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domingo, 27 de junho de 2010

Da conveniência como suporte da mediocridade


Vasco Pulido Valente, hoje, no PÚBLICO:

Saramago

O prémio Nobel não garante a importância literária de ninguém. Basta ver a longa lista de mediocridades que o receberam. Pior ainda, o prémio Nobel é atribuído muitas vezes por razões de nacionalidade ou pura política, sem relação alguma com a obra, que num determinado ano a Academia Sueca resolveu escolher. Que Saramago fosse o único escritor de língua portuguesa a receber essa mais do que duvidosa distinção não o acrescenta em nada, nem acrescenta em nada a língua portuguesa. Só a patriotice indígena (de resto, interessada) a pode levar a sério e protestar agora indignadamente porque o Presidente da República se recusou a ir ao enterro do homem. Por mais que se diga, e até que se berre, Saramago não era uma glória nacional indiscutida e universalmente venerada.
Pelo contrário, desde sempre que viveu do escândalo e da polémica. Devoto do Partido Comunista e ateu militante, não lhe custou muito. E Sousa Lara, com ignorância contumaz da nossa direita, acabou lhe dar uma grande ajuda. O Evangelho segundo Jesus Cristo, qualquer que seja o seu mérito literário (e, para mim, é pouco) não passa de um repositório de lugares-comuns sobre o Cristianismo (alguns dos quais do século III), que não revela sombra de pensamento original e só pode perturbar um analfabeto. Para defender a sua fé, ao que parece acrisolada, Sousa Lara teria feito melhor em proibir A Relíquia e O Mandarim, dois livros de facto subversivos, que justamente não incomodaram a burguesia de uma época em que o Catolicismo era a religião de Estado.
De qualquer maneira, a fama de incréu beneficiou Saramago. Como também a fama de comunista, adquirida no DN em artigos que suavam ódio e, mais tarde, num ou noutro romance em que mitificou o povo à boa maneira neo-realista. Mas nem essa fidelidade à esquerda e ao PC merece muita consideração. Ele, que denunciava tão depressa tanta gente, nunca condenou a sério os crimes sem nome (e sem número) do “socialismo real” e, no fim da vida, gostava de se apresentar como um campeão dos direitos do homem, um exercício para que obviamente lhe faltava toda a autoridade. Apesar disso, o Estado democrático, manifestamente impressionado com o Nobel, não o tratou mal. Instalada na Casa dos Bicos, mesmo no centro da Lisboa antiga, a Fundação Saramago é homenagem bastante.

26 comentários:

Anónimo disse...

nossa direita, acabou lhe dar ????

Faltou o "pulimento".

O Vasco invejoso, vá-se catar.

Anónimo disse...

O caramelo de cima, e os afins, é que deviam pagar a puta da Fundação Saramago (e a do Soares também), em vez de mandarem a factura aos contribuintes que como eu, suam para ganhar os euros que o Estado rouba sob o pretexto de cobrança de impostos.
Se não tem dinheiro pode, p.e., pegar numa esfregona e num balde água, e voluntariar-se para limpar a «fundação» ao fim do dia. Sempre se poupava aos contribuintes o contrato com a empresa das limpezas...

Anónimo disse...

O gajo nunca ganhou nenhum,ressabiado.

A fundação saramago não é paga com dinheiros dos contribuintes, é melhor informar-se, mas com fundos próprios e direitos autor.

O que o contribuinte fez foi dar o espaço para instalação e as obras necessarias a tal

RioD'oiro disse...

"mas com fundos próprios e direitos autor"

Pois claro.

A Sociedade Portuguesa dos Direitos de Autor é mais uma das formas, encapotadas, de sacar impostos. Vive de uma simbiose com o estado. Entretém-se a cobrar "direitos" em espectáculos quer os intervenientes sejam ou não seus associados.

Por dá cá aquela palha toma lá uma factura. Depois, é simples: "substitui-se" ao estado.

As câmaras municipais fazem o mesmo. Qualquer grande superfície é obrigada a "financiar" um polidesportivo qualquer, como forma de "compensação", como se não fosse o contribuinte em geral a pagar a factura nas compras do mês. Depois, os custos do pavilhão não são orçamentados nas contas da câmara porque são coisa "privada".

RioD'oiro disse...

Não tarda muito vai aparecer idiota qualquer a dizer que é Sociedade Portuguesa de Autores.

Anónimo disse...

Continua lerdo

Anónimo disse...

Ao anónimo das 7:34,
Guarda a conversa de atrasado para os da tua laia. Repito: paga tu e os da tua laia, a merda da fundação Saramago, e deixem de sacar o dinheiro dos impostos dos contribuintes para sustentar aquela trampa (e outras trampas como a fundação do soares). Até o saramago foi mais honesto que tu quando disse que: o prémio era de todos, mas o dinheiro era dele.

Anónimo disse...

Porque querias uma parte? a fundação o funcionamento não é sustentada com dinheiros publicos.custa aentender, ja deterninados projectos culturais ruinosos como belgais eram.

Anónimo disse...

O que é verdadeiramente hilariante é o cronista-enfant-terrible-pulido-valente (alguém cuja actividade intelectual em prol deste nosso pequeno país pouco se conhece além de textos que alimentam polémicas tanto estéreis como divertidas) verter este complexo e originalíssimo raciocínio sobre o Saramago.
Mas já se percebeu que a malta deste blog ficou sentida por não ter sido a Alexandra Solnado, que já falou com Jesus Cristo pelo menos duas vezes, a ganhar o caralho (asterisco) do prémio.

Ninja das Caldas (aka Aac.)

(asterisco)
pode dizer-se caralho neste blog?

Anónimo disse...

O que é verdadeiramente hilariante é o comentador-enfant-térrible- anónimo verter este complexo e originalíssimo raciocínio sobre Pulido Valente. Pena é que não comente rigorosamente nada do que ele diz e se limite verter opiniões pouco polidas e acanalhadas, perdão!, acaralhadas sobre o carácter do homem.
E que tal se fosse dar um giro até às Caldas? Há alguns ninjas que, assim, ficam mais calmos.
Zé Bastos

Anónimo disse...

ZB:
O que há para comentar? A opinião dele?
É fácil. É um disparate.
Mas é a opinião dele.
Que se há-de fazer? É livre de a dar.
Originalidade? Zero.
Interesse? Zero.
Conteúdo? Zero.
Coerência (com textos seus anteriores)? Vinte.
Porque foi escolhido este texto, entre as várias centenas de opiniões recentemente escritas sobre o Saramago? Porque diz a mesmíssima coisa que os autores deste blog e isso fá-los sentir brilhantes consigo próprios e alimentar o sonho de um dia poderem vir a escrever crónicas geniais como esta num jornal com gente que os leia.

Ninja das Caldas (aka Aac.)

RioD'oiro disse...

NC:

"Porque foi escolhido este texto, entre as várias centenas de opiniões recentemente escritas sobre o Saramago?"

Porque (parece-me a mim) faz sentido, coisa a que o esquerdalho por definição é imune.

Anónimo disse...

Parece-me é que o Sr. tem demasiadas alergias paranóicas.

RioD'oiro disse...

Além do pólen, sou alérgico a carraças.

Anónimo disse...

Porque escolhem os Aacês deste mundo seguir a opinião "comum"? Porque, assim, não se angustiam a supor que não são gente. A matilha é sua prova de vida. E dá-lhes voz e respeitabilidade pública por interpostas respeitáveis celebridades. Depois, por isso mesmo, não é preciso pensar, basta afirmar a fé e exorcisar quem não a tenha. E, como não pensam, nem exorcisar sabem. Insultam, mas, como para saber insultar também precisam pensar um pouco e não estão habituados a fazê-lo, acaralham. E saem, muito contentes, a dar ao rabo, depois de terem marcado território em qualquer caixa de comentários. No pneu do vizinho seria mais arriscado.
Zé Bastos

Carmo da Rosa disse...

Zé Bastos disse: ”Pena é que não comente rigorosamente nada do que ele diz e se limite verter opiniões pouco polidas e acanalhadas,”

Precisamente. Mas nesse caso obrigaria o nosso Ninja das Caldas a dizer mais alguma coisa do que ”É fácil. É um disparate. É bem mais fácil “marcar território” como você diz e muito bem! É evidente que seria bem mais interessante dizer por exemplo que é um disparate por isto ou por aquilo…

”Porque foi escolhido este texto, entre as várias centenas de opiniões recentemente escritas sobre o Saramago?”

Um boa questão. Com tudo o que se disse sobre este assunto – como é possível em tempo de Ramadão, de Santa Bolinha? - teria sido realmente interessante colocar ao lado um texto fazendo a apologia do José Saramago.

É evidente que o texto do Pulido Valente foi escolhido ”Porque diz a mesmíssima coisa que os autores deste blog”! E que mal há nisso? Arranje você um texto a dizer muito bem do José Saramago que eu publico, mas só depois de acabar a bola, tá bem!

P.S. Zé Bastos e Ninja, quando postarem escolham a bolinha do meio, que é para aparecer o vosso nome no topo do comentário – é muito mais giro pá…

Anónimo disse...

Ser da polícia
dá barbeiro
cantina
autoridade

já lá diz o Alexandre O'Neill, num poema.
E o Aac, ainda por cima, acha que é Ninja. E das Caldas! Ganda staile! Ganda promoção! Ali...! Képamostrar ós amigalhassos! A marcar terrtório comó ca...tano!

RioD'oiro disse...

ZB:

"E dá-lhes voz e respeitabilidade pública por interpostas respeitáveis celebridades."

Na esquerdalha há racismo para todos os gostos.

Já se sabe que os clans ou as tribos de esquerdalha se odeiam mutuamente. Mas dentro de cada clã a coisa fia mais fino. O racismo é exercido pelos seres superiores, os mais iluminados, sobre os acólitos, menos iluminados, como uma simbiose naturalmente (pleonasmo) aceite por ambos.

Com o Hamas o Hezbolah e a Fatah é igual. Para afogar o judeu podem estar temporariamente do mesmo lado da barricada. Mas não havendo judeu haverá, para cada um deles, outro judeu qualquer.

Anónimo disse...

Morreu um homem amargo e mau!


Morreu um homem amargo e mau, incapaz de sorrir, que se esforçava por tornar a sua Pátria amarga, como ele.

José Saramago, era de facto um homem mau. Provava-o a sua cara vincada incapaz de exprimir um sorriso, prova-o a sua escrita prenhe de ódio e crítica aos valores mais normais e caros à civilização que o viu nascer, valores esses que ele, com as suas ideias, suas declarações e sua obra, renegou em Lanzarote. Será que no fundo, Saramago, para além do seu marcado azedume e soberba, tinha valores? Nunca o saberemos.

Repito, José Saramago era um homem mau. Que o digam os seus colegas, que em pleno período revolucionário foram vítimas de saneamentos selvagens. O homem, nessa época, tinha o "estribo nos dentes", e era imparável algoz como sub-director do Diário de Notícias. Tinha por desporto arruinar a vida de quem não era comunista como ele.

Foram 87 anos de infecundidade, travestida de um aparente sucesso, revelado pelos livros que vendeu, e pela matreira estratégia de marketing que o conduziu ao Prémio Nobel, em detrimento de outros escritores Lusos, genuinamente com mais categoria e menos maldade crónica do que ele. Penso, por exemplo, no insuspeito Torga.

Tentei ler dois livros dessa personagem, para com honestidade poder dizer que, para além de não gostar dele como pessoa, o não considerava como um bom escritor, e que ofendia na sua essência a cultura Cristã da nossa Grei. Consegui apenas ler um, e o início de outro. A sua escrita, para além de ser incorrecta, era amarga como as cascas dos limões mais amargos. A sua originalidade era, afinal, o sinistro das suas ideias; o que, convenhamos, é pouco original. É mais fácil ser sinistro, provocador e mau, do que ter categoria, e valor. Saramago optou pelo mau caminho, como sempre, o mais fácil. E teve aparentemente sorte, na Terra, que a eternidade pouco lhe reservará.

Fiquei contente quando ameaçou (apenas ameaçou, porque na realidade a sua vaidade não lho permtia praticar), nunca mais pisar solo Pátrio. Uma figura como ele, é melhor estar longe da Pátria que em má hora o viu nascer. Afinal de que serve a este Portugal destroçado, um Iberistra convicto, ainda para mais, estalinista? Teria ficado bem por essas ilhas perdidas de Espanha, não fosse uma série de lacaios da cultura dominante "chorarem" por ele, por aqui por terras lusas, alimentando-lhe a sua profunda soberba.

Anónimo disse...

Para além da sua obra escrita, de qualidade duvidosa e brilhantemente catapultada por apuradas técnicas comerciais que lhe conseguiram um Prémio Nobel da Literatura, (prémio com cada vez menos prestígio devido à carga política que contém), nada deixou em herança, para além de certamente muito dinheiro, o que é um contrasenso para um qualquer estalinista como ele. Mas a sua existência foi um perfeito logro. Foi uma existência desnecessária.

Saramago afastou-se da Pátria, e estou certo de que a Pátria, no seu todo mais puro, que não no folclore da "inteligentzia", não teve saudades dele. Foi uma bandeira da esquerda ortodoxa, e também da esquerda ambígua, essa do Primeiro-Ministro que nos desgoverna. Dessa mesma esquerda que decidiu usar o nosso dinheiro, para trazer em avião da Força Aérea Portuguesa, os seus restos inanimados para Portugal, a expensas de todos nós, e infamemente coberto com a Bandeira Nacional. Um Iberista, coberto com a Bandeira Nacional, que Saramago ofendeu vezes incontáveis, na essência da sua obra, e no veneno das suas declarações públicas. Era um relapso. Um indesejável.

Anónimo disse...

Um homem que voluntariamente se afastou da sua Pátria, comentando-a de uma forma negativa no Estrangeiro, não é digno de nela entrar cadáver, coberto com a sua Bandeira. A bandeira de Saramago, era a do ódio, da arrogância, e da maldade praticada.

Mas os símbolos Nacionais estão hoje nas mãos de quem estão, e a representação das "vontades" Nacionais, está subordinada a quem está: à esquerda, tão sinistra como foi Saramago. Assim sendo, as homenagens que lhe fazem, incluindo os exagerados e ilegítimos dois dias de Luto Nacional, valem o que valem, e são apenas um acto de pura "camaradagem", na verdadeira acepção da palavra. Quem nos desgoverna, pode cometer as maiores atrocidades, que ao povo profundo só resta pagar, e calar. Até ver.

Amanhã, Sarmago mergulhará pela terceira vez nas chamas. A primeira, terá sido quando nasceu, e ao longo de toda a sua vida, retrato que foi de ódio e maldade pela sua imagem espelhados e espalhados; a segunda, terá sido quando o seu corpo ficou irremediavelmente inanimado, e estou certo de que entrou no Inferno, a confraternizar com o seu amigo Satanás; a terceira, amanhã, será quando o seu corpo inerte e sem alma, entrar para ser definitivamente destruído, no Crematório do Alto de S. João.

Será um maravilhoso e completo Auto de Fé. O Homem e a sua obra venenosa, serão queimados definitivamente nas chamas da terra, que nas da eternidade já o foram no dia em que morreu.

De Saramago recordaremos um homem que não sabia rir, que gostava certamente muito de dinheiro, e que o terá ganho, que era mau e vaidoso, e que o provou ao longo da sua vida, que quis viver longe da sua Pátria por a ela não saber ter amor, e que foi homenageado por meia dúzia de palhaços esquerdistas, "compagnons de route" coniventes com um dos últimos fósseis estalinistas, que ilustrava uma forma de estar na vida e na política sem alma, amoral, e que globalmente contribuiu para a destruição de toda uma Pátria, e suas tradições.

Ocorreu ontem, quando soube que este cavalheiro de triste figura tinha morrido, que estaria por certo no inferno, sentado com Rosa Coutinho, também lá entrado há poucos dias, à espera de Mário Soares e Almeida Santos, para os quatro juntos jogarem uma animada e bem "quente" partida de sueca...

O País está mais limpo. Um dos maiores expoentes do ódio e da maldade, desapareceu da superfície da Terra. Espero que a Casa dos Bicos, um dia possa ter melhor função, do que albergar a memória de tão pérfida personagem. As suas letras, estou certo de que cairão no esquecimento, ao contrário das de Camões, Torga ou Pessoa, entre muitos outros.

Apesar de tudo, e porque sou Católico (e porque a raiva não é pecado), que Deus tenha compaixão de tão grande pobreza, mas que se lembre fundamentalmente de nós , de todos os Portugueses íntegros que tentamos sobreviver com dificulade, neste Portugal governado pelos amigalhaços do extinto, que apesar do luto em que fingem estar, mas que na verdade não sabem viver, continuam a todo o custo a viver o enorme bacanal que arruina Portugal...

No fundo, no fundo, e porque as palavras as leva o vento, que Deus tenha piedade de tão grande pobreza! Cabe-nos perdoar. Mas não temos que esqucer!

António de Oliveira Martins - Lisboa

Anónimo disse...

em detrimento de outros escritores Lusos

O sousa lara que o diga

Anónimo disse...

Epá o Oliveira Martins ressuscitou.
Milagre, milagre... Oxalá os Judeus vejam nele o verdadeiro Messias, capaz de aniquilar os vis comunas, tipo saramago, que os esquerdalhos da academia sueca ousaram atribuir-lhe.

Anónimo disse...

É de facto um milagre!
Este blog não pára de nos surpreender.
Quer-me parecer, não tarda nada teremos aqui a irmã lúcia a sacar umas diatribes sobre a rússia, essa "mulher gorda e má", segundo as suas sábias palavras.

Ninja das Caldas (aka Aac.)

Anónimo disse...

"Quer-me parecer, não tarda nada teremos aqui a irmã lúcia a sacar umas diatribes sobre a rússia"

Não é preciso, pelos vistos os ninjas acaralhados já a substituíram.

Anónimo disse...

Acho bem. Estes bloguistas também têm direito de ser "anónimos" anónimos.