Resultados das Legislativas Israelitas com 100% dos votos apurados:
Kadima - 28
Likud - 27
Yisrael Beiteinu - 15
Labor - 13
Shas - 11
United Torah Judaism - 5
National Union - 4
Hadash - 4
United Arab List - 4
Meretz - 3
Jewish Home - 3
Balad - 3
Esquerda: 55
Direita: 65
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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9 comentários:
Israel “aderna” à direita
A vontade do Hamas parece ter-se cumprido. O movimento fundamentalista islâmico que governa a faixa de Gaza, depois de lá expulsar a Fatah pela força das armas, continua a ter por objectivo nuclear a destruição do Estado de Israel, por isso é contra negociações de paz.
Ora, neste contexto, um governo israelita tão à direita quanto possível torna-se num aliado inusitado do Hamas, mas precioso, porque trará em si elementos israelitas que ou não são pela paz ou são por arrastar as negociações o mais possível.
Começa, assim, a ser clara uma parte estratégia do Hamas ao provocar uma guerra com Israel num momento crucial da vida e do processo político israelita. Mesmo com o sacrifício de 1.300 vidas palestinianas.
No pensamento do Hamas, um governo muito à direita em Israel, não só não será apressado nas negociações de paz, como não será um interlocutor fácil para Abbas. Travão aplicado pelo Hamas, portanto, nas duas direcções.
Neste momento há uma vantagem de um assento do lado do partido de Tzipi Livni, mas com uma margem muito pequena em relação ao Likud de Benyamin Netanyahu. Todavia, o bloco de direita ganhou 15 assentos, obtendo Avigdor Lieberman, líder do Yisrael Beiteinu, um crescimento apreciável, embora não tão grande como havia sido previsto.
Mesmo face aos resultados de Tzipi Livni,no sistema complicado israelita, Netanyahu parece ter ficado em melhor posição de formar uma coligação à sua direita.
Caberá ao presidente Peres tomar a decisão e convidar quem lhe parece melhor posicionado para forma a coligação.
Essa escolha poderá recair sobre Benyamin Netanyahu e dar ao Hamas aquilo que espera, como actor de primeiro plano que foi nestas eleições.
RB, olhe que considerar o Kadima de "esquerda", é algo de temerário.
Trata-se do Partido do Ariel Sharon e creio que ele, se ainda estivesse consciente, daria saltos de fúria.
Tribunus, só concordo com a sua análise, se o objectivo do Hamas for o suicidio.
Range-o-Dente,
Vossa vigília nesta cobertura antecipou-se a vários noticiários daqui.
A novidade é "Yisrael Beiteinu - 15" e a clara estratégia de Lieberman.
Penso que a ladainha de esquerda nesses 60 anos já torrou a paciência de muita gente.
Caro Lidador,
tem toda a razão. Eu creio que já avisei sobre isso num artigo anterior. A direita ganhou, na prática, 80 lugares do Knesset.
Livni está longe de ser de esquerda. O partido foi fundado por Sharon e tem, nas suas fileiras, muitos membros que já pertenceram ao Likud e, inclusive, a partidos religiosos.
No entanto, adoptei a posição que os meios de comunicação social internacional adoptaram. Porque, apesar de tudo, são dois blocos que aqui existem.
Recomendo que leia o meu primeiro artigo sobre as eleições, onde digo que, efectivamente, o Kadima não é de esquerda
Quanto à análise do Tribunus, também creio que Netanyahu terá mais facilidade em formar Governo. O facto de a diferença entre os 2 ser só de 1 lugar foi a melhor notícia que obtive às 3 da manhã.
O Shas parece já estar assegurado para o lado do Likud, enquanto que o Israel Beiteinu afirmou que consideraria muito difícil um governo de coligação com o Shas, depois das críticas mutuas que existiram durante a campanha eleitoral. No entanto, um membro o Beiteinu já afirmou que as divergências podem ser ultrapassadas.
O próprio Lieberman sublinhou no seu discurso que preferiria, de longe, um Governo de cariz nacionalista.
Já o United Torah Judaism reuniu-se esta manhã com Bibi. As coisas parecem ter corrido bem.
O mais natural será uma coligação de direita, da qual faram parte o Likud, o Beiteinu, o Shas e o United Torah Judaism. Ficam a faltar poucas cadeiras, que poderão vir da National Union ou do Jewish Home.
Não é de colocar de parte a integração do Labour nesta coligação, o que dava, diga-se, muito jeito a Netanyahu. Porém, isto parece-me dificil, pois Barak já afirmou que o resultado do Labour é bem explicito: o partido deve ficar na oposição.
Os próximos dias serão de intensas negociações. Tudo pode acontecer, mas Bibi parte na frente.
O-Lidador disse...
Tribunus, só concordo com a sua análise, se o objectivo do Hamas for o suicidio.
Caro O-Lidador,
O suicídio do Hamas está implícito, se não mesmo explícito, nos seus estatutos, quando diz estar preparado para ir “resistindo” até ao Dia do Juízo Final. E é neste sentido que pretende bloquear as negociações de paz – que os estatutos também dizem estarem em "contradição" à sua filosofia (de destruir Israel) - até que algo aconteça que o favoreça.
Analisando os resultados eleitorais, seja qual for a coligação pela qual Peres opt, os ultra-ortodoxos estarão bem representados ou pelo Yisrael Beiteinu (15 assentos) ou pelo Sha (11 assentos) e pelos pequenos grupos extremistas. Neste sentido, o Hamas colheu vantagem para a sua estratégia de encanar a perna à rã até ganhar mais força para voltar a desafiar Israel. E voltará, uma vez que a sua cultura religiosa não tem grandes preocupações com o número de palestinianos que as suas acções forem embarcando no “paradise express”.
E começa a surgir uma nova situação resultante da guerra de Gaza que só um mundo cada vez mais néscio, como aquele em que vivemos, pode “parir”. É inacreditável percepção da “vitória” do Hamas sobre Israel, tornado o Hamas numa força que deve ser reconhecida como representativa de todos os palestinianos. Eu não tenho confiança nenhuma que a administração Obama e até mesmo Bruxelas se mantenham firmes nos princípios enunciados pelo Quarteto para reconhecimento do Hamas, isto é, “renunciar à violência, reconhecer Israel e aceitar os acordos anteriormente assinados”, nomeadamente Oslo.
Por outro lado, por que se começa a duvidar da capacidade da Fatah na representação de todos os palestinianos, poderão surgir também viragens entre os chamados países árabes moderados. Vale a pena ler isto - The furor over Meshaal’s PLO comments - http://arab2.com/f/dynamic-frameset.html?http://www.arabnews.com/, nomeadamente o último parágrafo. O Arab News, como sabe, é um jornal conservador saudita.
Reconheço que também têm vindo a lume fracturas dentro do Hamas que poderão alterar a situação.
O Médio Oriente sempre foi - e é - uma região de extrema volatilidade.
Mas a paz só será alcançada quando o Hamas for destruído na sua totalidade. Negociar com o hamas não terá fim, visto o seu fim derradeiro ser a destruição de israel. Sendo assim, não vejo como um governo de esquerda poderia ser melhor para a questão da paz.
Bob
Shimon Peres tem um berbicacho entre mãos que já anunciou irá tentar resolver em consultas aos partidos na próxima semana
Nos termos do sistema político de Israel, para formar governo é convidado quem está melhor posicionado para formar uma coligação - e não necessariamente o vencedor da maioria de lugares .
Presidente Shimon Peres disse que vai iniciar consultas na próxima semana.
Netanyahu pode, em teoria rali 65 lugares, incluindo o Likud 27, 15 ganhas pelo ultra-nacionalista Yisrael Beitenu, 11 do ultra-ortodoxo Shas, cinco dos religiosos do Judaísmo Unido Tora e sete de dois extrema-direita Jewish Home e National Union.
Também teoricamente, Livni do centro para a esquerda poderia contar com 44 deputados, incluindo os 28 do Kadima, 13 dos Trabalhistas e 3 da extrema-esquerda do partido Meretz.
Os restantes 11 lugares foram ganhos pelos partidos árabo-israelitas que muito dificilmente aderirão a quaisquer das coligações.
As cartas estão, pois, lançadas na direcção de Natanyahu para ser convidado por Peres para formar governo.
Não deixam de ser espantosas as posições tomadas, quer pela Autoridade Palestiniana, quer pelo Hamas.
A Autoridade Palestiniana manifestou consternação pela guinada à direita dos israelitas."É óbvio os israelitas votaram para paralisar o processo de paz", afirmou o negociador-mor Saeb Erekat à AFP.
Um porta-voz para o Hamas disse que os eleitores israelitas tinham escolhido "os candidatos mais belicistas e os de retórica mais extremista”.
Erekat deve ter estado na Lua desde Novembro do ano passado e perdeu completamente a provocação do Hamas a Israel e a consequente guerra de 22 dias...
O porta-voz do Hamas deve ter acompanhado Erekat na viagem e estadia na Lua e teria dado uma queda grave que o fez esquecer o clausulado dos estatutos do seu partido...
Mas, no meio do impasse, Peres também pode optar pela fórmula da década dos 80, hipótese que começa a emergir como opção viável, que consiste na rotação do primeiro-ministro. Livni serviria dois anos como primeiro-ministro, seguida de Netanyahu outros dois anos.
tribunus
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