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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Chips, ciborgs e secretas.


O governo de Portugal, em todo o seu esplendor de incompetência, vem agora propor a colocação de pulseira electrónicas aos adolescentes problemáticos.

A coisa não terá sido ainda assumida palas mais altas instâncias mas está em cima da mesa.

Não está em cima da mesa que todas as “modernas políticas educativas”*, entre as quais as múltiplas formas passadas da presente aberração ‘Estatuto do Aluno’ tenham falhado, mas está certamente "em análise" a utilização da pulseira electrónica também para bezerros que fazem o que quer e lhes apetece sempre que lhes apetecer e onde muito bem entenderem.

É apenas mais um passo rumo à felicidade ciborg. Mais um passo na política Magalhães. Estanha-se porque pulseira e computador não sejam distribuídos conjuntamente.

Entretanto, destinada sabe-se lá a quê. vem aí a matrícula automóvel electrónica. Também aqui o governo mente com os dentes todos, indo à desfaçatez de dizer que os chips têm “alcance local”, mas ‘esquecendo-se’ de dizer quantos locais de detecção de chips espera o estado instalar por todo o país. ‘Esquece-se’ também de informar que autoridades irão aceder à respectiva rede e irão ainda dispor, e em que quantidade, de equipamentos móveis de detecção “local” de chips.

É claro que o governo “garantirá” a privacidade de todas as medidas-ciborg que lhe vierem à cabeça, como se tem conseguido garantir o anonimato dos espiões de Portugal.

Depois da divulgação catastrófica, no tempo de Veiga Simão, da lista de espiões do SIS, volta a repetir-se a cena-macaca desta vez pelo concelho de ministros.

Claro que os mesmos paladinos da virgindade da privacidade alheia vieram logo declarar que nada foi posto em causa, muito embora não tenha sido possível deixar de saber-se que a lista andou pelos computadores de uns tantos tontos governantes.

Entretanto foi parida mais uma comissão investigatória qualquer, destinada a apurar responsabilidades ...

Isto está a tonar-se endémico. De cada vez que um órgão fulcral do estado mete a pata-e-tudo-o-que-vier-atrás na poça, arregimenta-se uma comissão qualquer para apuramento ... não sei de quê.

Valha-nos Friday.

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Uso do termo ‘políticas educativas’ em modo ‘desespero de causa’. O dito, de qualquer forma, espelha o grau de palermice que vai nas cabeças de quem as verte e implementa.

Já agora, os revisores, nos comboios, passaram a chamar-se “operadores de revisão e venda”.

1 comentário:

RioDoiro disse...

Nota:

O Público transcreveu parte deste artigo:

http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain.asp%3Fdt%3D20090215%26page%3D2%26c%3DC

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