O tabu do ensino particularUm dos mais sagrados tabus da esquerda é o ensino particular e cooperativo. Basta aflorar a questão e fica logo com pele de galinha.
Na Constituição de 1976, tal ensino era apelidado de supletivo, como se fosse coisa a tolerar apenas enquanto o Estado não espalhasse por todo o território uma rede de escolas.
A palavra “supletivo” tornou-se, entretanto, tão polémica que acabou por ser retirada logo na revisão de 1982. Saiu da Constituição, mas não da mente de muitas pessoas.
No seu artigo 75, o texto constitucional actualmente em vigor diz o seguinte: “O Estado criará uma rede de estabelecimentos de ensino que cubra as necessidades de toda a população”.
Esta obrigação foi interpretada no sentido de ser apenas o Estado a criar tal rede, ocupando-se das gigantescas tarefas inerentes, desde a construção dos edifícios escolares à formação dos professores, definição das disciplinas a leccionar, conteúdos, métodos de avaliação, gestão escolar, etc..
Uma das consequências deste centralismo foi o crescimento de um monstro chamado Ministério da Educação que devora insaciavelmente os recursos dos portugueses aos milhares de milhões de euros.
Está mais que demonstrado que a escola privada é mais barata cerca de 60%. Se o Estado concedesse às famílias verdadeira liberdade de escolha e lhes entregasse o que despendem com os filhos no ensino particular, caso por ele optassem, o Estado pouparia uma fortuna colossal.
A questão, porém, não se limita só a verbas e orçamentos. Tem a ver, sobretudo, com a liberdade de escolha, coisa que, falando com rigor, não existe. Se os pais quiserem uma escola do ensino particular, por a acharem mais conveniente para os filhos, terão de pagar duas vezes. Pagam a escola estatal, com os seus impostos, e a mensalidade na escola não pública(exceptuando, obviamente, o ensino privado com contrato de associação).
Por isso nos parece muito importante a alteração do artigo 75 da Constituição proposta agora por Passos Coelho. Passaria a ter a seguinte redacção: “O Estado assegura a cobertura das necessidades de ensino de toda a população, através da existência de uma rede de estabelecimentos públicos, particulares e cooperativos, promovendo a efectiva liberdade de ensino”.
A ser aprovada e posta em prática, pouparíamos milhões e milhões de euros. O ensino sair-nos-ia muito mais barato. E, pelo que temos visto nos rankings, ficaríamos muito mais bem servidos.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sábado, 2 de outubro de 2010
Quanto mais estado mais dinheiro torrado: "Ministério da Educação"
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
1 comentário:
O homem anda a fazer um curso acelerado pelos blogues e jornais, nada da sua lavra pessoal.
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