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quinta-feira, 20 de março de 2008

Esquerdalha


Após cinco anos de presença militar Norte-Americana no Iraque, a Europa e os seus cidadãos continuam a olhar para esta invasão como um "capricho Norte-Americano". Enganam-se os pobres estúpidos. Custa-me, a mim pessoalmente, ver uma Europa disposta a sofrer as consequências de uma governação influenciada pelas esquerdas estúpidas Europeias. Eles andam aí, manifestam-se nos jornais, nas televisões, nas rádios, nas revistas, nas conversas de rua, nos blogs e nas caixas de comentários do fiel-inimigo. Convém lembrar que esta esquerda recebe, actualmente, o efusivo apoio das massas. Eles renasceram do mausoléu de Lenine, eles batem palmas ao pobre do Marx, eles fornicam com a sobrinha-bisneta do Engels.

Eles andam aí. Eles recitam bem alto um senso comum vazio e falacioso. Eles afirmam: "Pobres Americanos, merecem o 2º Vietname", "Deixem lá, estes tipos querem é o petróleo e estão a ter o que merecem", "Morte ao sistema capitalista vigente". Eles encontram-se tristes, alheios da realidade, agarrados ao livrinho do Mao e babam-se quando se fala em Estaline. Enfim, pobres cegos.

Convém, em primeiro lugar, estabelecer uma ligação: esquerda estúpida ocidental e Islão. Uma união que, apesar de não ser de facto, para lá caminha. Eles andam juntos atrás do mesmo fim: destruir o neo-liberalismo e acabar com a hegemonia Norte-Americana. No entanto, enquanto uns (radicais Islâmicos) têm como objectivo submeter todo o mundo ao Islão, outros (esquerda estúpida) têm como objectivo submeter todo o mundo à ditadura do proletariado, à classe operária, às foices e aos martelos. Ora, os primeiros foram derrotados mal se armaram em expansionistas, e foram, à pala disso, circunscritos ao local de onde vieram, nos séculos XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI e XVII. Agora voltam a atacar. Os segundos foram derrotados nos anos 90 do século transacto e, agora, mordem a mão a quem lhes deu de comer. Ou será que preferiam viver num campo colectivizado da antiga URSS? Pobres traidores.

A ignorância é o mal desta gente. Se, para os Islâmicos em geral esta ignorância é pura, visto que as suas sociedades são extremamente opressoras e recusam de forma bastante forte a cultura ocidental, cultura essa que preza os valores da sabedoria, da liberdade e da iniciativa, no caso dos esquerdalhos estes regem-se por uma ignorância inteligente, visto que manuseiam a seu bel prazer as informações e as oportunidades que lhes são concedidas pelo sociedade ocidental.
Uns (os Islâmicos) são ignorantes porque são submetidos a uma única leitura, a do Corão, que, como todos nós sabemos, tem várias interpretações. Os outros são ignorantes porque, apesar de poderem ler tudo aquilo que lhes dá na real gana, se recusam a ler aquilo que é do "mal".

Existem excepções de homens que foram capazes de sair do buraco em que estavam metidos. Destacam-se muitos dos imigrantes Islâmicos residentes no ocidente, que adoptaram e adaptaram os nossos valores aos seus. Continuaram a ser Islâmicos, o que prova que o Corão é um livro de diversas interpretações. Existem outros tipos, provenientes da esquerda estúpida, que começam a cortar os laços com esta. Mas estes tipos são poucos e andam escondidos.

A Europa e os Europeus têm de perceber que os nossos aliados e amigos são os Norte-Americanos, e não os Islâmicos radicais. Será o orgulho de ser Europeu e independente assim tão grande para se desejar o mal a quem nos salvou por duas vezes?

Olho impávido e não sereno para os noticiários nacionais dos últimos dias. Cada vez que se fala de George W. Bush fala-se com um risinho irónico, irritante e escarninho no rosto. Tanto os repórteres, como os pivôts, como os apresentadores, aqueles que deveriam ser, supostamente, imparciais. Mas eles não se conseguem livrar da teia da estupidez. Quando se fala de W. Bush fala-se no rancheiro do Texas, num tipo ignorante, num tipo duro e radical.

George W. Bush defende os interesses dos seus compatriotas e, dessa forma, defende também muitos dos meus. Defende a supremacia da sua nação, defende uma melhor vida para os Americanos, defende a liberdade e a democracia. Eu sei que isto custa muito a reconhecer, e sei que, por mais que isto doa a muitos, os Estados Unidos da América estão a fazer-nos mais um favor. Eles investem e perdem vidas humanas. Eles têm de tirar os dividendos: o petróleo. Se fosse para trabalhar de borla, tinha ido a Organização das Nações Unidas para o Iraque, algo que foi recusado pelos parvos do Jacques Chirac e do Gerhard Schroeder.

A guerra foi desencadeada com o pressuposto de que o Iraque possuía armas nucleares. Tal ainda não foi provado, porque ainda não se encontraram armas no terreno. Mas isso não quer forçosamente dizer que elas não existiam/existam. E, não é por ter partido de um pressuposto supostamente errado, que a guerra deixa de ter razão. A guerra é a última forma de fazer política.

Os Estados Unidos da América retiraram do poder um líder sunita radical que perseguia minorias étnicas (e até maiorias, os xiitas). Os Estados Unidos da América deram a democracia aos pobres dos Iraquianos. Os Estados Unidos da América desenvolveram infra-estruturas, capacidades humanas e económicas do país. Os Estados Unidos da América combateram o terrorismo e a doutrinação jihadista que existia no Iraque. Os Estados Unidos da América tiraram milhões de pessoas da opressão, da ignorância, da fome e da sede. Os Estados Unidos da América retiraram Ali o Químico do poder. Os Estados Unidos da América deixaram entrar a ajuda internacional no país, algo que estava bloqueado por Saddam.

A guerra foi um fracasso?

Agora, e depois de uma fase mais conturbada, os Norte-Americanos começam a ganhar a guerra. Isto por mais que nos queiram iludir com um 2º Vietname e coisas do género. O Vietname, já por si, é uma história muito mal contada. O Iraque, neste momento, é outra história mal contada, excepto em alguns meios de comunicação social Norte-Americanos e Europeus.

Quando Osama bin Laden nos ameaça mais uma vez, os Europeus fingem que não ouvem. Quando os Chineses andam a dar cachaporra no Tibete, nós viramos a cara.

Quando George W. Bush fala, todos assobiam e vaiam. Quando se fala do Iraque, todos acusam. Quando se fala do estado da economia mundial, todos atiram os papéis ao ar e chamam isto e aquilo ao capitalismo.

Os valores ocidentais têm estes efeitos dúbios, que permitem aos estúpidos ganharem terreno. Mas não é por isso que deixam de ser os meus valores.

Olhemos para os Estados Unidos da América como os nossos grandes amigos. Olhemos para o próximo presidente Norte-Americano, o republicano John McCain, como nosso amigo.

Esta é a única forma da Europa continuar a estar no topo do mundo.

52 comentários:

Unknown disse...

"A guerra foi desencadeada com o pressuposto de que o Iraque possuía armas nucleares"

Concordo com quase tudo, mas não com esta passagem. A guerra, acho eu, não foi desencadeada com esse pressuposto.

Como pretexto, sim.. como razão ou pressuposto, não.

Foi o pensamento dos neoconservadores que esteve na origem da decisão de a desencadear.
A ideia era ( e é) de largo alcance:

Durante o processo que desembocou na invasão do Iraque, Bush disse que ” um Iraque livre poderá mostrar o poder da liberdade para transformar aquela região vital”.

Ao pretenderem democratizar o arco islâmico, os americanos não estão a ser motivados por românticos messianismos democráticos, mas a tentar levar à prática uma visão que, se bem sucedida, fará evoluir a região para paradigmas susceptíveis de secar as raízes culturais e políticas do terrorismo islâmico, contribuindo para um SI mais pacífico.

E ao mesmo tempo livrando-se de um perturbador regional que punha em perigo o livre fluxo de uma matéria prima vital.

As WMD, foram um pretexto, que deu resultado porque Saddam as tinha de facto e nunca acreditou que os americanos fossem mesmo atacar.

Tal como está a acontecer com o Irão. No fundo, aquela gente continua a olhar o Ocidente como fraco. E tenta jogar poker de alto gabarito sem ter boas cartas.
Por vezes dá resultado...

Diogo disse...

És um génio, Ricardo Brilhante!

Renato Bento disse...

Poupe-me as ironias Diogo..

David Lourenço Mestre disse...

Nao comento o essencial, fico me pelo acessorio, penso que o ricardo devia de moderar a atitude, é que o fanatismo passa bem sem os formalismos da extrema direita ou da extrema esquerda. Há aqui simplificaçoes perigosas sobre a esquerda

Anónimo disse...

Já referi noutro blog este esquecimento:

Vinte Anos:

http://66.111.34.180/look/english/article.tpl?IdLanguage=1&IdPublication=4&NrArticle=73076&NrIssue=2&NrSection=1&ALStart=40

Arbil - Voices of Iraq
Wednesday , 19 /03 /2008 Time 2:49:25




Arbil, Mar 16, (VOI) – Life came to a standstill for five minutes in the city of Arbil, capital of the Iraqi Kurdistan region, on Sunday over the 1988 chemical attacks on Halaja, where more than 5,000 people were killed.
"This five-minute mourning is observed in recognition of the people who gave their souls for the sake of the anti-Kurds persecution perpetrated by the former regime on that day 20 years ago," a media figure, Hamza Hamed, told Aswat al-Iraq – Voices of Iraq – (VOI).
Halabja, a city 83 km southeast of Sulaimaniya province, came on March 18, 1988 under chemical attacks by the former Iraqi regime, resulting in killing more than five-thousand Kurds and injuring more than 10,000 others.

Renato Bento disse...

"Há aqui simplificações perigosas sobre a esquerda"

Não enquadro toda a esquerda na esquerda estúpida. Não fiz uma gerenalização. Se o fiz não foi com intenção.

Extrema-direita?
?

Renato Bento disse...

"Convém lembrar que esta esquerda recebe"

esta esquerda, não toda.

A esquerda tem muito para além das tonteiras do BE, do PCP, do POUS, ou de outros partidos. São especialmente os activistas destes partidos que fazem parte da esquerda que vos falo. Não toda.

Existe esquerda saudável com as quais partilho muitos ideais. A esquerda socialista moderada, por exemplo. Os sociais-democratas, por exemplo.

Não me queira meter no barco do extremismo. Se criticar os extremos é ser do outro extremo, então estávamos lixados.

David Lourenço Mestre disse...

Há uma diferença colossal entre desumanizar o inimigo - o estalinismo desumanizou, o nazismo desumanizou - e a provocação politica, esta é natural no debate, no confronto de ideias

uma frase que achei interessante do "idiota latino-americano" e parece me algo relevante:

"Aqui, essa idiotice intelectual aparece sobretudo como fraqueza e covardia face à realidade real e com uma propensao neurotica a substitui-la por uma realidade ficticia"

O livro é dedicado à esquerda mas pode ser lido como um levantamento contra o fanatismo

e a idiotice nao deve ser lida de um modo literal, há uma frase muito boa de popper - e muito marxista by the way - e que explica aquilo que cada um tem na sua cabeça:

"não é a consciencia do homem que determina sua existencia, antes, é sua existencia social que determina sua consciencia"

David Lourenço Mestre disse...

mas ricardo, nao me tomes por santo, somos todos faliveis

Renato Bento disse...

Santo, santo, santo é o senhor...

Considere isto uma provocação política. Aliás, só o pode considerar.

David Lourenço Mestre disse...

Ricardo nao sei como dizer isto, nao o queria ofender, peço desculpa se o fiz

nao levemos isto demasiado a peito

Paulo Porto disse...

Aquando da invasão, muitos dos ocidentais anti-ocidente imediatamente declararam que, como se podia ver, a guerra não ia ser um passeio para os americanos, desta vez Saddham estava mais preparado. Um mês depois, quando Saddham caiu, os mesmos vieram dizer que a vitória era menor, os iraquianos eram fracos. Valeu tudo menos valorizar a máquina de guerra americana.

É certo que os americanos cometeram erros no Iraque. O grande erro foi imaginar que a democracia é imadiatamente possível num país onde as eleições sempre foram uma fraude e onde está enraízada uma mentalidade de corrupção e nepotismo.

Outro erro foi não ter encontrado um aliado iraquiano que resolvesse internamente a insurgência sunita e as milícias xiitas. E, no entanto, bastaria ter tratado o assunto segundo a abordagem que foi feita no Kurdistão.

O que se passa atualmente no Kurdistão demonstra que a guerra contra o carniceiro de Bagdad podia ter sido um sucesso inquestionável. Ainda assim, como é óbvio, o mundo livrou-se de uma ameaça real, coisa que a esquerda tende a esquecer. Pode o mundo agradecê-lo aos EUA.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Ora, DLM, você que é o ""Reaccionário", devia era aplaudir a caricatura que o RB fez da esquerda.
Porque efectivamente a esquerda presta-se à caricatura.
O RB tem como referência o típico esquerdista floribélico que se passeia, furioso e pateta, pelos nossos espaços públicos.

Claro que de vez em quando temos de reconhecer que há pessoas ditas "de esquerda" que não o são por terem estagnado na idade da borbulha, por revolta contra o princípio da autoridade ou até pelo infantilismo medroso e merdoso, que leva os medíocres a desejar que o Estado tome conta deles.

Há gente que se diz "de esquerda" porque acha sinceramente que assim é que é pelos pobres, pelos oprimidos, pela justiça, pelas andorinhas e pelas ervinhas.

É gente que analisou o mundo por umas determinadas lentes e conclui que a solução só pode vir daí.

Não tenho prazer em esmagar estas pessoas, até porque tb as tenho na família e nos amigos, mas por vezes não resisto a mostrar-lhes catálogos com lentes mais avançadas e, eu que não sou crente, dou por mim a apontar-lhes caminhos mais seguro e reconfortantes, como por exemplo, o regresso às doutrinas sociais das igrejas cristãs.

O RB, referia-se, é evidente, aos outros.
Aos que acham que a América é comandada pelos “poderosos”, pelas “corporações dos media”, pelos políticos “neocons” e pelo “complexo militar-industrial”.

Aos que acham que estes "maus" passam a vida a cozinhar poções para dominar o mundo.

Aos que se acham os gajos mais espertos do planeta, porque não se deixam enganar pela Matrix e acham que estão em missão para nos fazer ver a "realidade".

Aos que passam a vida a monitorizar o que se diz e o que se escreve sobre a América, e a coleccionar tudo aquilo que, na sua esclarecida opinião, revela os seus planos demoníacos e os seus fracassos.

Aos que acham que por detrás de qq catástrofe está a mãozinha da CIA e da Mossad.

Aos que julgam que têm a "Verdade" e portanto acham que todos aqueles que discordam da "Verdade" são ignorantes, conspiradores ou pagos pelos “poderosos”.

Aos que não combatem pelo Bem, porque depois da falência da utopia marxista, não sabem que Bem nos háo-de propor, mas combatem ferozmente contra o Mal (a América)

Aos que disfarçam a sua obcecação antiamericana sob a máscara agente Mulder é mestre no do esquerdista radical, do neonazi, do “ambientalista”, do amigo dos islamistas, de activista da “globalização justa”, etc.


Ora diga lá o DLM se estes não merecem uma caricatura?

Anónimo disse...

Tristeza, a exportação da democracia em conserva, em garrafa em lata em que? Foram lá para democratizar aquilo. Esta gente não tem neurónios.

Os pensamentos exportam-se por “contágio e fermentação”. Na europa foi assim com as várias revoluções de pensamento que pouco a pouco século a século se foi alargando sempre o seu arco de influencia modificando a sociedade dos paises “contaminados”, agora esta de exportar a democracia através de uma guerra de invasão, chegamos la e democratizamos aquilo, e não percebem que isso faz-se no tempo atraves de gerações e mesmo assim entre civilizaçoes diferentes é duvidoso que isso venha a acontecer. A domocracia é incompativel com regimes teocraticos ou que vivam sob o poder da religião como acontece por aquelas bandas, ja professores universitários se debruçaram sobre o assunto, professores arabes também. É isto que era preciso equacionar, se fosse esse um dos objectivos da invasão.

Mas ha quem entenda e bem. Diz o petroleo. muito bem foi isso, sejamos objectivos e diga-se claramente que a civilização do petroleo precisava do controle dessa matéria prima, e como aves de rapina vai-se buscar onde estiver faz-se guerras subornam-se governos mudam-se governos e a nação e a população não contam para nada. são as vitimas, politica e negocios a mistura.
E sim também criar um ponto e reforçar uma presença estratégica uma demonstração de força para intimidar os outros a volta. So que as coisas deram mal e agora presos no atoleiro mas havendo ainda cegos que arrancam os olhos da cara para não querer ver, esses são os piores cegos e mais perigosos, pensa-se e é preciso arranjar uma solução como em anteriores conflitos, para retirar sem perder a face, e preciso salvar a face. E ficar sempre a duvida e por isso poder sempre ser defendida por contras e a favor, a guerra foi perdida ou abandonada.

O que aconteceria a economia norte americana se o euro substituisse o dolar

(“ Decomposição do padrão dólar e da hegemonia dos EUA

Apesar do discurso contra o terrorismo e a possibilidade de o Iraque possuir armas de destruição em massa, o que esta por trás do ataque são os interesses econômicos da indústria bélica, do sector petrolífero e de financistas dos Estados Unidos, que percebem que a ascensão do euro, tornando-se um padrão monetário cada vez mais estável, ameaça o dólar enquanto moeda utilizada nas transacções internacionais. Todas as tentativas do governo americano de justificar a actual ofensiva contra o Iraque não encontram nenhuma sustentação no direito internacional e em nenhuma resolução da onu, ao contrário, passa por cima da organização das nações unidas, colocando-a numa situação delicada do ponto de vista internacional, e que papel a onu desempenhará a partir deste momento. A iniciativa anglo-americana é vista por muitos analistas como a falência da onu, na medida em que os aliados desrespeitaram abertamente a mais importante entidade internacional.
Percebemos uma guerra com o objetivo de ampliar o domínio mundial através do controle das reservas de petróleo e a formação de governos fantoches.

No final do ano 2000 o Iraque substituiu o dólar pelo euro em suas negociações relacionadas ao petróleo. Apesar de ter sido uma atitude isolada, que não foi seguida por outros países da opep, demonstrou ser uma ameaça para a hegemonia do capital estadunidense.

Segundo W. Clark, do jornal "Indy Time", o temor do Federal Reserve (Banco Central americano) é de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), nas suas transacções internacionais, abandone o padrão dólar e adopte definitivamente o euro. O Iraque fez esta mudança em novembro de 2000 - quando o euro valia cerca de US$ 0,80 ? e escapou ileso da depreciação do dólar frente à moeda européia. Esta informação, se analisada por aqueles que conhecem os problemas estruturais do sistema de Breton Woods e as atuais limitações energéticas dos norte-americanos, coloca em dúvida a hegemonia do dólar no mundo e explica a razão pela qual a administração Bush quer, desesperadamente, um regime servil na histórica Mesopotâmia. Uma das discussões mais importantes que se tem colocada em relação à Guerra, é quanto ao papel que a onu desempenhará a partir deste momento. A iniciativa anglo-americana é vista por muitos analistas como a falência da onu, na medida em que os “aliados” desrespeitaram abertamente a mais importante entidade internacional. ”)

Por isso, para mim e não gostando do regime, da ideologia, da pessoa não conheço, não sei se é boa, ma, bem intencionada, mal intencionada, enquanto cidadão. Não são justas as análises simplificadoras e ingénuas dos media que colocam o presidente George W. Bush como um monstro ou um energúmeno sanguinário. Mesmo que seu intelecto segundo dizem não seja dos mais geniais, ele não é, definitivamente, nem tolo nem palhaço, mas pelo contrário, é um cidadão patriota que está tentando salvar os eua da bancarrota, impedir a queda do Império sob seu comando. porque, ao contrário do que se fala, o governo norte-americano está totalmente desesperado com a ruína iminente da sua economia.

Luís Oliveira disse...

[a ruína iminente da sua economia]

Desta vez é que é.

Anónimo disse...

pois é ora troque o dolar pelo euro? la se vai a fabrica de dolares.
foi por isto que a Alemanha, defensora ferrenha do Euro e frança, foram terminantemente contra a guerra e foi por isto que a Inglaterra, que não adoptou o Euro em seu país, é a favor da guerra.
voces são cegos ou então arranquem os olhos. vem com as tretas enviesadas de comentarios laterais fiquem bem mais uma vez

Luís Oliveira disse...

[foi por isto que a Alemanha, defensora ferrenha do Euro e frança, foram terminantemente contra a guerra e foi por isto que a Inglaterra, que não adoptou o Euro em seu país, é a favor da guerra.]


Resista, camarada! E compre uns ringtones de caminho.

Anónimo disse...

pois, pois, uma conversa consigo resolve-se argumentando com ringtones, meu caro, sou imune a ideologias mas não ao poder da razão, coisa que não abunda com voces.
é uma tristeza ate responder-lhe mas ja parei

Anónimo disse...

so para acabar.
imagine so a cena

Todos os países consumidores de petróleo teriam de despejar dólares das suas reservas dos seus bancos centrais e substituí-los por euros.
O dólar desvalorizaria em qualquer cotação, entraria em crash, possivelmente com uma grande desvalorização, e as conseqüências, em termos de colapso da divisas e inflação maciça, chegam a ser inimagináveis

Renato Bento disse...

O anónimo até diz 1 ou 2 coisas correctas...

Unknown disse...

Imagine outra cena, ó cromo:
Todos os 6 biliões de habitantes da terra dariam um peido ao mesmo tempo, com o rabo virado para o Sol. O planeta sairia de órbita pela força do jacto.

Quanto ao seu delírio, se você acha que algum banco central com um mínimo de cabeça, (não desfazendo), iria lançar de chofre as suas reservas de divisas , em dólares ou euros, no mercado, então o solitário neurónio que voga desamparado no espaço oco que o meu amigo tem entre as orelhas,está completamente perdidõ.

E o meu amigo certamente nunca vendeu couves. Porque no dia em que você tiver duas toneladas de couves para vender e for para a praça com elas todas, rapidamente entenderá que o preço das couves vem por aí abaixo e em vez de comprar um carro com o lucro, comprará um chupa-chupa.

Mas isto são complicadas lógicas de mercado que obviamente lhe escapam.

É por isso que é tão saudável tê-lo por aqui.
Eu aprecio o zurrar dos burros logo pela manhã.
Vivo no campo...

Luís Oliveira disse...

[uma conversa consigo resolve-se argumentando com ringtones]

Se quer que o entretenha arranje um nick.

Luís Oliveira disse...

[Imagine outra cena, ó cromo:
Todos os 6 biliões de habitantes da terra dariam um peido ao mesmo tempo, com o rabo virado para o Sol. O planeta sairia de órbita pela força do jacto.]

LOL, LMAO, ROFL etc

Anónimo disse...

são cabeças duras, bem ensinar crianças malcriadas não vale a pena

(“Quanto ao seu delírio, se você acha que algum banco central com um mínimo de cabeça, (não desfazendo), iria lançar de chofre as suas reservas de divisas , em dólares ou euros, no mercado, então o solitário neurónio que voga desamparado no espaço oco que o meu amigo tem entre as orelhas,está completamente perdidõ.”)

Deixe se de burrice, impera e não percebe nada da mudança de sistema de trocas internacionais em moeda padrão eu disse.

“consumidores de petróleo teriam de despejar dólares das suas reservas dos seus bancos centrais e substituí-los por euros.”

É claro que se o padrão passa a euro, o dolar como reserva de divisa nas trocas internacionais vale o mesmo que outra moeda qualquer. Mas como divisa de troca comercial internacional vale o que?

Imagine que todos os paises esportadores de petroleo convertem ao euro e só aceitam euros como pagamento. De que lhe vale ter milhoes de dolares e não ter um euro. Tem que mudar para o sistema comercial adoptado e se for o euro o dolar desvaloriza. Vai dar um colapso da divisa com inflação maciça, agora imagine em escala planetária, se não entendeu. va dar uma voltinha que esta bom tempo eu ja fui

David Lourenço Mestre disse...

Lidador nao tenho, como sabe, nada contra a caricatura, tal como a provocaçao, tb a uso frequentemente

Paulo Porto disse...

"pois é ora troque o dolar pelo euro? la se vai a fabrica de dolares.
foi por isto que a Alemanha, defensora ferrenha do Euro e frança, foram terminantemente contra a guerra e foi por isto que a Inglaterra, que não adoptou o Euro em seu país, é a favor da guerra."

A França foi terminantemente contra a guerra pq a França tinha a sua empresa petrolífera como exploradora quase exclusiva do petróleo iraquiano. Para a França, sim, era importante a questão da ligação petróleo-guerra, não tanto para os EUA que nessa altura não compravam petróleo ao Iraque. Alguém denunciou o facto de a França estar a pôr o negócio do petróleo à frente dos direitos humanos no Iraque?


"Imagine que todos os paises esportadores de petroleo convertem ao euro e só aceitam euros como pagamento. De que lhe vale ter milhoes de dolares e não ter um euro. Tem que mudar para o sistema comercial adoptado e se for o euro o dolar desvaloriza. Vai dar um colapso da divisa com inflação maciça, agora imagine em escala planetária, se não entendeu. va dar uma voltinha que esta bom tempo eu ja fui"

Sim, imaginemos então: se todos os países de um momento para o outro decidissem vender todas as suas reservas em dólares significaria que o dolar desvalorizaria abruptamente no momento seguinte. Agora, como não existem compradores instantâneos para todos os dólares do mundo ao mesmo tempo, signfica que uma hora depois de começar a venda o dólar valeria metade do que na hora anterior, acontecendo o mesmo na hora seguinte. Portanto, os vendedores estariam a fazer um pésssimo negócio vendendo dólares muito, muitíssimo, abaixo do que os tinham comprado;

2. Se o petróleo se começar a vender em euros, melhor, à medida em que o petróleo se começar a vender cada vez mais em euros, isso significa que o petróleo será cada vez mais caro do que é agora. Isso vai representar uma quebra nas compras, tanto por contração da procura dos consumidores, como pela transferência cada vez mais acentuada para outras fontes de energia. Assim sendo, explique-me quem benificia da mudança da moeda de transação do petróleo? Aparentemente, os vendedores, mas por pouco tempo, como facilmente se percebe;

3. Não lhe passe pela cabeça que a desvalorização do dólar está a prejudicar a economia americana. Não está. Nunca a desvalorização de uma moeda desfavoreceu uma economia. Dispenso-me de lhe explicar porquê.

Meu caro, a sua conceção das coisas é a do 'feitiço que se virou contra o feiticeiro'. O seu raciocínio é fogo de palha.

Carmo da Rosa disse...

Caro Ricardo,

‘(esquerda estúpida) têm como objectivo submeter todo o mundo à ditadura do proletariado, à classe operária, às foices e aos martelos.’

Já não acreditam muito nisso, porque o proletariado europeu já há muito tempo que não dá ouvidos a meninos-bem a brincar aos revolucionários. Já foi tempo. Precisamente por isso é que actualmente parte deles se vira para as focas, e a outra parte para os estrangeiros, que eles julgam ser coitadinhos! Cambada de racistas...

‘visto que as suas sociedades são extremamente opressoras e recusam de forma bastante forte a cultura ocidental’

Não totalmente! Adquirem tudo o que é ocidental, sobretudo símbolos de ostentação e opulência, mas não percebem que há por detrás uma maneira de pensar (livre) que levou a criação dos bens de consumo que eles compram com petro-dólares… O drama da Arábia Saudita, Kowait, Dubai, Katar.
Um motor Rolls Royce nunca poderia ter sido imaginado por um indivíduo que passa os dias a marrar c'os cornos em direcção a Meca, nem sequer a Kalashnikov que usam para matar ocidentais, para citar só dois exemplos.

‘Destacam-se muitos dos imigrantes Islâmicos residentes no ocidente, que adoptaram e adaptaram os nossos valores aos seus. Continuaram a ser Islâmicos, o que prova que o Corão é um livro de diversas interpretações.’

Dizer num país islâmico publicamente que o Corão tem diversas interpretações continua a ser muito arriscado. E neste caso os muçulmanos ainda nem sequer adoptaram outros valores, que não sejam muçulmanos.

‘A Europa e os Europeus têm de perceber que os nossos aliados e amigos são os Norte-Americanos, e não os Islâmicos radicais.’

A nossa escolha não é entre os EUA e os islamistas. Os islamistas não têm um projecto nem poder na balança política mundial. A escolha que existe é se continuamos aliados dos EUA, ou dos chineses, ou dos russos, com todas as consequências que uma escolha destas pode acarretar. Temos o exemplo dos países de leste - até 1989 sob a pata dos russos. Agora imagine-se o que não será debaixo da pata dos chineses. Sinceramente, só de pensar na ideia até gosto mais do Bush…

‘Os Estados Unidos da América deram a democracia aos pobres dos Iraquianos.’

Frase que presta a confusões e a golpes debaixo da cintura. É impossível DAR democracia, que é um longo processo de aprendizagem. Mas os americanos facilitaram – como o fizeram no Japão, país feudal na altura - um início de um processo, o que já não é nada mau, mas as bestas quadradas não aproveitaram. A culpa é deles…


‘Existe esquerda saudável com as quais partilho muitos ideais. A esquerda socialista moderada, por exemplo. Os sociais-democratas, por exemplo.’

Eu sou de esquerda, não sou moderado, e estou completamente de acordo com o seu artigo! Como é que você explica isto?

Renato Bento disse...

"Já não acreditam muito nisso, porque o proletariado europeu já há muito tempo que não dá ouvidos a meninos-bem a brincar aos revolucionários"

Faz parte da caricatura que faço. Mas olhe que ainda existem alguns...

"Não totalmente! Adquirem tudo o que é ocidental, sobretudo símbolos de ostentação e opulência"

Os corruptos... E os pobres, que fazem parte dos outros 99% da população?

"Dizer num país islâmico publicamente que o Corão tem diversas interpretações continua a ser muito arriscado."

Eu não estou num país islâmico nem os imigrantes estão.

"A Europa e os Europeus têm de perceber que os nossos aliados e amigos são os Norte-Americanos, e não os Islâmicos radicais."

Não falo de escolhas. É óbvio que os Europeus não são aliados dos islâmicos, embora muitas vezes pareça.

"Frase que presta a confusões e a golpes debaixo da cintura. É impossível DAR democracia, que é um longo processo de aprendizagem."

Os Estados Unidos deram a possível democracia. O que os Iraquianos fazem depois, já nada tem a ver com os Estados Unidos.

"Eu sou de esquerda, não sou moderado"

É uma excepção...

Sérgio Pinto disse...

Ricardo,

Voce diz uma série de coisas que não fazem o menor sentido. Desconheço se acredita minimamente nas afirmações que faz ou se visa unicamente a provocação fácil, sem que qualquer das alternativas me pareça encorajadora.


têm como objectivo submeter todo o mundo à ditadura do proletariado, à classe operária, às foices e aos martelos

Desculpe, mas que esquerda defende isto? Que esquerda conhece, o MRPP? Parece-lhe igualmente válido dizer que a direita pretende a construção de uma sociedade racialmente pura?


A Europa e os Europeus têm de perceber que os nossos aliados e amigos são os Norte-Americanos, e não os Islâmicos radicais.

Uma vez mais, que esquerda é que viu fazer isto? Que esquerda é que defendeu o extremismo islamico? Será que não entende a idiotice que subjaz tal afirmação?


os Estados Unidos da América estão a fazer-nos mais um favor. Eles investem e perdem vidas humanas. Eles têm de tirar os dividendos: o petróleo.

Acho piada ao facto de usar o plural e de se achar no direito de dizer o que é melhor para toda a gente. Eu, pelo menos, não me recordo de lhe ter passado procuração.
Confesso que não percebo que favor nos podem ter feito, quando até os próprios produzem relatórios em que reconhecem que a guerra agrava o problema do terrorismo (http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/middle_east/5375064.stm), mas talvez o Ricardo queira ter a bondade de explicar. Os dividendos vão além do petróleo, e os neoconservadores já os tinham exposto no seu Project for the New American Century.


Nações Unidas para o Iraque, algo que foi recusado pelos parvos do Jacques Chirac e do Gerhard Schroeder.

Não faço a menor ideia do que quererá dizer com isto, mas suponho que me venha a explicar. Relembro, no entanto, que o Hans Blix não saiu do Iraque por causa do Chirac ou do Schroeder.


Tal ainda não foi provado, porque ainda não se encontraram armas no terreno. Mas isso não quer forçosamente dizer que elas não existiam/existam.

Hilariante e simultaneamente revelador de ignorancia ou má fé. Vá ver o que dizem o Kay e o Duelfer sobre as ADMs. A esta altura, suponho que já nem fanáticos como o José Manuel Fernandes ou o Vasco Rato insistam em tal parvoíce.


Os Estados Unidos da América retiraram do poder um líder sunita radical que perseguia minorias étnicas (e até maiorias, os xiitas).

Poupe-me a treta do bom samaritano. A maioria dos países da zona tem regimes execráveis e são aliados dos europeus e americanos, sem que ninguém tenha grandes problemas de consciencia.


Os Estados Unidos da América deram a democracia aos pobres dos Iraquianos. Os Estados Unidos da América desenvolveram infra-estruturas, capacidades humanas e económicas do país.

Desculpe? Democracia? Mas basta haver eleições para haver democracia? Mais um bocadinho e Cuba também é um país democrático...
Desenvolveram infra-estruturas? Desconheço que tenha havido alguma empresa americana a trabalhar de graça no Iraque, mas tem alguma informação em contrário?


Os Estados Unidos da América combateram o terrorismo e a doutrinação jihadista que existia no Iraque

Mentira pura e simples. Que terrorismo havia no Iraque na altura de Saddam? Doutrinação jihadista? Eu desconfio que nem sabe muito bem o que está para aqui a escrever...


Os Estados Unidos da América tiraram milhões de pessoas da opressão, da ignorância, da fome e da sede

Gostaria que me fornecesse os números que sustentam uma afirmação tão categórica. Suponho que os tenha, claro.


Os Estados Unidos da América deixaram entrar a ajuda internacional no país, algo que estava bloqueado por Saddam

Como facilmente saberá, não era a Saddam que impedia ou bloqueava a entrada de ajuda internacional, pelo que esta afirmação é simplesmente absurda. Se havia um bloqueio, ele era imposto pela comunidade internaciona, evidentemente.

Entretanto, as estimativas para os mortos desde o inicio da guerra vão dos 150.000 aos 600.000. Brilhante serviço!


Aguardo resposta a todas as dúvidas/objecções colocadas ou a um reconhecimento dos diversos erros que povoam o seu post. Sabe, para quem se arroga o direito de insultar as correntes de opinião que não coincidem com a sua, seria bom que tivesse mais cuidado com o que vai escrevendo...

Luís Oliveira disse...

[Que terrorismo havia no Iraque na altura de Saddam?]

Que tal o do próprio estado, que assassinou milhões dos seus próprios cidadãos?

Luís Oliveira disse...

ui, próprio a dobrar...

Renato Bento disse...

"Desculpe, mas que esquerda defende isto? Que esquerda conhece, o MRPP?"

Quer que lhe explique o que são figuras de estilo? Você acredita que esta esquerda não existe? Ainda existe alguma esquerda que defende isto mas, obviamente, é apenas uma parcela. Aquela parcela que ainda não evolui minimamente.

Que esquerda é que defendeu o extremismo islâmico?

Não defende mas compreende. São palavras deles, não minhas. Vá a uma festa do avante, a um comício do bloco de esquerda, a um chá do POUS ou do MRPP e verá do que lhe falo. A esquerda ocidental é uma das maiores defensoras do extremismo islâmico, sem saber que o faz.

"Eu, pelo menos, não me recordo de lhe ter passado procuração."

Nem eu queria que passasse.

"quando até os próprios produzem relatórios em que reconhecem que a guerra agrava o problema do terrorismo"

Já que consegue ter acesso a esse relatório, conseguirá tambem ter acesso aqueles que dizem o contrário. Cá para mim você é daqueles que sofre da ignorância inteligente.

"Os dividendos vão além do petróleo"

Ainda bem para os Estados Unidos. Assim asseguram os custos de guerra.

"Não faço a menor ideia do que quererá dizer com isto, mas suponho que me venha a explicar."

Não se lembra das conferências de Shroeder e de Chirac contra a invasão do Iraque? Chiça...

"Hilariante e simultaneamente revelador de ignorancia ou má fé."

Eu apostaria na má fé.

"A maioria dos países da zona tem regimes execráveis"

De acordo. Mas não tão execráveis como o de Saddam. Se querem tirar do poder esses regimes, a obrigação não é dos Estados Unidos nem de ninguém. Os Estados Unidos, como qualquer outro país do mundo, luta pelos seus interesses. Agora, se a ONU quiser intervir, é obvio que apoiarei.

"Mas basta haver eleições para haver democracia?"

Não. Mas basta que elas sejam livres e primem pela multipartiriedade. Isto para além de outras coisas, obviamente.

"Desenvolveram infra-estruturas? Desconheço que tenha havido alguma empresa americana a trabalhar de graça no Iraque"

Desenvolveram. Deixaram entrar as ONG`s no país. Deram apoio às forças de segurança.

Você deve andar a brincar comigo. Acha que alguma empresa Americana vai trabalhar de borla para o Iraque? O que é que isso tem a ver com a construção ou não de infra-estruturas?

"Mentira pura e simples. Que terrorismo havia no Iraque na altura de Saddam? Doutrinação jihadista?"

O própria regime era terrorista. Sabe das perseguições aos curdos? Conhece Ali o Químico? Conhece o Partido dos trabalhadores do Curdistão? Conhece a Al-Qaeda?

"Gostaria que me fornecesse os números que sustentam uma afirmação tão categórica. Suponho que os tenha, claro."

Confesso-lhe que não tenho números nem links, pois o que sei foi aquilo que li num jornal Americano à tempos. Mas parece-me a mim, pobre ignorante, que não é muito dificil fazer melhor que Saddam. Isto embora 1 relatório da Oxfam venha dizer que ainda existe muita gente que passa fome, não bebe e não tem condições de vida. Caiem é na estupidez de não dizer quais eram os números antigos...

Talvez porque estes não existiam, é certo.

"Se havia um bloqueio, ele era imposto pela comunidade internacional, evidentemente"

Bem, a avaliar pelas horas a que você escreveu isto, ou estava possuído pelo demónio ou pelo álcool. Então o Saddam deixava entrar as ETN`s e as ONG`s?

Está bem Abilio...

Renato Bento disse...

Mas olhe uma coisa, caro Sérgio.

Muitas das coisas que disse não entram em choque com aquilo que eu disse, embora você queira fazer parecer isso.

É óbvio que o Iraque é um assunto complicado. Gosto de ouvir os analistas que são contra a invasão, porque estes sabem fundamentar a sua opinião. Eu tenho a minha, outra pessoa tem outra. Eu respeito isso.

Não posso é concordar com o discurso vazio do costume, proveniente da esquerda estúpida.

Carmo da Rosa disse...

Caro Ricardo,

Existe realmente quem ainda acredite na ditadura do proletariado, mas são realmente ‘alguns’: trinta e sete, a contar com as namoradas?

‘Os corruptos... E os pobres, que fazem parte dos outros 99% da população?’ Você afinal é um esquerdista, hahaha! Eu referi-me a países como a Arábia-Saudita, e aí os pobres, os únicos que trabalham, não fazem parte da população – vêm de fora.

Claro que em Marrocos ou no Egipto a situação é como você diz, só que 99% da população pobre a única coisa que deseja é vir a fazer parte, o mais depressa possível, dos 1%, que é para depois explorar os 99%.

’Eu não estou num país islâmico nem os imigrantes estão.’

Tá bem, mas nada altera a dificuldade que existe na reinterpretação da palavra de Alá. Não se esqueça que Alá é omnipresente, também se encontra em Portugal…

’ Não falo de escolhas. É óbvio que os Europeus não são aliados dos islâmicos, embora muitas vezes pareça.’

Não quero ser chato mas você diz: ‘A Europa e os Europeus têm de perceber que os nossos aliados e amigos são os Norte-Americanos, e não os Islâmicos radicais.’

Têm que perceber, significa que ainda não perceberam! Os nossos aliados são os…. e não os…. !

’Os Estados Unidos deram a possível democracia. O que os Iraquianos fazem depois, já nada tem a ver com os Estados Unidos.’

Você tem toda razão, só peca por insistir na asneira! E como eu já calculava, os Sérgios Pintos aproveitam a deixa para dar golpes baixos: ‘Desculpe? Democracia? Mas basta haver eleições para haver democracia? Mais um bocadinho e Cuba também é um país democrático... Desenvolveram infra-estruturas? Desconheço que tenha havido alguma empresa americana a trabalhar de graça no Iraque, mas tem alguma informação em contrário?’

O Sérgio Pinto neste caso, como você, acredita que DEMOCRACIA é dada de bandeja, mas ao contrário de si, ele acha que os americanos podiam mas não quiseram dar a democracia aos iraquianos – filhos da puta, não se faz pá.!

Ah, e também acha que as empresas americanas têm que trabalhar de graça! Talvez em Portugal seja assim, não faço ideia, mas não me parece normal. Uma empresa tem que pagar aos seus empregados, e os americanos até costumam pagar bem, bem ao contrário das empresas portuguesas - quando pagam…

Os americanos, repito o que disse anteriormente, apenas criaram condições – a ÚNICA coisa que podem fazer. A estratégia é naturalmente discutível, e a administração Bush cometeu erros no Iraque, mas para fazer omeletas é preciso partir ovos, e é muito fácil criticar! Porque quem não faz a ponta dum corno nunca parte nada, claro…

E além disso, diz você muito bem, ‘o que os iraquianos fazem depois, já nada tem a ver com os EUA’.

Que diabo, não são crianças, como a esquerda racista tende a ver todos os não-ocidentais, e não é a culpa dos americanos eles não aproveitarem a PAX AMERICANA para fazer algo pela vida, em vez de continuarem a matar-se uns aos outros.

No tempo do Saddam eram os sunitas que matavam chiitas e curdos, agora os chiitas resolveram também matar sunitas – a única diferença… Não, minto, os curdos estão bem melhor que no tempo de Saddam, não precisam de matar ninguém e por isso dizem com razão thank you mister Bush...

The Passenger disse...

Acho que está na altura dos Europeus darem algum merito ao trabalho que os EUA tem vindo a desenvolver no combate ao terrorismo internacional.

A Europa fica sempre em casa enquanto o amigo USA vai la fora combater quem nos quer destruir e, no entanto a Europa continua a vaiar os EUA pela sua atitude intervencionista. A UE é isso mesmo: uma organização incapaz de se impor e de intervir quando é preciso salvaguardar os valores e a segurança dos europeus. Tem de ser sempre os EUA a fazer o trabalho sujo.

Por outro lado, a atitude dos EUA ao longo dos anos custou-lhe muitos inimigos e lezados, levando assim a um certo ressentimento quase internacional contra os mesmos. Costuma-se dizer que "os americanos andam sempre metidos em tudo".

E devo confessar que ouve um momento da nossa historia em que os EUA nos tentaram esfaquear pelas costas: lembram-se dos massacres da UPA no Norte de Angola que mataram milhares de portugueses e que os EUA financiaram e apoiaram em 1961?
Essas coisas nao se esquecem...

Quanto á referencia do Tibete, apenas uma observação curiosa: Para Jerónimo de Sousa há que respeitar o Direito Internacional e que o Tibete é território chinês. No entanto, o PCP nunca se preocupou em respeitar o Direito Internacional portugues ao querer despachar as ex-colonias para a esfera da URSS. Deve ser o seu lema: "Tudo contra a Nação, nada contra as Republicas Socialistas!"

Sérgio Pinto disse...

Quer que lhe explique o que são figuras de estilo? Você acredita que esta esquerda não existe? Ainda existe alguma esquerda que defende isto mas, obviamente, é apenas uma parcela. Aquela parcela que ainda não evolui minimamente.

Acho que você não percebeu o ponto. Os nazis também existem, mas não é por isso que você se refere à direita como pretendendo obter uma sociedade racialmente pura, pois não? Claro que a esquerda estalinista existe, mas é residual, tal como a direita neonazi, pelo que não faz muito sentido dar a entender que são muitos e têm enorme expressividade...



Não defende mas compreende. São palavras deles, não minhas. Vá a uma festa do avante, a um comício do bloco de esquerda, a um chá do POUS ou do MRPP e verá do que lhe falo. A esquerda ocidental é uma das maiores defensoras do extremismo islâmico, sem saber que o faz.


Porquê, você já lá esteve e viu que era assim?
Lamento informar, mas parece-me que qualquer dos partidos com assento parlamentar sempre condenaram os atentados de que os países ocidentais foram alvo. Andar à caça de fantasmas a partir daí mais não é que uma tentativa de diabolização de correntes que lhe desagradam.


Já que consegue ter acesso a esse relatório, conseguirá tambem ter acesso aqueles que dizem o contrário

Conto consigo para me ajudar nessa tarefa. É que o relatório que lhe indiquei não vem de uma ONG, ou da ONU, ou da sede do PCP. Vem da National Intelligence Estimate e só foi disponibilizado depois de parte ter sido divulgada no NY Times. Será, suponho eu, um bocadinho diferente dos que a Casa Branca anunciou no aniversários dos 5 anos do 11 Setembro.


Não se lembra das conferências de Shroeder e de Chirac contra a invasão do Iraque? Chiça...

Lembro. Também me lembro que a ONU estava no terreno por via da actividade dos inspectores. Lembra-se do que os levou a sair de lá? Uma pista: não foram os berros do Chirac e do Schroeder.


Eu apostaria na má fé.

E que tal reconhecer a asneira que disse? Ou ainda continua convencido que as ADM's andam por lá à espera de serem descobertas?


De acordo. Mas não tão execráveis como o de Saddam. Se querem tirar do poder esses regimes, a obrigação não é dos Estados Unidos nem de ninguém. Os Estados Unidos, como qualquer outro país do mundo, luta pelos seus interesses

Desconheço de que forma você pode construir escalas de execrabilidade, mas aguardo explicações.
Exacto, os neoconservadores lutam pelos seus interesses. No caso do Iraque, nada tinha a ver com o facto de o regime ser uma ameaça para quem quer que fosse (não o era) ou com alguma ligação à Al-Qaeda (que não existia). Portanto, qualquer pessoa inteligente poderá deduzir que a oposição à guerra nada tem a ver com simpatias com tendências extremistas (pelo contrário), o que torna o seu post inicial bastante absurdo.


Não. Mas basta que elas sejam livres e primem pela multipartiriedade. Isto para além de outras coisas, obviamente.

Dizer que basta e depois acrescentar "para além de outras coisas, obviamente" torna a sua frase obviamente contraditória.
Além de que, claro, me custa a perceber como é que um país sob ocupação, em que morreram 150.000 a 600.000 pessoas em 5 anos, em que há atentados diários, etc., é democrático ou livre.


Acha que alguma empresa Americana vai trabalhar de borla para o Iraque? O que é que isso tem a ver com a construção ou não de infra-estruturas?

Obviamente que não. Daí o absurdo que é argumentar que os EUA desenvolveram infra-estruturas e blá-blá-blá. Houve concursos para a construção de infraestruturas (em boa parte devido à destruição causada pelas potências atacantes), por vezes acessíveis apenas às empresas provenientes da coligação invasora. As infraestruturas são, claro, pagas pelo próprio país. Apresentar os óptimos negócios que várias dessas empresas devem ter feito como justificação para o que quer que seja é simplesmente desprovido de sentido.


O própria regime era terrorista. Sabe das perseguições aos curdos? Conhece Ali o Químico? Conhece o Partido dos trabalhadores do Curdistão? Conhece a Al-Qaeda?

Poupe-me. Claro que o regime era brutal e opressor, como o são quase todos na zona. Se isso o leva a caracterizá-lo como terrorista, terá de aplicar o mesmo rótulo aos outros, o que esvazia isso como argumento para a invasão.
Curiosamente, era um dos poucos que era laico, coisa que o coloca nos antípodas do fundamentalista vizinho saudita.

O PKK? LOL, não o sabia admirador de movimentos de inpiração marxista. De qualquer forma, se o que está em causa é o apoio aos direitos curdos, tem todo o meu apoio. Infelizmente, há diversas formas de conceder apoio à causa curda que não implicam a invasão, ocupação e morte de centenas de milhar de pessoas.

A alusão à Al-Qaeda é feita ou por desonestidade ou ignorância. Nunca houve provas de qualquer ligação, como saberá.


Mas parece-me a mim, pobre ignorante, que não é muito dificil fazer melhor que Saddam. Isto embora 1 relatório da Oxfam venha dizer que ainda existe muita gente que passa fome, não bebe e não tem condições de vida.

Parece-me a mim que num país como o Iraque, com as reservas energéticas que possui, com um mínimo de estabilidade facilmente se consegue uma performance económica melhor que a actual. Poderá verificar isto comparando indicadores anteriores à 1ª Guerra do Golfo com os actuais. Note, isto não implica qualquer desculpabilização do regime do Saddam, é apenas a constatação de um facto, sendo inegável, creio eu, que a situação actual do país é miserável.

Sérgio Pinto disse...

O Sérgio Pinto neste caso, como você, acredita que DEMOCRACIA é dada de bandeja, mas ao contrário de si, ele acha que os americanos podiam mas não quiseram dar a democracia aos iraquianos – filhos da puta, não se faz pá.!

Ah, e também acha que as empresas americanas têm que trabalhar de graça! Talvez em Portugal seja assim, não faço ideia, mas não me parece normal. Uma empresa tem que pagar aos seus empregados, e os americanos até costumam pagar bem, bem ao contrário das empresas portuguesas - quando pagam…


Golpe baixo, isso sim, é imputar aos outros coisas coisas que eles não disseram, como você faz nos 2 parágrafo aqui transcritos, de forma claramente desonesta.

Sérgio Pinto disse...

Ricardo, anda enganado, nós temos opiniões muito diferentes.

Continuo sem saber o que é que entende como "discurso vazio do costume"...

Renato Bento disse...

"Os nazis também existem, mas não é por isso que você se refere à direita como pretendendo obter uma sociedade racialmente pura,"

Eu disse o contrário?

Se quiser pronunciarei-me sobre este ponto mais tarde.

"Porquê, você já lá esteve e viu que era assim?"

Já vi, já li, já ouvi. Acho que chega.

"com assento parlamentar sempre condenaram os atentados de que os países ocidentais foram alvo"

Ai sim? Pois olhe quando foi a problemática dos voos da CIA, parecia que estavam a falar de meros assaltantes...

"Conto consigo para me ajudar nessa tarefa."

Você gosta de me arranjar trabalho...

"Também me lembro que a ONU estava no terreno por via da actividade dos inspectores"

Resta saber o que é que os inspectores andavam a fazer...

"E que tal reconhecer a asneira que disse?"

Mas qual asneira homem? O que eu disse é alguma mentira?

"Desconheço de que forma você pode construir escalas de execrabilidade, mas aguardo explicações."

Da mesma forma como se comparam 2 clubes. Ou 2 políticos. Ou 2 países. Mas as comparações são, como sabe, bastante subjectivas.

"oposição à guerra nada tem a ver com simpatias com tendências extremistas"

Não ponha palavras na minha boca, isso é feio. A oposição à guerra tem sim a ver com antipatias pelos EUA...

"torna a sua frase obviamente contraditória."

Desculpe, você põe-me nervoso.

"150.000 a 600.000 pessoas em 5 anos, em que há atentados diários, etc., é democrático ou livre."

Reparem na discrepância de dados. E quando estava lá o Saddam, não existiam atentados? Eram livres os Iraquianos? Era democrático o estado?

Você, realmente, sofre de ignorância inteligente.

"Daí o absurdo que é argumentar que os EUA desenvolveram infra-estruturas"

Mas o que é que uma coisa tem a ver com a outra?

"Houve concursos para a construção de infraestruturas"

Então reconhece!

"Se isso o leva a caracterizá-lo como terrorista"

Quem disse que não caracterizo o Líbano, o Irão e a Síria como terroristas? Ou até a própria Jordânia...

"A alusão à Al-Qaeda é feita ou por desonestidade ou ignorância. Nunca houve provas de qualquer ligação, como saberá."

Eu aposto na desonestidade...

Carmo da Rosa disse...

Caro Sérgio Pinto,

Onde está a desonestidade?
Esta frase foi dita por Sérgio Pinto a 22 de Março de 2008 às 5:29

’Desconheço que tenha havido alguma empresa americana a trabalhar de graça no Iraque, mas tem alguma informação em contrário?’

Daqui posso concluir: é verdade, não tenho informação em contrário! Mas também não conheço empresas que trabalham de borla. Você?

Conheço sim, empresas que pagam bem aos empregados, as americanas, e empresas que pagam mal aos seus empregados, as portuguesas. Foi esta achega ao empresariado nacional que feriu a sua susceptibilidade patriótica? Peço imensa desculpa, mas olhe que é verdade…

Desonesto é a sua cassete sobre a contabilidade dos mortos – ‘Entretanto, as estimativas para os mortos desde o inicio da guerra vão dos 150.000 aos 600.000.’ - no Iraque, como se os americanos tivessem algum interesse em matar o maior número possível de iraquianos!!!

Sem querer insinuar que você é um esquerdista, mas como muitos esquerdistas, dá-me a impressão que implora pela morte do maior número possível de iraquianos que é para depois – beber champanhe na sede do PCP, estou a brincar! - dizer que é a culpa dos maus…

Nunca lhe ocorreu que os atentados pudessem eventualmente ter sido perpetrados pelos próprios iraquianos ou por agentes da Al Qaeda ? Que esses sim, têm todo o interesse em destabilizar o país, precisamente para que a implementação de um INÍCIO de processo democrático seja impossível…

’mas parece-me que qualquer dos partidos com assento parlamentar sempre condenaram os atentados de que os países ocidentais foram alvo.’

Sim, também era o que faltava que não condenassem, mas o problema é que vêm sempre com o caralho do MAS. O FARC rapta e mata MAS ……….; A Al Qaeda faz atentados MAS …… .
Atentados é muito mau, mas se for contra os americanos já há atenuantes!
Não me parece – não sei, não vivo em Portugal - que o PCP defenda a ETA na Assembleia Nacional, mas não há muito tempo vi em Lisboa numa bancada do PCP, durante os festejos do 25 de Abril, propaganda da ETA…o que me surpreendeu bastante!

’Poupe-me. Claro que o regime era brutal e opressor, como o são quase todos na zona. Se isso o leva a caracterizá-lo como terrorista, terá de aplicar o mesmo rótulo aos outros, o que esvazia isso como argumento para a invasão.
Curiosamente, era um dos poucos que era laico, coisa que o coloca nos antípodas do fundamentalista vizinho saudita.’


Esta visão moralista da política é muito difícil de combater! Quer dizer, você quer uma América justicialista, que empunhasse a espada contra todas e quaisquer injustiça no mundo! O Bush transformado no Cristo dos vendilhões do templo!
Tenho muita pena de o desiludir mas não creio que seja assim que as coisas funcionam! Não misture as suas aspirações morais com política internacional, é que senão ninguém se entende.

Aliás, mesmo do ponto de vista moral o Iraque de Saddam Hussein não era um mar de rosas, mesmo comparado com os vizinhos, como você pretende sugerir. Se nos pusermos a contabilizar as vítimas do regime de Saddam parece que só curdos foram 182 mil. Em Halabja morreram em 1988 cinco mil num dia. E não foi à chapada, foi com gás… O número de vítimas chiitas é ainda muito superior. Além disso o Saddam costumava pagar cinco mil dólares a cada família de mártires palestinianos – uma chatice para Israel. Depois invadiu o Kuwait com a intenção de invadir a seguir a Arábia-Saudita – tudo coisas contra os interesses directos dos americanos…

Os americanos são uma potência mundial (não você, nem eu, nem Portugal, nem a Europa), e isso acarreta certas responsabilidades, se eles acham que o Saddam é perigoso para os seus interesses atacam o Iraque e não os sauditas, mesmo sendo estes últimos muito piores – como você diz e muito bem.

Porque se os americanos não dão umas chapadas de vez em quando, deixam de ser potência! Passam automaticamente outros a ser A Potência, tá ver.

Agora eu, devido aos meus hábitos e gostos pessoais, quero ver filmes não-censurados, não quero ler livros às escondidas (literatura de samizdat), quero viajar para onde me der a gana, quero continuar a ver os documentários do Michael Moore (sem que este seja assassinado), e por todas estas razões prefiro que sejam os americanos A POTÊNCIA.

Mas isto, como já disse, é o meu gosto pessoal…

Sérgio Pinto disse...

Eu disse o contrário?

Se quiser pronunciarei-me sobre este ponto mais tarde.


Não, simplesmente só usa esse tipo de epítetos com a esquerda. É livre de o fazer, claro, mas continuo a achar que não faz muito sentido.
Pronuncie-se sobre todos os pontos que entender, homem! Vivemos em democracia há quase 34 anos...


Já vi, já li, já ouvi

Viu, leu e ouviu o quê e de quem?


Ai sim? Pois olhe quando foi a problemática dos voos da CIA, parecia que estavam a falar de meros assaltantes...

A problemática dos vôos da CIA tinha que ver com o facto de poderem estar a transportar PESSOAS para Guantánamo onde, como sabe, centenas estão detidas, desde há vários anos, sem quaisquer direitos, numa situação que envergonha qualquer democracia. Já agora, caro Ricardo, muitos deles nem assaltantes eram, somente pessoas comuns a quem alguém achou por bem privar de todos os direitos próprios de um país civilizado.
Todo o barulho que a oposição tenha feito na altura foi pouco.


Você gosta de me arranjar trabalho...

De vez em quando o meu esquerdismo falha e tenho uns tiques de patrão. Deve ser do ambiente do blogue...


Resta saber o que é que os inspectores andavam a fazer...

A missão de que tinham sido encarregues, mas alguém achou por bem dispensá-los. Afinal, o Powell até foi à ONU apresentar as suas provas 'irrefutáveis'. Para quê continuar, não é?


Mas qual asneira homem? O que eu disse é alguma mentira?

Você disse que "A guerra foi desencadeada com o pressuposto de que o Iraque possuía armas nucleares. Tal ainda não foi provado, porque ainda não se encontraram armas no terreno. Mas isso não quer forçosamente dizer que elas não existiam/existam". Por mais que ande com vontade de dar uma de Pacheco Pereira (o que não tem nada de bom, no caso), o que escreveu é uma asneira. Mesmo só usando de senso comum, facilmente se perceberia que está a ser casmurro. Mas se quiser algo de mais concreto, basta ver o que disseram o Kay e o Duelfer quando andaram lá pelo Iraque à pesca.


Da mesma forma como se comparam 2 clubes. Ou 2 políticos. Ou 2 países. Mas as comparações são, como sabe, bastante subjectivas.

Seja. Só lhe pedi os seus critérios. Mas tem razão, são sempre coisas muito subjectivas e nem muito relevantes para o caso.


Não ponha palavras na minha boca, isso é feio. A oposição à guerra tem sim a ver com antipatias pelos EUA...

Não o fiz (pelo menos não era essa a intenção). Você disse que a esquerda era das maiores defensoras dos extremistas islâmicos, sem o saber, daí o que escrevi. Mas posso manter o que disse no comentário anterior e reformular a conclusão para "Portanto, qualquer pessoa inteligente poderá deduzir que a oposição à guerra nada tem a ver com simpatias com antipatias pelos EUA, o que torna o seu post inicial bastante absurdo".


Desculpe, você põe-me nervoso.


Esteja à vontade, não tem que ficar tão tenso. Eu não sou o Bush e prometo que não o despacho para Guantánamo, Abu Ghraib, Bagram ou qualquer outro sítio igualmente acolhedor.


Reparem na discrepância de dados. E quando estava lá o Saddam, não existiam atentados? Eram livres os Iraquianos? Era democrático o estado?

A discrepância deve-se a diferentes estimativas, naturalmente (aproveito para corrigir um erro, dado que me referi que os mortos se referiam a 5 anos de guerra quando na verdade a estimativa dos 150.000 mortos é de 2006 e a de 600.000 é de 2007). De qualquer forma, mesmo o limite inferior apresenta um valor extremamente elevado. Atentados, no início do século XXI? Não me parece...
Não era livre, e continua a não o ser. E daí?


Você, realmente, sofre de ignorância inteligente.

Obrigado pelo diagnóstico. Não o quer justificar, só assim de passagem? Se não for muito incómodo, claro!


Então reconhece!

Claro que houve concursos. E por vezes vedados a empresas que não dos países da coligação. Continua, de qualquer forma, a ser absurdo apresentar a construção de infra-estruturas como argumento a favor da guerra. É uma coisa assim do género: "hey, nós devastámos o vosso país porque isso nos deu jeito e agora vamos pôr o vosso governo a pagar às nossas empresas para o que destruímos ser reconstruído e nós ganharmos com isso!". Percebe o absurdo de usar isto como argumento?


Quem disse que não caracterizo o Líbano, o Irão e a Síria como terroristas? Ou até a própria Jordânia...

Não me admira. Veja lá se não cai na heresia de dizer o mesmo da Turquia por andar a esmagar os curdos há décadas. Depois daquela saída sobre o PKK ainda tinha aí o lidador à perna...


Eu aposto na desonestidade...

Isso é uma admissão do erro evidente que cometeu?

Carmo da Rosa disse...

Caro Sérgio Pinto,

Politicamente estamos de acordo em tudo, apenas discordamos em questões pessoais!

Parece-me que você gosta de ver filmes censurados, adora literatura samizdat, viajar sim, mas com restrições. E tipos como o Michael Moore prefere que tenham a mesma sorte que Anna Politkovskaya, Alexander Litvinenko ou Theo van Gogh…

Há quase 34 anos que anda a sofrer…

Sérgio Pinto disse...

Carmo,

Responderei ao seu texto anterior mais tarde, dado que agora tenho pouco tempo.
Em relação a este último, refiro apenas que está obviamente enganado. Por muito que lhe custe a aceitar sou democrata, gosto da liberdade e de poder usufruir de todos os meus direitos. Precisamente por isso é que me oponho à invasão do Iraque e aos Guantánamos deste mundo.

Luís Oliveira disse...

[gosto da liberdade e de poder usufruir de todos os meus direitos]

Pois claro. E de andar na "luta".

O pior é quando a luta for a sério. Quando lá chegarmos, who you gonna call!?

Sérgio Pinto disse...

Onde está a desonestidade?

Naturalmente, está em atribuir a terceiros frases que eles não proferiram, tais como O Sérgio Pinto (...)acha que os americanos podiam mas não quiseram dar a democracia aos iraquianos – filhos da puta, não se faz pá. (...) Ah, e também acha que as empresas americanas têm que trabalhar de graça!. Pode dar as cambalhotas que quiser, mas a verdade é que em parte alguma eu disse o que você refere.


Desonesto é a sua cassete sobre a contabilidade dos mortos (...) no Iraque, como se os americanos tivessem algum interesse em matar o maior número possível de iraquianos!!!

Não falei em interesse em matar iraquianos, referi o número de mortos. Independentemente de quais é que foram directamente mortos por tropas ocupantes, o facto é que essas mortes só ocorreram porque alguém decidiu iniciar uma guerra e justificá-la com uma série de patranhas (além de que, enquanto potências ocupantes, têm responsabilidades no que acontece sob a sua alcada). Porque, como muito bem sabe, se alguma das verdadeiras razões fosse revelada a oposicão interna seria esmagadora.


Sem querer insinuar que você é um esquerdista, mas como muitos esquerdistas, dá-me a impressão que implora pela morte do maior número possível de iraquianos que é para depois – beber champanhe na sede do PCP, estou a brincar!

Sou esquerdista, sim, descanse que não precisa de insinuar, eu assumo. E é também por ser esquerdista que não gosto do PCP e, com quase toda a certeza, preferiria votar num partido de direita do que em partidos com dúvidas sobre os índices de democraticidade da Coreia do Norte (ou que, já agora, se dizem defensores dos trabalhadores enquanto defendem o regime chinês, esse paraíso laboral).
Não, não imploro pelo maior número possível de mortos iraquianos, mas você é livre de achar o que muito bem entender.


Que esses sim, têm todo o interesse em destabilizar o país, precisamente para que a implementação de um INÍCIO de processo democrático seja impossível…

Acho piada à forma como você fala da implementacão da democracia, como se fosse esse espírito de bom samaritanismo que impeliu os neoconservadores em direccão ao Iraque.
Curioso que, por outro lado, na Palestina, não reconhecam o governo eleito pela maioria; e que não têm grandes problemas em pressionar o Governo e o Parlamento para aprovarem a lei que abre o petróleo iraquino à exploracão por companhias estrangeiras. Vocês vivem em democracia, mas não estiquem a corda e facam como lhes dizemos, 'cause we know best.


Quer dizer, você quer uma América justicialista, que empunhasse a espada contra todas e quaisquer injustiça no mundo! O Bush transformado no Cristo dos vendilhões do templo!

Pelo contrário, preferiria o inverso. Dispenso uma América unilateral, em busca da manutencão indefinida do seu estatuto de hiperpotência, como defendem os neoconservadores.


Se nos pusermos a contabilizar as vítimas do regime de Saddam parece que só curdos foram 182 mil. Em Halabja morreram em 1988 cinco mil num dia. E não foi à chapada, foi com gás…
(...)
Depois invadiu o Kuwait com a intenção de invadir a seguir a Arábia-Saudita – tudo coisas contra os interesses directos dos americanos…


Ao que parece, à época, esses mortos curdos não incomodoram ninguém. Portanto, vir agora com o argumento de que o Saddam era mau e, como tal, fizeram bem em lhe atar uma corda à volta do pescoco, como se a maldade da personagem tivesse alguma coisa a ver com a ida para a guerra, não faz grande sentido.

Sim, atacou sem motivo o Koweit e teria continuado, se o deixassem. Não deixaram, a situacão foi resolvida, e o Saddam nunca mais foi uma ameaca. Aliás, não sendo ele um fanático religioso, facilmente se percebe que ele não teria grandes razões para levantar a crista e gerar muitas ondas. O que explica que, ao ser pressionado, aceitou praticamente tudo o que lhe impunham, do regresso dos inspectores à destruicão dos mísseis cujo alcance ultrapassava o permitido. E, sendo o interesse dele somente a própria manutencão no poleiro, mais tivessem exigido e mais ele teria cedido.

Carmo da Rosa disse...

’Ah, e também acha que as empresas americanas têm que trabalhar de graça!. Pode dar as cambalhotas que quiser, mas a verdade é que em parte alguma eu disse o que você refere.’

Caro Sérgio Pinto,

Eu já lhe demonstrei com copy paste das suas frases que a única conclusão possível da sua frase foi a que eu tirei! Mas de qualquer forma isto não é muito interessante, começa a ser uma discussão semântica.

Estamos portanto de acordo que os americanos, como toda a gente neste mundo não trabalham de borla. Estamos também de acordo que as empresas americanas pagam melhor (e a tempo e horas) que as empresas portuguesas - NADA MAU PARA COMEÇAR…

’Não falei em interesse em matar iraquianos, referi o número de mortos.’

É verdade, não falou no interesse! Mas que interesse há então em falar no número de mortos e…… ligar isso à permanência das tropas americanas?

Porque não falar no número de mortos que a Al Qaeda diariamente provoca? Ou no número de mortos que os sunitas …….? Ou o número de mortos que os chiitas…..?

Quando estes últimos, ao contrário dos americanos, têm todo interesse em matar o maior número possível de gente!!!
Tá a perceber o meu ponto de vista, e a minha desconfiança INICIAL na sua boa-fé?

’essas mortes só ocorreram porque alguém decidiu iniciar uma guerra’

ESSAS sim, mas você, lá está, esquece-se que o Saddam quando ainda era omnipotente parece que matava por anos às centenas de milhares de pessoas. Mas é claro, a esquerda, quando não há americanos a matar gente tem por hábito não reparar nestas coisas.

Assim é que não reparam nem em Darfur, nem na Chechénia, nem no Tibete. Assim como antigamente nunca repararam no Gulag nem nos Killing Fields...

Como dizia, o Saddam matava em grande parte chiitas e curdos. Por isso, em termos de matança a coisa não mudou muito. Mudou algo, os curdos podem finalmente respirar fundo, graças aos americanos. Os chiitas agora já não são apenas vítimas, já podem matar também! E, ultimamente, tomaram-lhe o gosto e agora que os ingleses se foram embora, já se matam entre eles em Basra, no sul do Iraque, como você deve estar ao corrente...

Mas por favor não me venha agora dizer: ‘os americanos não fizeram isso para ajudar os curdos.’ CLARO QUE NÃO. Na política não há moral, há estratégias que beneficiam uns, quase sempre em detrimento de outros. SE VOCÊ VÊ POLÍTICA EM TERMOS MORAIS não podemos discutir. É como um Mac a querer dialogar com um PC…

’Independentemente de quais é que foram directamente mortos por tropas ocupantes, o facto é que e justificá-la com uma série de patranhas (além de que, enquanto potências ocupantes, têm responsabilidades no que acontece sob a sua alcada). Porque, como muito bem sabe, se alguma das verdadeiras razões fosse revelada a oposicão interna seria esmagadora.’

Em relação às patranhas você tem razão, e como ocupantes os americanos têm responsabilidades, mas não ILIMITADAS. Os iraquianos não são os ‘bons selvagens’ - são selvagens tout court - são maiores e emancipados, não são criancinhas…

’Sou esquerdista, sim, descanse que não precisa de insinuar, eu assumo. E é também por ser esquerdista que não gosto do PCP e, com quase toda a certeza, preferiria votar num partido de direita do que em partidos com dúvidas sobre os índices de democraticidade da Coreia do Norte (ou que, já agora, se dizem defensores dos trabalhadores enquanto defendem o regime chinês, esse paraíso laboral).’

Ora aqui está a frase por que eu tanto esperava. Eu também sou esquerdista e, como você, também assumo a minha esquerdice. Sou pelas emancipações e pelo bem-estar de toda a gente: tanto da classe operária como das mulheres. Por isso, como você disse e muito bem, não sou defensor de paraísos laborais como a Coreia do Norte, China ou Rússia, porque na realidade para mim a ditadura do proletariado já foi instalada: nos países escandinavos e em França, por exemplo.

Agora, voltando aos americanos, o que eu não tenho culpa como esquerdista, é que a esquerda actual (a anterior também não era muito melhor) consiga ser ainda mais reaccionária que o New Born Christian George Walker Bush, e vêm no Osama Bin Laden um novo Che Guevara…

’Acho piada à forma como você fala da implementacão da democracia, como se fosse esse espírito de bom samaritanismo que impeliu os neoconservadores em direccão ao Iraque.’

Lá está você a misturar moral com política! Não há cá samaritanos nenhuns, não acredito nisso. Mas se democracia estimula o negócio (dá dinheiro) os americanos, mesmo os neoconservadores, vão tentar implementar DEMOCRACIA.

Assim como o Plan Marshal não foi uma obra de caridade, foi uma estratégia NO INTERESSE DOS AMERICANOS para rapidamente fortalecer os países ocidentais para parar o avanço soviético. Resultado, DEMOCRACIA e bem-estar social para um grande número de pessoas na Europa Ocidental.

Vistas bem as coisas, creio que se você manter a ideia de que em política não se trata de moral, por muito que lhe custe, mas sim de interesses estratégicos, não creio que tenhamos opiniões muito divergentes..

Vou um prazer discutir consigo e espero que volte.

Outra coisa, dê uma olhadela no meu poste sobre SERÁ WILDERS UM FASCISTA?, e já agora deixe a sua opinião acerca das nove afirmações do indivíduo…

Boa noite.

Renato Bento disse...

"Viu, leu e ouviu o quê e de quem?"

Muita coisa. Mas, certamente, não li muito do que você leu. E você do que eu li. Coisas do diabo...

"centenas estão detidas, desde há vários anos, sem quaisquer direitos"

Guantánamo é mau, é certo. Mas olhe que existe bem pior.

"somente pessoas comuns a quem alguém achou por bem privar de todos"

Que análise tão inteligente. Pondo as coisas nestes pratos, não admira que você diga aquilo que diz.

É óbvio que erros acontecem. Mas não acontecem tão frequentemente como você quer fazer parecer. Nem tão pouco são feitos de propósito.

"Não era livre, e continua a não o ser"

Para lá caminha, embora doa a muita gente.

Sérgio Pinto disse...

Ricardo,

Comeco por si porque a resposta que tenho para lhe dar é bem mais breve e simples. Você, pura e simplesmente, não responde a nada, não lanca um único argumento, não rebate absolutamente nada do que é dito.

Até a uma pergunta simples como "leu e ouviu o quê e de quem" você foge.
Limita-se a adiantar que há pior que Guantánamo, como se isso fosse relevante para o que está em discussão. Seguindo essa linha de argumentacão 'quantificadora' só há uma coisa verdadeiramente 'má', dado que todas as outras são comparativamente melhores, o que suponho que o leve a desculpar também regimes como o cubano - afinal, há pior, não é? Não sei se você percebe que com esse argumento está a colocar no mesmo patamar regimes democráticos e totalitários, como se as expectativas, as responsabilidades e os papéis desempenhados pelos diferentes tipos fossem idênticos. Parece-lhe defensável que haja Guantánamos, Abu Ghraibs ou Bagrams em Estados que se afirmam de Direito e respeitadores dos Direitos Humanos?

Portanto, digo-lhe apenas que tente responder a tudo o que já lhe foi perguntado e ficou sem resposta (entre ADM's, inspeccões da ONU, o PKK, associacões entre esquerda e fundamentalismo islâmico, Guantánamos, etc., tem muito onde pegar) e tente debater seriamente.

No espírito sempre solidário da Esquerda até lhe deixo aqui um link - http://www.paulgraham.com/disagree.html - que lhe dá uma hierarquia de 7 graus de manisfestacões de discordância. Como verá, afirmacões como "você deve sofrer de ignorância inteligente" ou "que análise tão inteligente" não diferem substancialmente do exemplo dado para o Grau 0, o mais básico: u r a fag!!!!!!!!!!

Boas leituras!

Renato Bento disse...

O facto de haver pior que Guantánamo não quer dizer que não condeno.

"ONU, o PKK, associacões entre esquerda e fundamentalismo islâmico"

Considero que já respondi a tudo o que tinha a responder. Simplesmente você não concorda com nada do que é dito e rebate, e rebate, e rebate. Tudo bem, pode rebater, e até gosto de ler o que diz...

"debater seriamente."

Debater seriamente é o quê para sim? Eu realmente não sei o que hei-de fazer para o satisfazer..

Sérgio Pinto disse...

Eu já lhe demonstrei com copy paste das suas frases que a única conclusão possível da sua frase foi a que eu tirei!

Não, não me parece que seja, mas concordo quando diz que é mais uma questão semântica e que, portanto, o melhor é passar à frente.


É verdade, não falou no interesse! Mas que interesse há então em falar no número de mortos e…… ligar isso à permanência das tropas americanas?

Porque não falar no número de mortos que a Al Qaeda diariamente provoca? Ou no número de mortos que os sunitas …….? Ou o número de mortos que os chiitas…..?


Eu não liguei o número de mortos à accão directa das tropas invasoras/ocupantes, mas sim à decisão de invadir um país - porque, evidentemente, a situacão que se viveu nos últimos 5 anos dependeu dessa resolucão inicial.

Não referi mortos causados directamente pela Al-Qaeda ou qualquer outra organizacão pelo simples facto que não conheco nenhum estudo que tenha indique o número de mortos por segmento - atrbuíveis à Al-Qaeda, à coligacão, etc.


ESSAS sim, mas você, lá está, esquece-se que o Saddam quando ainda era omnipotente parece que matava por anos às centenas de milhares de pessoas.

Isto não é um argumento sério, desculpe lá. Primeiro, porque a época em que o Saddam foi responsável por centenas de milhar de mortos teve lugar 15 anos antes da invasão, segundo, porque sabe perfeitamente que o fez perante o beneplácito dos restantes países (e, no caso do Irão, com o apoio directo dos EUA). Como se viu nos meses que antecederam a invasão, o Saddam era perfeitamente controlável e iria ceder a todas as exigências dos EUA que não colocassem directamente em causa o que ele pretendia: o seu poder. Porque, sendo ele racional e não fundamentalista, era só isso que lhe interessava.

Além disso, já em 2004 o Lancet andava a publicar estudos (na altura apontava para 100.000 mortos) em que referia que the risk of death by violence for civilians in Iraq is now 58 times higher than before the US-led invasion. O que contraria um bom bocado a ideia de que aquilo já era uma selva antes da invasão, não é?


Mas é claro, a esquerda, quando não há americanos a matar gente tem por hábito não reparar nestas coisas. (...) Assim é que não reparam nem em Darfur, nem na Chechénia, nem no Tibete.

Você está a partir do pressuposto de que a Esquerda Portuguesa se esgota na faccão mais ortodoxa do PCP. Mas está errado: mesmo no PCP, suponho que haja gente mais razoável, além de que no BE e na pequenina parte do PS que é de Esquerda se repara e condena os outros casos - para os que aqui gostam de falar tanto no Arrastão e no 5 Dias, tem aí dois exemplos perfeitos disso mesmo.

E, já agora, muito aplaudiria eu se a comunidade internacional comecasse, DE FACTO, a tentar resolver a situacão no Darfur e a remeter a escumalha genocida liderada pelo Al-Bashir ao seu devido lugar.


Em relação às patranhas você tem razão, e como ocupantes os americanos têm responsabilidades, mas não ILIMITADAS.

Não ilimitadas, claro. Mas têm-nas, bem como à responsabilidade por terem levado o país para uma guerra porque mentiram deliberada e conscientemente a toda a populacão.


esquerda actual (a anterior também não era muito melhor) consiga ser ainda mais reaccionária que o New Born Christian George Walker Bush, e vêm no Osama Bin Laden um novo Che Guevara

Lamento, mas aqui nunca poderemos concordar. A esmagadora maioria da Esquerda não apoia, nem nunca expressou qualquer apoio, por bin Ladens e afins.


Mas se democracia estimula o negócio (dá dinheiro) os americanos, mesmo os neoconservadores, vão tentar implementar DEMOCRACIA.

Eu falei do bom samaritanismo porque, principalmente no post inicial do Ricardo (e num ou noutro aspecto do seu), eram apresentados algumas razões (reconstrucão, democracia, fim de sancões, etc.) como razões para se ter decidido a invasão (no fundo, também como argumentos morais a favor da justeza de tal intervencão.

Além de que, enfim, a Democracia serve enquanto for eleito quem os ocupantes preferem e decidirem conforme 'é suposto'.


Vistas bem as coisas, creio que se você manter a ideia de que em política não se trata de moral, por muito que lhe custe

Custa, é verdade, por uma infinidade de razões, que vão de conviccões ideológicas a ambicões/objectivos relacionados com a minha área de formacão e de interesse profissional. Mas isso já é sair um bocado do tema e também não é assunto para o blogue.

Sérgio Pinto disse...

Ricardo,

Desculpa, mas eu de fecto não vi muitas respostas...