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quarta-feira, 26 de março de 2008

Mediação em porradaria

De chorar a rir:
"As escolas com problemas graves de indisciplina podem apresentar ao Ministério da Educação uma proposta para a contratação de técnicos como psicólogos e mediadores de conflitos, anunciou hoje o secretário de Estado da Educação."
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Adenda:

Recomendo vivamente uma visita ao blog As Minhas Leituras.

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22 comentários:

ml disse...

Este papagaio dá dó. E pensar que foi um dos grandes 'pensadores' da avaliação quando o PS era oposição.
O outro, o da cara sinistra, foi sindicalista. Por isso o ditado 'não sirvas a quem serviu' ou 'foge dos arrependidos' tem toda a pertinência.

Mas é claro que vai avisando, só para as escolas referenciadas e muito esporadicamente para as outras, como se casos como o recente não pudessem irromper em qualquer uma. E nem sei se iriam a tempo mesmo que estivessem a falar a sério, isto não passa de fogo de vista para tentar aliviar o lombo e com eleições à porta a morder-lhes os calcanhares.

Há quantos anos as escolas dos países estrangeiros que nos servem sempre para copianço têm um gabinete técnico-pedagógico. Provavelmente como prevenção tiveram importância, agora como remédio, parece-me tarde.
Mas é uma questão se se perguntar a quem sabe e não a estes papagaios. Todas as escolas que têm ou tiveram turmas de PIEF estão aptas a dar uma ajuda, estas turmas são acompanhadas dia-a-dia por um psicólogo e um tutor.

RioDoiro disse...

Caro ML,

Eu, de vez em quando, sou acometido do atrevimento de pensar que já vi tudo. Mas fui, mais uma vez, surpreendido.

Tirem-me deste filme.

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osátiro disse...

EH! EH! Andam a brincar com coisas sérias...

Pedro Machado disse...

Olá!

Foi lançado ontem na Internet o muito aguardado documentário do político holandês Geert Wilders sobre o carácter intrinsecamente violento do islão. O filme chama-se Fitna, que quer dizer "discórdia" em Árabe. Ainda não havia uma só imagem do filme conhecida e já a Al-Qaeda tinha posto a cabeça de Wilders a prémio e muitos muçulmanos por todo o mundo queimavam bandeiras da Holanda... O próprio governo holandês tentou censurar o filme, em vão.

O filme dura apenas 16 minutos e é de visionamento obrigatório! Está legendado em Inglês.

http://www.liveleak.com/view?i=7d9_1206624103


Fonte alternativa:

http://wikileaks.org/leak/fitna-flash-video/index.html
http://wikileaks.org/wiki/Fitna_anti-islam_movie_by_Geert_Wilders

Vocês andam a dormir! :-)

Abraços.

Carmo da Rosa disse...

'Vocês andam a dormir! :-)'

A dormir o caralho! Ainda não dormi para poder sacar o filme, e ver todos os debates na TV acerca do filme, e tentar agora escrever algo acerca do filme.

Não é só enfiar um link! Isso qualquer criança consegue. Porque o filme em si não diz grande coisa, mas sim o que provoca, como o magistral J'ACCUSE do marroquino no poste anterior. Essa é a ideia do filme, mas não creio que cá na terrinha tivessem percebido a coisa - estão todos mais preocupados com a FITNA local, com o filme da escola...

Pedro Machado disse...

Ahahahaha! Lol

Eu preferi divulgar mesmo sem analisar. O vídeo merece divulgação imediata. A análise pode vir depois. Há tempo.

http://departeincerta.blogspot.com/2008/03/fitna-finalmente.html

Esses debates na TV presumo que sejam na Holanda, certo?

Luís Oliveira disse...

Também concordo com o LPMachado (excelente o seu blog, btw). Postei o filme também no FI.

Pedro Machado disse...

Fogo... Essa de o meu blogue ser excelente é que não estava nada à espera. Aquilo não tem nada de especial, talvez um dia me dedique... :) Mas muito obrigado pelo elogio, caro Luís Oliveira.

Carmo da Rosa disse...

Não tem sentido nenhum postar o filme sem o contexto.

É preciso conhecer a temática e os intervenientes.

Pedro Machado disse...

Pus alguns links no meu post. Quem os seguir fica a saber o contexto.

Mas não é preciso saber o contexto para seguir o filme. O filme a nós não nos dá nenhuma novidade, mas acredito que a esmagadora maioria da população não tem bem noção do problema e ficaria surpreendida com algumas coisas que aparecem no filme.

Luís Oliveira disse...

Permita-me discordar, cdr. O filme vale perfeitamnete por si. De resto o contexto é já bem conhecido, pelo menos pelos nossos leitores. Ficamos à espera do seu post sobre o filme.

Carmo da Rosa disse...

'Pus alguns links no meu post. Quem os seguir fica a saber o contexto.

Ponha os links no olho do cu. O que é preciso é discutir a situação de maneira séria. Há aqui gente a arriscar a vida não estou para brincar aos links e mandar bocas ocas...

Carmo da Rosa disse...

’De resto o contexto é já bem conhecido,’

É conhecido os tomates! O contexto só é conhecido quando se pensa em termos simples, esquerda estúpida versus neocornagem fascista (terminologia Zaziziana) e sobretudo de longe, de Portugal, onde as coisas acontecem geralmente 50 anos depois…

Pedro Machado disse...

«Ponha os links no olho do cu.»

O quê??!! Você é maluco e mal-educado. Conhece-me de algum lado para falar assim comigo??!

«Bocas ocas»??

Eu não mandei bocas nenhumas. Apenas vim aqui indicar o vídeo e só fiz comentários amigáveis e simpáticos. Se você entendeu ao contrário, o problema é seu porque ou não entende português ou não sabe conviver em sociedade, ou tem a mania da perseguição, ou tudo isto junto. A tratar assim as pessoas há-de ter um lindo enterro.

E este foi o meu último comentário neste blogue. Não estou para ser insultado por um psicopata mal-educado e com mania da perseguição. Já gastei demasiado tempo consigo. Pelo que vejo, também trata os seus colegas de blogue com a mesma má-educação. Eles que o aturem. Vá mas é dormir, que o seu mal é sono. A sério.

Fui.

Pedro Machado disse...

Ah, queria só dizer que aquele "Ahahahaha! Lol" que escrevi ali em cima foi porque pensei que o seu "A dormir o caralho!" fosse uma brincadeira amigável. Pelos vistos, enganei-me.

Pedro Machado disse...

Ah, agora estou a perceber tudo. O CML escreveu agora um post sobre o assunto com o vídeo agarrado. Mas o engraçado é que apareceu com data anterior à do post efectivamente publicado em primeiro lugar. Agora percebe-se porque se irritou tanto com a possibilidade de o colega de blogue postar o vídeo sem "análise", que quanto a ele é imprescindível... Dá a ideia que ele tinha de ser o primeiro. Meu Deus, que coisa mais mesquinha...

Pedro Machado disse...

Ups, CDR (Carmo da Rosa), não CML, obviamente. Lapso.

RioDoiro disse...

lpedromachado:
"Mas o engraçado é que apareceu com data anterior à do post efectivamente publicado em primeiro lugar."

Não entre em histerias porque a data e hora que prevalece não é a hora da publicação mas a hora em que o artigo é começado a escrever.

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Carmo da Rosa disse...

Caro LpedroMachado,

Peço imensa desculpa. Você tem toda a razão.
Agora as minhas desculpas.

Eu queria realmente publicar primeiro, porque sigo esta história há muito tempo, porque conheço todos os ingredientes, porque acho que se trata de algo muito sério e, por isso, só um link não diz nada, é absolutamente necessário colocar isto no seu devido contexto.

Depois, não dormi a noite anterior porque: queria ver o filme e não conseguia; como imagina, toda a Holanda e o resto do mundo queria fazer a mesma coisa; ao mesmo tempo queria seguir todos os debates na TV e nos blogues holandeses; e no fim da noite vi-me à brocha para fazer o download.

Todas estas actividades foram acompanhadas com polémicas muito duras em dois blogues holandeses, a ouvir gajos na têvê a dizer asneiras tais que uma pessoa fica com os nervos em pé de guerra, amigos e amigas a irem na treta do fascismo verde, a minha mulher a chatear-me os cornos porque acha que eu preciso de um curso Zen para acalmar, eu a ver o tempo a passar e a não conseguir escrever nada de jeito. Conclusão ACABEI POR EXPLODIR contra quem não merecia - por falta de salafistas à mão de semear...

Agora como já dormi umas horas, joguei uma squashada e, muito importante, ganhei, e como já estou muito mais calmo peço-lhe mais uma vez que me desculpe…

Pedro Machado disse...

OK, está desculpado, CdR.

Mas olhe que a sua mulher deve ter razão. :) Sinceramente, acho que uma pessoa faz melhor em não se deixar envolver tão emocionalmente nestes assuntos. Sei que é mais fácil fazê-lo cá em Portugal, principalmente aqui no Norte, onde simplesmente não se vê um rasto de vestimentas islâmicas, do que aí onde a sociedade começa a viver em conflito latente. Mas mesmo quando o assunto é grave, é possível lidar emocionalmente com ele como se não fosse. Não sei se sou estóico, se sou cínico, mas na realidade estes assuntos não me tiram o sono. (Isto no sentido metáforico, porque na realidade também estava sem dormir quando comentei aqui ontem.) Acho o assunto interessante, gosto de me informar sobre ele e debatê-lo, mas está longe de me fazer enervar.

Quanto aos downloads. Eu por caso saquei logo o vídeo da página da LiveLeak usando o plugin do RealPlayer para Firefox. Na própria página, não conseguia ver.

A minha intuição estava certa -- e afinal não era "histerismos", como pretendia o RoD -- sobre a troca de datas ser propositada. O Blogger tem esse problema irritante, mas o autor pode sempre modificar a hora. Além de que se notava pelo texto que estava escrito como se tivesse sido escrito primeiro. Olhando para ele, há-de convir que ele não dá o contexto, esse já está dado no blogue há muito, mas acrescenta uma perspectiva interessante dum muçulmano que vê culpa na sua comunidade. O problema de ter posto esse texto antes do outro é que assim o texto do seu colega, que foi publicado antes, fica a pairar. O normal e mais correcto seria publicar na data verdadeira e linkar o post do colega, que é assim que fazemos todos na bloga. Mas pronto... Acho o texto interessante e não consigo evitar evocar A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera, meu romancista preferido, o primeiro romance a sério que li, há já alguns anos. Fez-me lembrar a personagem, Tomas, que escreveu que aqueles compatriotas checos que se calaram e não denunciaram os crimes dos comunistas também eram culpados, mesmo que não tenham feito nada - aliás, precisamente por não terem feito nada-, pois também o rei Édipo não sabia o que estava a fazer, mas quando viu o mal que tinha feito - matado o pai e casado com a mãe - vazou os olhos. Tomas, que era médico, foi obrigado a retractar-se por uma coisa que não escreveu - leia o livro - e perdeu a profissão, acabando a lavar janelas. É por isso que me lembro disto quando dizem que a maioria dos muçulmanos não têm culpa pelo que fazem uma grande minoria. Ora se a grande maioria rejeitasse a barbárie e a violência, as coisas seriam muito diferentes, e os próprios extremistas seriam ostracizados por quem tem muito mais legitimidade, sabedoria e facilidade em fazê-lo.

Um abraço a todos.
Pedro

Carmo da Rosa disse...

’do que aí onde a sociedade começa a viver em conflito latente.

Caro Pedro Machado,

Por exemplo, eu lia todos as noites o Blogue do Theo van Gogh, mas como ele foi assassinado quase em frente da minha casa – era bom mas acabou-se… Dois anos antes já tinha sido assassinado Pim Fortuijn, o político mais interessante que vi na minha vida, precisamente porque de político não tinha nada… A Ayaan Hirsi Ali teve que ‘retirar-se’ para não lhe acontecer o mesmo que aconteceu a Theo van Gogh. Como já disse há cá uma porrada de gente - escritores, políticos, artistas de teatro, jornalistas, um fotógrafa do Irão, etc – que têm de ser protegidos pelo Estado por causa das ameaças dos muçulmanos.

’O Blogger tem esse problema irritante, mas o autor pode sempre modificar a hora. Além de que se notava pelo texto que estava escrito como se tivesse sido escrito primeiro.’

Não tenho a mínima ideia de que fala!
Eu, como já disse, primeiro tentei ver o filme, para ter uma ideia da abordagem de Wilders, custou-me umas horas. Depois tentei o download, que consegui depois de várias tentativas. As primeiras tentativas só tinha 20-30 segundos de filme. Enfiei o filme na lista de espera do blogue mas não postei, porque ainda nada tinha escrito, só escrevi depois de ter visto os debates na televisão holandesa. Aliás o meu texto está praticamente baseado no debate entre Aboutaleb (secretário de estado), Hans Jansen (arabista), Fouad Sidali (representante da comunidade marroquina), A. Pechthold (político liberal).

’mas acrescenta uma perspectiva interessante dum muçulmano que vê culpa na sua comunidade.’

Não é um muçulmano qualquer, é um secretário de estado, e um gajo com uns tomates do caralhão. Se ele não fosse marroquino, e por isso precisam dele, o Partido Trabalhista, de que ele faz parte, já o tinha posto a andar. Porque ele é muito menos politicamente correcto que a maioria dos sociais-democratas…


’O normal e mais correcto seria publicar na data verdadeira’

Não sei o que é uma data verdadeira! Mas creio que já respondi a isto mais acima.

’A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera, meu romancista preferido’

Há uns anos atrás tive um curto affaire com uma Jugoslava (Sérvia) com quem discutia de política. Um belo dia ela arrastou-me para o cinema, segundo ela, iríamos ver um filme feito especialmente para mim!

Tratava-se da ‘Insustentável Leveza do Ser’. Eu, não sei porque razão, se calhar estava mal disposto nesse dia, ou então, queria mas é ir para cama com ela em vez de me meter numa sala de cinema, mas o facto é que – por favor não me leve a mal - achei o filme INSUSTENTÁVEL. Uma pincelada piegas que me fez logo lembrar os filmes portugueses - onde o incompreensível simbólico-filosófico escorre pelo ecrã, e quanto mais simbólico e quanto mais incompreensível melhor…
Talvez ela se referisse a isto, quando disse que o filme ‘era especialmente para mim’. Mas não, era por eu ser um dissidente, como o Thomas…

Não, o Kundera não é o meu romancista preferido, é muito filosófico para mim, e como dizia o Pessoa ‘os filósofos são poetas doentes’, ou algo no género. Prefiro de longe um Eça, ou um Naipaul…

’É por isso que me lembro disto quando dizem que a maioria dos muçulmanos não têm culpa pelo que fazem uma grande minoria.’

É uma forma de cobardia, é sempre muito mais fácil culpar os outros dos nossos defeitos ou insucessos. E a grande maioria das pessoas é cobarde…

’Ora se a grande maioria rejeitasse a barbárie e a violência,’

Estava o caso resolvido e vivíamos todos em paz. E ainda se dava umas trancadas numas marroquinas boas, com ou sem véu…

Um abraço e bom fim de semana.

Pedro Machado disse...

Só recentemente vi o filme. Referia-me ao romance. Não gostei do filme. Se há livro que não faz sentido passar a filme é aquele. As análises que ele faz é que dão graça aos livros dele e não faz sentido incluí-las num filme. O filme banaliza o livro e apenas cobre um dos fios da história. Que me lembre, não aparece o romance da Sabina com o Franz, nem a morte estúpida deste, por exemplo. Só a parte do dicionário de mal-entedidos entre a Sabina e o Franz é soberba.

Kundera não é um filósofo, nem os seus livros são filosóficos. Ele analisa os problemas da existência humana e defende que é essa a tarefa exclusiva do romance. Ele explica isso nos ensaios dele.

E o livro não é difícil. É para ler com atenção, mas as frases são simples, claras; a linguagem é banal; a história é simples. As reflexões que ele faz sobre a existência humana é que são geniais e é aí que está o valor da obra dele.

Bem, para ter uma opinião sobre o livro só lendo-o. O filme é outra coisa. Mas se não gosta de Kundera, não é lendo o ILS que vai gostar, acho. Bem, dependo do que leu dele. O que leu?

E já que cita Pessoa e que diz gostar de Eça, acho que aquele não reconhece muito valor a este. Penso que disse que Eça era um jornalista talentoso, mas não um romancista. Se calhar, Pessoa era capaz de gostar do Kundera... :)