Bastas vezes encalho no casamento entre as palavras “liberal” e “conservador”, adivinho-lhe o conflito ideologico e as desavenças fatais de um matrimónio sinuoso. Um liberal ergue o seu edifício filosófico sobre o terreno pantanoso da liberdade – independentemente da sua natureza “positiva” ou “negativa”. Faz da liberdade o cume moral do seu sistema politico. Um conservador acredita que a sociedade é percorrida por vários valores em perpétua tensão e fiscalização. Como Isaiah Berlin, sabe que liberdade é apenas liberdade, “não é igualdade, nem equidade, nem justiça, nem cultura, nem felicidade humana, nem uma consciência tranquila.” O liberal acredita numa engenharia social saudável, não com a dimensão revolucionária de um soviete que levanta uma nova sociedade a partir dos destroços da velha, mas numa articulação prudente e gradual, suspeitando das frágeis mãos humanas que comandam o colossal navio da sociedade. Na esteira de Oakeshott, o conservador prefere viver no único tempo que lhe é dado a viver. Não que seja contrario à mudança, mas porque prefere o conhecido ao desconhecido, o presente ao futuro, o presente ao passado. Sabe que há perdas e ganhos no progresso que lhe vendem e que não os pode calcular antecipadamente
Direita IVIt is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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quarta-feira, 19 de março de 2008
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