Não sou religioso, recuso as teses que destinam Deus à cova idealizada pelo recuo da religião, quem sou eu se não mero grão de nada num universo de trevas? Vejo na religião a utilidade das ideias que não morrem, um bálsamo para as aflições colectivas, um manual de instruções para o desespero, lançados à vida estamos todos destinados à morte, ante o abismo do fim a ciência queda muda. A religião sempre ofereceu refugio, significado ao homem. Justificou sua existência ao sossegar o demónio da solidão, levando ao reconhecimento de que não estava só no universo, havia deus para amar e uma tribo onde ser amado. Uma ideia perene. Tanto as ideias fazem os homens como os homens fazem as ideias, carregamos no bojo a barbárie, mais depressa damos nos sob o canto da sereia de quem clama por vendetta do que aos apelos para a clemência. Terá sempre uma vocação tribalista, entendo lhe a tentação totalitária, a pulsão colectivista. É isto que se enfrenta nas ruas de Amsterdao, mais do que um livro uma ideia. Neste lado do mundo conseguimos mal ou bem domá-la. Daquele lado pequenos tiranos lêem os desígnios de Deus e determinam como devemos morrer ou viver. É grave que ainda haja quem não o tenha compreendido.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sexta-feira, 21 de março de 2008
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5 comentários:
Carmo, nao deixei de ser o ocidental decadente e por amor de ... nao ando à procura da redençao
A humanidade desde que cá anda nao dispensa a ideia do divino sobretudo quando enfrenta o vazio da morte
"Sim, mas sempre muito cuidado, uma cenoura numa mão e um pau na outra."
Vai ter de explicar esta
"penso viver entre 130 a 150 anos"
Carmo, encontrou ai na holanda o elixir da juventude e nao disse nada à malta
essa vai ter de explicar depois de uma conversa bem regada
o texto nao foi uma critica interna, pensava eu que isto estava explicito
[o disco duro vai ter que ser formatado de novo]
Uma desfragmentação de vez em quando já não era mau.
Bad clusters, no meu caso - já veio assim de fábrica...
Carmo, deus ou a ideia do divino nao "nasceu" com o judaismo
Sobre a esperança de vida, nao gosto de alinhar em exercicios de futurologia, mas penso que 150 anos nao está ao nosso alcançe a medio prazo, o problema nao está em debelar as principais causa de morte, que resultam sobretudo de comportamentos de prejuizo para a saude, mas contornar o proprio conceito genetico de velhice - isso ainda está longe
Tenho confiança suficiente na ciencia, mal estaria senao tivesse. Mas olhe que a ciencia em si faz se acompanhar de metafisica e esperemos que um dia a velocidade da luz seja ninharias, apenas uma forma de compreender (mal) o tecido espacio-temporal
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