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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

"Not Buying It"

$700,000,000,000.00

Vale a pena dar atenção aos argumentos dos que se opõem ao plano Paulson de injeção de 700 mil milhões de dólares no sistema financeiro americano.

Se bem que entre os políticos americanos se vá consolidando uma solução de compromisso para o assunto, entre os economistas liberais (no sentido europeu do termo) vão-se multiplicando posições contrárias ao 'bailout'.

Abaixo fica parte de um dos argumentos mais duros que se podem ler (para já) sobre o assunto:
"In the 1930s, a wave of bank failures did make it hard for borrowers and lenders to find each other, and the consequences were drastic. But times have changed in at least two relevant ways. First, the disaster of the 1930s was caused not just by bank failures, but by a 30% contraction of the money supply, which is something today's Fed can easily prevent. Second, as any user of match.com can tell you, the technology for finding partners has improved since then. When a firm wants to raise capital, why can't it just sell bonds over the web? Or issue new stock? Or approach one of the hedge funds that seem to be swimming in cash? Or borrow abroad?"
Ver completo aqui.

Este argumento e outros mais moderados na mesma linha, assentam em duas bases:
-quem gerou e financiou a 'bolha' imobiliária nos EUA tem agora de pagar pelos seus erros, desde as intervencionadas Fannie Mae e Freddie Mac (onde tudo começou) até à banca internacional (último lugar a que o refinanciamento sucessivo da bolha chegou); a ‘fatura’ é extensível aos acionistas porque, em última instância, são eles que nomeiam os gestores. Dito de outro modo, o dinheiro dos impostos de todos não deve servir resolver a vida de quem abalou a solidez do sistema financeiro com os seus erros;
-o lado real da economia não se afundará com a crise no mercado financeiro. Pode ser que o crédito fique mais caro, mas quem tiver condições para o obter continuará a consegui-lo; pode ser que o preço das casas diminuia, mas o tamanho ou a solidez material dessas mesmas casas continuarão a ser idênticos ao que tinham antes da crise.

A única coisa realmente divertida – e irónica - acaba por ser o posicionamento político sobre o assunto. Os mais liberais acham que os custos devem ser pagos pelos privados; os apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia acham que o Estado deve proteger, ajudar e, já agora, ainda pagar aos privados. É engraçado.

Ficou adiado para 6af o regresso do assunto à Câmara dos Representantes. Até lá esperemos para ver o que ainda muda.

66 comentários:

Anónimo disse...

"-o lado real da economia não se afundará com a crise no mercado financeiro. Pode ser que o crédito fique mais caro, mas quem tiver condições para o obter continuará a consegui-lo; pode ser que o preço das casas diminuia, mas o tamanho ou a solidez material dessas mesmas casas continuarão a ser idênticos ao que tinham antes da crise."

É uma visão um pouco inocente deste problema, não acha? Com crédito mais elevado menos pessoas têm acesso ao mesmo, menos negócios são feitos, menos consumo, menos produção, menos emprego, etc...
Ou seja o "lado real da economia" Poder-se-á afundar com esta crise. Falta saber quanto e que consequências poderá ter...

"-quem gerou e financiou a 'bolha' imobiliária nos EUA tem agora de pagar pelos seus erros"

E as pessoas que não geraram ou financiaram também devem pagar pelos erros dos outros?

Paulo Porto disse...

Caro Stran

Eu acho-lhe uma certa graça quando vc diz que os outros têm 'visões inocentes'.

O que está no post não é difícil de perceber nem esquisito de admitir.

Vamos fazer um boneco.

Vc e eu somos do povo.
O meu amigo RoD é banqueiro
O CdR é o Governo.

O RoD anda atrás de nós para nos emprestar dinheiro.

Eu compro uma casa e o RoD financiou metade.

Mas vc, que é de esquerda, logo, diz mal dos ricos, mas gosta de viver como eles, está a dever uma pipa de massa por causa dos empréstimos que fez para ter um Mercedes SKL (novinho), um plasma 120cm, umas obras que fez em casa (inclui o wc e chãozinho todo novo). Enfim um verdadeiro proletário destes tempos de miséria neo-liberal.

Então vc vai ter com o RoD. Ele esfrega as mãos e refinancia-lhe a casa por um bom bocado mais do que aquilo que ela vale. Vc fica com dinheiro para pagar as dívidas todas embora só pague uma parte, e a sua casa passou a ter uma hipoteca sobreavaliada. É importante que se diga que o RoD ficou contente porque o Banco lhe vai dar um bónus pelo volume de “negócios” que ele conseguiu consigo.

Um belo dia (tipo, no dia seguinte) vc descobre o que toda a gente já sabia: não consegue pagar o empréstimo que o RoD já que nem sequer conseguia pagar antes, quando devia menos.

Aflito, o RoD vai ter com o CdR (relembro que o CdR é do governo), agarrado aos cabelos e a dizer que o Banco dele vai falir porque o Stran diz que não paga e não tem medo de ninguém, e que a hipoteca está avaliada pelo dobro do valor da casa, logo que isto é tudo uma grande desgraça e que ele vai falir. Coitado.

O CdR fica apavorado e, também ele agarrando-se aos cabelos, vai ao Parlamento e diz que isto está tudo muito mau, que a economia vai toda abaixo e que não se pode deixar o Banco do RoD ir à falência de maneira nenhuma, custe o que custar, senão depois quem é que vai financiar a economia?

O parlamento aprova ao CdR uma pipa de massa para ele meter no Banco do RoD.

O RoD fica contente porque andou a fazer asneiras consigo, ganhou um bónus e agora o Estado vai desenrascá-lo. Ele até já anda a pensar como é que vai voltar a fazer negócio com o Stran e ganhar outro bónus.

O CdR também fica contente porque os jornais e as televisões dizem que ele salvou a pátria.

Eu e os palermas que achámos que não era boa ideia ter mais do que aquilo que se consegue pagar, vemos agora o dinheiro que pagamos em impostos ser canalizado para os bónus do RoD, o Mercedes do Stran, e a reeleição do CdR.

Sobra um reverso, um raciocínio que hipoteticamente pode invializar o anterior: o financiamento serviu para propulsionar a economia. Realmente, serviu, só que um fez de um modo tão desastrado e erròneo que as consequências estão aí.

Mas se o maroto do CdR (slvo seja) baixasse os impostos, o dinheiro que ficava no bolso das pessoas servia também para dinamizar a economia, só que agora de um modo mais saudável e seguro. Talvez não houvesse bónus para o RoD, talvez o CdR não passasse a salvador da pátria, talvez o Stran continuasse a dizer mal do capitalismo mas não andasse de Mercedes.

Não sei se percebeu o boneco. Vou acreditar que sim, afinal hoje estou em dia de ser otimista.


P.S.
Amigos RoD e CdR. Não se zanguem cmg por vos ter posto no papel da banqueiro e governante safados, respetivamente. Era tudo a brincar, para ver se o Stran vai lá às boas. E aquilo de vcs agarrados aos próprios cabelos também era a brincar, como sabemos. São vcs e eu.

RioDoiro disse...

PO:
"E aquilo de vcs agarrados aos próprios cabelos também era a brincar, como sabemos."

Eu estou bem assim. Não há dúvida, é dos carecas que elas gostam.

.

Carmo da Rosa disse...

Eu, como é costume, não percebo patavina destas coisas económicas, mas se o ser reeleito ou baixar os impostos der algum, sou a favor de ser utilizado na sua ficção político-económica.

Sérgio Pinto disse...

A única coisa realmente divertida – e irónica - acaba por ser o posicionamento político sobre o assunto. Os mais liberais acham que os custos devem ser pagos pelos privados; os apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia acham que o Estado deve proteger, ajudar e, já agora, ainda pagar aos privados.

Perfeito! Portanto, o Paulson, o Bernanke, o Bush e o resto da sua Administração são "apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia"; por outro lado, à luz das suas muito peculiares interpretações, explique-me em que grupo caem economistas como o Galbraith, o Stiglitz ou o Krugman, que andaram por aí zurzir o plano Paulson.

Paulo Porto disse...

Caro Pinto

Acho que vc se confundiu, mas depois me dirá.

Krugman; acha que ele é contra o plano Paulson? Não me parece nada. Sugiro-lhe a leitura deste artigo no NYT:
http://www.nytimes.com/2008/09/22/opinion/22krugman.html?_r=1&ref=opinion&pagewanted=print&oref=slogin

Stiglitz; ele não é contra o plano Paulson, tal como a generalidade da esquerda americana, ele é apenas um fanático anti-Bush.
Um exemplo em português aqui:
http://sic.aeiou.pt/online/noticias/dinheiro/Adopcao+do+Plano+Paulson+nao+preenche+vazio+de+lideranca.htm?wbc_purpose=baMODEld%25C2%252

Galbraith; vc diz que ele é contra o plano Paulson. Aqui, sim, até pode ser que vc tenha razão. Em todo o caso, e só para confirmar, tem de me dizer em que sessão espírita é que ele revelou tal coisa, isto porque o homem já morreu há dois anos.

Sérgio Pinto disse...

Caro Paulo,

Acho que vc se confundiu, mas depois me dirá.

Eu asseguro-lhe que a confusão vem da sua parte, mas não tenho a certeza que seja capaz de mo dizer abertamente.


Krugman; acha que ele é contra o plano Paulson? Não me parece nada. Sugiro-lhe a leitura deste artigo no NYT:

Para dizer uma coisa destas, você só pode ter lido a versão traduzida pelo lidador.
O que é que achas que as seguintes transcrições querem dizer:
But Mr. Paulson is demanding extraordinary power for himself — and for his successor — to deploy taxpayers’ money on behalf of a plan that, as far as I can see, doesn’t make sense.
(...)
Did I mention that I’m not happy with this plan?

(...)
Add to this the fact that Mr. Paulson is also demanding dictatorial authority, plus immunity from review “by any court of law or any administrative agency,” and this adds up to an unacceptable proposal.

(...)
Don’t let yourself be railroaded — if this plan goes through in anything like its current form, we’ll all be very sorry in the not-too-distant future.


Acho que estamos esclarecidos quanto ao Krugman. No entanto, ele tem um blog em que tem falado extensivamente destas questões - http://krugman.blogs.nytimes.com. Divirta-se!


Stiglitz; ele não é contra o plano Paulson, tal como a generalidade da esquerda americana, ele é apenas um fanático anti-Bush.

Acho fantástico que se limite a rotular e a tentar desqualificar um Prémio Nobel e um dos mais influentes economistas como "um fanático anti-Bush", quando o que aqui está em causa são as suas objecções relativamente a um plano de salvamento. Como deverá calcular, o seu tipo de 'argumento' diz muito mais sobre si do que sobre o Stiglitz.


Galbraith; vc diz que ele é contra o plano Paulson. Aqui, sim, até pode ser que vc tenha razão. Em todo o caso, e só para confirmar, tem de me dizer em que sessão espírita é que ele revelou tal coisa, isto porque o homem já morreu há dois anos.

Sabe, antes de se armar em esperto como o idiota do seu colega de blogue, devia parar para pensar.
O Galbraith a que me refiro, obviamente, não é o John Kenneth, mas sim o filho, James Kenneth, também economista (e "fanático anti-Bush" ou "esquerdista estúpido", segundo as sempre oportunas classificações deste blogue).


Entretanto, agradeço que me esclareça se o Bernanke, o Paulson, o Bush e os restantes membros da sua Administração são, segundo as suas próprias palavras, apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia

ml disse...

Para dizer uma coisa destas, você só pode ter lido a versão traduzida pelo lidador.

O oliveirinha também faz umas traduções muito jeitosas.



Mas gostei mesmo foi desta.

Others are calling the proposed legislation the Authorization for Use of Financial Force, after the Authorization for Use of Military Force, the infamous bill that gave the Bush administration the green light to invade Iraq.

Se for preciso eu traduzo.

Unknown disse...

Não deixa de ser interessante que a malta da esquerda faça de conta que ignora que foram as pressões políticas (Clinton) para que as instituições financeiras concedessem crédito barato, as raízes profundas desta crise.
O resultado da intervenção política na racionalidade cautelosa do mercado, foi o fartar vilanagem, com toda a malta a aproveitar a mama que o estado punha à disposição.
Na hora de pagar a factura, a culpa é do "neoliberalismo".
Notável, a cretinização da esquerda.

Paulo Porto disse...

Caro SP

Não se amofine por eu ignorar o James. É que quem se tentou ‘armar em esperto’ foi vc quando usa um apelido para valorizar alguém que está muitos pontos abaixo do pai Galbraith, o John Kenneth. É que o James está para os economistas nos EUA como o João Soares para os políticos em Portugal, isto é, não fosse ser filho de quem é e seria mais um igual aos outros todos.

Ainda assim, o James , tal como o Stiglitz, e o Krugman e a generalidade da esquerda americana não está contra a intervenção. Se reparar, ela é até considerada um ponto de partida para mais intervenção. Veja:
http://www.thenation.com/doc/20081006/galbraith_black

Acontece que ele quer condicionantes, Mas isso é o que TODOS dizem que querem, da esquerda à direita, e foi com condicionantes que a intervenção foi aprovada. As condicionantes são uma espécie de dourado da pílula. Mas no fim, o que conta mesmo, é saber quem usou o dinheiro dos contribuintes para safar os que cometeram erros graves na aquisição de ativos.

Como reparou, tive o cuidado de lhe enviar artigos completos. Neles vc consegue perceber o apoio que dão ao plano, por mais que aproveitem para dizer que não gostam do Bush nem do Paulson. São os cânticos de vitória possíveis para disfarçar que, bem lá fundo, estão de acordo com a proposta dos inimigos políticos.

Citação descontextualizadas não chegam. Tem de fazer como eu, tem de apontar artigos completos. É que, se ficar por citações, também me pode demontrar que Stalin era um humanista e que o seu ídolo, Hitler, era um benemérito.

Um aparte sobre Stiglitz. O SP, como é tradicional na esquerda do século passado, resolve trazer os prémios com que a esquerda se auto-premeia para glorificar qualquer medíocre de esquerda. Isto ajusta-se por completo aos prémios Nobel da literatura e da economia. O Saramago e o Stiglitz, respetivamente, são um bom exemplo, os prémios de Cannes para filmes péssimos são outro.

Por fim, ponha de lado as citações sem artigos e os seus gurus. Diga-me antes a SUA opinião sobre isto:
"A única coisa realmente divertida – e irónica - acaba por ser o posicionamento político sobre o assunto. Os mais liberais acham que os custos devem ser pagos pelos privados; os apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia acham que o Estado deve proteger, ajudar e, já agora, ainda pagar aos privados. É engraçado."

Anónimo disse...

O SP, como é tradicional na esquerda do século passado, resolve trazer os prémios com que a esquerda se auto-premeia para glorificar qualquer medíocre de esquerda.

LOL!!! Vocês aqui são mesmo gente patusca.
Vamos contar as vezes que o prezado e mais um ou outro citam os Nobel e o MBA do idio... do Bush para validar as afirmações que fazem?

Fósforo Ferrero, caro Porto! Talvez ajude. Ou Compensan.

Sérgio Pinto disse...

Caro Paulo,

É que quem se tentou ‘armar em esperto’ foi vc quando usa um apelido para valorizar alguém que está muitos pontos abaixo do pai Galbraith, o John Kenneth.

Lamento, mas quem quis ser artolas e apenas conseguiu deixar a nu a sua ignorância foi você, ao demonstrar nem saber que há mais "galbraiths" além do John Kenneth.
De resto, a sua opinião pessoal sobre o senhor não será muito relevante, dado que o que estava em discussão, repito uma vez mais, era o Plano Paulson.


Ainda assim, o James , tal como o Stiglitz, e o Krugman e a generalidade da esquerda americana não está contra a intervenção.

Deixe de ser desonesto. O seu post é sobre o Plano Paulson e foi em relação a isso que eu mencionei alguns economistas.
Ninguém falou de uma intervenção em abstracto, mas DESTA intervenção em concreto.

É óbvio que eles não são contra uma intervenção, sendo igualmente ÓBVIO, porque o dizem claramente, que nenhum deles gosta do Plano Paulson. Tentar assobiar, chutar para canto ou atirar areia para os olhos, uma vez mais, apenas serve para lhe descobrir a careca.


Como reparou, tive o cuidado de lhe enviar artigos completos. Neles vc consegue perceber o apoio que dão ao plano, por mais que aproveitem para dizer que não gostam do Bush nem do Paulson

Será que você não percebeu as citações e necessita de traduçãO? Será que não percebe que nenhum deles gosta do Plano Paulson?
Mas você não consegue perceber que ser a favor de UMA intervenção pode ser COMPLETAMENTE DIFERENTE de ser a favor DESTA intervenção?


São os cânticos de vitória possíveis para disfarçar que, bem lá fundo, estão de acordo com a proposta dos inimigos políticos.

Não seja patético nem se arrogue a esperteza saloia de PENSAR que eles querem dzer "branco" quando, na verdade, o que TODOS eles DIZEM é "preto". Percebe a diferença entre o que você PENSA que eles pretendem dizer e o que eles, de facto, ESCREVEM? E compreende o ridículo de se querer arrogar o intéprete das frases deles?


Um aparte sobre Stiglitz. O SP, como é tradicional na esquerda do século passado, resolve trazer os prémios com que a esquerda se auto-premeia para glorificar qualquer medíocre de esquerda. Isto ajusta-se por completo aos prémios Nobel da literatura e da economia.

Patético ao quadrado. Consegue um Nobel e o Prémio John Clark Bates, tem um doutoramento no MIT, foi professor em Yale, Duke, Oxford, Stanford, Princeton e Columbia, ocupou os cargos de Presidente do Conselho de Consultores Económicos durante a Administração Clinton, economista-chefe e vice-presidente do Banco Mundial, mas você, do alto da sua bazófia, declara categoricamente que ele não passa de um "medíocre".

Ah, ao que parece, também há uns rankings em que ele aparece em primeiro. Dever-se-á certamente ao facto de haver muitos outros "medíocres" a citá-lo.


Por fim, ponha de lado as citações sem artigos

Se calhar não percebeu, mas as citações vinham do seu artigo...


Diga-me antes a SUA opinião sobre isto:
"A única coisa realmente divertida – e irónica - acaba por ser o posicionamento político sobre o assunto. Os mais liberais acham que os custos devem ser pagos pelos privados; os apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia acham que o Estado deve proteger, ajudar e, já agora, ainda pagar aos privados. É engraçado."


Dir-lhe-ei a minha opinião sobre isso quando você me esclarecer se acha que o Bernanke, o Paulson, o Bush e o resto da sua Administração são "apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia".

Unknown disse...

"Consegue um Nobel e o Prémio John Clark "

O argumento de autoridade só é válido quando alguém se expressa sobre algo em que é da facto autoridade.

Usá-lo noutra matéria é falacioso. E tentar alapar-se à autoridade que o não é, para demonstrar as crenças pessoais, como faz aqui o sp, é pura cretinice.

O Stiglitz ganhou um Nobel na economia, por um trabalho concreto. Daí não resulta que tudo o que ele diga depois sobre outra coisas, seja nobelizável ou referenciável.

O Einstein ganhou um Nobel pelos seus trabalhos sobre o efeito fotoeléctrico.
Um génio da Física, o que não evitou que estivesse completamente errado na recusa da teoria quântica, tendo de haver-se com um Bohr que não se encolheu com o argumento de autoridade.

Stiglizt é utilizado como profeta por estes tontos da esquerda "moderna", mas só nas partes que lhe agradam. Quando ele diz que a globalização tirou milhões de pessoas da miséria, já não co citam.
No fundo, voltamos sempre ao mesmo e o expediente patético deste SP, ao retirar frases de textos complexos, é a cabal demonstração de que estamos a lidar com um doido.

Umberto Eco, definia o doido como o gajo que tem uma ideia fixa e tudo o que encontra lhe serve para a confirmar.

É o caso.

Sérgio Pinto disse...

Claro, lidadorzinho, já sabemos que só tem autoridade suficiente para estar "certo" quem você determina. Mais ou menos como quando você andou por aí a falar de brain-dead liberals e do David Mamet e depois a ml o expôs ao ridículo habitual quando você foi um "bocadinho" incoerente e meteu os pés pelas mãos ao falar do Carl Sagan.

Sérgio Pinto disse...

Ah, e lidadorzinho, olhe que não lhe fica muito bem falar em retirar frases de textos complexos ou, pior ainda, de textos que não se leu. Vá, faça um favor a si mesmo e morda a língua pelo menos um par de vezes antes de escrever baboseiras que depois lhe caem em cima.

Anónimo disse...

Ou tenho que aceitar que o meu inglês é mesmo insuficiente para compreender a norma americana ou o texto indicado, ‘Cash for Trash’, é um exercício de loucura.

Alguém em seu juízo quer ser apanhado a apoiar um plano a que chama ‘trash’? Trash, uma ‘proposta inaceitável’ que dificilmente se tornará ‘slightly less bad’?

Nah, por mim é mesmo uma questão de tradução. A falta que faz um acordo ortográfico com o Reino Unido.

Paulo Porto disse...

Caro Stan

Vc escreveu acima:

"É óbvio que eles não são contra uma intervenção"

Pois não, estão de acordo com ela, tal como eu lhe disse.

A sua confusão argumentariva vem de tentar dizer que estão em contra Bush e Paulson porque não concordam com as condições do plano. É assim mais ou menos como dizer que não se concorda com uma operação de barriga aberta porque... o bisturi é encarnado, alguém prefere azul.

Portanto, eu acho que a intervenção para salvar as financeiras não deveria ter ocorrido, e vc acha que sim. O resto é o disfarce dos sínicos.

Paulo Porto disse...

Cara ML

Eu falo-lhe em prémios Nobel e outros que a esquerda se autoatribui em circuito fechado.
A ML acha que se está a falar de MBA.

A ML aconselha-me medicamentos que já não me lembro o nome. Eu aconselho-a a que continue a beber da mesma marca; as misturem ainda a deixarão pior.

Anónimo disse...

Caro PP,

Obrigado pela fabula, mas tal como o seu comentário também a mesma foi um pouco simplista e acabou por omitir a resposta à pergunta:

"E as pessoas que não geraram ou financiaram também devem pagar pelos erros dos outros?"

É que na sua fabula o mundo é floribelico e apresenta a imagem de que é possível que quem criou o problema seja o unico afectado pelo seu erro. O problema é que na vida real você não consegue limitar as consequência sem intervir.

Pegando na sua fábula:

O PP, muito dado a poupanças, por acaso tinha depositado um valor significativo nesse banco.

Ora quando RoD foi falar com CdR, aflito que ia abrir falência, CdR agarrado à crença que quem causa problemas que os resolva, afirma que nem pensar, que abra falência.

RoD volta ao banco e fecha a porta, pega no seu jacto privado e antes que mais aconteça vai viver para uma ilha paradisiaca com o prémio que tinha ganho no ano anterior.

Ora isto acontece ante que PP tenha ido ao banco. Assim quando chega ao banco, vê que afinal perdeu parte da sua riqueza e que esse mês já não vai conseguir pagar aos seus empregados, um conjunto de strans, que por sua vez sem esse dinheiro não vão conseguir pagar os emprestimos que já normalmente mal conseguiam pagar, e assim sucessivamente com muitos PP's e Strans pelo meio.

Ah, sem falar do Lidador, empregado exemplar de RoD e que fica sem trabalho...

E agora um acrescento:

Entretanto o PP vai falar com os seus amigos sob esta triste situação que lhe aconteceu.

Os seus amigos pensam: "Oh Diacho, vou mas é ao banco antes que me aconteça o mesmo".

E como você parece ter mesmo muitos amigos, a noticia espalha-se rapidamente e no dia a seguir todos vão a correr para levantar o dinheiro, apenas para descobrir que afinal o banco não tem dinheiro para todos.

Mas pelo menos o PP ficava satisfeito porque afinal o dinheiro que tinha não foi utilizado para safar os malvados dos strans. E enquanto caminha para a sopa dos pobres pode sempre apontar o dedo ao Stran e dizer:

"Maldito sejas que me colocaste nesta situação"

E pensar entretanto, no meio da sopa quente: "E ainda bem que o CdR não interveio de nenhuma forma, pelo menos assim, e como já não tenho dinheiro, já não tenho que dar um tostão ao maldito CdR, como sempre defendia que devia de ser!!!"

Anónimo disse...

Caro Lidador,

"O argumento de autoridade só é válido quando alguém se expressa sobre algo em que é da facto autoridade.

Usá-lo noutra matéria é falacioso. E tentar alapar-se à autoridade que o não é, para demonstrar as crenças pessoais, como faz aqui o sp, é pura cretinice."

Nãp me diga que chamou cretino à pessoa que escreveu a seguinte frase (Nota: o debate era sobre o islão):

"Tem a certeza que é de “especialistas” que o assunto precisa? Ou antes de de sábios, pessoas capazes de sair das caixas das especializações e ligar assuntos? De abordagens holísticas e sistémicas?"

Ou seja o que um filosofo diz sobre o Islão (ou o tabaco, etc...) é referenciável, mas o que um economista diz sobre uma coisa tão fora do seu dominio como é a ECONOMIA, já deixa de ser referenciável. Brilhante...

Paulo Porto disse...

Caro Stran

Eu não acho que a crise financeira nos EUA ponha em causa a continuidade do bom crédito, muito menos do sistema financeiro como um todo. O Stran acha que sim.

Quando às poupanças, existem seguros para as garantir. Esse seguro foi agora aumentado. A intervenção poderia ter-se ficado pela garantia dos valores depositados, como já tem aconteceido noutras circunstâncias. Mas não ficou, foi bem mais além do que isso. Portanto, o seu problema com a corrida aos levantamentos é uma falsa questão.

Anónimo disse...

caro Porto

As suas afirmações são uma espécie de terra de espanto e maravilha, só quando se lê se acredita que existem.

Então a esquerda anda a distribuir o prémio Nobel entre si?
De Klerk, Lech Walesa, Menachen Begin, Kissinger, Camilo Cela, Solzheinitsyn, Pasternak, Friedman, Hayek, Watson e outros de que agora não me lembro ou desconheço a orientação ideológica, são todos de esquerda?

Long live a esquerda, que domina completamente a ciência, as artes, o equilíbrio humano do mundo. A direita que se mexa e já vai tarde.

E caro PP, nunca me ocorreu recomendar-lhe nada de mais deselegante do que Compensan, para a azia. Normalmente nesta secção o meu imaginário é bastante exigente.

Anónimo disse...

"Eu não acho que a crise financeira nos EUA ponha em causa a continuidade do bom crédito, muito menos do sistema financeiro como um todo. O Stran acha que sim."

São visões sem duvida muito diferentes do problema.

Mas julga que sem qualquer intervenção do Estado esta crise não terá consequências muito negativas para toda a sociedade?

Sérgio Pinto disse...

Pois não, estão de acordo com ela, tal como eu lhe disse.

Bem, eu não sou o stran, mas adiante, que a sua confusão também não é grave.

Além do mais, você pode querer continuar a ser desonesto, o problema é seu. Está mais que escarrapachado que o Krugman se opunha ao Plano Paulson, e se precisar de referências similares relativamente ao Stiglitz ou ao Galbraith, é favor apitar.

Não sei se já alguém lhe explicou que, geralmente, face a um problema, há mais que duas saídas. Mas suponho que o labirinto monocromático em que alguns distintos membros deste blog fazem questão de viver seja, afinal, extensível a todos.

E esteja à vontade para viver nessa esquizofrenia em que quando alguém diz "mau" está, na realidade, a dizer "bom". As melhoras!

Paulo Porto disse...

Cara ML

"Então a esquerda anda a distribuir o prémio Nobel entre si? "

Não foi isso que eu escrevi.


Caro Stran

A crise terá sempre consequências. O tipo de consequência que se está a escolher não é o melhor.



Caro SP

" 'Pois não, estão de acordo com ela, tal como eu lhe disse.'

Bem, eu não sou o stran, mas adiante, que a sua confusão também não é grave."


É bem verdade que confundi o seu comentário com o do Stran, isto é, afinal até o Stan já percebeu mas vc ainda não.

Talvez seja por isso que vc está tão arreliado e já desde há uns comentários para cá que passou a tentar a ofensa pessoal. Eu gosto quando vcs ficam arreliados e começam a tentar a ofensa pessoal. É sinal que perceberam que ficaram para trás. E isso é bom.

Sérgio Pinto disse...

Caríssimo,

Os meus comentários têm tanto de 'ofensa pessoal' como os seus, portanto escusa de tentar o truque da auto-vitimização.

Entretanto, vai finalmente dizer se considera o Bernanke, o Paulson e o Bush são "apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia"?

E vai querer entender que quando o alguém escreve que um plano é mau não está, de facto, a dizer o contrário?

Anónimo disse...

Caro Sérgio Pinto,

"Bem, eu não sou o stran, mas adiante, que a sua confusão também não é grave."

Obrigado!

No entanto já começo a ficar desorientado com tantas referências erradas ao meu nome, tantas são as vezes que dizem o meu nome quando querem se referir a outra pessoa.

E já agora o meu nick é STRAN, não é Stan, não Fran é pura e simplesmente STRAN (parcial de Stranger)

Caro PP,

"A crise terá sempre consequências. O tipo de consequência que se está a escolher não é o melhor."

Pois mas a visão que se tem da crise influência muito o tipo de decisão que se escolhe e quais as consequências alternativas em análise.

Julgo que tudo aponta para uma crise muito grave e com efeitos colaterais que podem ser mesmo muito graves.

O efeito colateral mais desvastador (e que já começou) é a perda de confiança. E essa perda de confiança é algo que tem um potencial de atingir muitas pessoas que não estão directamente envolvidas com a crise.

É que sem confiança é mesmo todo o sistema financeiro que fica em perigo e não apenas um conjunto diminuto de empresas.

E muito honestamente não estou a ver como é que se recupera essa confiança sem intervenção do Estado, você consegue ver?

Anónimo disse...

Não foi isso que eu escrevi.

Não? Isto quer dizer o quê?

Eu falo-lhe em prémios Nobel e outros que a esquerda se autoatribui em circuito fechado.

Quer dizer que a esquerda se auto-atribui em circuito aberto a outras ideologias? Talvez então hetero-atribui, ou assim. E lá se vai o circuito fechado.
Enfim... Temos uma reedição em ré menor do 'trash for cash'.


passou a tentar a ofensa pessoal.

Bom, depois de mais meia dose de espanto e maravilha já nem a autoflagelação pública me admira.


Eu gosto quando vcs ficam arreliados e começam a tentar a ofensa pessoal. É sinal que perceberam que ficaram para trás. E isso é bom.

Pois, assobie contra o vento que nós cá estamos para o ouvir com gosto.

Unknown disse...

O PP não andou longe. De facto os Prémios Nobel da Literatura e da Paz, são atribuídos por um comité representativo do Parlamento Norueguês.
As escolhas são quase sempre ideológicas e , nos tempos que vão correndo, marcadas pelo idiotismo do marxismo cultural.
Se um gajo escrever umas merdas, e se reclamar anti-bush e anti-globalização e anti-sionista e anti-"economia de casino", ao mesmo tempo que larga as larachas correctas sobre o Iraque e os neocons e isso, a probabilidade de ganhar o Nobel aumenta.
Os socialistas estão em maioria no actal comité...são eles que determinam quem ganha.

Só isso explica que PInter tenha ganho um Nobel da Literatura, já para não falar do Saramago.
Ou do Al Gore.

Os Nobel das Ciências, já é outra história.
Stiglitz ganhou um Nobel com merecido mérito, mas não pelas patacoadas que aqui os tolinhos, travestidos de rémoras, lhe vão migalhar na comissura dos lábios.

Paulo Porto disse...

Cara ML

Fez-me ir aa procura, mas lá encontrei. O que escrevi foi:
..."Isto ajusta-se por completo aos prémios Nobel da literatura e da economia."

Talvez perceba a diferença em relação àquilo que disse que eu escrevi.

Paulo Porto disse...

Caros ML e SP

Os estimados comentadores conseguem confundir a diversão que causam por tentarem ofender com autoflagelação.

Com tais desvios de interpretação de coisas tão acessíveis não admira que consigam imaginar que as birras antiBush de alguns economistas de esquerda americanos significam que eles estão contra a intervenção do governo no mercado financeiro.

Vale a pena recordar que os democratas apoiaram com uma maioria muito mais expressiva o plano Paulson do que os republicanos. Uma vez mais a realidade, essa marota, a frustar o wishfulthinking do esquerdismo. Não há dúvida, não pode haver, a realidade é reacionária.

Sérgio Pinto disse...

Com tais desvios de interpretação de coisas tão acessíveis não admira que consigam imaginar que as birras antiBush de alguns economistas de esquerda americanos significam que eles estão contra a intervenção do governo no mercado financeiro.

LOL! Isto é do melhor que já se viu. A ver se percebi: se alguém cita um economista que diz "mau", o "desvio de interpretação" será considerar que ele diz, realmente, "mau", uma vez que, segundo a genial explicação do ilustre blogueiro, a interpretação 'não desviada' será dizer que o tal economista queria dizer "bom" apesar de ter escrito "mau". É mais ou menos isto, não é?
Lamento, mas qualquer pessoa a quem sobre uma réstia de sanidade pode facilmente concluir que quem afirma tal coisa ou está de inacreditável má fé, ou perdeu o juízo, ou é simplesmente estúpido.

Entenda um ponto básico: não há só uma opção, há uma infinidade delas. Depois, procure assimilar o seguinte: ser contra uma opção em particular (no caso, o plano Paulson), não implica ser contra uma intervenção de teor completamente diferente. Finalmente, interiorize que "bad", traduzido para português, quer dizer "mau".


Por último, já reparou que o seu post é sobre o Plano Paulson? E que as opiniões que vieram à baila eram e-x-c-l-u-s-i-v-a-m-e-n-t-e sobre esse Plano? E que, segundo a sua brilhante caracterização, o Bernanke, o Paulson himself, e a Administração Bush são "apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia"?

Sérgio Pinto disse...

Stiglitz ganhou um Nobel com merecido mérito, mas não pelas patacoadas que aqui os tolinhos, travestidos de rémoras, lhe vão migalhar na comissura dos lábios.

Lidadorzinho, você em tempos teve a ideia peregrina de afirmar que o Stiglitz venceu o Nobel por "defender a ética na globalização", portanto tenha tento na língua antes de falar em tolinhos.

Anónimo disse...

"Isto ajusta-se por completo aos prémios Nobel da literatura e da economia".

Seja, então vamos estreitar a busca. O prémio Nobel existe há 1007 anos, é só uma questão de tempo e paciência para encontrar mais uns quantos nomes além do Cela, Solzheinitsyn, Pasternak, Friedman e Hayek, que citei.
A Economia é recente mas já conta com alguns e para já tome lá mais nomes que encontrei numa busca rápida:
Paul A. Samuelson, Gary Becker , Edward C. Prescott, a que pode acrescentar uns tantos que apoiaram o idio… o Bush e outros tantos que McCain afirma estarem com ele. Parece que ninguém sabe quem são, o que lhe tem valido a acusação de mentiroso, mas deve ser verdade, não lhe parece?

Para mim tudo isso não passa de lamúria de mau perdedor mas, se tiver mais alguma reclamação sobre uma outra área nobelizável, é só indicar-me qual que eu esforço-me por encontrar mais uns tantos que não se auto-atribuem Nobels em circuito aberto.

Paulo Porto disse...

SP

Vc está com algumas sérias dificuldades em mater-se fora do seu ambiente natural pelo que continua a escorregar para baixo. Tenha calma.

Vc, sendo de esquerda, tem o seu mundo arrumadinho com os 'maus' de um lado, os 'bons' do outro, e uns e outros não se misturam. Mais, aos 'bons' está interdito sequer olhar os 'maus', nem que seja por um jogo de espelhos.

Vai agora o Bush, o grande satan, e o Paulson, um mafarrico ao serviço do Bush, e recebem o apoio e aplauso generalizado de economistas e políticos anti-Bush na América e na Europa.

O SP, danado e em fúria, vem classificar de estúpido todo o que se atreve a perceber que o ar quente sobe, que a lua não ilumina o dia, que foi com sobretudo com o apoio da oposição de esquerda a Bush que o plano Paulson foi aprovado. Maldita realidade e todos os que se atravem a interpretá-la ‘incorretamente’.

Sessegue, as raivinhas vão-lhe passar e os tremeliques também. Afinal vc até já devia estar treinado: o sol nasce todos os dias de manhã, por mais que vc insista em trocar as horas ao relógio e espatifar contra a parede os relógio com a hora certa.

Quando se sentir melhor dê uma olhada ao video que o RoD colocou alguns posts acima. Mas não faça isso agora, ninguém quer que vc tenha um chilique.

Unknown disse...

"Samuelson,... Parece que ninguém sabe quem são"

Ninguém sabe que é o Samuelson?
Isso é o mesmo que dizer que, no mundo da literatura, ninguém sabe quem é o Cervantes.
Que enormidade do caraças...

Sérgio Pinto disse...

O SP, danado e em fúria, vem classificar de estúpido todo o que se atreve a perceber que o ar quente sobe,

Por acaso, para a comparação estar correcta, teria que dizer que eu afirmo que quem diz que o ar quente NÃO sobe está de inacreditável má fé, ou perdeu o juízo, ou é simplesmente estúpido. Percebe a diferença? É que é apenas você quem teima em virar do avesso as palavras do Krugman (ou do Stiglitz e do Galbraith, se eu as transcrevesse).

Mas, uma vez mais, se você prefere continuar a ser desonesto, esteja à vontade. Este post tem servido perfeitamente para você se expor.

P.S. Escusa de se rebolar no ridículo a falar de bons e maus, porque qualquer pessoa percebe que o que aqui está em causa é a sua vontade inabalável de transformar as palavras de terceiros no que você quer que elas sejam, em vez de as deixar ser o q são.

Sérgio Pinto disse...

LOL!

Ml, nada como ver o idiota-mor a juntar-se à festa e a demonstrar publicamente a sua capacidade única de tresler tudo o que se escreve. Isto é absolutamente impagável!

Paulo Porto disse...

SP

"Escusa de se rebolar no ridículo..."

Claro que escuso; a respeito de ridículo vc é um verdadeiro monopolista, pelo que qualquer outro está condenado ao insucesso.

Anónimo disse...

Ninguém sabe que é o Samuelson?

Não, estimado, todos sabemos quem é o Samuelson.
Andou, andou, catou, catou e... catrapuz.

Ora então vamos lá.

Paul A. Samuelson, Gary Becker , Edward C. Prescott, a que pode acrescentar uns tantos que apoiaram o idio... o Bush e outros tantos que McCain afirma estarem com ele. Parece que ninguém sabe quem são...


A que pode acrescentar... = além da lista, pode AINDA acrescentar mais estes... etc e tal = temos aqui uma listinha de três, mas pode ainda juntar-lhe mais aqueles que o McCain...

Deixa-me cá ver se consigo refrasear de um modo ainda mais analítico... É um exercício que começa a fazer-se logo no início da escolaridade e que dá um jeitão mais tarde nos blogues para ajudar os mais...
Deixe, ficamos por aqui.

Got it, prezado?

ps: não está influenciado pela tradução do artigo do Krugman, pois não?

Luís Oliveira disse...

Ah ganda Pinto, não dá descanso à reacção.

No meio disto tudo ainda não consegui perceber a sua opinião sobre o plano Paulson.

E até sobre o Paulson propriamente dito, não me diga que o rolodex não tem nada.

E não se coíba de me chamar desonesto e idiota. Vc já é da casa.

Anónimo disse...

pinto, a vontade de mergulhar é tanta que o prezado se atira em seco. Temos que valorizar as boas intenções e os momentos de suspense que proporciona.

Agota tenho mais uma frasezita para ti, mas cuidado com as interpretações. Olha que tens que ler do fim para o princípio.

se qualquer coisa que se assemelhe a este plano for para a frente, todos o lamentaremos num futuro não muito distante

Um tal Krugman sobre um tal Paulson.
Conheces os fulanos? Temos que perguntar aqui.

Luís Oliveira disse...

Ml, só não percebi se é contra ou a favor do plano e porquê.

Ou só a motivam as traduções e saber quem diz o quê?

Paulo Porto disse...

Escrito por Krugman sobre o plano Paulson no dia 2, véspera da votação do plano na Câmara dos Representantes:

“I hope that it passes, simply because we’re in the middle of a financial panic, and another no vote would make the panic even worse

“I hope the plan passes, because otherwise we’ll probably see even worse panic in the markets


Ele escreveu isto no mesmo artigo do NYT, rigorosamente na linha de tudo o que já vinha dizendo antes, isto é, o plano não presta, o Paulson é mau, o Bush pior, mas ‘eu espero” que o plano passe. Como a generalidade dos economistas de esquerda americanos.

Cara ml, é melhor ir ensinar inglês a mais este americano.

Quando ao SP, páre de roer os tapetes, eles não são o Bush nem o Krugman, o tal que, como lhe venho dizendo desde o princípio, diz que 'não gosta' do plano mas 'espera que passe'

A esquerda cínica no seu melhor, ou antes pelo contrário.

Anónimo disse...

oliveirinha, eu sou muito sensível a boas traduções e interpretações. Por isso venho aqui frequentemente, o serviço é sempre impecável.

___________________________


PP, o pinto acerta na mouche, a desonestidade é muito feia. Esse excerto foi escrito acerca de um detalhe que não lhe ocorreu citar, a latest version of the $700 billion bailot plan – originally the Paulson plan, then dthe Paulson-Dodd plan, and now, The Paulson-Dodd-Frank-Pork plan.


Eu traduzo, antes que haja desastre:
... a última versão do plano dos $700mil milhões – originalmente o plano Paulson, depois o plano Paulson-Dodd-Frank e agora, julgo, o plano Paulson-Dodd-Frank-Pork.


Este americano não precisa de ensinamentos, precisa apenas de um acordo ortográfico que unifique o inglês e o torne entendível por alguns blogueiros.

Luís Oliveira disse...

É limitada, mas o que faz, faz bem.

Quem é o 'Pork'?

Sérgio Pinto disse...

Isso, caro PP, insista em asneiras e desonestidades.

Para começo de conversa, as citações que refere já não são as referentes ao Plano Paulson original. Depois, mesmo essas deveriam mostrar-lhe que ele não gosta do plano.
Finalmente, para ver se finalmente percebe o que o Krugman diz, pode ficar mais esta citação (em inglês, faça um esforço ou peça uma tradução a quem perceba mais do assunto que o lidador):
So is it better to have no plan than a deeply flawed plan? If it was the original Paulson plan, no plan is better. Dodd-Frank-Paulson may just cross the line — let’s see what details we have if and when agreement is reached.
If the plan looks not-awful enough, I’ll be pro. But I won’t be cheering — I’ll be holding my nose.


Olhe, ainda ganha um bónus:
Aha. Via Andrew Leonard, Joe Sitglitz seems to have the same view on the bailout that I have: lousy plan, better to pass it tomorrow than not:
"Well, I think it remains a very bad bill … But that having been said, it is better than doing nothing, and hopefully after the election, we can repair the very many mistakes in it. "
Yuk, phooey, pass the thing, then fix it.

Sérgio Pinto disse...

Luisinho,

Tal como já referi ao seu colega, uma coisa de cada vez: primeiro digam lá se o Bernanke, o Paulson e o Bush são "apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia". A sua sessão de dúvidas só vem depois.

Já agora, ouvi dizer por aí que tem jeito para inglês. Diga lá o que é que acha que o Krugman está a dizer, para ficarmos a saber se foi a sua tradução que o PP leu.

Luís Oliveira disse...

Traduções & Citações é com a ml.

Mas já agora talvez me saiba esclarecer: quem é o Pork?

Luís Oliveira disse...

Sim, considero que o Bernanke, o Paulson e o Bush são "apologistas do intervencionismo do Estado e da socialização da economia". Ou antes pelo contrário.

O que é que acha do plano Paulson? Que influência é que vai ter nas variáveis macroeconómicas?

Sérgio Pinto disse...

P.S. PP, caso não tenha percebido, mesmo a segunda referência é à versão que acabou por ser aprovada; fica o resto do post do Krugman para evitar confusões:
(...) And Roubini: He says,
-
"Radically redesign the Treasury TARP rescue plan – possibly after its necessary approval today [emphasis mine] - to make it effective, efficient and fair."
Basically, Paulson has placed us all in a miserable predicament, with a lousy plan that has to be passed in some form to prevent total panic. Jan. 20 won’t come a moment too soon, and may well come about 4 1/2 months too late.

Sérgio Pinto disse...

Decida-se, luisinho. São ou não?

E diga lá se o seu inglês está ao nível do do seu colega ou não.

Anónimo disse...

Quem é o 'Pork'?

Ah, não percebeu? E não conhecia o artigo, é claro.
Então entretenha-se a pensar, que a noite é longa.


originally the Paulson plan, then dthe Paulson-Dodd plan, and now, The Paulson-Dodd-Frank-Pork plan (it’s been larded up since the House rejected it on Monday).

Já lá chegou?

Eu traduzo e interpreto, em caso de aperto.

Luís Oliveira disse...

São.

Diga lá então. O plano P. está a seu gosto? O que é que fazia melhor?

Luís Oliveira disse...

"Já lá chegou?"

Não, está em inglês.

Sérgio Pinto disse...

Ah, ok.

Então, pronto: o plano é perfeito, como só poderia ser, dado que saiu de alguém que faz parte do governo do único país que tem o estatuto de 'paraíso'. Não poderia melhorar nada - aliás, acho óptima ideia que se atire com $700b para comprar "activos tóxicos" sem nenhuma contrapartida, só para compensar os accionistas das empresas.

Anónimo disse...

Não, está em inglês.

Uauh! Que sagacidade. A implosão craniana é que é sempre chata depois de uns momentos de alvoroço.

Anónimo disse...

"O Stiglitz ganhou um Nobel na economia..."

"Só isso explica que PInter tenha ganho um Nobel da Literatura, já para não falar do Saramago.
(...).

"Os Nobel das Ciências, já é outra história."

Antes demais, meu caro Lidador, você deixa mais alguém escrever comentários com o seu nome, não é? É a unica explicação lógica para tanta incoerência...

Já agora, Economia não é ciência?

Já leu Saramago?

A todos,

deixei de perceber esta discussão o que é que está mesmo em causa?

Paulo Porto disse...

Imagino que quase toda a gente tenha deixado de perceber esta discussão, tal como o Stran se queixa acima.

Afinal o assunto deixou de ser o conteúdo do post, demasiado claro e incómodo para os nossos amigos de esquerda. Vai daí os comentadores optaram pelos jogos florais com palavras.

Uma imagem do que aqui se passou: Eu digo que ontem o Benfica empatou com o Leixões. Alguém, inconformadíssimo e indignado com a coisa resolve dizer que não, que o Benfica ganhou. Finalmente eu envio para aqui mais um link com a notícia do resultado final e os meus adversários, fazendo justiça à sua condição intelectual, dizem-me: “Ah, o resultado final? Sim, sim, esse foi um empate, mas nós estávamos a falar do resultado ao intervalo, e aí o Benfica estava a ganhar, tal como nós andamos a dizer desde o princípio e toda a gente sabe.“

Como se vê, tudo moçanhada do mais sério.

Ora, como diz a nossa Maria Labaruça, citando o Sérgio PintoR “o pinto acerta na mouche, a desonestidade é muito feia”. É mesmo, e a este respeito ela nem precisa googlar, afinal a maria labaruça tem que aturar a desonestidade própria 24 horas por dia. Isto pode ser saturante, mas fez dela uma especialista no tema, como tantas vezes já percebemos nas caixas nos comentários desonestos que vai deixando pelas caixas do blog.

Anónimo disse...

PP, não se deixe abater pela impotência. Se não tem pernas para aguentar o embate, mantenha ao menos alguma compostura.

Ninguém lhe leva a mal que seja incapaz de justificar uma única afirmação, afinal, como aqui tenho dito, esta vida são dois dias e já desperdiçou um a combater a azia.

Tenha fé e esperança, porque a caridade já ganhou direito a ela.

Anónimo disse...

Então resumidamente:

Paulo Porto: "Krugman; acha que ele é contra o plano Paulson? Não me parece nada"

"Ainda assim, o James , tal como o Stiglitz, e o Krugman e a generalidade da esquerda americana não está contra a intervenção."

Krugman: "So is it better to have no plan than a deeply flawed plan? If it was the original Paulson plan, no plan is better. Dodd-Frank-Paulson may just cross the line — let’s see what details we have if and when agreement is reached."
Tradução do texto:
"Então é melhor não existir plano do que um plano profundamente errado? Se fosse o plano original de Paulson era melhor não existir plano. Dodd-Frank-Paulson pode ser que seja aceitável - vamos ver os detalhes quando se chegar a um acordo.

Caro PP, julgo que a sua afirmação inicial é enganadora, pois entre o inicio (o famoso plano "paulson") e agora existiram várias alterações. Sendo que se torna um pouco abusivo dizer algo contrário às próprias palavras de Krugman.

Agora a outra discussão sob o mérito de quem ganhou um prémio nobel essa entendi ainda menos...

Paulo Porto disse...

Caro Stran

Só li agora o seu comentário.

Este post foi colocado no dia 2 de Outrubro, aa tarde.

Por essa altura aquilo a que toda a gente chamava e chama 'Plano Paulson' era já resultado final de sucessivas alterações.

Portanto, jogar com palavras e dizer que a minha referência ao Plano Paulson se ficava pelo original, e que agora o plano já se chamava 'paulson-x-y-z' é apenas uma estratégia desonesta para fugir aa discussão da essência das coisas.

E a essência do assunto não mudou, como não muda: desde o início ao fim o plano Paulson teve sobretudo o apoio do democratas e a oposição dos republicanos. Mais, as maiores alterações finais foram as propostas pelos republicanos e não pelos democratas até porque eles aprovaram maioritariamente a versão original do plano.

As suas citações do Krugman não chegam para mostrar que finalmente ele concordou com o plano, ao contrário de muitos economistas e políticos conservadores.

Sérgio Pinto disse...

Sim, caro PP, a escola é a mesma do lidador: quando se vê encurralado, vá de fugir em frente.
Acho, ainda assim, extremamente intrigante que você tenha decidido pôr o link para um artigo do Krugman que datava de 22 de Setembro. Oooops...

Entretanto, alguns dos factores que influenciaram as votações:
by Filipe Campante and Davin Chor, guest bloggers
At first, pundits and analysts were left wondering why 228 representatives chose to “Just Say Nay”. After the eventual approval of the “bailout” (or “rescue”?) package, many have pointed to the tax provisions added by the Senate, or to the renewed persuasion efforts from political leaders, as explanations for the turnaround. But a closer look at the data helps us understand why some of the initially unconvinced were more persuadable than others: extreme ideological positions and the scope of the financial sector in home districts were the key factors.

Much was made of the political pressures faced by different representatives. Those who were most sensitive to their constituents’ antagonistic sentiments towards the bill because of electoral concerns were indeed more likely to reject it. We found that a member facing a competitive race was 30% more likely to say “Nay” than her colleague with a “safe” seat. Also, a member who was stepping down was almost 50% more likely to vote for the bill than a colleague with a seat to defend. But the reelection incentives did not seem to matter in explaining the change of heart: a representative in a “safe” seat who voted against the bill initially was not more likely to switch his vote than his threatened colleague.

A more crucial factor was ideology. While Republicans were indeed more likely to reject the bill, what mattered the most was how extreme the ideological position of each representative was. This turned out to be the single best predictor of the “Nay” vote, and particularly so for Republicans: an extremely conservative representative – say, an ideological kin of Sen. Tom Coburn (R-OK), the most conservative of all senators – was about 60% more likely to cast a “Nay” vote than a fellow GOP representative, otherwise identical, who just happened to be as centrist as Sen. Olympia Snowe (R-ME).

What is more, ideology was also very important in understanding which representatives had a change of heart. Among those who initially voted against the bill, the more ideologically extreme were significantly less likely to change their votes in the second go-around. Only the less extreme among the extremists proved within the reach of persuasion.

The other crucial factor was the role of the financial sector. Congresspersons representing districts where the financial sector is a more prominent employer were far more likely to vote for the package in the first round and, if at first voting against it, also to eventually change their minds. This suggests that those constituents who were particularly vulnerable to the rejection of the bill, and to the market reaction after the first vote, were indeed able to make their concerns heard. On the other hand, we could find no evidence that economic conditions such as the prevalence of subprime loans or the unemployment rate influenced voting patterns, indicating how much the current crisis has expanded far beyond local concerns about toxic mortgages in housing markets.


(retirado do blogue do Rodrik)

Anónimo disse...

Caro PP,

"Por essa altura aquilo a que toda a gente chamava e chama 'Plano Paulson' era já resultado final de sucessivas alterações."

Eu compreendi que era o original,
impressão essa que ficou reforçado pelo seguinte:

"O RoD fica contente porque andou a fazer asneiras consigo, ganhou um bónus e agora o Estado vai desenrascá-lo"

Já agora parece que estava enganado nesta sua frase:

"-o lado real da economia não se afundará com a crise no mercado financeiro."

P.S. A outra discussão foi um pouco lunatica, pôr se em causa a competência de uma pessoa que é Nobel em economia para falar de economia é completamente lunático. Se quem já foi Nobel em economia não tem competência para falar sobre Economia, o comum dos mortais muito menos competência tem.

Unknown disse...

"Se quem já foi Nobel em economia não tem competência para falar sobre Economia, o comum dos mortais muito menos competência tem. "

Na discussão entre o Nobel da Física Einstein e o maverick Bohr, sobre a teoria quântica, o Nobel tinha evidentemente razão, não é?

Anónimo disse...

Caro Lidador,

está a falar de um tal de Niels Henrick David Bohr?