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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eleições Norte-Americanas XXVIII


Este será, provavelmente, um dos últimos artigos que escreverei sobre as Eleições Norte-Americanas de 2008. O tempo urge, a campanha aproxima-se do final e tudo se encontra, por muito que não queiram, difícil de prever.

O Lidador e o Paulo têm dado particular relevância, nas últimas semanas, às eleições Norte-Americanas nos seus artigos. É óptimo que isto tenha acontecido, pois de verborreia pro-Messias a malta já anda um pouco farta.

Enalteço o trabalho do Lidador, que trouxe até nós algumas das verdades escondidas pela Comunicação Social Internacional. A amizade com Ayers, as transferências monetárias para a ACORN, a sua juventude marcada pela partilha de valores muitas vezes avessos aos Norte-Americanos e os jantares suspeitos com Palestinianos levam-nos a pensar quem será, realmente, Barack Obama.

Ninguém sabe ao certo. Creio que nem Barack Obama saberá. Mas isso também é parte da estratégia: dar uma no cravo, outra na ferradura.

A maioria das pessoas pensa que sabe o que o Obama é: Deus. É o tipo que não entrará em Guerras e que vai terminar com as já existentes, é o tipo que fechará Guantánamo e Abu Ghraib, é o tipo que reatará as boas relações dos Estados Unidos com a Europa, é o tipo que se sentará à mesa das negociações com tudo e com todos, é o tipo que defenderá a diplomacia e repudiará a Guerra, é o tipo que vai ratificar um futuro tratado Mundial relacionado com o Aquecimento Global, é o tipo que vai colocar os Estados Unidos no Tribunal Penal Internacional, é o tipo que vai distribuir a riqueza, é o tipo que dará saúde para todos os Americanos, é o tipo que ajudará África.

Outros, nos quais creio que o meu colega Paulo se insere, acreditam que Obama trará alguma espécie de mudança, mas longe daquela que a esquerda Mundial sonha. Fará reformas a nível interno, aumentará impostos, tomará medidas proteccionistas, concentrará esforços no Afeganistão, falará com a Europa, praticará a diplomacia, atacará o Irão e defenderá Israel.

Outros, nos quais eu me insiro, não julgam nada. Estamos confusos demais para isso. O rapazinho diz uma coisa nas Primárias e agora diz outra totalmente diferente? Vê babado durante toda a sua vida os discursos do Reverendo Wright e agora critica-o acerrimamente? Financia a ACORN e depois diz que não tem nada que o relacione com ela? Diz que cortará os impostos à classe média, quando 40% dela já não os paga? Primeiro aceita os fundos federais e depois diz que já não precisa deles? Vai retirar do Iraque e depois defende uma política ponderada? Defende a diplomacia a todo o custo e enviará mais tropas para o Afeganistão?

Acho muito difícil prever um mandato Obama, a avaliar por aquilo que ele já fez e disse no decorrer de toda esta campanha. A futurologia do meu colega Paulo até pode estar certa, mas Obama não é coerente. Deduzir algo das palavras de Obama é um exercício perigosíssimo. Obama é perigoso.

O Senador John McCain, pelo contrário, é um tipo que conhecemos bem, do qual sabemos o percurso de vida, os feitos, os projectos e a sinceridade. John McCain é um grande candidato para a Presidência dos Estados Unidos da América, um homem capaz, pela sua cultura, vivência e personalidade, de conduzir os destinos do mais forte país do Mundo. Os tempos são difíceis, requerem experiência, audácia, inteligência: McCain, no alto dos seus 72 anos, é um senhor em política internacional, profundo conhecedor do Mundo que nos rodeia. É isto que nós precisamos.

Alguém iluminado nunca negará as capacidades de John McCain. Poderá negar as de Sarah Palin, as de Bush, as de Cheney, as de Obama, as de Biden, as de Colin Powell, as de Rumsfeld. Mas nunca as de John McCain.

Tristemente, deparo-me, hoje em dia, com a extrema dificuldade que John McCain terá para vencer as eleições deste ano. A escolha de Sarah Palin revelou-se, depois de uns primeiros tempos, a pior coisa que poderia ter feito: a Governadora do Alaska tem-se revelado fútil, ignorante, interesseira e, dessa forma, uma péssima parceira para o Senador McCain. Mitt Romney, Rudy Giuliani, Mike Huckabee ou Joe Lieberman seriam, todos eles, melhores escolhas para o cargo de vice-Presidente dos Estados Unidos. Não que fossem melhores a desempenhar o cargo (um cargo que exige, como já referi, pouco), mas ajudariam, com certeza, McCain a ganhar mais votos, em diferentes áreas geográficas e em diferentes grupos eleitorais.

Porém, não vale a pena martelar mais no assunto, a escolha está feita e até pode ser que resulte.

As sondagens deste ano são, dada toda a conjuntura, bastante falíveis: clima de recessão económica; um negro a concorrer para Presidente e uma mulher para vice-Presidente; um mandato Bush odiado por 60% dos Americanos; uma Guerra do Iraque que, apesar de estar agora a ser ganha, ainda deixa muitas dúvidas no ar; uma Rússia e um Irão agressivos, uma Venezuela que abre demais a boca; um inexperiente a concorrer para o cargo, com ligações perigosas e, para muitos, muçulmano; um herói de guerra a concorrer para o cargo.

São umas eleições suy generis. Tanto para os Estados Unidos como para a Europa. Umas eleições que definirão o nosso futuro, tal é, em algumas matérias, o antagonismo existente entre os dois candidatos.

A Europa reconhece que as eleições são especiais, na medida em que existe um candidato especial, fofinho, bonito e imaculado. Que ninguém lhe ouse fazer o mesmo que fizeram a Kennedy! A esperança é grande, mas ao mesmo tempo pequena: os Americanos, esse povo racista, já alterou resultados de eleições para colocar Satã no poder, em detrimento do magnífico Al Gore...

Então não é que já prenderam uma carrada de neo-nazis que queriam matar o Obama? Ai estes Americanos, rudes, racistas, xenófobos, estúpidos, burros!

Do alto da minha ignorância, o que acham que aconteceria a um judeu se este se candidatasse para a Presidência Húngara? E a um negro que se candidatasse para a Presidência Alemã? E a um cigano que se candidatasse para a Presidência Italiana?

Acho que todos nós sabemos a resposta.

O mapa dos Estados Unidos que vos trago acima é a minha visão sobre o estado das coisas nas eleições: o azul retrata os estados "já" ganhos por Obama; o vermelho retrata os estados "já" ganhos por McCain; o cinzento os estados que poderão ver o sentido de voto alterado.

Obama leva, de facto, uma vantagem considerável de 63 votos eleitorais na corrida para a Casa Branca. Porém, está longe de poder gritar vitória, apesar de ser quase certa a sua vitória na Pennsylvania (+21), no Iowa (+7) e no New Mexico (+5). Com a junção destes três estados, ficam a falar 11 votos (Obama fica com 260).

Ora, estou em querer que podemos excluir de possíveis estados a ganhar por Obama a Carolina do Norte (reduto que Bush ganhou por 13% e que, por força de ser um estado com muitos Afro-Americanos, está agora muito dividido), o Indiana (Bush ganhou o Indiana por 20% mas, dada a proximidade geográfica do Illinois e a expansão dos subúrbios deste mesmo estado, para além de uma possível mãozinha da ACORN, Obama encontra-se por perto) e o Missouri. Com a junção destes três estados às contas de McCain, ficam a faltar 71 votos (McCain fica com 200).

A decisão faz-se, portanto, no Colorado, no Nevada, no Ohio, na Vírginia, na Florida e no New Hampshire.

John McCain tem que ganhar, forçosamente, Ohio e a Florida. As coisas não estão muito negras, é até provável que isso aconteça. Com a junção destes dois estados, McCain ficaria com 247 votos, contra os 260 de Obama.

McCain pode até perder a Vírginia, mas teria que ganhar Iowa ou New Mexico como recompensa (ou outro qualquer estado fora Colorado, Nevada e New Hampshire). Porém, penso que as coisas continuam a estar muito equilibradas na Vírginia, que costuma, por tradição, votar Republicano.

Isto vai ser renhido. É bastante provável que, dado o actual estado de coisas, o vencedor nem chegue aos 300 votos eleitorais (McCain de certeza que não chega).

Entretanto, seguem preparativos aqui em casa para o grande dia. Quem quer vir beber uma jola e ver a eleição?

Eleições Norte-Americanas XXVII


Um Anúncio de $6 Milhôes e Um Teste

Abaixo fica o anúncio de propaganda política da campanha de Obama cuja publicação custou 6 (seis) milhões de dólares. Este anúncio foi divulgado simultaneamente nas principais cadeias de televisão americana e tem quase meia hora de duração.

Antes de ver o anúncio, vamos colocar-nos no lugar de um qualquer não americano interessado nas eleições americanas (fácil para todos nós). Vamos ainda supor que desconhecemos qual o candidato promovido pelo anúncio.

Munidos desta atitude, visualizemos a coisa (quem diposer de 30 mintuos, claro).



Partindo então do pressuposto que o anúncio foi visto imaginando que Obama não é o candidato, ensaiemos agora a resposta a duas questões:
1. Entre os que são contra Obama, quantos concordam com o sentido político do anúncio?
2. Entre os que são a favor de Obama, quantos estão contra o sentido político do anúncio?

Parece-me bem que a percentagem dos que responde 'sim' à primeira questão é superior a 50%. Sensivelmente a mesma dos que responderiam 'não' à segunda questão.

Isto mostra o quanto o preconceito está a impedir o mundo de perceber os motivos reais que parecem ir conduzir Obama à vitória. Este raciocínio aplica-se aos denunciantes e aos apoiantes da obamafilia, embora por razões opostas. Os motivos profundos que levam a América a ir votar em Obama não estão ligados aos seus antecedentes esquerdistas, até porque para este evento ele os meteu na gaveta. Passo sem dizer qual o quadrante político dominante no seu discurso para não ofender mais as suscetibilidades de todos os que são contra ou a favor.

Para acabar, outra questão: quanto se teria gasto em rios de tinta de prosa esquerdista indignada se o anúncio fosse de Mccain?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Perplexidades obâmicas

Há muitas coisas que me deixam perplexo na Obamania.

Por exemplo Obama declarou que a sua missão é distribuir a riqueza, o que fica bem e até é fácil, especialmente se a riqueza for a dos outros.
O problema é que, tal como Frei Tomás, no que toca à sua riqueza, ele prega mas não faz.
Obama é rico. Ganha bastante bem e vive numa casa que vale mais de 1 milhão de USD.
A sua família paterna (avó, meios irmãos, etc) vive no Quénia em casas de tabique, sem água e luz, à mercê da natureza, com menos de dois dólares por dia. Uma ínfima percentagem de redistribuição da riqueza de Obama para a sua família próxima, digamos 200 USD por mês, fá-los-ia autênticos nababos à escala local.
Parece que tem também um tio em Boston, a viver num barraco.
Obama não redistribuiu a sua riqueza para ajudar a família, o que é estranhíssimo. Mas presta-se e redistribuir a riqueza dos outros. Somos sempre magnânimos com o dinheiro dos outros.


Algo que também me faz alguma confusão é a adoração das massas. Desde que, na minha adolescência, calhei a ler a Rebelião das Massas, de Gasset, ganhei uma saudável desconfiança pelas multidões, que reforcei quando, aos 17 ou 18 anos um primo, adepto do FCP, me levou às Antas, ver um jogo do FCP contra o Benfica. Fiquei no meio dos dragões fanatizados e quando o Chalana marcou o golo do Benfica, fiz uma imprudente dança da chuva.
No momento seguinte estava a ser alvejado com vários objectos e insultado do piorio, só me tendo safado de apanhar uma carga de porrada, porque o meu primo era conhecido daquela malta.
Normalmente associo multidões em delírio a países subdesenvolvidos, pessoas subdsenvolvidas, enfim, à parte da humanidade que nunca foi deserdada da costela quadrúpede e herbívora, e gosta de ser conduzida em rebanho.
Nos países civilizados, as pessoas não se reúnem aos milhares para aclamar salvadores. Mesmo em Portugal, a época dos comícios com milhares de palermas aos pinotes e a balir, já ficou para trás.
E de repente, na Alemanha e nos EUA, as massas voltam a dar pinotes. É perturbador porque de repente percebemos que não estamos tão longe dos babuínos como gostamos de pensar.
E a verdade é que foi mais ou menos com este tipo de coreografias que Hilter e Mussolini singraram na vida, isto para não falar da IURD e das manifestações no Paquistão.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Media bias

Um estudo da Pew revela com toda a clareza a cobertura enviesada dos media americanos, a favor de Barack Obama.
Não é surpreendente, há quem considere que se fossem os jornalistas a eleger o POTUS, o candidato da esquerda ganharia sempre por larga margem e neste caso Obama obteria mais de 80% dos votos.
Mas nesta eleição o enviesamento é avassalador e em alguns casos já ultrapassa largamente a ténue linha que o separa do activismo.
A fúria com que os media se lançaram sobre Sara Palin e Joe "The Plumber", escrutinando todos os pormenores das suas vidas, investigando emails e contas bancárias, não tem equivalente do outro lado.
As perturbadoras relações de Obama com terroristas, racistas, islamistas e radicais de esquerda não merecem grande atenção e são alegremente branqueadas como coisas irrelevantes e passadas, que nada têm a ver com a cosmovisão do candidato.
Processos judiciais em curso sobre a elegibilidade de Obama são ignorados, não pela maior ou menor solidez dos seus fundamentos, mas a sua simples existência, que apenas se conhece pela blogosfera, sem que nenhum eco ganhe momentum nas grandes cadeias televisivas.
Um dos últimos casos escandalosos de activismo é o do importante jornal "Los Angeles Times" , que endossou Obama e que, reconhecendo ter na sua posse um vídeo onde Obama em alegre confraternização com Ayers e o islamista Rashid Khalidi, terá feito declarações comprometedoras sobre a questão palestiniana, recusa torná-lo público alegando uma promessa feita à fonte.
Quando um orgão de comunicação social tem na sua posse uma peça que pode fazer manchetes em todo o país e em todo o mundo, e a mantém fechada a sete chaves, apenas porque ela pode prejudicar o Escolhido, não se trata apenas de enviesamento, mas de descarado activismo político.
Alguém imagina que se a CNN, ou o LAT pusessem as mãos num vídeo de McCain a trocar larachas com o Klansman, ou de Sara Palin a fazer uma table dance ao Cónego Melo, o manteriam fechado no cofre por "respeito pela fonte"?
Entretanto Obama, prenhe de dinheiro, prepara-se para lançar hoje uma milionária e inédita ofensiva mediática, tendo comprado meia-hora de caríssssssima prime time em todas as principais cadeias televisivas americanas, o que faz irresistivelmente lembrar as célebres "Conversas em Família" do Prof Marcelo Caetano ou o "Alô Presidente", do Coronel Hugo Chavez.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Xeque ao Rei.

A incursão americana em território sírio não aconteceu por acaso. Uma acção desta magnitude tem consequências estratégicas e por isso não pode ter sido decidida a nível táctico ou operacional.
O mero ganho táctico de eliminar um quadro intermédio da jihad, não é justificação suficiente para desencadear uma operação transfronteiriça.
No Iraque está a acontecer algo que nem os mais optimistas previam há um ou dois anos, quando os analistas teciam profecias apocalípticas e nos próprios EEUU, a esquerda exigia histericamente a debandada.
A pacificação não está completa, mas é já claro que o Irão e a Síria fracassaram na tentativa de vergar a vontade americana, pelo uso do terror indiscriminado.
Pacificada a frente interna, os únicos catalisadores de conflitos são os jihadistas que, embora em menor número, continuam a entrar no Iraque, com o apoio tácito dos governos sírio e iraniano.
Tentada a pressão diplomática, o governo sírio foi fazendo ouvidos de mercador. Já o Irão, embora mantenha uma retórica do tipo chavista, agiu com bastante mais cautela e tratou de baixar o perfil.
Tal como aconteceu no Paquistão, chegou uma altura em que os comandantes americanos resolveram acabar com a conversa da treta e passar a atacar os santuários.
No Paquistão o governo percebeu logo que o tempo de arrastar os pés tinha expirado e apressou-se a lançar uma ofensiva geral sobre os santuários, que está ainda a decorrer.
A mensagem ora enviada aos sírios e iranianos é clara: os comandantes no Teatro de Operações têm, a partir de agora, carta branca para atacar o inimigo para lá das fronteiras do Iraque, se os governos desses países não desistirem de tolerar e apoiar os grupos que procuram desestabilizar a situação.
Sírios e iranianos reagiram com indignação, gesticularam, condenaram, acusaram, mas já sabem com o que contam a partir de agora.
Petraeus e Odierno sabem jogar xadrez. Estabeleceram uma boa defesa e estão agora em condições de avançar, pressionando directamente as peças que apoiam a insurgência.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ZWAFFELEN…


Recebi umas queixas de jovens leitores de que o Fiel Inimigo se tornou, segundo estes jovens, monótono e repetitivo na temática e difícil de digerir. Pois bem, pela parte que me cabe vou dar a mão à palmatória e vou tentar ir ao encontro da juventude. Dizem que quem tem a juventude tem o futuro, espero bem que me toque algum, futuro...

Mudando então 180º da temática que costumo escrever, vou hoje abordar uma prática recente e muito popular entre a juventude holandesa. Prática esta que, confesso, até há uns dias atrás desconhecia completamente.

A prática chama-se
zwaffelen. A palavra em holandês não quer dizer rigorosamente nada, e o conceito (mas não a prática), assim como a palavra, é tão novo que desconheço o neologismo correspondente em português. Por isso, peço imensa desculpa mas por enquanto vou ser obrigado a utilizar a palavra holandesa até que uma jovem e caridosa alma me dê uma dica.


Os homens de Neandertal parece que já conheciam a prática, e os romanos espalharam-na até aos confins do Império, com especial incidência no Egipto – teria sido talvez esta a razão para os Ramsés serem ‘retratados’ de perfil (mais tarde irão compreender porquê). Mas nos primórdios da Idade-Média a nobre prática do zwaffelen perdeu-se, e muitos pensaram que se tinha perdido para sempre. Até ter sido muito recentemente redescoberta por jovens holandeses a passar férias com muito álcool à mistura perto de Lloret de Mar.

Mas afinal o que é zwaffelen precisamente? Pergunta o jovem leitor, impaciente por natureza.


Bem, malta (peço desculpa pelo tom informal mas é uma tentativa de me dirigir aos mais jovens), vamos lá ao que interessa: zwaffelen é uma forma de proporcionar momentos de fenomenal gozo sexual às vossas namoradas (ou namorados, para a maralha com preferências mais perversas). Mas apenas os rapazes estão em estado de realizar esta prática - teoricamente as raparigas também, mas para isso necessitam de acessórios.


Como é que se zwaffelen?


Há um factor determinante e imprescindível para a prática do zwaffelen. O praticante tem que dispor de um pénis de peso e dimensões bastante razoáveis. Porque para esta prática o pénis não deve atingir uma erecção total, mas tão pouco deve ficar inteiramente murcho. Tem que alcançar o estado ideal, a chamada erecção flácida, ou seja, manter uma posição horizontal como uma cana de pesca em plena actividade (ver foto acima tirada na Zambujeira), mas possuir ao mesmo tempo a maleabilidade de um chicote. Atingida esta fase, aproxima-se o membro o mais perto possível do objecto que se deseja zwaffelar: de preferência nádegas, seios ou coxas de mulher – devo dizer que
neste momento na Holanda o último grito em zwaffelen, a preferência, é o rosto – e vá de dar umas pancadinhas nas vossas garinas… Não batam com muita força para não provocar contusões ou mesmo fracturar um membro.

Esta prática, apesar de totalmente inocente quando usada com moderação, veio à baila numa actual controvérsia na média Holandesa, sobre a percepção que os jovens têm hoje em dia de sexualidade. Uns acham que a sexualidade juvenil se tornou perversa e pouco salutar porque, segundo os mesmos, é demasiadamente influenciada por pornografia da pesada e baseada em videoclips. Sobretudo nos mal-afamados gangsta-raps. Outros, para quem tudo está sempre bem, acham que cada época tem os seus moralistas e a sua própria inquisição…


O mais engraçado é que esta prática já ultrapassou os parâmetros do sexo, degenerou, e já nem os grandes símbolos da nossa civilização (as 7 maravilhas do mundo) são poupados a esta prática. Podem ver aqui um grupo de jovens turistas holandeses a zwaffelar o Taj Mahal! E eu pergunto, eh pá, para quando a Casa Branca? O Kremlin? O muro da China? E porque não o outro muro, o das lamentações em Jerusalém, que já é zwaffelado diariamente com a cabeça, e porque não, para variar, usar a outra cabeça? A Kaaba na Meca?
Eh malta, aqui pára o baile. Por favor rapaziada, aguentem os cabais porque neste último caso é preciso ter algo mais do que apenas uma pila de tamanho razoável… Creio que é também necessário uns
'colhões que dão a ideia vaga das nádegas brutais do Arcebispo de Braga'.


(O primeiro jovem que souber qual foi o escritor português que
num poema utilizou a frase acima em negrito, receberá em casa o NOVO DICIONÁRIO DO CALÃO de Afonso Praça, edição Casa das Letras)

De qualquer forma, e sobretudo como um aviso aos jovens, e antes que estes se dediquem a esta prática do zwaffelen sem pensar duas vezes, gostaria de traduzir um incidente que teve lugar na Holanda e que foi recentemente publicado no blogue FRONTAAL NAAKT pelo famoso blogueiro Max J. Molovitch.


Max Molovitch:

No que diz respeito à zwaffelen, não quero privar os leitores deste insólito acontecimento. É provavelmente pouco crível: foi um amigo que me contou, que por sinal já lhe tinha sido contado por uma amiga, que por sua vez…. [nota do trad.: Não deixa por isso de ser uma valiosa recomendação].


Peter, o herói desta peripécia, teve a sua educação sexual baseada quase exclusivamente em filmes pornográficos. Assim é que Peter logo no primeiro momento de intimidade com a sua namorada ejaculou na sua cara, presumindo que fora do mundo da hard-porno esta prática também era aceite e absolutamente normal. O facto da rapariga não protestar deve-se a ela ter lido numa revista glossy que o sémen masculino é bom para a pele – parece que evita ou retarda o inevitável aparecimento de rugas.


Outra coisa que Peter costumava fazer como forma de prelúdio ao acto, era zwaffelar as saudáveis bochechas da namorada. (Agora já sabem: com o membro em meia erecção
dava umas leves vergastadas amorosas na cara da moça). Se a namorada também pensava que esta prática fazia bem à pele a história não conta, mas é um facto que ela não se opunha.

Era uma noite quente de Agosto. Para celebrar as bodas de prata do casamento, os pais da namorada do Peter alugaram um bangalow com vários quartos num belo parque rodeado de árvores no centro da Holanda. Peter era convidado pela primeira vez. Peter era um rapaz simpático, educado e que se dava bem com toda a gente. Que o rapaz também já era bastante viciado na prática do zwaffelen, e que se vinha de dois em dois dias na cara da filha, era coisa que a família obviamente desconhecia. É assunto que não se fala muito abertamente e de maneira nenhuma numa ocasião destas.


Nessa noite Peter bebeu mais do que normalmente pode suportar e não havia maneira de adormecer. Dava voltas e reviravoltas na cama e suava em bica ao lado da namorada. Esta dormia como uma justa, completamente alheia ao facto de que ele naquele preciso momento a desejava tão profundamente. Ele olhava para ela e ela girava. A cama girava. O teto girava. Tudo girava à sua volta. Peter sentia uma forte sensação de enjoo, e ainda por cima vontade de urinar.


Depois de dar uma mija sem puxar o autoclismo para não acordar ninguém, Peter decidiu acordar a namorada com umas leves pancadinhas amorosas! Zwaffelen. Dirigiu-se cambaleante para o quarto, abriu a porta muito devagarinho, dirigiu-se furtivamente na direcção da cama e tomou posição em frente da namorada. Puxou as cuecas-boxer até aos joelhos, agarrou no membro meio-erecto (já vimos que era um zwaffelador experiente) de onde ainda pingava urina, e começou a dar leves vergastadas no rosto da namorada que logo a seguir acordou com algo a bater-lhe na cara. Ó diabos, não era a namorada. Era a futura sogra! Tinha-se enganado no quarto…

Prémio "STRAN" (1)

O Prémio 'Stran' foi inventado há umas semanas pelo L.Oliveira, aqui do Fiel Inimigo.

Pretende-se premiar os mais estúpidos entre os estúpidos. A idiotice não tem de ser personalizada, pode ser atribuída a situações ou a coletividades de estúpidos.

A ideia tem estado parada porque o Stran, ele próprio, continua a não dar hipóteses à melhor concorrência.

Só que desta vez algo consegue ficar uma ou duas caves acima da profundidade da inteligência e lucidez do moço e isso merece um prémio: o prémio Stran.

Diz-nos o Stran, em mais um diamante intelectual que lhe sai do cérebro e que chega até nós com tanto de bruto quanto de lapidado:
"[Referindo-se à reconhecida ignorância dos americanos] Para isso seria necessário os americanos saberem que teriam uma melhor qualidade de vida. Já é difícil eles saberem onde ficam alguns países quanto mais saberem o estilo de vida desses países..."
"Sobre este tema voltarei com estudos sobre a cultura americana. pode ser que seja só um mito..."

Pois. Ficamos então à espera dos estudos mitológicos do Stran. Que talvez nem sejam assim tão necessários porque, como todo o intelectual de esquerda sabe, os americanos são burros por definição. Os europeus é que não são burros, são cultos em geral, com uma elevada dose de eruditos à mistura, também por definição. De entre eles, naturalmente, os franceses são os (ainda) mais cultos e eruditos. Certo? Claro, responde-nos qualquer esquerdista preconceituoso e arrogante, nem outra coisa se esperaria dos herdeiros culturais do 'avançado' Robespierre, esse humanitário.

O prémio Stran vai para um grupo de 100 franceses que se consideram à altura de participar num concurso de cultura geral e que maioritariamente acredita que o Sol gira em torno da Terra.

Ora vejam e deliciem-se com a superioridade cultural europeia.

P.S. Estranhamente, desapareceram os diversos vídeos no YouTube com a gravação deste programa da versão francesa de "Quem Quer Ser Milionário", pelo que o link foi atualizado.

Futurologia: Obama

Segue-se um exercício de futurologia para mais tarde recordar.


Obama vai ser eleito presidente dos EUA.

No plano interno, vai penalizar as empresas americanas que “deslocalizam” e penalizar importações, pelo que, pelo menos a curto prazo, o emprego crescerá e a atividade industrial também.

Em contrapartida, vai gastar mais dinheiro em ação social sobretudo no financiamento dos seguros de saúde para os mais pobres. Pela ordem natural das coisas, o preço dos cuidados de saúde vai aumentar para todos.

Vai permitir a perfuração de jazidas petrolíferas por explorar nos EUA. Tem a margem ideológica que não foi dada a Bush para o poder fazer. Com isto o preço do petróleo baixará significativamente.

Vai virar uma página no racismo nos EUA, sobretudo no racismo dos negros que deixarão de ter desculpas para auto piedades e reivindicações de cidadania de menoridade.

No plano externo, o Irão será bombardeado, inevitavelmente. E a isto não se seguirá nada de especial excepto o Irão ficar a precisar de outras duas décadas para repor as suas capacidades nucleares.

Vai impor obrigações e responsabilidade aos iraquianos ameaçando com a retirada de tropas. Mais cedo ou mais tarde acabará por poupar alguns milhões de dólares por dia.

A presença no Afeganistão vai ser reforçada e Obama vai exigir que esse esforço seja partilhado pelos que se dizem aliados da América.

Não resolverá a questão palestiniana nem a favor dos árabes nem de Israel. Para vermos esse dia chegar temos de continuar à espera que os anti-europeus da União Europeia se cansem de financiar a Autoridade Palestiniana.

O protecionismo da economia doméstica reduzirá a dívida externa americana ao mesmo tempo que provocará dissabores aos países que exportam para os EUA. Veremos os ideólogos da anti-globalização a chorar por ela. E os economistas que agora dizem que os EUA vivem à custa das importações, passarão a dizer que os EUA vivem à custa de restringir importações.

Obama e os líderes anti-americanos do mundo decepcionar-se-ão mutuamente.


Quando Obama deixar a presidência americana voltará aos tiques de esquerda com que se iniciou na vida política, à imagem de outros presidentes americanos.

Se morrer antes disso será um novo mito porque de algum modo ele inspira o sonho americano, à imagem de Kennedy.


Se a minha bola de cristal não me engana, este é o futuro.
Mas isto de bolas de cristal já não é o que era, pelo que também estou interessado em saber o que as vossas dizem.

SNS


domingo, 26 de outubro de 2008

Oração a Sto Obama



Heaven On Their Minds

My mind is clearer now
At last
All too well
I can see
Where we all
Soon will be
If you strip away
The myth
From the man
You will see
Where we all
Soon will be

Jesus!
You've started to believe
The things they say of you
You really do believe
This talk of God is true

And all the good you've done
Will soon be swept away
You've begun to matter more
Than the things you say

Listen Jesus
I don't like what I see
All I ask is that you listen to me
And remember
I've been your right hand man all along
You have set them all on fire
They think they've found the new Messiah
And they'll hurt you when they find they're wrong

I remember when this whole thing began
No talk of God then, we called you a man
And believe me
My admiration for you hasn't died
But every word you say today
Gets twisted 'round some other way
And they'll hurt you if they think you've lied

Nazareth's most famous son
Should have stayed a great unknown
Like his father carving wood
He'd have made good
Tables, chairs and oaken chests
Would have suited Jesus best
He'd have caused nobody harm
No one alarm

Listen Jesus, do you care for your race?
Don't you see we must keep in our place?
We are occupied
Have you forgotten how put down we are?
I am frightened by the crowd
For we are getting much too loud
And they'll crush us if we go too far
If we go too far

Listen Jesus to the warning I give
Please remember that I want us to live
But it's sad to see our chances weakening with ev'ry hour
All your followers are blind
Too much heaven on their minds
It was beautiful, but now it's sour
Yes it's all gone sour
Ah --- ah ah ah --- ah
God Jesus, it's all gone sour

Listen Jesus to the warning I give
Please remember that I want us to live
So come on, come on, listen to me.
Ah --- ah
Come on, listen, listen to me.
Come on and listen to me.
Ah --- ah
.

Obama safa-se.

O processo de que falava aqui, e no qual Berg suscitava a inelegibilidade de Obama, alegando que não reune as condições para ser POTUS, foi recusado pelo juiz, na sexta-feira, dia 25.
O que neste caso é interessante, é que a argumentação do juiz não se sustenta na matéria de facto alegada pelo procurador, mas sim em questões processuais e legais.
Basicamente o juiz recusa o processo porque segundo ele, a lei não permite a nenhum eleitor suscitar a inelegibilidade de um candidato, uma vez que não pode alegar qualquer dano concreto.
Há mais processos destes a decorrer, não se sabe que evoluções terão, e Berg já anunciou que vai recorrer, mas a decisão do juiz deixa em aberto uma questão do caraças:
Se nenhum eleitor pode suscitar a inelegibilidade de um candidato, quem poderá?
Independentemente da menor ou maior credibilidade das alegações de Berg (o homem em si não bate muito em da bola, é democrata e daqueles maluquinhos que acreditam nas teorias da conspiração do 9/11), constata-se que não há maneira de impedir que qualquer pessoa avance para o cargo uma vez que ninguém o pode obrigar a mostrar as suas credenciais.
McCain foi alvo de um processo semelhante (nasceu no Panamá), mas matou o litígio à nascença, apresentando os documentos.
Obama tem recusado fazê-lo o que atiça ainda mais a chama da suspeita, que vai em crescendo.
Na verdade se, neste processo, os advogados de Obama em vez de pedirem a recusa de admissão do caso, tivessem simplesmente apresentado ao juiz a certidão de nascimento de Obama e os outros documentos pedidos, a controvérsia teria aqui o seu epílogo.
Assim não aconteceu e isso é deveras estranho.

sábado, 25 de outubro de 2008

és usted aleman? ingles? aleman, david lourenço mestre, encantado

Os braços do treinador agitam-se, pedem a marcaçao do penalti. Eu nao oiço, nao vejo, doem-me as pernas, sinto uma ligeira quebra de tensao, é grave, que horas são? Está a olhar para mim treinador, nao olhe. Os meus colegas mofam, bufam, irritam-se, exigem, querem e prontificam-se para a marcação. Eu peço um lugar no banco - sao as pernas - ou exilio imediato e sem apelo no tarrafal. Convem recuar uma semana. Treinos e preparaçao. Marcaçao de penalties - quem me convenceu a isto? nao vamos perder todos os jogos por mais de 10? - chega a minha altura de converter o "castigo maximo" - castigo? maximo? ai, isto promete. Finalizo como Dostoevsky escrevia e Alexandre fundava imperios. Chapeu, no angulo, indefensavel para um miudo de 12 anos. O treinador encontrou a sua musa, torneio ganho e portugal campeao mundial em 2002 - está bem treinador, posso ir me embora?

Semana passada. Restaurante incognito, ela senta-se a duas mesas de distancia, cruzamos olhares 4,5,6 vezes, perco a conta, tento nao rir - sim senhora o arroz classico está muito bom, a degustaçao nao resulta - recorro emm desespero ao telemovel, fingo me atarefado, sem sucesso, eu riu, ela ri - postre, camarero. Lembrem-se miudos, nunca faltem a um penalti, nem que seja para falhar, senao é sempre a descer



sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Chavez vai perdendo o pio.

As coisas não estão a correr bem ao Coronel.
Desde que chegou ao poder, a produção petrolífera baixou brutalmente, de 3,2 para 2,4 milhões de barris diários,
Segundo os especialistas, a quebra deve-se essencialmente à nacionalização da indústria petrolífera, colocada nas mãos corruptas e tecnologicamente ineficientes da petrolífera estatal (PDVSA).
Sem inovação, sem novas tecnologias, sem manutenção e com a PDVSA a servir de saco azul da revolução bolivariana, o desfecho era esperado.
Por outro lado o petróleo venezuelano é pesado e tem de ser tratado antes de ser exportado. As instalações que o fazem, estão como estavam antes de Chavez ter chegado ao poder, porque nenhum dinheiro foi investido nessa área. É uma espécie de funil que apenas se pode alargar com investimentos de milhões de dólares e que, mesmo que fossem lançados agora, não estariam prontos em menos de 3 ou 4 anos.
Dólares que começam a escassear. O único cliente de Chavez que paga a preço de mercado, imediatamente e em cash, é o "Império", que compra metade da produção. O resto vai para os companheiros bolivarianos e para as causas do socialismo do séc XXI, a preços 30% abaixo do preço de mercado, pago a prazo e muitas vezes em espécie, através de trocas de bens e serviços.
O ditador tem desbaratado o dinheiro em dádivas bolivarianas e compras de grandes quantidades de armas à Rússia, e estima-se que com o preço do petróleo a menos de 90 USD, o governo não terá liquidez para pagar as contas.

Ali ao lado, o amigo Morales berra como um vitelo desmamado pelo facto de o "Império", a quem andou a lançar farpas demagógicas a torto e a direito, lhe ter cortado acesso às tarifas privilegiadas que permitiam exportar bens para os EUA, o 3º parceiro comercial do país.
O cocalero fez tudo o que podia para cair nas más graças de Washington e agora o cuspocai-lhe em cima da cabeça. Bem, a ele não que está gordo e bem alimentado...os bolivianos é que terão de apertar o cinto.
O amigo Chavez desta vez faz-lhe manguitos e manda-o comer ideais revolucionários para enganar a fome. Quando muito manda-lhe Magalhães para trincar...dizem que são à prova de água, mas com um fio de azeite, talvez marchem.
O que se segue está escrito nas estrelas: o "socialismo do séc XXI" caminha para a mesma vala do socialismo do sec XX e a culpa será, não dos idiotas que estão à frente daqueles países mas, como sempre, do "embargo do Império".
Mas atenção: tinha boas intenções, daquelas que sobrelotam o Inferno, ou Custóias, dá o mesmo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Maquiavélico ou esquerdista?

Fazendo fé nas sondagens, Obama será o próximo Presidente dos EUA.
O seu discurso encantatório é música para os ouvidos de muita gente, na América e sobretudo na Europa. Ele promete “change”,hope” e praticamente tudo o que as pessoas querem ouvir, desde saúde universal e gratuita à paz mundial.
Mentes cépticas, que sabem que não há milagreiros deste calibre do lado da cá do Sol, recusam alinhar no entusiasmo do rebanho e perguntam quem é este homem, quais são os seus valores e as suas referências, quem influenciou e influencia a sua cosmovisão.
É verdade que há acções judiciais a correr para impedir Obama de chegar à Presidência dos EUA, mas o facto de o GOP não ter agarrado este assunto tem um de dois significados: ou o tema não tem pernas para andar, ou está a ser guardado como arma atómica de último recurso.
No entretanto, importa analisar os posicionamentos de Obama. Quanto às más companhias,
Obama tudo faz para relativizar as suas ligações a grupos radicais e chega ao ponto de instaurar processos-crime contra quem suscita o tema, por o considerar irrelevante e passado. Em Portugal temos alguns ditados sobre as más companhias, justamente porque achamos o assunto importante e definidor da pessoa em causa.
É por isso que o caso do Reverendo Wrigth é importante. Obama recusa ser culpado por analogia, mas algo não está bem na cabeça de um homem que durante 20 anos ouve, impávido e sereno, sermões em que se apela sistematicamente ao racismo e ao ódio “aquela América”.
O homem que diz isto, e isto , é o mesmo que celebrou o casamento de Obama, baptizou os seus filhos e serviu de inspiração ao seu livro. Obama garante que “este não é o Jeremiah Wright que eu conheci”.
Ora a verdade é que o Reverendo Wright vem dizendo o que sempre disse, com os entusiásticos aplausos da congregação. Como pode Obama ter assistido a centenas de sermões como este, durante anos a fio, sem que concordasse com eles?
Quanto a Bill Ayers, trata-se de um terrorista da mesma safra dos Baader Meinhoff, Brigadas Vermelhas, etc. Colocou bombas para “mudar o mundo”, e não parece ter-se arrependido dessas boas intenções. Obama teve contactos profissionais e pessoais com Ayers durante mais de uma década, mas jura que a sua relação com Ayers é conjuntural e que quando Ayers andava no bombismo, ele ainda usava calções. A parte dos calções é verdadeira, mas o resto não. Como dizia o Aleixo, “P'rá mentira ser segura e atingir profundidade, tem que trazer à mistura qualquer coisa de verdade
Obama e Ayers não só estiveram juntos em organizações que canalizavam dinheiro para causas de esquerda, como o debute político de Obama teve lugar em 1995, na casa de Ayers. Este artigo detalha com alguma circunstância a relação entre Obama e Ayers, sendo notório que se trata de uma ligação profunda e com partilha, senão de ideais, pelo menos de interesses.
Este vídeo da CNN ajuda também a perceber o que está em causa.
De facto não é crível que Obama ignorasse não só o passado obsceno de Ayers, como as suas ideias que de resto são as mesmas. E o facto de elas o não indignarem diz muito de si próprio.

A ACORN é uma organização esquerdista que está a ser investigada em vários estados, devido a fraudes no processo de registo de votantes. Obama diz que as suas ligações com a organização se reduzem à ocasional prestação de assessoria jurídica, num passado distante. É falso!
Obama foi responsável pela formação dos quadros da organização e, juntamente com Ayers, esteve envolvido na transferência de fundos para a ACORN. A própria campanha de Obama transferiu quase 1 milhão de USD para a ACORN, durante as primárias destas eleições.

As grandes cadeias televisivas americanas não têm sido muito pressurosas a investigar, e os “ads” da campanha de McCain são poucos e não passam muitas vezes por falta de financiamento, mas este vídeo explica o assunto com alguma clareza.

O que estas ligações perigosas têm em comum é que revelam o perturbador sistema de ideias que enforma a cosmovisão de Obama.
Não se trata apenas de entusiasmos juvenis, mas de deliberadas associações com sórdidos fellow travelers .
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.

No que toca a impostos, Obama assegura que vai baixar os impostos para 95% dos americanos. O The Wall Street Journal não acredita nisto e por boas razões…como senador Obama votou sempre a favor do aumentos de impostos.
Nas primárias da Pensilvânia., um jornalista perguntou a Obama porque razão ele preconizava aumentos de impostos sobre os ganhos de capital, sabendo-se que tal medida tem sempre produzido o efeito perverso de reduzir a colecta de impostos, por redução dos investimentos. Obama titubeou, sobrevoou as consequências práticas, e limitou-se a responder com generalidades sobre “justiça”. Ou seja, aumentar os impostos porque é "mais justo", mesmo que todos fiquem mais pobres.

Na vertente internacional, Obama notabilizou-se por ser contra a guerra do Iraque e amiúde reivindica os louros de estar “certo” onde outros estiveram “errados”, sugerindo ser dotado de capacidades de julgamento nas quais se pode confiar.
Na verdade Obama nunca arriscou nada. Na altura era senador estadual, eleito numa região onde o sentimento anti-guerra era esmagador, pelo que se limitou a estar do lado certo, surfando a onda dos seus interesses eleitorais.
Mas, já no Senado Federal, votou contra o “surge”, a estratégia que resultou na derrota quase completa da insurgência islamista no Iraque. Obama garantia na altura que tal estratégia não só estava condenada ao fracasso, como iria piorar a situação.
Errou em toda a linha, o que coloca em causa as superiores capacidades de julgamento que gosta de ostentar. O erro em si, revela apenas isso: mau julgamento. Mas o facto de David Axelrod, o seu director de campanha, negar que isso aconteceu, revela deliberada falsidade e mistificação.
Mas há mais:
Há um ano Obama garantia que no seu 1º ano como POTUS, se encontraria sem pré-condições com os piores inimigos da América, declarações condenadas como naives, por Hillary Clinton
Há dias, o regime de Teerão anunciou as suas desvairadas pré-condições: retirada das tropas americanas do Médio-Oriente e fim do apoio ao “regime sionista” . Actualmente Obama vai assobiando para o ar e garante que nunca disse aquilo que disse.

Ultimamente fala-se muito do racismo e do efeito que pode ter nas eleições. McCain foge como Maomé do toucinho, de quaisquer situações que o possam alvejar nessa área, o que tem limitado seriamente a sua campanha.
É verdade que muitos americanos não gostam da ideia de ter um mestiço na Casa Branca e irão votar contra Obama por esse facto. Mas ele e a sua campanha não têm hesitado em jogar a carta da vitimização racial, sugerindo claramente que quem apoia McCain é racista. Sabendo-se pelas sondagens que 98% dos negros apoiam Obama, é estranho que ninguém vislumbre no facto qualquer pulsão racista.

Em suma, nota-se que Obama é um homem ambicioso. Tem carisma, fala bem, sabe estar, cativa pela palavra e pela postura e tem sido bem sucedido em camuflar durante a campanha, as suas ligações à extrema-esquerda.
Mas o seu currículo diz-nos que se trata de uma personagem inquietante.
Face a este passado só há duas possibilidades:
Ou Obama é de facto um radical socialista que detesta a América tal como ela é e a quer mudar para o "bem", ou é um indivíduo maquiavélico, capaz de montar qualquer cavalo para atingir o seu objectivo.
A 1ª possibilidade é desastrosa para a América e para a civilização ocidental, se ele chegar à Casa Branca
A 2ª diz-nos que Obama descartará rapidamente a tralha esquerdista e tentará pautar a sua conduta pelos padrões que se esperam de um POTUS.
Oxalá seja maquiavélico.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

PAÍS DE JUDEUS...


O fantástico Lagonda, o melhor blogueiro da blogosfera holandesa e arredores, quer compartilhar connosco um
fait divers de que fez parte há bem pouco tempo.


Estive na semana passada num congresso de medicina em Praga. Um número considerável de cientistas deslocou-se à capital Checa para durante uma semana passarem o rico tempo a bajularem-se uns aos outros, a zangarem-se entre eles ou a tentarem comer as mulheres uns dos outros. Tudo isto regado com uma escandalosa quantidade de álcool. Entre todas estas actividades, conseguiram ainda organizar umas conferências para a meia-dúzia de interessados.

O que é que eu lá andava a fazer? Não têm nada a ver com isso, mas o interessante é que a organização do congresso também convidou um cientista Americano. A tremer como varas verdes os professores catedráticos seguravam-se à brochura com o programa do congresso. Um Americano? Aqui? Mas isto não era para ser um congresso europeu? Não acreditavam no que liam, mas era precisamente o que estava escrito: um Americano, e ainda por cima da Harvard Medical School. Os professores transformaram-se rapidamente num grupo de coscuvilheiras de um bairro popular no serrote matinal. Onde está o Americano? Quem é que já o viu? Como é que se chama? Olhe, está aqui. Humm, isto é nome de Judeu, não é? Sim, na minha opinião é nome de Judeu; mas os Americanos não têm todos nomes de Judeus? De que é que ele vai falar? Ah, já estou mesmo a ver, será que os Americanos também acham que percebem disto? Veremos…


Durante a sua palestra o Americano falou para um público que tinha a firme intenção de o hostilizar o mais ostensivamente possível. E nisto os catedráticos não ficaram desiludidos. A presença do Americano já por si era uma espinha atravessada na garganta dos cientistas Europeus, a sua mensagem era ainda mais irritante. A coisa resumia-se ao facto do Americano ter boas razões para acreditar que um método utilizado até agora para combater uma doença virulenta já não era o mais eficaz. O seu estudo indicava decisivamente que uma abordagem mais rápida e mais radical iria implicar realmente mais operações (com todas as complicações que daí podem advir), mas no final salvaria mais vidas humanas. Resumindo, aconselhou vivamente os médicos Europeus a mudarem de método, ou, como ele dizia,
to put the show on the wagon.


Um rumor de desdém ecoou da sala, e quando se chegou à altura das perguntas o ambiente hostil já era evidente. ‘Na América opera-se muito depressa!’ refilava um professor de Paris. ‘E os efeitos secundários?’. O Americano encolheu os ombros e respondeu:
When we fight a battle, we fight to win. In the end, people just wanna live. Bastante consciente da conotação política desta sua última observação, o americano atirou uma sugestiva piscadela de olho na direcção do público em burburinho. Ainda com um sorrisinho trocista nos lábios, o Americano abandonou a sala e no mesmo dia apanhou um avião de volta. No resto da semana esta peripécia nunca mais foi abordada, mas notava-se perfeitamente que os cientistas estavam contentes por estarem enfim entre eles, sem o Americano à perna.


Não se vê um programa de política na TV sem que nos venham dizer que os Americanos é que são os maus e que as suas acções militares estão condenadas ao falhanço. Com algum regozijo dão-nos parte dos abusos do exército americano, o combate desesperado que estes travam no Afeganistão e no Iraque, os problemas do governo de Bush etc.. Esperam impacientes o momento em que os americanos capitulem. Desta forma a imprensa estatal insinua que nos devemos distanciar o mais possível dos Estados Unidos e das suas actividades. Temos que odiar os Americanos.


E esta propaganda funciona. Na minha juventude os Estados Unidos eram a terra prometida. A América era jovem, dinâmica, sexy e selvagem, e era obrigatório lá ter estado! Ir de férias aos EU era
cool, de mota através da Estrada 66 (Route 66) ainda mais cool era, um ano numa highschool ou college era o fim; mais alto do que isto não era possível um jovem chegar nessa altura. Mas hoje em dia a juventude não quer nada com os EU. “Os EU é um país perigoso porque tem muita influência!” dizia-me há pouco um primo com ar fúnebre. Mas então quem é que deveria ter essa influência? Penso eu cá com os meus botões. “Os EU é um país estúpido, e uma grande ameaça para a paz mundial!” dizia um puto na rua. Já ouviram falar no Irão? Penso eu cá com os meus botões. “Os EU é um país de Judeus, e os Judeus querem criar uma Nova Ordem Mundial Capitalista, e para conseguir isso não olham a meios”, leio na Internet. Mas para onde é que os Judeus podem emigrar? Penso eu cá com os meus botões. Na Europa nós não os quisemos.


Não consigo dissimular a impressão de que este ódio em relação aos EU não passa de uma forma disfarçada do velho anti-semitismo europeu. É que os Judeus sempre foram o povo escolhido, e é precisamente por isso que na Europa sempre lhes tivemos um ódio visceral. E não apenas porque os Judeus demonstram uma profunda e inabalável confiança no seu próprio destino divino, mas porque na realidade este povo parece ter sido tocado pela mão de Deus. Os milagres de que a bíblia fala, Deus fê-los somente através de Judeus. Até o maior milagre da Cristandade é feito por um Judeu: Cristo. Os cristãos constatam verdes de inveja que espiritualmente se encontram num segundo plano, enquanto que o lugar de honra já foi dedicado a outro. É um Judeu o caminho, a verdade e a vida – o cristão não passa de um devoto noviço.

E parece que esta ordem não foi alterada, os Judeus continuam a ser o caminho, a verdade e a vida. Escorraçados da Europa, encontraram nos EU o último refúgio onde em relativa paz puderam continuar a praticar a sua religião. E aqui também parecem ter sido tocados pela mão divina. Num curto período a relativamente pequena comunidade judaica conseguiu produzir uma plêiade de políticos influentes, banqueiros, artistas e cientistas. A combinação América + Judeus + Capitalismo provou ser um enorme sucesso, isto para exasperação da Europa, porque mais uma vez o velho continente constata que foram ultrapassados pelos judeus; mais uma vez são os Europeus os noviços.

Mas felizmente que Marx disse aos Europeus que todos os movimentos da história se resumem à luta de classes, e que por isso o EU, país de Judeus, com o seu capital judaico, está a caminho do seu fim. Segundo ele a revolução dos proletários é que iria resolver tudo! E assim os Soviéticos
foram os primeiros a serem confrontados: com o capitalismo, com os EU, com os Judeus. E a seguir – numa lógica perfeita e baseada nos mesmos sentimentos, mas para alguns isto ainda não é muito claro – foi a vez da Alemanha Nazi ser: contra o capitalismo, contra os EU e contra os Judeus. Depois da Segunda Grande Guerra houve um curto interregno de admiração pelo libertador e compaixão para com as vítimas do holocausto, mas a partir dos anos 60 a esquerda encontrou firmemente o fio à meada e estamos rapidamente a voltar a um nível de anti-semitismo e anti-americanismo de antes da Guerra. Entretanto apareceu Israel como baluarte do judaísmo para que a esquerda, como antigamente, possa ter o seu odiozinho de estimação.

Tudo isto levou a excessos completamente absurdos. E é assim que a Europa recusou categoricamente reconhecer o perigo que poderia vir do bloco de leste durante o período da Guerra Fria. Hitler, o grande facínora, pode ser classificado à direita, mas a União Soviética era, segundo muitos pensadores de esquerda, um país paradisíaco com pleno-emprego, ballet grátis e uma fantástica economia planificada. Quase tão paradisíaco como a China de Mao, onde foram mortas 70 milhões de pessoas, mas apesar disso era considerada por Jean-Paul Sartre um alívio quando comparada com a estúpida América. Uma decadência total: bajular regimes comunistas sanguinários e ao mesmo tempo rotular os EU de burrice e como sendo um país perigoso, enquanto que foi precisamente a constante pressão nuclear dos EU que fez com que a União Soviética capitulasse. Não foi um manobra muito elegante, mas ganharam, e isso é que conta. Quem não percebe a bênção que foi para a humanidade o facto do país de Judeus ter sido a primeira potência a possuir e a usar a bomba atómica, não percebe grande coisa de política mundial.

O país de Judeus arriscou a pele para nos proteger, porque nós somos muito sofisticados para fazer a guerra e queremos apenas usufruir discretamente das vantagens e da protecção da política americana. Mas para meu prazer é através do Capitalismo no país de Judeus que é demonstrado diariamente a falência do Socialismo. Não era a intenção dos proletários de todo o mundo de se unirem sob a mesma bandeira vermelha? O paraíso na terra – todos iguais, de mão dada e a cantar a plenos pulmões a Internacional. Não era essa a ideia? Mas afinal quem é que realizou esse sonho? Precisamente – o Capitalismo, com a sua globalização: a única forma de irmandade internacional que funciona. [nota do trad.: quando os EU espirram o resto do mundo constipa-se!]


E não era o Socialismo que iria ajudar os países pobres deste mundo, com verbas para o desenvolvimento e com solidariedade imposta? Mas cinquenta anos de distribuição gratuita de alimentos não ajudou um chavo, pior ainda: tornou os países do Terceiro Mundo ainda mais desamparados e dependentes. Não, para África, a única luz no fim do túnel vai também vir do Capitalismo. E este continente vai ser finalmente arrancado do marasmo em que se encontra através de industrialização, investimentos e comércio, e não por Marx, revoluções ou manifestações multiculturais com cerveja de borla. E por falar em multiculturalismo e integração com preservação da própria cultura, uma coisa que não se encontra na Holanda, onde esta experiência falhou redondamente, mas sim em Wall Street, num grande ecrã com as taxas de câmbio em divisas estrangeiras.


Por isso, Europa, é melhor parares com essa política titubeante e ganha coragem para seguir com orgulho os pioneiros da nossa civilização. Sê adulta, sê profissional! Pára com essa inveja medíocre, acaba com essa adoração pela tua ideologia de adolescente, liberta-te de uma vez por todas da tua presunção snob.
’Put your money where your mouth is,’ e junta-te ao país de Judeus; o teu aliado, debaixo de cujo sólido guarda-chuva nuclear tu durante anos encontraste protecção, e de cuja economia tu pudeste pagar os teus serviços sociais. A história é uma acumulação de lutas, e também o Ocidente só pode continuar a existir se continuar a lutar. A paz deve ser constantemente defendida: e mantermo-nos sempre em estado de alerta, reconhecendo o inimigo, e estar sempre um passo à frente deste e, caso seja necessário, ir ao combate e tratar de ganhar. O país de Judeus entende isto, a Europa recusa-se a perceber isto: When we fight a battle, we fight to win. In the end, people just wanna live.


A BBC

Como se sabe o Islão é uma religião de paz e nada do que aconteça pode pôr em causa este princípio fundamental.
Está, por assim dizer, escrito nas estrelas e é imune a todo e qualquer acto que os seus praticantes cometam, aplaudam ou justifiquem, em resposta, como também é sabido, às injustiças e às humilhações do resto do mundo, principalmente do Bush e dos judeus.
Tratando-se de malta com a sensibilidade à flor da pele e capaz de vestir um casaco de TNT como quem coça os tomates, é preciso muito respeito pela diferença.
Segundo o catecismo politiquês a nossa liberdade de expressão é total, mas a dos outros tem limites e deve cessar no exacto ponto em que pode ofender as sensibilidades das culturas diferentes, particularmente aquelas que nós, os bons, catalogamos na categoria dos "explorados e oprimidos"
Em português, a coisa signifca que é geralmente bem visto e sinal de grande sofisticação, largar umas larachas sobre o Bush, a Sara Palin, e os americanos estúpidos de um modo geral, mas as referências ao carácter retrógrado e violento do Islão, são inadmissíveis, porque condenáveis manifestações de xenofobia, racismo e radicalismo.
Isto porque parece haver um ranking politicamente correcto das culturas que merecem mais ou menos respeito.
No topo está o Islão, no fundo está a América. Sugerir timidamente que andam para aí terroristas islâmicos obcecados por fazer rebentar bombas debaixo do cu das pessoas é "islamofobia"; atacar a América ( e o Bush) é sofisticado e moderno.

A BBC, esse templo da doutrina politicamente correcta, dá o exemplo.
O seu director, o Sr.Mark Thompson, garante que sim, é verdade, a BBC tem recusado programas que podem ofender o Islão porque, no seu sagaz entendimento, se trata de uma religião que merece mais consideração que as outras.
Não nos devemos supreender. O Sr Thomspson é apenas o produto acabado da formatação politicamete correcta, e do relativismo moral em que esta doutrina assenta.
A não ser que seja por medo....mas é pouco crível que alguém tenha medo de uma religião que se reclama "da paz".

Razão pela qual, aliás, não se compreendem as medidas de segurança tomadas à volta do reality show, Factor X, no qual os concorrentes basicamente cantam.
A não ser que seja porque um tal Bakri, clérico muçulmano expulso do Reino Unido em 2005, depois de ter engordado à conta de milhares de libras dos contribuintes ingleses, emitiu a partir do Líbano umas sentenças a condenar o programa, os que o vêem e os que participam no seu merchandising e campanhas de solidariedade. Uma fatwazinha, vá!
Estranhamente, o cada vez mais caquético Dr Soares, que nos últimos dias vai espalhando asneiras na comunicação social, com o mesmo entusiasmo, sabedoria e método com que um hipopotamo espalha as fezes n o rio Zambeze, ainda não apelou ao diálogo com o Sr Bakri e ao respeito pelas suas bostadas.
Espera-se que o faça.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Notícias da União Embusteira

Entre a falecida Constituição Europeia e o agonizante Tratado de Lisboa, houve uma diferença que muitos euro-embusteiros se fartaram de repetir: a União Europeia abandonava os seus símbolos (bandeira, hino, feriado) e substituía-os pelos símbolos nacionais dos Estados membros. Com isto se pretendia evidenciar que o Tratado de Lisboa não visava a aniquilação da liberdade dos Estados membros nem dos seus povos. Que mais se podia exigir para demonstrar a magnanimidade do euro-federalismo? Bom, exigia-se muito, muito mais, mas essa conversa já aconteceu há alguns meses.

Mas agora o PE reinstaurou os mesmos símbolos que tinha afastado quando votou o Tratado de Lisboa. Com este gesto, a honestidade política dos engenheiros sociais europeus desce a novas catacumbas de indignidade.

Notável e esclarecedor.


domingo, 19 de outubro de 2008

Eleições Norte-Americanas XXVI


Colin Powell, antigo Secretário de Estado de George W. Bush (2001-2005), declarou, em entrevista, que vai votar em Barack Obama. Há quem considere este endorsment uma autêntica surpresa, mas, convém frisar, a maior parte da comunicação social Norte-Americana já sabia que a posição de Colin Powell seria esta.

Aliás, aquilo que os orgãos de comunicação social Norte-Americanos se limitaram a fazer foram contas. Se 99% dos Afro-Americanos vão votar no candidato Afro-Americano, apenas 1% deles vai votar em John McCain. A probabilidade de Colin Powell votar em Barack Obama era, portanto, de 99 em 100.

Esta coisa do racismo, mania Europeia de qualificar o indíviduo da classe média-alta e alta Americana (especialmente os Brancos), tem destas coisas. Quem é racista agora? A enorme quantidade de cidadãos da classe média e alta Americanos que vão votar em Obama ou os afro-Americanos que vão votar no Messias porque têm o mesmo tom de pele que eles?

O voto de Colin Powell vem quebrar dois mitos, existentes durante toda esta campanha eleitoral: o primeiro prende-se com o suposto apoio de praticamente todos os ramos do exército dos Estados Unidos a John McCain (a grande maioria apoia o Republicano, de facto, mas a expressão não é tão abismal como querem fazer parecer); o segundo prende-se com o suposto 3º mandato George W. Bush, que seria assegurado por John McCain. Não seria de prever que o Secretário de Estado do primeiro mandato Bush, um dos mais altos responsáveis Americanos da altura e, portanto, responsável, entre outras, pelas políticas Norte-Americanas no Iraque, no Afeganistão e em todo o Médio Oriente, estivesse com o candidato do sistema?

Isto deve fazer imensa confusão ao Obamaníaco estúpido. É afro-Americano, tudo bem. É moderado, tudo bem. Agora trabalhou para Bush? Mas o que é que vem a ser isto!!! Na visão do Obamaníaco estúpido seria no minímo de esperar que Obama fizesse uma declaração a repudiar este endorsment.

Está bem abelha. No site de Obama a notícia foi logo publicada, como forma de tentar ir buscar uns votos aos Republicanos e aos Independentes. Nem uma palavra sobre a política conduzida por Colin Powell durante os 4 primeiros anos do Presidente Bush na Casa Branca, nem uma palavra sobre o Afeganistão, nem uma palavra sobre o Iraque, nem uma palavra sobre a Al-Qaeda ou sobre Bin Laden.

A malta abrirá os olhos mais à frente, caso Obama seja eleito, e aí o ídolo passará a Diabo.

Enquanto isto, a ACORN continua a fazer das suas, o FBI começa a fazer o cerco e a comissão de eleições também começa a achar estranho. Para se ter noção, desde o início deste ano, no crucial estado do Ohio, por exemplo, foram registados quase oitocentos mil novos votantes. Isto num estado que conta com onze milhões de habitantes...

Aliás, os contornos do processo de registo de votantes para esta eleição, uns certamente inscritos devidamente, outros inscritos sob coacção, outros inscritos quatro vezes, são tão suspeitos que estados como o Indiana e a Carolina do Norte, ganhos facilmente por Bush, se encontram agora ao alcance de Obama. A Carolina do Norte por força da demografia, que favorece claramente Obama; o Indiana por força da expansão dos subúrbios do estado de Illinois, de onde Obama foi eleito Senador. A maior parte destes deveriam ser votantes em Illinois, mas foram sabiamente colocados em Indiana.

A geografia eleitoral deste ano encontra-se cheia de pequenos mas grandes novos factos. Barack Obama e a sua campanha criaram estes factos, muitos deles com a ajuda de organizações como a ACORN, que foi, como sabemos, financiada por Obama.

A eleição de Novembro próximo é em tudo singular. Outro aspecto importantíssimo é a lógica capitalista da eleição: Obama fez milhões atrás de milhões, rejeitou o fundo federal para o financiamento de campanhas eleitorais (pela primeira vez na história alguém o fez) quando prometeu aceitá-lo (o que ditava que não poderia arrecadar nem mais um tostão privado para a sua campanha). Encheu a TV Americana de anúncios (média de 3 anúncios Obama para 1 de McCain) e até jogos de computador e de consola levam com anuncios de Obama.

Obama gerou uma máquina que, para além da retórica, contou com o necessário e indispensável dinheiro proveniente dos capitalistas (dinheiro esse que Obama pretende "redistribuir" por toda a população, para mal dos Joes canalizadores Americanos). Entre esses doadores encontram-se nomes capitalistas bem conhecidos da esquerda Mundial, mas também tipos com nomes esquisitos (apsdoas, ç-ççççasdkaso, pepqweq, etc.)...

Jethro Tull


Living in the past


Life is a Long Song


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sábado, 18 de outubro de 2008

Já nem é preciso cansar os dedos







A felicidade final, ou "Multivac, what do you yourself want more than anything else?"

Vitoria gloriosa do imperio

Há quem imagine a blogosfera como diario, instrumento ludico, quanto muito ferramenta informativa, há até patifes que vislumbram trunfo infalivel para conquistar mulherio de boa cepa, eu - temente de adam smith - diviso-o genuino campo de batalha, uma guerra implacavel de trincheiras entre inimigos jurados que ante cada adversario tombado avançam ladinos e satisfeitos para a profanaçao da tumba, e quando a armada vai ao fundo a satisfação sobe ao everest - o inimigo agudiza? o apocalipse espreita? nós esvaziamos o jack daniels. A etiqueta estupidos ja acusa orfandade e o latifundio segurança. Mas nada de dormir em serviço, a reacçao e o capitalismo selvajem contam connosco e a vanguarda já conta as kalashnikovs

PS LR abre um blog, that's an order

Inovação


A Acorn continua a inovar, demonstrando a possibilidade de eleitores estarem registados, simultaneamente, (pelo menos) como homem e mulher.

A mesma Acorn continua a inovar, demonstrando a possibilidade de eleitores estarem em dois locais ao mesmo tempo ... oops ... inovação?

A Acorn, em cuja Mocidade Portuguesa militou Buraco Obama, continua a inovar, demonstrando a possibilidade de eleitores estarem não em um, não em dois, mas em três locais ao mesmo tempo.

A Neutrik recebeu um prémio pela inovação de ter desenvolvido uma ficha XLR, usada habitualmente em ligações de áudio, que pode ser convertida de macho para fêmea, e vice-versa, apenas pelo deslizar de um cursor. Não há dúvida: o casamento e a vida em família (ligações intra-familiares) precisam uma redefinição radical no sentido da inovação - todas as outras vias são neo-liberais, cheiram a crude, a Bush, a ácido sulfúrico, a juro positivo, a educação sem Magalhães, a professor que manda estar-se calado.

O nosso Ministro das Finanças, estabeleceu o Estado Português como fiador das operações de financiamento inter-bancário. A vasta maioria dos nossos brilhantes deputados aprovou por aclamação a inovante medida. Após a aprovação, os mesmos inovantes deputados da oposição que tinham acabado de votar favoravelmente a inovante medidas, voltam a inovar exigindo, “garantias de bom uso do dinheiro dos contribuintes e mais transparência no processo”. Nada há de mais inovador que estar-se de acordo com uma coisa para de seguida se pôr a coisa em causa.

Vem entretanto a saber-se, que o Ministro das Finanças apenas fiará as operações bancárias mediante garantias prestadas pela banca. Mais outra inovação: exigir garantias a quem, por não as ter, procura fiador.

O Presidente Sarkosi (França), é também um inovador: vai redesenhar o capitalismo. Os capitalistas incapazes de esperar sem ânsias pelas inovações anunciadas, já transferiram todo o seu capital para a Europa. Também na senda da inovação, Durão Barroso anunciou que tudo isto vai ser conseguido, “sem protecionismos”.

Entretanto António Vitorino vem chamar a atenção que o buraco financeiro encontrado no sistema bancário europeu já ultrapassou, em muito, o milhão de milhões de Euros (1€ = 1.35$), e que continuará a subir. Escusado será apontar uma nova inovação: mesmo com “mecanismos de controlo” por todo o lado, a Europa consegue ter os tomates mais afundados no negócio hipotecário de habitação que os próprios americanos. Não há dúvida que a Europa se tornou especialista em comprar crédito mal parado. Há até quem diga que, em matéria de alta-finança, a Europa se rendeu à inovação final: o juro negativo.

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sheik Carlos


Ricardo Coração de Leão revolve-se na tumba.
Passou a vida a rachar cabeças islâmicas, part-time que lhe agradava especialmente, e lá do além contempla agora as apagadas e vis intimidades de alguns dos seus degenerados descendentes com o figadal inimigo maometano.
Já não bastava o Londonistão e os públicos apalpanços de cu entre o ex-mayor Ken Livingstone e a récua de islamistas que o acompanhavam e com ele louvavam o bombismo suicida.
Não bastava o intragável George Galloway e o seu azougado partido Respect, albergue espanhol onde se acoitam esquerdistas cheios de ideias “avançadas” e avinagrados islamistas.
Não bastava Diana, a loiríssima Princesa de Gales, a fugir do palácio de Buckingham para se meter debaixo de vários filhos de Mafoma, desde paquistaneses a egípcios, com a desculpa de que queria aprender a tocar gaita de foles, à procura do Graal debaixo dos albornozes
Não bastava o Arcebispo da Cantuária vir baixar as calças em público, para recomendar a introdução da sharia no corpo legislativo inglês.
Como um mal nunca vem só, soou agora aos ouvidos do fero cruzado que o herdeiro do Trono, o Príncipe de Gales, se terá secretamente convertido ao islamismo.
Este príncipe Carlos é um caso triste e que leva muita gente a repensar a posição filosófica sobre o aborto.
Além de cretino, nasceu com umas orelhas estranhas e, a partir de certa altura, tornou-se impossível disfarçar o ar de parvo com que passeava pelas Highlands, de saias aos quadradinhos e agarrado a um varapau,
Pouco dado ao elemento feminino, há até quem diga que é misógino, foi com alguma dificuldade que lhe meteram a pobre Diana na cama, para ver se cumpria ao menos a função patriótica de dar um herdeiro à Coroa, já que a Rainha Isabel cedo percebeu que dificilmente podia contar com o cu do pastelão para limpar o pó do trono.
Cumprida essa parte sacramental, a princesa percebeu logo que dali não levava mais nada e, rapariga com certas necessidades, tratou da vida por outro lado.
Acabou mal infelizmente, Alá não lhe foi misericordioso.
Mas o pior estava para vir. Carlos deve ter metido na cabeça (se se pode chamar cabeça aquela abóbora com asas) alguma maluqueira sobre a obcecação de Diana com machos muçulmanos e ter-se-á convertido ao islamismo.
Daniel Pipes fala abundantemente desta história e à luz dela contextualiza várias palermices que Carlos vem dizendo e fazendo nos últimos anos.
Ignoro se o boato tem algum fundo de verdade, mas não me admiraria. E provavelmente isso ajudará também a explicar porque razão tem havido apelos para ser retirado da linha de sucessão, em favor do príncipe William.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

0-0

A esta hora estou mesmo a imaginar o brasuca a dizer. “E depois eu é que sou burro, né?”

Quem teve a ideia de escolher Carlos Queiroz para selecionador nacional deve um pedido de desculpas aos milhões de portugueses que gostam de futebol. Eu faço parte. E acho isto desde que ele começou a treinar adultos.

Queiroz é uma espécie de Pedro Santana Lopes do futebol, isto é, 'muita parra e pouca uva'.

Tudo indica que se vai repetir o que já tinha acontecido numa qualificação anterior para um campeonato do mundo: não nos vamos qualificar e no fim o incapaz Queiroz vai dizer, irado, que a culpa é dos outros.

O contrato parece que inclui cláusulas milionárias em caso de rescisão antecipada. Pode ser que alguns não percebam que Queiroz é um mau treinador. Mas ele, pelo menos, está consciente das suas limitações e tratou de se precaver para os previsíveis momentos difíceis. Logo, ao pedido de desculpas há que acrescentar uma indemnização aos contribuintes a pagar pela FPF.

Até pode acontecer que Portugal ainda se consiga qualificar. Seria bom. Nessa altura direi que nos qualificámos apesar do treinador.

Queiroz está para o futebol como o SNS está para a saúde: é ineficiente, é caro, mas há sempre alguém que acha que é bom. Infelizmente a FPF também achou.

Eleições Norte-Americanas XXV


John McCain acaba de fazer a sua melhor performance em todos os debates Presidenciais.

McCain dominou surpreendentemente economia (e o tema energético...), estando Obama melhor na segunda parte do debate, quando se abordou, entre outros, os temas da Saúde e do aborto.

"Eu não sou o Presidente Bush. Se o Senador Obama queria concorrer contra o Presidente Bush, deveria tê-lo feito há 4 anos atrás".

Notou-se um Obama demasiado obcecado em conectar McCain a Bush, enquanto que o candidato Republicano marcou o Democrata nos impostos.

São apenas algumas ideias chave do debate. Continuarei sintonizado na CNN, trazendo amanhã mais notícias.

Será o regresso de McCain?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Nuvens negras no horizonte obâmico

As sondagens estão a dar vantagens significativas a Obama, o sol brilha, o futuro parece radioso, "change" e "hope" desabrocham nas montanhas e nas pradarias.

Mas (há sempre um mas), algumas nuvens negras pontilham o horizonte obâmico.

1-Um advogado do Partido de Obama, um tal Berg, processou Obama e o Partido Democrátco, alegando que Obama não é elegível para a Presidência dos EUA. Parece que não há, até ao momento, provas claras de que seja um cidadão americano, uma vez que poderá ter nascido no Quénia e sido registado pela mãe no Hawai. Tendo sido adoptado por um indonésio, poderá ter adquirido a nacionalidade indonésia e, de regresso aos EUA, não terá regularizado a situação.
O caso está para decisão, Obama e o Partido já tentaram obstaculizar o processo, há rumores de que o juiz que está com o caso é democrata, mas parece que já há outros processos idênticos a darem entrada noutros tribunais e o Sr que instaurou o processo garantiu que irá até ao Supremo, se fôr necessário.

2-A organização ACORN, aparentemente ligada a Obama, está a ser investigada por gigantesca fraude no registo de eleitores. Obama já veio a público dizer que afinal não precisa da ACORN para ganhar, e que a sua ligação à organização é superficial e antiga.

Mudam os Tempos e a Beatice Também

Os tempos mudam, a realidade muda, a opinião dos beatos muda. Só o espírito da beatice permanece o mesmo.

Por exemplo, uma beata de há 50 anos venerava a aliança que uma mulher trazia no dedo. O marido era um bandalho? Dava-lhe cargas de pancada? Dormia fora de casa quando lhe dava jeito? Que interessava isso. Para a beata o que contava era uma mulher adulta estar casada, o resto era vergonha. Alcançado esse lugar ao sol trazido pelo casamento as sombras eram detalhes, por mais que cobrissem tudo. Para a beata de há cinquenta anos, o brilho do ouro da aliança no dedo de uma qualquer desgraçada era suficiente para lhe iluminar a negrura da vida e declará-la ‘feliz’.

Os tempos hoje são mais de repúdio que de casamento, logo, a beatice de hoje venera o repúdio e os seus bispos, como antes venerou outros bispos e o casamento.


Vejamos algumas outras crenças dos beatos dos nossos dias.

Os políticos trapalhões e a Euronews dizem que a culpa da crise financeira global é toda da América? Sim, é.
Pouco importa que na origem de tudo esteja o facto de o governo americano ter obrigado a banca a financiar crédito insustentável por questões políticas sócio-raciais.
Esqueça-se que a solidez financeira dos Bancos de vários países europeus está mais afetada pelo crédito malparado interno do que pela aquisição de ativos do outro lado do Atlântico (a este respeito, Portugal é um excelente exemplo).

Os beatos atuais decretaram que a culpa é da América em geral e da falta de regulação neo-liberal em particular. Para os beatos, a realidade que lhes desmente a crença deve ser omitida como antes deviam ser omitidas referências às 'amigas' do marido.


A crença ideológica e a leitura simplista das estatísticas dizem que os SNS são muito bons e a saúde nos EUA é má? Sim, é.

Pouco importa que o uso de tecnologia clínica de ponta esteja generalizado nos EUA, ao contrário do que acontece nos SNS.
Não interessa que o estilo de vida de faixas importantes da população degradem estatísticas.
É irrelevante que os políticos que defendem a existência de SNS não ponham lá os pés e recorram à medicina privada.
É tolice pensar que morrer nas filas de espera dos SNS signifique que o sistema não presta.

Para a beatice atual, o que importa é que se tem um SNS “universal”, ponto. Tal e qual como no tempo em que a beatice achava que o importante era usar aliança, ainda que o marido não praticasse dentro de casa.


O governo socialista e de esquerda diz-nos que a escola pública está cada vez melhor?
Sim, está.

É irrelevante que os professores das escolas públicas tenham uma taxa de absentismo superior a qualquer outra profissão.
Não faz mal que a média das notas nacionais suba na proporção em que a dificuldade das provas desce.
Pouco importa que pais e alunos batam nos professores à vontade.
Não interessa o bullying descontrolado nos recreios das escolas públicas.
Não há conclusões a tirar de o mais conhecido político de esquerda português ser proprietário de uma escola privada ou de os políticos de esquerda porem os filhos em escolas privadas.

Para o beatério destes dias, o que importa é que as estatísticas nos mostram que Portugal é dos países que gasta mais dinheiro do PIB em “educação”. Acresce que a escola pública, multicultural e sem 'repetências' , é um avanço social por definição, assunto fechado. Esta sacralidade moderna é uma metamorfose de sacralidades matrimoniais públicas e obrigatórias de outros tempos, só a beatice é a mesma.


Para o beato de todos os tempos, a realidade que questiona o preconceito é maldosa e enganadora. Há que não querer saber dela ao mesmo tempo que se ostraciza os seus transmissores desalinhados. Chamar-lhes nomes ajuda a resolver o problema (incréu, judeu - antes - bushista e neocon - hoje).

Portanto, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas o espírito beato está vivo, de boa saúde e ‘a la page’ com as crenças dos tempos que correm.