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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Saramago sobre Obama.

Janeiro 20, 2009 by José Saramago
Donde saiu este homem? Não peço que me digam onde nasceu, quem foram os seus pais, que estudos fez, que projecto de vida desenhou para si e para a sua família. Tudo isso mais ou menos o sabemos, tenho aí a sua autobiografia, livro sério e sincero, além de inteligentemente escrito. Quando pergunto donde saiu Barack Obama estou a manifestar a minha perplexidade por este tempo que vivemos, cínico, desesperançado, sombrio, terrível em mil dos seus aspectos, ter gerado uma pessoa (é um homem, podia ser uma mulher) que levanta a voz para falar de valores, de responsabilidade pessoal e colectiva, de respeito pelo trabalho, também pela memória daqueles que nos antecederam na vida. Estes conceitos que alguma vez foram o cimento da melhor convivência humana sofreram por muito tempo o desprezo dos poderosos, esses mesmos que, a partir de hoje (tenham-no por certo), vão vestir à pressa o novo figurino e clamar em todos os tons: “Eu também, eu também.” Barack Obama, no seu discurso, deu-nos razões (as razões) para que não nos deixemos enganar. O mundo pode ser melhor do que isto a que parecemos ter sido condenados. No fundo, o que Obama nos veio dizer é que outro mundo é possível. Muitos de nós já o vinhamos dizendo há muito. Talvez a ocasião seja boa para que tentemos pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira. Para começar. Fonte: http://caderno.josesaramago.org/2009/01/20/donde/

Uma certa esquerda europeia e portuguesa invoca amiúde que "O mundo pode ser melhor do que isto a que parecemos ter sido condenados".

Mas alguém, alguma vez, viu essa esquerda a descrever esse "mundo melhor" e como construi-lo?

Ora, Saramago é um confesso comunista-leninista. Se não descreve "esse mundo melhor" de que tanto fala, obriga-nos a pensar que se refere ao mundo que ruiu com o Muro de Berlim...
Melhor? Não era...

Por que continuam a querer enganar-nos essas esquerdas verborreicas com os seus estafados chavões contra os "poderosos", o "patronato", a "banca", os "grandes capitalistas", os "políticos corruptos", etc., se tudo o que construíram foi mais miséria? Será esta verborreia inconsequente apenas um expediente para que a nomenklatura faça uma vida folgada a prometer-nos um mundo ilusório? Apostando na pecha cultural dos humanos mais desavisados que caem na esparrela de perseguir o ilusório durante toda uma vida?

21 comentários:

Anónimo disse...

"Apostando na pecha cultural dos humanos mais desavisados que caem na esparrela de perseguir o ilusório durante toda uma vida?"

Não é de ilusório que se fala, quando se fala em construir um mundo melhor, não é ilusório quando se fala de esperança, não é ilusório quando se fala de responsabilidade colectiva.

Anónimo disse...

Causa espécie que os esquerdistas nunca tenham um passado para se orgulhar ou para nos mostrar. Tem somente um "futuro brilhante" para nos oferecer.
Esta semana ouvi a seguinte frase: "... o Iluminismo é que é regressivo porque caminha sobre fantasias enquanto os homens caminham sobre tumbas."

tribunus disse...

Caro Stran,

Fica-lhe muito bem o sentimento...

Aliás, com a palavra operativa "ilusório", o anónimo 12 de Fevereiro de 2009 18:19 respondeu-lhe bem:

'Causa espécie que os esquerdistas nunca tenham um passado para se orgulhar ou para nos mostrar. Tem somente um "futuro brilhante" para nos oferecer'.

Estando eu sempre preparado para mudar de opinião quando posto perante novos factos, o Stran esqueceu-se de definir-me esse "mundo melhor". Deve ter um exemplo debaixo do braço. Quer fazer o favor de o partilhar connosco? Transformando o ilusório em realidade?

É que ou é ignorância minha ou falta de memória. Não recordo ter visto um exemplo real desse "mundo melhor"...

Anónimo disse...

Saramago, que não era nem foi leninista mas sim estalinista e apoiante de todos os ditadores "comunistas" desde Estaline a Ceausescu, limita-se como todos os marxistas totalitários e cínicos a usar as palavras para mentir, para enganar.
Escritor de segunda ordem, como lhe chamou lucidamente Milosz, viu-se galardoado por um prémio congeminado pelos seus correlegionários escandinavos e respaldado pela Terceira Internacional, mero objecto de propaganda tal como os velhos prémios Lenine.
A escrita, para estes videirinhos, é apenas retórica ao serviço da "revolução". A palavra, para eles, serve apenas de veículo, mentiroso, para a sua "luta" pseudo-progressista.
A sua ideologia, como a dos que o apoiam, só deu fome, miséria, crimes e hipocrisia.
Agora já se sabe tudo, só os sevandijas fingem que é diferente. Esse "mundo melhor" com que adormecem os ouvidos dos ingénuos cheira aos cadáveres dos gulags e soa com o rangido dos ergástulos fascistas vermelhos.

MANUEL DA CUF

Carmo da Rosa disse...

Qual é o texto do Saramago e qual é o texto do tribunus?

Anónimo disse...

Caro Anonimo

"Causa espécie que os esquerdistas nunca tenham um passado para se orgulhar ou para nos mostrar."

Isso depende. Se fosse for do tipo de que divide Esquerda/Direita em Mau/Bom entõ realmente não existe nenhum passado para mostrar pois pela sua definição esquerda é tudo o que é mau.

Se utilizar a divisão normalmente aceite tem p.e. os paises escandinavos.

Anónimo disse...

Caro Tribunus,

Peço desculpa mas o desafio vai ficar para amanhã.

Anónimo disse...

Lembro-me de uma vez ter dito a um prof. assumidamente comunista (e que fazia campanha nas aulas) que a historia já tinha provado o que era o comunismo, ao qual me respondeu "Não, não, a historia provará."

Este tipo de fé religiosa mantém a Hope viva...

Bob

Anónimo disse...

Stran, concedo que me expressei de forma incompleta. Mas tambem acho que ficou claro que, dado o tema, minha referência foi especificamente à esquerda representada por retrógrados como Saramago&Co.
De qualquer forma, não me consta que os países nórdicos já experimentaram a estatização de todos os meios de produção. Dito de outra forma: não vamos confundir estado social com estado socialista. Ainda que muitos partidos que os governam adotem o nome "socialista" em suas legendas. Enquanto no primeiro a individualidade, o livre-arbítrio e a livre iniciativa são tomados como mola impulsora do bem estar coletivo, a história mostra que o segundo só conseguiu se estabelecer quando apoiado numa "boa ditadura".
[ ]´s

Anónimo disse...

"Dito de outra forma: não vamos confundir estado social com estado socialista. Ainda que muitos partidos que os governam adotem o nome "socialista" em suas legendas."

Estado socialista é coisa que não existe para revisionistas/sociais-democratas. Para estes o socialismo é um movimento em direcção a uma ordem social cooperativa.
O Socialismo no jargão marxista é que é a fase inferior do comunismo, a tal estatização de todos os meios de produção.

Cumprimentos

Anónimo disse...

"Estando eu sempre preparado para mudar de opinião quando posto perante novos factos, o Stran esqueceu-se de definir-me esse "mundo melhor"."

Dando exemplo de o que é um mundo melhor para Portugal:

- um mundo onde a diferença entre ricos e pobres em termos de rendimentos não é tão acentuado;

- um mundo onde o contexto social não tenha um peso tão elevado na vida das pessoas;

- um mundo onde independentemente do nível social todos tenham acesso a um sistema de saude publico de qualidade e eficiente e a uma educação de qualidade;

- um mundo onde a politica não é exercida por um numero restrito de pessoas que vêm todos do mesmo grupo social;

- um mundo onde não é impossível (ou altamente improvável) a uma pessoa de um extracto economico baixo ascender na "escada social"

- um mundo onde a moral religiosa não afecta a sociedade, e que não exista discriminação baseada em raça, sexo, tendencias sexuais, religião, etc...

- um mundo menos preconceituoso,

- ou seja um mundo melhor.

Alguns exemplos praticos destes "mundos melhores" poderá encontrar nos países escandinavos, países anglosaxonicos e Holanda.

RioDoiro disse...

stran:

"Dando exemplo de o que é um mundo melhor para Portugal:

- um mundo onde a diferença entre ricos e pobres em termos de rendimentos não é tão acentuado;"

Portanto, se os ricos ganharem muito menos e os pobres ganharem menos, o mundo melhora.

- um mundo onde o contexto social não tenha um peso tão elevado na vida das pessoas;

Um mundo em que o contexto social seja irrelevante na vida das pessoas torna irrelevante o contexto social, seja ele qual for.

- um mundo onde independentemente do nível social todos tenham acesso a um sistema de saude publico de qualidade e eficiente "

E quem paga? Os ricos? Cuba?

"e a uma educação de qualidade;"

Menos, ou mais socialista que a nossa?

"- um mundo onde a politica não é exercida por um numero restrito de pessoas que vêm todos do mesmo grupo social;"

Qual grupo social? Já viu a quantidade de nulos que há na AR?

"- um mundo onde não é impossível (ou altamente improvável) a uma pessoa de um extracto económico baixo ascender na "escada social""

Um mundo onde a escolaridade obrigatória de sabor socialista não relegue os que não podem pagar para a palermice dos amanhãs que cantam e os que podem pagar ficam dela libertos?

"- um mundo onde a moral religiosa não afecta a sociedade, e que não exista discriminação baseada em raça, sexo, tendencias sexuais, religião, etc..."

Um mundo ateu e assexuado.

"- um mundo menos preconceituoso,"

Mais liberto dos preconceitos que o Stran demonstra.

"- ou seja um mundo melhor."

Nos paraísos socialistas do bloco de leste morrerem uns 100 milhões de pessoas às mãos de facínoras que precavam as suas ladainhas.

Stran, além do disparate pegado pegada que continua a verter, experimente "não seja tão" em vez de "não é tão". O Stran exprime um desejo. Talvez estes pequenos ajustes lhe permitam perceber o que realmente escreve.

Anónimo disse...

Caro RoD,

"Portanto, se os ricos ganharem muito menos e os pobres ganharem menos, o mundo melhora."

Poder-me-ia encontrar uma situação concreta em que isso tenha acontecido? Basta uma...

Mas jogando na sua hipotese teorica. Como presumo que você saiba não é tanto a quantidade de moeda em circulação que conta mas sim o seu poder de compra. Assim a hipotese que acabou de colocar é uma hipotese em que existe uma maior redistribuição de dinheiro com diminuição da massa monetária, sem perda de poder de compra global. Logo um mundo melhor sim.

Claro que não ponderei que você estivesse a colocar a hipotese ESTUPIDA de me questionar se eu preferia ter menos recursos a mais recursos. Você não cometeria tamanha ESTUPIDEZ pois não?

"Um mundo em que o contexto social seja irrelevante na vida das pessoas torna irrelevante o contexto social, seja ele qual for."

?!?!?! Onde é que você quis chegar com isto?

"Qual grupo social? Já viu a quantidade de nulos que há na AR?"

A maior parte vem da classe alta de Portugal, muitos com passados monarquicos e bastantes com passados de poder no Estado Novo. Isto não invalida que sejam nulos, apenas agrava a injustiça e falta de mérito de estarem lá a nos representar.

"Um mundo onde a escolaridade obrigatória de sabor socialista não relegue os que não podem pagar para a palermice dos amanhãs que cantam e os que podem pagar ficam dela libertos?"

Com tantas barbaridades numa só questão é dificil decifra-la!
Porqué é que colocou a escolaridade neste tema? Ele é um pouco mais abrangente do que só a educação...

"Um mundo ateu e assexuado"

Sempre pensei que o mundo não tem sexo. Quanto ao mundo ateu, é não vou tão longe, bastava-me em Portugal um mundo Laico.

"Mais liberto dos preconceitos que o Stran demonstra."

Várias vezes me acusou disto sem nenhuma consubstanciação. Porque é que não nomeia, no seu próximo comentário, os meus preconceitos.

"Nos paraísos socialistas do bloco de leste morrerem uns 100 milhões de pessoas às mãos de facínoras que precavam as suas ladainhas."

Por acaso as minhas ladainhas não são precadas tão a leste. São precadas em Países como a Inglaterra e os USA, ou na Holanda, ou ainda nos Países Escandinavos. Não me diga que você é contra os regimes que estão nesses países?

Carmo da Rosa disse...

@ Stran: ”Por acaso as minhas ladainhas não são precadas tão a leste. São precadas em Países como a Inglaterra e os USA, ou na Holanda, ou ainda nos Países Escandinavos. Não me diga que você é contra os regimes que estão nesses países?”

Caros Range e Stran,

Creio que o Stran neste caso tem razão, não é necessário ir tão a leste para encontrar um pouco de justiça social e qualidade de vida. Mas mesmo entre os exemplos dados - Inglaterra e os USA, ou na Holanda, ou ainda nos Países Escandinavos. – há diferenças consideráveis.

RioDoiro disse...

Stran:
"Como presumo que você saiba não é tanto a quantidade de moeda em circulação"

Mas qual moeda em circulação qual carapuça. O Stran falou em rendimento. Rendimento é a relação entre o dinheiro que temos e o preço daquilo que queremos comprar.

"Poder-me-ia encontrar uma situação concreta em que isso tenha acontecido? Basta uma..."

Um saco de batatas custa 100 eu ganho 200 um rico ganha 200000. Eu posso comprar dois saco de batatas um rico pode comprar 1000 sacos. O factor de desigualdade é 1000.

Um saco de batatas custa 100, eu ganho 50, um rico ganha 1000. Eu já não consigo comprar um saco de batatas, o rico compra 20 sacos. O factor de desigualdade é 20.

Pelo primeiro cenário eu engordo e o rico também. Pelo segundo, que se ajusta muito melhor ao amanhã que canta do Stan, a desigualdade é muito menor, eu passo fome e o rico engorda.

Você escreve idiotices sem fim e nem percebe o que escreve.

"?!?!?! Onde é que você quis chegar com isto?"

Exactamente ao que está escrito. Puxe pela mona que ela não se separa.

"A maior parte vem da classe alta de Portugal, muitos com passados monarquicos " ...

Esses são aqueles que você, regra geral, vê debitar postas de pescada que, também regra geral, cheira a mofo. Os que nunca falam deviam, de facto, falar.

"Com tantas barbaridades numa só questão é dificil decifra-la!"

Para si, certamente. Problema seu.

"Sempre pensei que o mundo não tem sexo."

Já suspeitava.

"Quanto ao mundo ateu, é não vou tão longe, bastava-me em Portugal um mundo Laico."

Para si bastar-lhe-ia um Portugal de imbecis. Reinaria com um olho apenas.

"Várias vezes me acusou disto sem nenhuma consubstanciação. Porque é que não nomeia, no seu próximo comentário, os meus preconceitos."

Procure um psiquiatra que eu não tenho tempo. Procure um psiquiatra surdo. Tenha pena dele.

"Por acaso as minhas ladainhas não são precadas tão a leste. "

Não faço a mínima ideia o que significa "precadas". Deve ser coisa do planeta dos gambozinos.

Anónimo disse...

Caro RoD,

Nem as pista que lhe dei, nem a "dica" do CdR foi suficientes para você não cometer tamanha estupidez!!!

Já vi que patina nos conceitos económicos

""Poder-me-ia encontrar uma situação concreta em que isso tenha acontecido? Basta uma..."

Um saco de batatas custa 100 eu ganho 200 um rico ganha 200000. Eu posso comprar dois saco de batatas um rico pode comprar 1000 sacos. O factor de desigualdade é 1000.

Um saco de batatas custa 100, eu ganho 50, um rico ganha 1000. Eu já não consigo comprar um saco de batatas, o rico compra 20 sacos. O factor de desigualdade é 20."

1 - Você conhece a diferença entre concreto e teórico? É que deu-me um exemplo TEORICO.

2 - Que mente tão ESTUPIDA me pergunta se é preferível um mundo cuja riqueza é traduzida em 200.200 unidades monetárias e outra em cuja riqueza é traduzida em 1.200 unidades monetária? É como perguntar se eu e o meu amigo prefiro morar no deserto onde não existe nada para comer, ou no rio onde eu como 1 peixe e o meu amigo 2.

3 - Onde é que aprendeu a fazer contas??? É que no primeiro exemplo o rico pode comprar 2000 sacos de batatas e no segundo pode comprar 10! Já nem nas contas acerta?

E já agora a questão da massa monetária era uma pista para apontar o erro do seu exemplo. Como lhe disse e agora utilizando o seu exemplo se existisse uma diminuição de massa monetária tão abrupta como você introduz sem que tenha uma diminuição dos recursos disponiveis (neste caso batata) isto levaria a uma deflação, logo o que aconteceria era que o preço diminuiria e o mais pobre poderia comprar mais sacos de batatas.

Exemplificando o que acabei de dizer e pegando no seu exemplo:

Dado que estamos num mundo em que só existem 3 pessoas, 1 tem as batatas e os outros 2 tem o dinheiro, juntemos só os seguintes pressupostos para facilitar as contas ao RoD:

- quem tem as batatas quer ficar com o dinheiro todo desse mundo;

- quem tem dinheiro quer troca-lo todo por batatas;

Posto isto temos no primeiro cenário que:

- O dono das batatas tem 2.002 sacos de batatas;

- quem tem dinheiro tem 200.200 u.m. (unidades monetárias);

Assim quando passamos para o segundo cenário:

- o dono dos sacos para atingir o seu objectivo vai ter de diminuir o seu perço para cerca de 1,91 u.m.;

- com este valor o rico compra cerca de 1.907 sacos de batata;

- com este valor o pobre compra cerca de 95 sacos de batatas;

- ou seja o dono dos sacos de batatas fica com todas as u.m. do mundo, o rico fica com 1.907 sacos de batatas (menos 4,7% que no caso anterior) e o pobre fica com 95 sacos de batatas (mais 4.650% que no cenário anterior).

Percebeu agora?

E já que estamos a explorar o seu exemplo deixe-me colocar-lhe uma questão. Para esta questão juntemos o seguinte pressuposto:

- que neste mundo para uma pessoa sobreviver precisa de 95 sacos de batatas.

Em qual dos dois cenários deste mundo preferia viver se lhe dissesse que tem 20% de probabilidade de ser rico e 80% de oportunidade de ser pobre (e, como é, obvio não pode ser o dono dos sacos)?

Finalizando este ponto, e como o CdR disse, não precisa de ir tão a leste. Os paises que lhes falei, são paises que defendem o "mundo melhor" que eu coloquei aqui. E para eles isto não é uma estupidez.

E também como disse muito bem o CdR, existem diferenças consideráveis. Mas são na forma como atingir os fins que mencionei, não os fins em si (talvez nos USA os objectivos possam ser diferentes para alguns dos pontos que coloquei).

Quanto à questão concreta em Portugal, julgo que a discussão não se prende nos objectivos (o "mundo melhor") mas na forma de os atingir.

"Não faço a mínima ideia o que significa "precadas". Deve ser coisa do planeta dos gambozinos."

Não sabe?!?! então foi você que disse:

"Nos paraísos socialistas do bloco de leste morrerem uns 100 milhões de pessoas às mãos de facínoras que precavam as suas ladainhas."

LOL

Anónimo disse...

Errata:

Onde se lê:

"e outra em cuja riqueza é traduzida em 1.200 unidades monetária?"

Dever-se-á ler:

"e outra em cuja riqueza é traduzida em 1.050 unidades monetária?"

Anónimo disse...

É admirável! Tantas palavras escritas so para dizer mal do famóso escritor S, que ja deu tanta alegria ao mundo, escrever romances bem humanos, em que, estranhissimemente, nao se encontra um pensamento estreito e rigidissimo - um pensamento por acaso bem comun neste blog. Os senhores (parece-me que as senhoras ainda faltam) por acaso ja tinham tempo para ler o seu último livro 'A viagem do elefante?' Ou perde-se o dia inteiro a dar os parabens (gratuitos) uns aos outros (Caro S... Caro A... ) quando mais um 'belissimo texto' vociferando a fatasma esquerdista aperece? Que tristeza.

Renato Bento disse...

Ó Mohammed vingador,

além do nick estúpido (pode ser que te valha uma entrada directa para o arém dos céus) também não dizes nada de jeito.

Já li obras do Saramago e, quando comparado com outros escritores Portugueses, é colocado a um canto. Para mais nem sabe escrever o raio do homem, pois a mim na escola ensinaram-me a colocar pontuação (rir).

Escrever romances humanos e dizer coisas humanas é lá com ele: até já foi, por mais que uma vez, acusado de anti-semitismo.

Realmente, o homem é um protótipo da esquerda "fixe", "baril" e anti-Sionista (ou será anti-Semita?)

O homem é um comunista inveterado e, consequentemente, boa pessoa, porque ser de esquerda é ser bom e humanista (quantas foram as vítimas do comunismo mesmo?) e ser de direita é ser mau e maquiavélico.

Ele que fique lá pelas ilhotas onde está, porque aqui não é bem vindo. Portugal e Espanha = União Ibérica?!?!?

O humanista, neste caso, precisa de fazer um romance sobre o período de 1580-1640 quando os Espanhóis, que agora pede para nos anexarem novamente, foram bem simpáticos para os Portugueses, desprezando a nossa língua e costumes e levando-nos para Guerras que não nos levavam a nada.

Se chamar Caro a um leitor é para si um problema, fique você com a má educação.

"PEACE" !

Unknown disse...

Esta do "mundo melhor" do camarada Stran, remete irresistivelmente para o porco Major, do Animal Farm e que é muitas vezes visto como uma metáfora de Karl Marx.

Profetizva o velho Major:

Beasts of England, Beasts of Ireland,
Beasts of every land and clime,
Hearken to my joyful tidings
Of the Golden future time.

Soon or late the day is coming,
Tyrant Man shall be o'er thrown,
And the fruitful fields of England
Shall be trod by beasts alone.

Rings shall vanish from our noses,
And the harness from our back,
Bit and spur shall rust forever,
Cruel whips no more shall crack.

Riches more than mind can picture,
Wheat and barley, oats and hay,
Clover, beans and mangel-wurzels
Shall be ours upon that day.

Bright will shine the fields of England,
Purer shall its waters be,
Sweeter yet shall blow its breezes
On the day that sets us free.

For that day we all must labor,
Though we die before it break;
Cows and horses, geese and turkeys,
All must toil for freedom's sake.

Beasts of England, Beasts of Ireland,
Beasts of every land and clime,
Hearken well, and spread my tidings
Of the Golden future time.

Começou assim o sonho do mundo melhor.

Acabou mal, como todas as utopias que a obra de Orwell antecipou.

Anónimo disse...

Meu camarada Lidador,

Benvindo a esta discussão! Mas já que decidiu intrometer-se proponho-lhe o mesmo desafio que coloquei ao RoD:

"Em qual dos dois cenários deste mundo preferia viver se lhe dissesse que tem 20% de probabilidade de ser rico e 80% de oportunidade de ser pobre (e, como é, obvio não pode ser o dono dos sacos)?" - Retirado do meu comentário anterior


E se responder de uma forma directa e simples promete que ficarei muito supreendido (vá lá, é só preciso um pouco de coragem).

Hasta siempre "Che" Lidador!