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sexta-feira, 28 de março de 2008

FITNA

O filme mais discutido nos últimos tempos foi ontem finalmente apresentado às 19:00 através do site LiveLeak. Nenhum canal de televisão holandês se atreveu a sair com o filme que apenas é uma colagem de acontecimentos conhecidos relacionados com muçulmanos e com a jihad islâmica. Acontecimentos que já tinham sido antes transmitidos pela TV holandesa. Mas o valor do filme não é o filme em si, mas o que já provocou e o que ainda vai provocar no seio da política holandesa de integração.

E outra coisa que o filme demonstrou, é que não cabia a Wilders, como membro do parlamento, de fazer este filme, mas à inteligência engajada deste país. Mas como a inteligência não ata nem desata, Wilders tomou felizmente a iniciativa. Uma parte da inteligência (tanto de esquerda como direita) passa o santo tempo a diabolizar cobardemente Wilders, e a outra parte tem medo! O único intelectual (Theo van Gogh) que poderia ter feito este filme, e não tinha medo, foi assassinado há quatro anos na sua própria cidade por um seguidor de Alá.

Mas foram precisos dois assassinatos, uma porrada de gente protegida pelo estado e um FILME para as coisas mudarem, muito devagarinho. Finalmente há já cada vez mais muçulmanos a pensar que Wilders não poderia ter feito o mesmo filme sobre portugueses ou polacos… Não parece mas isto é um grande passo em frente. Tudo isto graças à teimosia e coragem de pessoas como Geert Wilders, Ayaan Hirsi Ali e ..... Achmed Aboutaleb.




Achmed Aboutaleb, marroquino, muçulmano e secretário de estado pelo partido social-democrata, disse ontem na TV que ‘atingimos um período importante de introspecção para os muçulmanos: Como foi possível nos últimos anos os problemas terem atingido estas proporções? Temos alguma coisa a ver com o assunto? Fizemos algo para melhorar a situação? Não fazer nada é, neste caso, tomar uma posição – quem cala consente…’

O entrevistador (de esquerda) em pânico: ‘quem cala consente! O que é que eles poderiam ter feito?’

Aboutaleb: 'a comunidade muçulmana sempre se calou em momentos cruciais. Não há muito tempo, quando jovens marroquinos em Slotervaart incendiaram carros e um posto da polícia, esperara-se uma reacção mais firme de parte da comunidade! Deviam ter tomado a iniciativa do debate, fazer algo para dar uma imagem diferente da comunidade.

Nos últimos anos foi derramado muito veneno no seio da comunidade islâmica, e estou convencido que só a própria comunidade pode produzir o antídoto. Este filme serve precisamente para isso, para obrigar aqueles que por um falso sentimento de solidariedade étnica não conseguem ainda ver-se ao espelho.


Houve um tempo em que os políticos deste país, eu faço parte dessa categoria, pensavam que construindo casas, escolas e hospitais para todos, isso seria suficiente para afastar a inquietação que as pessoas sentem acerca dos problemas de integração que realmente existem.

Nos últimos anos aprendi que isso, infelizmente, não é verdade. Cheguei à conclusão que é preciso ter em conta também o desassossego, a fitna, de todos: tanto dos estrangeiros como dos nacionais, dos que votam em Wilders. E o pior que se pode fazer é banalizar os problemas, varrê-los para debaixo do tapete. Foi assim que nós, esquerda, criamos um espaço vazio que facilmente pode ser preenchido por outros..

A sociedade holandesa pode ser um paraíso, eu luto por esse paraíso: lembro-me bem dos homossexuais que nos anos 60 participavam em massa em manifestações de solidariedade pelos direitos do meu pai, e hoje em dia, os mesmos homossexuais são agredidos na rua por jovens marroquinos…'

4 comentários:

Paulo Porto disse...

CdR

A respeito deste post, tal como do seu anterior, fica um problema que as declarações bem intencionadas que transcreve não resolvem.

E o problema é saber se o Islão é como o homem pacato que de repente teve um acesso de ira, ou se é como o assaltante que se porta bem porque vai prestar declarações aa esquadra mais próxima.

A opinião que tenho é aquela que qualquer pessoa sensata forma a partir da leitura de qualquer matéria publicada sobre história do islamismo ou sobre a forma como o islamismo se projeta atualmente sobre as sociedades não islâmicas.

Mas o CdR contata mais de perto com estas coisas, para si elas são 'ao vivo', pelo que pessoalmente, tenho todo o interesse em saber a sua opinião.

Paulo Porto disse...

CdR

Se quer ver um espetáculo deprimente sobre este vídeo, dê passe pela caixa de comentários do Arrastão http://arrastao.org/religiao/chafurdar-no-medo/ . É quase inacreditável ver o alcance que a estupidez humana.

osátiro disse...

Magdi Cristiano Allam, o editor do "Corriere della Sera", egípcio muçulmano, baptizado na Semana Santa,ameaçado de morte pela conversão, com escolta policial há 5 anos, deve também ser lembrado pela coragem( e como,católico, pela alegria da sua conversão)do acto e da escrita.
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/195566?sp=y

Carmo da Rosa disse...

’E o problema é saber se o Islão é como o homem pacato que de repente teve um acesso de ira, ou se é como o assaltante que se porta bem porque vai prestar declarações à esquadra mais próxima.’

Caro Paulo P.

Pergunta interessante e um bom resumo da situação, só que, é uma bela imagem e uma imagem nem sempre corresponde totalmente à realidade.

É muito difícil ver no Islão UM homem e, além de injusto, não nos podemos dar ao luxo de negar os que já (quase) pensam como nós, graças ao trabalho de muita gente com coragem, que arrisca a vida todos os dias. Isto para não falar dos dissidentes…

Não se esqueça que estes dois depoimentos saíram da boca de dois muçulmanos CRENTES. Eu não exijo que eles tenham precisamente a mesma visão que eu tenho dos acontecimentos, mas olhe que eles já vêm a coisa com muita mais lucidez que muita gente, que nem sequer é muçulmana, que nem sequer é crente, mas que se julga muito progressista…

Aliás Aboutaleb, o secretário de estado, já teve durante algum tempo sob protecção, e depois do que disse ontem vai certamente continuar – porque os compatriotas dele acusam-no de sionista para baixo…

PS. Vou ver o seu espectáculo deprimente, mas depois se começar a disparatar digo que a culpa é sua…hahaha