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sexta-feira, 21 de março de 2008

Ateismo?

Não sou religioso, recuso as teses que destinam Deus à cova idealizada pelo recuo da religião, quem sou eu se não mero grão de nada num universo de trevas? Vejo na religião a utilidade das ideias que não morrem, um bálsamo para as aflições colectivas, um manual de instruções para o desespero, lançados à vida estamos todos destinados à morte, ante o abismo do fim a ciência queda muda. A religião sempre ofereceu refugio, significado ao homem. Justificou sua existência ao sossegar o demónio da solidão, levando ao reconhecimento de que não estava só no universo, havia deus para amar e uma tribo onde ser amado. Uma ideia perene. Tanto as ideias fazem os homens como os homens fazem as ideias, carregamos no bojo a barbárie, mais depressa damos nos sob o canto da sereia de quem clama por vendetta do que aos apelos para a clemência. Terá sempre uma vocação tribalista, entendo lhe a tentação totalitária, a pulsão colectivista. É isto que se enfrenta nas ruas de Amsterdao, mais do que um livro uma ideia. Neste lado do mundo conseguimos mal ou bem domá-la. Daquele lado pequenos tiranos lêem os desígnios de Deus e determinam como devemos morrer ou viver. É grave que ainda haja quem não o tenha compreendido.

5 comentários:

David Lourenço Mestre disse...

Carmo, nao deixei de ser o ocidental decadente e por amor de ... nao ando à procura da redençao

A humanidade desde que cá anda nao dispensa a ideia do divino sobretudo quando enfrenta o vazio da morte

"Sim, mas sempre muito cuidado, uma cenoura numa mão e um pau na outra."

Vai ter de explicar esta

"penso viver entre 130 a 150 anos"

Carmo, encontrou ai na holanda o elixir da juventude e nao disse nada à malta

essa vai ter de explicar depois de uma conversa bem regada

David Lourenço Mestre disse...

o texto nao foi uma critica interna, pensava eu que isto estava explicito

Luís Oliveira disse...

[o disco duro vai ter que ser formatado de novo]

Uma desfragmentação de vez em quando já não era mau.

Bad clusters, no meu caso - já veio assim de fábrica...

David Lourenço Mestre disse...

Carmo, deus ou a ideia do divino nao "nasceu" com o judaismo

Sobre a esperança de vida, nao gosto de alinhar em exercicios de futurologia, mas penso que 150 anos nao está ao nosso alcançe a medio prazo, o problema nao está em debelar as principais causa de morte, que resultam sobretudo de comportamentos de prejuizo para a saude, mas contornar o proprio conceito genetico de velhice - isso ainda está longe

David Lourenço Mestre disse...

Tenho confiança suficiente na ciencia, mal estaria senao tivesse. Mas olhe que a ciencia em si faz se acompanhar de metafisica e esperemos que um dia a velocidade da luz seja ninharias, apenas uma forma de compreender (mal) o tecido espacio-temporal