Nestes últimos tempos aconteceram na Holanda algumas peripécias dignas de registo relacionadas com a religião da paz:
Houve a nomeação de Ahmed Aboutaleb para Presidente da Câmara da segunda cidade do país, Roterdão. Para quem desejar mais detalhes foi publicado no Expresso do dia 10 de Janeiro um bom artigo sobre a pessoa de Simon Kuin, um jornalista holandês que fala muito bem português e que eu conheço das tertúlias da APA (Associação Portuguesa de Amesterdão).
O que Simon Kuin não disse no Expresso e foi uma pena, mas digo eu agora, é que Ahmed Aboutaleb foi o Marroquino que no dia da morte de Theo van Gogh afirmou numa mesquita de Amesterdão - na altura ele era vereador da Câmara de Amesterdão - uma das célebres frases (supostamente de Wilders) de que eu me servi para o teste sobre o correctismo político dos comentaristas do Fiel Inimigo.
Por falar em Wilders. No dia 21 de Janeiro o tribunal de Amesterdão decidiu mover uma acção penal contra Wilders com base em queixas sobre racismo das inevitáveis organizações de muçulmanos, sempre muito preocupadas naquilo que se possa dizer mas muito menos naquilo que pode explodir. O advogado que vai defender a queixa destas organizações chama-se Gerard Spong, trata-se de um dos melhores advogados do país e faz parte das figuras públicas que aparecem na televisão mais vezes do que seria desejável para manter um certo verniz de bom-gosto.
Abraham Moskowitz, outro ilustre advogado do país, é ainda mais figura pública e televisão do que o precedente, tomou a defesa de Geert Wilders por sua conta. Segundo consta, a táctica de Moscowitz vai ser passar por cima do tribunal de Amesterdão e ir direito ao Tribunal Supremo...
Entretanto Abraham Moskowitz (pau-cortado, como diz um amigo meu brasileiro) já tinha iniciado também uma acção penal por conta própria contra Harry van Bommel, o parlamentário de esquerda que fez parte da célebre manifestação em Utreque contra a invasão de Gaza onde manifestantes gritavam “Hamas Hamas, todos os judeus têm que ser gaseados...”, que eu comentei no Fiel há algum tempo.
Nos últimos dias temos a (possível) viajem de Wilders a Inglaterra. Ao ser convidado por um membro da Câmara dos Lordes, Lord Malcolm Pierson, para exibir o seu filme Fitna no parlamento britânico, viu recusada a sua entrada no país pelo governo de Brown! Segundo a declaração oficial: “o governo é contra qualquer forma de extremismo. E recusará a entrada no país a todo aquele que espalhe extremismo, ódio e violência na nossa comunidade”. Lord Pierson, como se compreende, ficou pior que estragado e acha isto absolutely inaceitável e diz que de qualquer maneira vai seguir com a exibição do filme de Wilders (Fitna) no parlamento.
Wilders respondeu que esperava uma acção deste tipo na Árabia-Saudita mas não na Grã-Bretanha. De qualquer forma pensa partir para Londres: ‘que me ponham as algemas se quiserem’, afirmou Wilders.
Outro Lorde, Lord Nazir Ahmed (Partido Trabalhista e pelo nome deve fazer parte da religião da paz) ameaça organizar pessoalmente manifestações com milhares de muçulmanos caso Wilders ponha os pés na Grã-Bretanha.
O governo holandês (e o parlamento), vá lá vá lá, tomou uma posição decente. O Ministro dos Negócios Estrangeiros disse imediatamente ao seu colega britânico que lamentava que um parlamentário de um país da UE não possa viajar livremente na UE. Além disso avisou o embaixador da Holanda na Inglaterra para ajudar Wilders no aeroporto caso seja necessário.
Sinto-me agora na obrigação de responder ao meu Guru Pat Condell, acerca do que ele disse no seu último video-filme sobre a possível condenação de Wilders pelo tribunal de Amesterdão – Peace, and good luck Netherlands. You are going to need it -, sobretudo tendo em conta que agora na Grã-Bretanha já se vai sentindo a necessidade de iniciar uma campanha contra a Sharia:
Good luck Britain. You are going to need it also...
8 comentários:
Caro CdR,
Concorda com:
- Banning Islamic headwear in public functions,
- Ending all admittance of asylum seekers,
- Creating a 5 year moratorium on bride taking from foreign countries,
- Deporting criminals with a dual nationality,
- Banning Islamic schools,
- Test school children about the Dutch national identity,
Parece que o Wilders foi mesmo mandado para trás, quando aterrou hoje em Heathrow
Caro Stran,
Para a próxima não me faça perguntas na língua do imperialismo, na língua de Bush.
- Banning Islamic headwear in public functions.
Of course.
- Ending all admittance of asylum seekers.
This kind of admittance is only for politic refugees, and 98% of the people Wilders has in mind are NOT politic refugees. But Wilders should mention this difference
- Creating a 5 year moratorium on bride taking from foreign countries. Yes, because now a days it’s become an exaggeration, a disguised way to import young girls from their own village.
- Deporting criminals with a dual nationality.
Yes, when they are real very dangerous criminals and when they use the dual nationality as an excuse.
- Banning Islamic schools.
Yes, when they are a nest of radical Islam. Are Dutch schools not good enough ?
- Test school children about the Dutch national identity.
Al the children in every country in Europe have to know something about the history of the country they live. In Portugal is not very different: every child knows that the first king of Portugal is D. Mário Soares, and that Dr. Egas Moniz made the first hart transplantation from a guy named Afonso Henriques to Cristiano Ronaldo...
@ RB: ”Parece que o Wilders foi mesmo mandado para trás, quando aterrou hoje em Heathrow”
Sim, mas a coisa não vai ficar por aqui. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Holanda aconselhou Wilders a encetar um processo jurídico contra a expulsão, e diz que lhe dará todo o seu apoio...
Caro CdR,
Epá obrigado pela desculpa. Mas estava em inglês apenas por perguiça (só fiz copy-paste).
Agora os meus comentarios:
"- Banning Islamic headwear in public functions.
Of course."
Why? All the types of headwear? Even if it is only a scarf around the hair?
"- Ending all admittance of asylum seekers.
This kind of admittance is only for politic refugees, and 98% of the people Wilders has in mind are NOT politic refugees. But Wilders should mention this difference"
People who come from countries that are in war are considered political refugees? What is then a political refugee? For instance, if it is for humanitarian causes?
"- Deporting criminals with a dual nationality.
Yes, when they are real very dangerous criminals and when they use the dual nationality as an excuse."
Isn't that creating a 2nd class citizen?
"- Test school children about the Dutch national identity.
Al the children in every country in Europe have to know something about the history of the country they live.(...)"
That is why there is history classes, and history tests. Don't they teach in netherlands history already?
"O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Holanda aconselhou Wilders a encetar um processo jurídico contra a expulsão, e diz que lhe dará todo o seu apoio..."
Vá lá, uma boa notícia.
Caro Stran,
"- Banning Islamic headwear in public functions. Why?
Porque depois temos os Shiks que também querem andar de turbante e com a faca tradicional que sempre trazem; os portugueses de barrete verde à forcado; os espanhóis de traje de luces; os pápuas da Nova-Guiné todos nus mas com um estojo para meter a pila amarrado à cinta, etc etc etc....
What is then a political refugee?
Os refugiados políticos são pessoas que são perseguidas nos países de origem devido a religião, origem étnica, opinião política, nacionalidade ou por pertencer a um determinado grupo social. E na Holanda é concedido o refúgio a muita gente, agora o que não é possível, dada as dimensões do país, é albergar todo os problemas deste mundo. Porque a maioria das pessoas que pedem asilo não são refugiados políticos, são refugiados económicos. São pessoas que querem fugir à miséria e têm toda a razão de o fazer.
- Deporting criminals with a dual nationality.
Isn't that creating a 2nd class citizen?
Tem uma solução alternativa?
- Test school children about the Dutch national identity. Don't they teach in netherlands history already?
Sim falam de história, mas muito menos do que nas nossas escolas. Mas um tema que antigamente sempre abordavam nas escolas era a Segunda Grande Guerra juntamente com a perseguição dos Judeus. Assunto muito ligado ao país.
Ultimamente é assunto controverso em certas escolas, por exemplo em escolas onde haja uma maioria de alunos muçulmanos. Porque estes acham que os Judeus são uns cabrões e que eles é que são os coitadinhos... E assim, aos poucos e poucos, vão influenciando o conteúdo das aulas de história pátria. Daqui por uns anos já não são precisos livros de história para dar lição às criancinhas, o Alcorão é largamente suficiente....
"Porque depois temos os Shiks que também querem andar de turbante e com a faca tradicional que sempre trazem; os portugueses de barrete verde à forcado; os espanhóis de traje de luces; os pápuas da Nova-Guiné todos nus mas com um estojo para meter a pila amarrado à cinta, etc etc etc...."
E??? há excepção da faca por motivos de segurança não vejo nenhum problema. (esqueceu-se dos nudistas :-))
"Tem uma solução alternativa?"
Tratá-lo como qualquer cidadão holandês. Simples.
"Mas um tema que antigamente sempre abordavam nas escolas era a Segunda Grande Guerra juntamente com a perseguição dos Judeus. Assunto muito ligado ao país.
Ultimamente é assunto controverso em certas escolas, por exemplo em escolas onde haja uma maioria de alunos muçulmanos."
E??? Só por existir uma maioria muçulmana não vejo porque é que um estado deverá alterar o seu conteudo, nem a necessidade de um teste de nacionalidade. A história deve fazer parte do curriculum da escola por motivos extra-nacionalismo e como em todas as disciplinas existem testes para saber se os alunos sabem ou não a matéria.
Não vejo onde existe a necessidade desse teste.
Enviar um comentário