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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Demografia e violência

Estudos vários apontam uma elevada correlação positiva entre o grau de violência de e numa sociedade, e a percentagem de população jovem, particularmente homens.

De um modo geral, nos grupos humanos onde as mulheres têm mais filhos a violência aumenta, pode tornar-se endémica e só tende a acalmar quando as taxas de fertilidade descem para níveis de cerca de 2 filhos por mulher

Altas taxas de fertilidade e populações extraordinariamente jovens são características da generalidade dos países africanos e muçulmanos, por diferentes razões. 

A violência também.

Quanto às sociedades muçulmanas, entre 1975 e 1990, morreram centenas de milhares de pessoas no Líbano, mais ainda na Argélia entre 1999 e 2006 e, em ambos os casos, o morticínio só acabou quando o número de jovens machos e as taxas de fertilidade baixaram de tal modo que deixou de haver suficiente carne para canhão. Há mais casos demonstrativos e o leitor interessado poderá ele mesmo verificar esta correlação.

Correlação que nos faz desaguar em Gaza, onde cada mulher tem em média 5 filhos, pelo que a violência é expectável e não apenas por causa do conflito com Israel. Efectivamente quando Israel ocupava a Faixa, morriam mais palestinianos em violência fratricida do que em luta com Israel.

E, pese embora a obsessão dos media mundiais com o conflito Israelo-árabe, e as constantes condenações por  “massacres” ,  “holocaustos”, e “genocídios”, a crueza dos números diz-nos que  em 60 anos de sucessivas guerras e atentados terroristas, este conflito traduziu-se em 60 mil mortos, dos quais 20 mil israelitas.

No mesmo lapso de tempo, mais de 10 milhões de muçulmanos perderam a vida em guerras intestinas.

Provavelmente desencadeadas pela Mossad, uma força “obscura” omnipotente, mas não o suficiente para silenciar génios como este.

A que se deve a elevada taxa de fertilidade em Gaza?

Por um lado à cultura islâmica e ao papel que a mulher nela desempenha, e por outro lado aos efeitos perversos da ajuda humanitária, particularmente da UNRWA.

A UNRWA, uma paquidérmica, politizada e enviesada estrutura de ajuda aos refugiados palestinianos, especificamente criada para 700 000 e que hoje, mediante uma exótica interpretação do conceito de “refugiado”, apoia mais de 4 milhões dos seus descendentes, propiciando tais cuidados às crianças, que liberta os pais de qualquer responsabilidade para com o seu bem-estar e o seu futuro.

Os cálculos de planeamento familiar que nas nossas sociedades todos os pais responsáveis fazem, e que determinam muitas vezes o número de filhos que acham que podem ter, estão totalmente ausentes nos “refugiados” palestinianos, porque a UNRWA trata de tudo. Ela vacina, alimenta, educa, trata,  veste e ainda ajuda na “justa luta” da “resistência” contra a “ocupação”.

Metade da enorme quantia que a UNRWA gasta nestas interessantes actividades, vem dos nossos bolsos, quer queiramos quer não, uma vez que é ajuda da EU.

Os EUA chegam-se à frente com mais de 30% e os restantes 20% vêm de outros dadores, dos quais só 6% são muçulmanos. O grosso da ajuda muçulmana vai para a islamização e para a aquisição de armas.

O resultado deste ilimitado e gratuito welfare é uma população irresponsável quanto ao planeamento familiar e, paradoxalmente, o alimentar de uma contínua bolha de violência que não parará mesmo que Israel deixe de ser o pretexto, como de resto se viu o ano passado, com palestinianos a fazerem experiências sobre a queda dos graves, usando como material de laboratório, os seus concidadãos e os prédios que lhe andamos a pagar.

Em Gaza, jovens machos ciosos e despreocupados quanto à necessidade de ganhar o próprio sustento, acabam naturalmente por dedicar-se às tarefas que lhes dão algum dinheiro e lhes permitem acalmar as hormonas: cavar túneis, disparar mísseis, fazer exercícios militares, etc. A doutrinação no ódio e no culto da morte, dá-lhes um objectivo alternativo que canaliza para a agressão o natural voluntarismo de juventude.

O efeito perverso das ajudas nunca é tido em conta pelas pessoas “bem intencionadas”. Recorde-se que em África, o boom demográfico e o consequente alastrar da fome e da violência se deveu em grande parte à ajuda alimentar, uma vez que o leite fornecido pelas almas caridosas reduzia o tempo de amamentação materna fazendo disparar as taxas de fertilidade das mulheres.

A situação em Gaza tende a piorar. Há lá hoje 300 000 jovens do sexo masculino com idades entre os 14 e os 30 anos e daqui a alguns anos esse número subirá para quase 450 mil.

Mesmo que seja alcançada a paz com Israel, não é possível evitar a violência que esta tão elevada concentração de jovens machos desocupados inevitavelmente provoca.

A luta acontecerá seja qual for o pretexto, pelo mero determinismo demográfico, a menos que seja reduzida a ajuda humanitária, de tal forma que os pais tenham de cuidar dos filhos que, pelo facto de serem menos, serão preciosos de mais para morrerem em guerras.

Claro que a UNRWA não quer isto. A sua existência e a consequente carreira de milhares de funcionários, depende da perpetuação desta inanidade.

23 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom. Dados esclarecedores e conclusões justas.

Pedro Ribeiro Cardoso

NC disse...

«A sua existência e a consequente carreira de milhares de funcionários, depende da perpetuação desta inanidade.»

A solução é fácil. Reconverte-se o pessoal. Passam todos a assistentes sociais encarregues de retirar às famílias os filhos maltratados ou sujeitos a doutrinamento de ódio (anti-semita, anti-americano ou outros). Depois cria-se um plano de adopção internacional.

NC disse...

Aposto que teriam trabalho ainda durante mais tempo.

Unknown disse...

Tarzan, as soluções são sempre academicamente fáceis, porque quando as formulamos nos colocamos sempre numa posição de "deus ex maquina", aptos a afastar de uma penada todas as circunstâncias que obstam à solução.
Na realidade nada é assim.

Anónimo disse...

"Estudos vários apontam..."

Que estudos?

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
NC disse...

Estava só a fazer ironia

Anónimo disse...

Os estudos estão disponíveis tanto na imprensa como em boas bibliotecas.
O comentador Stran finge que não sabe, para deixar confuso o autor do poste.
Entre outros, para se documentar em geral como introdução ao problema, cito-lhe autores que estudaram a questão do envelhecimento populacional, como sejam Ana Camarano, Piedade Lalanda,Henry B. Mound ou Matti Shteinberg.
Não, não são difíceis de ler.
Com um pouco de boa-vontade, entenderá tudo, ou pelo menos uma razoável parte.

Pedro António Ribeiro Cardoso, ESCP

Unknown disse...

Eu compreendi, Tarzan, mas aproveitei para caracterizar a falácia que está por detrás das "soluções".

Unknown disse...

"O comentador Stran finge que não sabe, para deixar confuso o autor do poste."

Caro Pedro, o Stran não sabe mesmo. Não porque a informação não esteja disponível, mas porque não lhe interessa saber coisas que ponham em causa as intímas convicções.

Quanto a deixar-me confuso.....bem, seriam necessários numerosos "strans".

A pergunta que o stran merece é:

O que é "que"?
Defina "estudos".
Que significa "?".

Ou seja, conversa da treta.
Não tenho pachorra para isso...

Anónimo disse...

Meu caro Lidador,

Pedir fontes que certificam o que você defende é para si uma "conversa da treta"?

Muito interessante! Igualmente interessante é que neste artigo colocou fontes para apoiar os que estava a dizer mas não no aspecto mais importante.

Quanto a ficar confuso, sei que não o faço, é impossível confundir um dogmático, tão impssivel como converter um islamita radical ao hinduismo.

Só o hope de Obama e a crise finaceira é que o deixou deveras confuso, mas por esta altura já são aguas passadas, e já pode outra vez ostentar o seu orgulho dogmático.

E já agora:

"...mas porque não lhe interessa saber coisas que ponham em causa as intímas convicções."

Consegue nomear as minhas intimas convicções?

Caro anonimo,

"O comentador Stran finge que não sabe, para deixar confuso o autor do poste."

A intenção não é deixar o autor confuso, é mesmo saber as fontes que demonstram que existe:
"...uma elevada correlação positiva entre o grau de violência de e numa sociedade, e a percentagem de população jovem, particularmente homens. De um modo geral, nos grupos humanos onde as mulheres têm mais filhos a violência aumenta, pode tornar-se endémica e só tende a acalmar quando as taxas de fertilidade descem para níveis de cerca de 2 filhos por mulher Altas taxas de fertilidade e populações"

Dado ser o statment mais importante em todo o artigo e dado que o autor apontou fontes para factos menos relevantes julgo que é uma questão imperiosa.

Pois uma coisa é opinar pura e simplesmente, outro é dar uma opinião pessoal sob uma pseudocapa de facto cientifico.

Anónimo disse...

"Ou seja, conversa da treta.
Não tenho pachorra para isso..."

Frases do dia!!

Anónimo disse...

Acho que compreendi. Penso eu.
Bom, as sugestões ali estão.
Depois diga o que frutificou.

Pedro Cardoso

Anónimo disse...

Já comecei a pesquisa. E peço desculpa pois esqueci-me de agradecer. Espero que também defenda que mais vale tarde que nunca. Ou seja Obrigado!

Anónimo disse...

Não tem de que agradecer. Peço-lhe entanto que não deixe de lado o que diz O Lidador, que pelo que tenho conferido será se não erro meu compatriota e apostado em dar de si acção positiva, interessante .
Vejo pertinencia em suas posições e dessa maneira este lugar intercultural pode ser forum de boas vontades, e acertos.
Fique bem.

Pedro Cardoso

Anónimo disse...

Quando há referências à natureza violenta do Corão (assim como a algumas passagens do Velho Testamento, diga-se), esta geralmente é justificada pelas condições de vida difíceis do deserto. A verdade é que o modo escolhido para fazer passar a nova "religião" por alturas de Maomé poderia ter sido outra, mas não. Foi a violência.
Esta é encorajada e poderá dizer-se que está enraizada na cultura árabe. Se a isso juntarmos uma alta densidade populacional (principalmente de devotos seguidores do profeta), então temos um ambiente pouco acolhedor...

Unknown disse...

Além das referências do Pedro, os trabalhos de Gunnar Heinsohn são uma das principais referências nesta área.
O stran que lhe dê uma olhada....

Unknown disse...

...ou Gary Fuller...ou Goldstone...etc,etc.

Anónimo disse...

"A situação em Gaza tende a piorar. Há lá hoje 300 000 jovens do sexo masculino com idades entre os 14 e os 30 anos e daqui a alguns anos esse número subirá para quase 450 mil.

Mesmo que seja alcançada a paz com Israel, não é possível evitar a violência que esta tão elevada concentração de jovens machos desocupados inevitavelmente provoca."

Jovens machos desocupados e fundamentalistas ainda por cima, só pode degenerar nalguma coisa ruim. É neste ponto que a esquerda e o fundamentalismo se confundem. Trabalhar tá quieto, mas fazer barulho e levantar ondas já são uns artistas...
Quando os dogmas ( Marx e/ou Alá ) é que mandam lá em casa, leia-se cérebro, o resultado são seres autómatos sem capacidade de raciocinio e com tempo demasiado tempo livre...

Anónimo disse...

Muito me estranha que tendo cá tão bons amigos progressistas e inteligentíssimos, estes não hajam ainda aconselhado ao Hamas e demais meninos do coro palestino uma medida óbvia: enviarem para Portugal, como certos países têm feito com sucesso, uns vastos milhares desses "jovens", como diz a TV nas notícias sobre os actos de recreio (assaltos à mão armada) que os autóctones efectuam.
Descomprimiam dessa forma a região.
Por outro lado, refrescado com elementos novos e hábeis - já no bombismo, já no lançamento de fulanos do alto dos prédios - o jet set nacional (chamo-lhe assim porque como ficou provado recentemente aqui no FI por um conhecido pensador de paranóias guerreiras e similares)não há gangs, ganharia um perfil mais moderno e garantidamente de sucesso tecnológico.
Cresceriam, a meu ver, em qualidade os estupros, os espancamentos feminis, a bordoada em lugares seleccionados e sob controle étnico, o assassinato seleccionado e os raptos.
Tudo com esmero profissional.
Se por um excesso de zelo algum desses "emigrantes" fosse detido,transformado em recluso, sempre se podia tomar uma medida de inserção muito positiva: em vez de se lhes permitir a compra de canivetes nos calabouços, como os jornais noticiaram e deve ser a última medida humanista desse espelho de humanidade e competencia que é o exmº sr. ministro das justiças, ofereciam-se-lhes antes uns kassams para se irem reabilitando.
Era uma beleza de hortaliça, semelhante a tantas outras felizmente já tomadas.

Anónimo disse...

Cruz credo, José Lencastre. Não diga isso nem a brincar!
ejsantos

Anónimo disse...

Bem o entendo, caro EJSantos...Seria um horror...Mas os mullahs de cá gostariam...E fariam belos posts e dariam belas entrevistas na TV a explicar que, como na anedota do pobre preto, os seus correlegionários al-qaedistas estavam só a ensinar os autóctones (cães cristãos lusitanos)a voar dos telhados, para serem como os anjos do breviário...
E a tal logo emitiria uma fatwa para se encerrarem as prisões onde por "abuso de autoridade" teriam sido acomodados os que tinham morto apoenas menos de uma dezena...
Sim, seria um cenário horrível...
Mas aposto que muitos que nos lêem apreciariam...Seria o paraíso do al-andalus que eles desejam ofertar aos seus amigos do albornoz...
A paz, o pão, educação...você conhece o resto da cantiga...

Anónimo disse...

Bem, o que no safa é que estamos a falar de uma religião da paz...
(paz dos cemitérios)
ejsantos