monstrinhos duplos como os desta porca história.'
Et merde! Là j’y pige quedal, mais bon, elle doit encore avoir raison…
'Falta-lhe perceber que nunca teria saída do estádio do macaco se não existisse sagrado.'
Já percebi, não era preciso dizer, todos os dias às horas do noticiário sou confrontado com este facto, com a existência do sagrado no Iraque, em Darfur, no Paquistão, na Indonésia, no Afeganistão. Agora que o sagrado começa a aproximar-se : Nova Iorque, Madrid, Londres creio que vou deixar de ser macaco e vou mesmo, para salvar a pele, converter-me ao SAGRADO…
Ainda caso consigo, pela Igreja…
Interessante. Muitíssimo intressante. Explica muito de cada um, mais ainda se juntarmos os pormenores pós-'encerrar' do computa. Um tratado de sociologia. Para nenhum Maomé botar defeito. Zazie: esquece os lidanços, são de outro campeonato. Menor.
"and our world is also infested with spoiled female occidentals who dare to defend this kind of barbarity.’"
Não se afunde em modéstia, caro Cdr.
Pelo que vejo a zazie caralheta não tem estaleca para si.
Esta sua frase, por exemplo, remete imediatamente para esta outra
"Se algumas mulheres são assim tão lorpas que aceitem infâmias, pior para elas”
Escrita por Orianna Fallaci, esta sim uma uma lutadora da armas na mão contra o fascismo, um expoente de dignidade , de inteligência e de coragem, no feminino.
Vem no libro "Raiva e Orgulho", escrito num rasgo de pura emoção contra o terrorismo islâmico e contra todos aqueles que o "compreendem" e justificam.
Esta frase, tem como alvo as zazies caralhetas deste mundo e as suas sósias das homilias do BE.
Quanto ao Rvn, seja bem aparecido. Aprecio sempre quando imbecis comunistas ( é uma redundância, eu sei....) colocam as bimbas a jeito para o piparote.
Já sabe que aqui não pode contar com a protecção do lápiz azul da F. Câncio.
De qq modo o clister parece ter-lhe feito muito bem.
E vejo que, a bem do povo, se resolveu finalmente a usar o conspícuo balde preso aos quartos traseiros.
Muito bem. Temos assim um ambiente mais puro e liberdade para andar pelas ruas sem pisar as poias que inadvertidamente o menino deixava cair, nos locais menos apropriados.
Temos grandes esperanças de que num futuro longínquo, possa comer neste recinto sem se portar como um reco.
Triunfador, minha tonta e pobre criatura:
Vejo que ainda se lhe agarra aos cueiros esse trauma antigo e infundado do lápis azul da f.câncio, fantasia mal resolvida que lhe provocaria até ejaculação precoce, acredito, mas só se fosse o meu caro pessoa de fodas a preceito. Mas não é, Alá seja louvado por isso. Não passa de um pirilau flácido de razões, mole de argumentos, infectado por bicharocos purulentos que escorrem das fontes onde vai beber, linguita prestável e disponível para as lambições necessárias e cuzinho ao dispor, igualmente, alçado na espera de verga a condizer.
Daí, de si, nada têm as virgens (ou não) a temer, que atoarda por si assinada é garantia de pirafo de caricatura, apenas um leve arrebito de piloca murcha, nada mais ou pior. Faz barulho, é certo, decalca umas merdas que leu de alguém que até sabia o que dizia, mas, tratada por si, toda a informação não passa de marranços de garraio tosco, parco na argumentação repetida de uma cassete comprada algures numa festarola neo-nazi.
Haverá, estou seguro, uma forma de debater consigo, uma fórmula qualquer capaz de permitir esta alternância de razões que desafiam a própria Razão, sempre que o seu verbo é destilado em conversas de gente normal. Eu não a sei, não a domino, não a entendo e, sobretudo, não consigo vislumbrar o interesse de manter uma troca de iddeias com quem não as tem, e por isso apenas esgrime baixarias para enganar os idiotas enquanto vai debitando os mesmos bordões de anormalidade do costume.
Poderá o meu caro até ser o triunfador de entre todos os porcos do seu curral. Mas não levará a mal que eu passe na minha vez de botar faladura consigo, e puxe galões de outra espécie distinta na cadeia alimentar. Alérgica a porcos, triunfadores ou não. Consigo e com os seus argumentos há só um único caminho a seguir, uma só maneira de lidar e encarar esta aberração ideológica que espirra tolices como qualquer inteligência constipada: ignorá-lo. Virar-lhe as costas também não pode ser, lamentavelmente, que essa sua estirpe é conhecida por não vacilar na traição, por ser lesta e besta no apunhalar pelas costas. Apenas ignorá-lo, não lhe dar mais troco que este que agora lhe ofereço, embalado quiçá na saudade de o sacudir, coisa que já não fazia desde há uns meses a esta parte. Aqui fica pois a sacudidela que se impunha a tão nauseabunda participação: t'arrenego mafarrico, t'esconjuro camafeu. Volta só quando tiveres algo de jeito para dizer. Ou seja, podemos estar descansados: se for com esta condição, tão cedo não espreita aqui tal imbecil.
E é também assim que dorme descansada a minha bimba: palpitar disparates anónimos é uma coisa, ter piparote para ela é outra.
Este post saiu melhor que a encomenda, cdr! LOL!
"Interessante. Muitíssimo intressante. Explica muito de cada um, mais ainda se juntarmos os pormenores pós-'encerrar' do computa. Um tratado de sociologia. Para nenhum Maomé botar defeito. Zazie: esquece os lidanços, são de outro campeonato. Menor."
Ó Inclemência! Ó Martírio! porque é que esta gente embirra em escrever o mais críptico, o mais intricado possível! Porquê meu Deus? Quem assim os ensinou a comunicar, em código, devia ser fechado numa sala estanque e ouvir, não a 5a de Beethoven, mas sim Quim Barreiros até enlouquecer...
Oh! Se eu soubesse que o Inferno
não era como os padres mo diziam:
uma fornalha de nunca se morrer...
mas sim um Jardim da Europa
à beira-mar plantado... de doutores da mula ruça como dizia o compadre Eça.
O que estará por trás desta atitude tão pedante, tão mesquinha, tão portuga? Será isto um complexo de inferioridade colectivo?
Se ao menos isto tudo se passasse
numa Terra de mulheres bonitas!
Mas as mulheres portuguesas
são a minha impotência!
Caro Rui Vasco Neto,
Como vê, estou c’os copos, mas mesmo c’os copos não percebi a ponta dum corno do que você escreveu! Desculpe, tenho muita pena de não lhe poder responder mais adequadamente, mas a culpa é certamente minha porque já me dei de conta que você faz parte da maioria (não muito) silenciosa – ik….
Caro hic Carmo da hic Rosa hic:
Durma que isso passa, caríssimo e esclarecido amigo. Na dúvida aponte num papelinho a graduação da pomada que o pôs assim vesgo na leitura do óbvio, para amanhã ma dizer, isto de um copofónico para outro, naturalmente. No entretanto descanse, que Baco é deveras inclemente, como estará (pelo que vejo) a descobrir. Nada como uma boa noite de sono, acredite. Pela manhã verá como tudo vai estar claro como água, e como o que tomou por criptíco era afinal tão elementar como a cartilha de João de Deus. Que era abstémio, como saberá.
Aceite um abraço, hic.
Caro Rui Vasco Neto,
(tentei fazer uns trocadilhos com o seu nome mas devido ao meu estado de espírito não saiu nada de jeito)
Você, em relação ao nosso mui respeitado Lidador, diz ‘ignorá-lo. Virar-lhe as costas’, muito bem, lá terá as suas razões, mas para o efeito precisou precisamente de 461 palavras!
Se é verdade que você é um comunista, não acha que isso é um desperdício da mais valia?
Bom, vou mesmo pró ninho que já não digo coisa com coisa.
Boa noite a todos.
Orianna Fallaci,
Ó primo, li o livro, é realmente um grande depoimento. Tá ver, uma bacana que era de esquerda e que acabou por ver a luz. É preciso é ter confiança nas pessoas – ou você acha que eu além de modesto, de estar c’os copos, ainda por cima sou ingénuo?
Bom, agora é que eu não digo mais nada…
Chiau
caro carmo da rosa,
Mesmo que acontecesse a impossibilidade casuística de eu ser comunista, a tolice do triunfador esbarraria sempre na ainda maior impossibilidade de eu ser imbecil. Ou não, que lhe parece? (ou deverei perguntar 'que lhe pareço'?)
abraço renovado. (e guronsan, resulta comigo)
Carmo da Rosa:
"Ó Inclemência! Ó Martírio! porque é que esta gente embirra em escrever o mais críptico, o mais intrincado possível! Porquê meu Deus?"
Tenta ganhar por falta de comparência do adversário.
À Noite, é letal.
Como queria o CdR que eles escrevessem? Coisa em que se percebesse que não têm nada para dizer?
.
O que para aí vai de fúria escatológica, camarada rui.
Vá, lá, sente-se aqui no meu joelho e vamos conversar.
Para começar, confesso que não tenho estaleca para a sua poderosa argumentação.
Quando o camarada atira para mesa do debate argumentos imbatíveis, como “ “fodas” , “ejaculações” e “pirilaus flácidos”, não há metafísica que resista.
Que se pode responder a um orador que nos atira com “bicharocos purulentos” e nos mostra o “cuzinho”, ao mesmo tempo que ameaça com a “piloca murcha”? Com o imperativo categórico?
O próprio Freud seria cilindrado se o camarada lhe atirasse à cara “merdas neo-nazis”, quanto mais este seu amigo, cujos conhecimentos de psicologia ovina se limitam a uma ou outra observação estritamente científica de congressos do PCP.
Ainda bem que cuidou de me informar, embora não me recorde de lhe ter dado ordens para tal, que a sua “bimba dorme descansada”.
Possivelmente trata-se de um assunto importante para si ou, especulo, em locais de barebacking.
Também não deve mortificar-se quanto à sua “alergia a porcos”. Claro que é chato não poder conviver com os seus semelhantes, mas , nem a propósito, há para aí uma religião da paz, hoje em dia mais ou menos amancebada com a “ideia comunista”, que se funda precisamente nesse pormenor porcino.
Tenho o maior respeito pelas dúvidas existenciais que manifestou no seu elevadíssimo texto, nomeadamente com ideia de me “virar as costas”.
Claro quer não o deve fazer.
Em 1º lugar porque é má educação, mesmo que, como parece, acredite ser o seu melhor ângulo.
Em 2º lugar, porque automatizei n a tropa um determinado reflexo, que consiste, cm tristeza o confesso, em acertar no fundo delas com o pé que está mais à mão, como o João Pinto.
O que seria mau para o sono das suas “bimbas descansadas”, como, muito bem, as definiu.
Considero também com toda a elevação a sua afirmação, e passo a citar “ apenas esgrime baixaria para enganar os idiotas enquanto vai debitando os mesmos bordões” e anormalidade do costume.”( fim de citação)
Peço desculpa ao camarada por lhe ter dado esse mau exemplo. Os maus exemplos são prejudiciais às mentes simples e este seu texto, infelizmente tão abundante nas tais baixarias , anormalidades e bordões, não é culpa suam apesar de ter sido escrito por si.
A culpa é minha, obviamente, que o desencaminhei e lhe arrastei a alma bondosa e pura para a lama e para a ignomínia.
Mea culpa.
Lamento, camarada rui e aproveito para, à laia de compensação, lhe dar um bom conselho que espero que acate com gratidão e disciplina revolucionária:
Sabe, o camarada perde muito tempo ma exaltação de si próprio, o que não é adequado a um verdadeiro comunista, que deve guiar o seu espírito mais por valot«res colectivos.
O camarada, fala demasiado de si, das suas partes pudibundas ( lá está, a questão da “piloca murcha”) das suas fantásticas virtudes ( bimbas sem insónias) e prendas (merdas neonazis).
Deixa-se levar nas asas do sentimento e acaba por ser algo inconveniente quando nos fala da “saudade de sacudir” a coisa.
Assim sendo, a bem do povo, da paz mundial e da luta contra o neoliberalismo, pediria ao camarada avante que apenas zurrasse quando o autorizassem.
Não que não zurre bem, zurra sim senhor.
Mas por vezes a situação exige um discurso mais elaborado.
'Como queria o CdR que eles escrevessem? Coisa em que se percebesse que não têm nada para dizer?'
Caro Range,
Explica realmente muita coisa, mas não tudo. Creio que há também um pendor que vem de longa data. Do tempo do senhor Feliciano de Castilho, do romantismo, de que Eça e Ramalho já no século 19 de queixavam. A tara do bombástico, do floreado, do digo e não digo…
Mesmo os jogadores de futebol, que normalmente não são intelectuais de esquerda que passaram horas a ler Pierre Bourdieux ou quejandos, quando são entrevistados perdem-se em advérbios de modo e frases muito elaboradas porque……..foram assim ensinados, porque, se calhar, de outra forma não são levados a sério, porque cuidam que isso é que é fino! Penso eu de que…
E eu só noto isto porque agora vejo Portugal de fora. Tenho termos de comparação. Quando vivia aí, nos tempos imemoriais em que o Benfica ainda era um grande clube, julgava que isso fosse normal…
A Zazie por exemplo, é uma pena, escreve muito bem, pensa rápido mas peca por isto. Mas talvez você tenha razão, quando os argumentos escasseiam é muito difícil explicar algo de modo simples. Da mesma maneira, só o professor que conhece bem a matéria que lecciona é que é capaz de traduzir a lição em termos simples, que todos os grunhos compreendam…
Mas de qualquer forma também já notei que as coisas estão a mudar, já se vê malta mais nova, por exemplo aqui no FI , mas não só, a argumentar com números, com dados estatísticos, com 1 + 1 =2 e não 7. O que me enche de uma alegria infinda – enfim…
[a argumentar com números, com dados estatísticos, com 1 + 1 =2 e não 7]
O problema é que para os tontos isso não são argumentos, é ideologia. E não passamos disto.
O problema é que para os tontos isso não são argumentos, é ideologia. E não passamos disto.
Pois é caro Luis.
Relativo a uma afirmação do ministro (cristão-democrata) da justiça, Donner, que muito a medo, mas demonstrando de qualquer forma um tacto de elefante ao querer reforçar a lei que protege as pessoas de blasfémia ou insultos logo a seguir ao assassinato de Theo van Gogh, disse o famoso Lagonda no blogue Frontaal Naakt algo parecido:
No universo de Donner não existem leis da natureza, a força da gravidade depende da espessura da Bíblia ou da intensidade da oração, e o teorema de Pitágoras (a soma do quadrado dos catetos é igual à raiz quadrada da hipotenusa) é uma repugnante forma de radicalismo.
Tal e qual. Se isso for necessário para manter a integridade do seu universo, este pessoal recusa até as leis da física.
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